Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
É uma das duplas nacionais mais promissoras do cenário da música eletrónica nacional e acabam de atingir um novo patamar. Chamam-se KEVU, também conhecidos como Kerafix & Vultaire, e lançam no próximo dia 20 de junho a faixa “Bandana”, em colaboração com Olly James através da Maxximize Records, a editora dos Blasterjaxx.
 
“Bandana” vai ser o primeiro grande release dos KEVU e a maneira como a música se desenvolveu foi algo bastante interessante e curioso. “Estávamos em contacto com os Blasterjaxx e o Olly James para ver algo que fosse possível tocar no Ultra Music Festival em Miami. O set dos Blasterjaxx já estava bastante apertado em termos de músicas e por isso surgiu a ideia de fazermos uma colaboração com o Olly, de maneira a reproduzirem algo que apoiasse tanto nós como ele. Isto tudo aconteceu entre 4 a 5 dias antes da atuação, portanto foram dias muito cansativos, com poucas horas de sono, mas que olhando agora para trás, valeu tudo a pena!”, revelou-nos em exclusivo João Pedro, um dos membros dos KEVU.
 
Esta não é a primeira vez que os Blasterjaxx apoiam as produções dos KEVU. Desde o passado mês de novembro que a dupla internacional reproduz temas dos KEVU em festivais internacionais como o Electronic Daisy Carnival, Ultra Music Festival e Tomorrowland Brasil.
 
A dupla portuguesa descreve este apoio dos Blasterjaxx como algo “inacreditável”. “Estamos sem palavras mesmo. Lembro-me quando enviei uma mensagem aos Blasterjaxx quando tinham dez mil gostos no Facebook e eles responderam. Por isso, alguns anos mais tarde, conseguir lançar uma música na Maxximize Records é algo com que sempre sonhámos. Eles sempre foram a nossa maior inspiração, por isso não podíamos estar mais felizes”, confessou João Pedro.
 
Outros artistas como Afrojack, Headhunterz, Avicii, MAKJ, FTampa, Chuckie, Fedde Le Grand e Juicy M também já apoiaram a dupla nacional, com a seleção de temas dos KEVU em radioshows, podcasts e atuações ao vivo.
 
“Os KEVU são os jovens com mais músicas nas nossas playlists. Eles são uns novos talentos de Portugal e uma das nossas músicas deles favoritas é assinada por eles e chama-se “City Of Brass”, referiram os Blasterjaxx sobre a dupla nacional composta por João Rosário e João Pedro, que irá certamente dar que falar nos próximos tempos.
 
Para os próximos meses, a dupla nacional tem previsto o lançamento de várias faixas, colaborações com outros grandes artistas a revelar em breve em editoras de grande prestígio e muitas novidades para realizar ao vivo. Fiquem de olho nos KEVU, porque eles vão dar que falar no mundo da música eletrónica.
 
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Publicado em Música
sexta, 24 outubro 2014 19:48

Miss Sheila abre editora discográfica

A DJ portuguesa de House e Techno, Miss Sheila, lançou ontem uma nova editora discográfica. Intitulada “Digital Waves”, foi ontem apresentada ao público através da página oficial de Facebook da artista.
 
Para comemorar, foi também divulgada uma nova música original de Miss Sheila, com o nome de “OutBreak”, já disponível em todas as lojas online.
 
A editora pretende lançar temas dos géneros musicais de Tech House e Techno, através de demos que podem ser enviadas para o e-mail Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., com links privados.
 
Miss Sheila tem feito performances um pouco todo o país, incluindo festivais de verão como o MEO Sudoeste, na Zambujeira do Mar.
 
Publicado em Artistas
É conhecido pelo seu carisma e talento notável. Destaca-se por ser dos produtores nacionais com maior projecção além-fronteiras.
A mítica discoteca "Bauhaus", onde teve residência artística, foi o local onde aprendeu a lidar não só com vários estilos de público, mas também com vários registos musicais.
"Russian Guitar", - editado na altura pela Kaos Records - foi o primeiro tema original a constar do seu portfólio. Nesta entrevista exclusiva, Kura confessou no que se inspira quando produz música, adiantou que tem nos planos a médio prazo, a criação da sua própria editora, e falou-nos da grande volta que deu a sua carreira desde que integra a agência WBD Management.
O conhecido DJ e Produtor comentou ainda o término do colectivo sueco "SHM", do qual fez o warm-up no passado dia 18 de dezembro, e lançou os seus desejos para 2013, afirmando que "quero tocar mais vezes lá fora e fazer mais festivais". Para Kura, só se tem sucesso com "trabalho, dedicação e paixão".
 
 
Em que momento da tua vida tomaste a importante decisão: "É isto que quero seguir!"?
Quando deixei de ser DJ residente. Foi aí que percebi que podia viver da música, que podia fazer aquilo que mais gosto, a 100%.

A residência na conhecida discoteca "Bauhaus", foi de certa maneira o teu primeiro contacto com o público?
Não, antes disso já tinha tido várias experiências em outros clubes e bares, mas foi o espaço que me ensinou a lidar com vários estilos de público e vários registos musicais.

Já este ano fizeste a tua primeira tour no Brasil. Como foi a experiência?
Foi incrível, superou completamente as minhas maiores expectativas. Ter a oportunidade de tocar em clubes como o "Pacha" ou a "Posh", e num ambiente de Sunset no "Café de La Musique" de Jureré, renovou o meu entusiasmo de fazer mais e melhor. O Brasil é realmente um país maravilhoso e a música electrónica está em grande nos clubes! Foi sem dúvida uma grande experiência que espero repetir em breve.

Tens um novo tema chamado "Undefeatable" que resulta de uma colaboração com a cantora holandesa Noubya, e que marca o teu regresso a produções mais vocalizadas desde o "Follow Your Dreams". Como é que este tema aconteceu?
Penso que a diversidade é uma mais-valia para qualquer produtor musical, e creio que é importante ser capaz de produzir um tema com uma estrutura de uma canção como o “Undefeatable”. Não o fiz sozinho, contei com o Benjamin e a Noubya na parte da escrita da letra e penso que o todo resultou muito bem. Tenho recebido um feedback extraordinário e a música tem estado a ser muito bem recebida tanto pelos DJs como pelas rádios. Mas como a diversidade é mesmo importante, saiu no passado dia 16 de janeiro, o meu segundo tema pela editora alemã Tiger Records, o “Odyssey”, que é mais direccionado para a pista.

O que consideras mais importante para se ter sucesso?
Trabalho, dedicação e paixão.
 

É muito gratificante receber emails com a aprovação e validação do nosso trabalho por aqueles que mais admiramos.


Qual a música que te deu mais prazer a produzir e porquê?
Como nos últimos tempos tenho produzido muita música torna-se difícil eleger uma única, mas recordo-me, por exemplo, de ter feito o meu tema "Galaxy" em 5 horas, numa madrugada de Inverno, não conseguia ir dormir sem acabar o tema.

O que te inspira quando produzes?
Pessoas, lugares, emoções, outros produtores, momentos...

Em média, quanto tempo demoras a produzir uma música?
Depende, pode demorar 5, 6 horas... ou meses/anos.

Já te passou pela cabeça fundar uma editora?
Claro que sim, é algo que vou fazer a médio prazo. Sempre foi um dos meus objectivos ter a minha editora, editar principalmente os meus temas, mas também fazer um trabalho que considero muito importante de apoio a novos talentos.
 
As tuas produções recebem sempre feedback de nomes importantes...
É uma grande honra para mim. Toda a gente tem os seus ídolos e eu já tive a sorte de alguns deles tocarem os meus temas. É muito gratificante receber emails com a aprovação e validação do nosso trabalho por aqueles que mais admiramos.

A incursão na agência WBD Management alterou a tua carreira? Em que aspectos?
Alterou sem dúvida. A WBD acabou por complementar uma grande lacuna na minha carreira, que era a comunicação e gestão da minha marca. Sempre tratei de tudo sozinho, e com o crescimento do meu nome, as coisas ficaram fora de controlo. Já estava a prejudicar o meu processo criativo por ter de estar a gerir marcação de datas, newsletters, etc. Tenho realmente que agradecer todo o trabalho que a WBD tem feito comigo até agora, tem sido muito importante para o meu crescimento. Além da parte profissional que tem sido muito positiva, acabei também por conhecer pessoas fantásticas e esse é o grande segredo da WDB enquanto agência. São pessoas apaixonadas pelo que fazem, trabalham com gosto, e quando assim é não é difícil de se obter sucesso.

Tiveste o privilégio de tocar no warm-up do espetáculo dos Swedish House Mafia em Lisboa. Qual é a tua opinião sobre o facto de eles terminarem o projecto?
Todos os projectos têm eventualmente um fim. Eu acho que eles acabaram por elevar o nome "Swedish House Mafia" a algo que nunca ninguém vai esquecer, e mais vale sair de cena no topo do que acabar no esquecimento, e acho que se trata disso também. A grande vantagem é que eles vão continuar a solo, e cada um deles é realmente único naquilo que faz, são três indivíduos iluminados, tanto na produção como na vertente de DJ. Pode atribuir-se 80% de tudo o que se faz em música electrónica neste momento a estes três senhores. É algo realmente único e especial..

Na tua opinião, faz falta alguma coisa na noite portuguesa? O quê?
Na minha opinião, faz falta uma maior aceitação à música de dança menos comercial e sistemas de som em condições.

Acima de tudo os meus planos passam sempre por surpreender os meus fãs e dar a conhecer o meu trabalho a um número cada vez maior de pessoas.

 
Tens algum comentário a fazer relativamente à nomeação que o Portal 100% DJ fez, dos 10 DJs/Produtores que se destacaram em 2012?
Fiquei bastante satisfeito com essa distinção e desde já agradeço à 100% DJ que também tem vindo a fazer um trabalho único na divulgação do que melhor se faz por Portugal.

Que planos tens para este novo ano?
Em 2013 vou continuar a trabalhar todos os dias para fazer mais música e abordar outros estilos, quero tocar mais vezes lá fora e fazer mais festivais. Acima de tudo os meus planos passam sempre por surpreender os meus fãs e dar a conhecer o meu trabalho a um número cada vez maior de pessoas. Espero continuar a fazê-lo.

Que mensagem gostarias de deixar aos leitores e fãs?
Espero que continuem a acompanhar o meu trabalho, tanto nas redes sociais como nas minhas actuações. É muito importante para mim receber o vosso feedback - ajuda-me a crescer como profissional. Agradeço todo o carinho e apoio que me têm dado até agora, são vocês que me motivam todos os dias para trabalhar ainda mais, mesmo quando as coisas não correm bem. Obrigado a todos!
 
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quarta, 21 outubro 2020 19:51

Ricardo Mello edita novo EP na Less Is More

O DJ e produtor Ricardo Mello lançou recentemente o seu novo EP. Editado pela Less Is More, de Diego Miranda, "Difference is Now" apresenta-se com várias remixes, de diversos estilos, produzidos pelos mAdcAt (UK), Martin La Vía (Argentina), Rubysnake (Luxemburgo) e ainda pelo brasileiro que iniciou a sua carreira de DJ em Lisboa, Sightseer.

Segundo o produtor português, o feedback tem sido positivo e tanto a faixa original como as remixes têm sido incluídas em playlists de DJs de renome mundial.

"Difference is Now" encontra-se disponível nas plataformas digitais de música.
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A editora portuense XXIII acaba de lançar "HI-TECH TONGUE" de MANS O, um EP de seis faixas que une nove vocalistas a cantar em diferentes idiomas e dialetos como Wolof, Espanhol, Berber, Catalão, Darija, Inglês, Francês e Creolo.

A atitude e a espontaneidade de cada um são retratadas nas batidas inspiradas na bass music universal e na eletrónica negra como Dub, Deconstructed Club, Tarraxo, Gqom, Jungle, Grime ou Dancehall - entrelaçadas numa abordagem permacultural para explorar as novas abordagens dentro de cada faixa.

Roman Daniel é o nome por trás de MANS O, produtor e DJ catalão. Em 2020, passou por palcos como Sonar +D e Primavera Pro. Iniciou a sua jornada em 2010 mas foi quando lançou o EP "Macaya" em 2014 e o LP "Thirst o Sed" em 2016 pela Disboot, que a maturidade na produção se destacou. Desde aí, as suas faixas "-123 4567" e "Mirror Outside" marcaram a sua evolução.

O EP "HI-TECH TONGUE" contou quatro faixas lançadas em primeira mão pela Complex UK, Groove Magazin (Berlim), Inverted Audio (Berlim/Londres) e CouvrexChefs (Paris) e está disponível nas plataformas digitais habituais.

Publicado em Música
O jovem produtor e DJ português WYKO acaba de lançar "Too Late", a sua quarta faixa na editora de Hardwell, a Revealed Recordings, desta vez em colaboração com Krimsonn e Flaremode.

"Too Late" traz uma sonoridade mais alegre, com uma forte influência pop, mais afastada do big room que marcou grande parte da carreira do jovem portuense. "É um novo estilo que tenho vindo a experimentar. Demorou a alcançar este tipo de sonoridade mas compensou o esforço". O produtor fez no entanto questão de ressalvar: "não quero que os meus ouvintes pensem que vou abandonar algum estilo. Trabalho apenas para que os meus lançamentos sejam mais variados".

Sobre a relação com a Revealed e os lançamentos frequentes nesta editora, WYKO conta-nos que "não há melhor sensação do que poder fazer crescer o meu número de ouvintes com uma editora deste nível, que foi onde sempre quis lançar música". O jovem produtor pretende que esse facto "sirva de inspiração para quem está a ler: pode passar muito tempo sem nos ser dado reconhecimento, mas se continuarmos a trabalhar, a nossa hora chega".
 
Publicado em Artistas
A chegada do novo milénio foi uma porta que se abriu para o DJ e produtor Carlos Manaça – um dos artistas de música eletrónica mais conhecido e respeitado, tanto a nível nacional como internacional, sempre fiel aos géneros underground. A sua carreira começou em 1986, altura em que a música de dança se começava a ouvir em Portugal. Reinava a house music, o tech house e o techno, géneros direcionados a pequenos nichos que os consideravam underground, apesar de também se ouvirem músicas pop, rock e reggae. As pen’s eram um futuro distante, era o vinil que reinava.
 
Depois de viajar um pouco por todo o mundo na companhia da sua música e de ser o DJ residente de clubs como Pirâmide (Marco de Canaveses), Dezassete (Paços de Ferreira), Cais 447 (Porto), Rock’s (Vila Nova de Gaia), Swing (Porto), entre outros, Carlos Manaça cumpre mais um objetivo: a criação de uma editora.
 
Fundada como Magna Recordings, a editora surgiu “numa altura em que no nosso país só existiam duas editoras de música de dança: a Kaos Records e a Squeeza Records”, de A. Paul. Os primeiros temas editados na agora nova editora realizaram-se “entre 2000 e 2003” e foram “Feel The Drums”, do próprio Carlos Manaça, “Spiritual Battery” de Paul Jays e “The First Tribal Feeling” de Peter Tha Zouk e Bruno Marciano. Sim, com o passar do tempo, Pete Tha Zouk deixou cair o ‘r’ do seu nome artístico.
 
As primeiras edições foram um êxito e “a Magna Recordings foi vista como uma label de música mais tribal”, confessa Carlos Manaça, em entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, na comemoração dos 15 anos da editora. Esse estilo, no ano 2000, “estava a começar a ter sucesso a nível internacional” e a editora ficou conhecida por esse “rótulo”, apesar de ter “editado muitos temas fora desse estilo”. Todo o sucesso inicial foi ainda “um dos fatores para a criação da Stereo Productions e do seu chamado Iberican Sound”, que também teve uma ajuda de Carlos Manaça. A Stereo Productions é “uma das grandes editoras a nível internacional” criada por dois grandes nomes como Chus & Ceballos.
 
 
A Magna Recordings começou assim a entrar “no mapa internacional das editoras de música underground” e realizou logo várias entrevistas para a Muzik Mag ou a DJ Magazine. Em 15 anos tudo mudou. No ano 2000, “a logística de cada edição em vinil era muito mais complicada. Depois de editar os temas, eram enviados para a fábrica, receber e ouvir o test pressing para ver se estava tudo bem e mandar fazer os discos e as capas”. Para os temas saírem para o mercado, passavam por todo um processo que demorava “aproximadamente um mês e meio e era caro. Algumas vezes até tinha que ser pago antecipadamente”.
 
Em 2007, após a última edição em vinil de vários remixes do tema “The Strong Rhythm” de Carlos Manaça e Chus & Ceballos, a empresa entrou num “ponto de inflexão” em relação ao seu percurso. “Quase que tivémos de fechar, porque o nosso distribuidor faliu e ficou a dever-nos milhares de euros em discos que já estavam pagos na fábrica. Foi um revés bastante complicado, mas conseguimos superar porque a nossa estrutura era muito pequena”, confessou Carlos Manaça ao Portal 100% DJ. A partir desse acontecimento, todos os temas passaram a ser editados apenas em formato digital.
 
Atualmente é muito mais fácil editar um tema digitalmente do que em vinil há 15 anos atrás. Quando existe uma faixa que tem potencial, “é só fazer o mastering, produzir o artwork e, aproximadamente numa semana, o tema já está nas lojas online. É muito mais rápido e barato colocar temas à venda”.
 
Até ao momento a Magna Records editou cerca de 300 temas e ao longo dos anos foram descobertos vários novos talentos, como é o caso de Pete Tha Zouk, Rob Mirage, Mendo, Richie Santana, Glender, Redkone, Di Paul e Dextro. Agora, no décimo quinto aniversário, Carlos Manaça está a “fazer um balanço” de todo o percurso da editora Portuguesa e a “tentar definir” o próximo objetivo. Para comemorar a data especial, a Magna Recordings tem vindo a editar vários remixes de temas emblemáticos da empresa, “mas cada vez é mais difícil ter destaque, na quantidade enorme de música que é editada todos os dias”.
 

"Cada vez é mais difícil ter destaque, na quantidade enorme de música que é editada todos os dias"

 
Apesar de haver “vários truques para conseguir entrar nos tops de vendas”, o artista português não acredita nesses métodos e nem pretende aplicá-los. “Achamos que ter que comprar os nossos próprios temas para conseguir entrar nesses tops de vendas não é o caminho certo. Os únicos a lucrar com isso, tal como vem acontecendo nos últimos anos, são sempre as lojas online”, remata Manaça.
 
Em relação à pirataria, o DJ e produtor considera que “as cópias piratas estão simplesmente a destruir as pequenas e grandes editoras de música não comercial”. Carlos Manaça chegou a pensar que “quando se começaram também a piratear filmes, jogos e aplicações a grande escala” que as autoridades iriam intervir e parar com a “pirataria massiva de praticamente tudo”. Mas isso não aconteceu e “agora já é uma coisa praticamente impossível de conseguir”. Principalmente “as novas gerações já não sabem o que é comprar uma música. Para eles é só ‘ir à net e sacar’”.
 
 
No fim da conversa, Carlos Manaça deixou um importante apelo a todos os seus seguidores e aos leitores do Portal 100% DJ: “Lembrem-se que quando estão a ‘sacar’ uma música na internet de forma gratuita, são muitas as horas de trabalho que não estão a ser pagas. Pode ser um artista pequeno, que provavelmente ao fim de duas ou três edições vá chegar à conclusão que não consegue viver de fazer música, ou um artista ‘grande’ que também tem despesas, que não são poucas, para que a música que estás a ouvir e que te produz tantas emoções, possa estar nos teus ouvidos”.
 
“Por isso, lembra-te que há muitas pessoas por detrás dessa melodia, desse beat, dessa música que tu tanto gostas, que não vão receber nada por isso. E não digam que é por causa do preço, porque a pouco mais de um euro as músicas são acessíveis a praticamente todas as pessoas - basta querer”, concluiu.

 


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Publicado em Reportagens
Miss Sheila acaba de completar 15 anos de carreira, com o lançamento da sua editora “Digital Waves”, onde pretende encontrar novos talentos da música eletrónica. É uma das melhores DJs a nível nacional, sempre fiel ao seu estilo próprio e já deu muitas cartas no estrangeiro. Depois de ter sido destacada como uma das 20+ de 2014 pelo Portal 100% DJ, a artista concedeu uma entrevista exclusiva, onde fala sobre a sua carreira, o preconceito em relação às DJs e o estado da música eletrónica na atualidade.

 

O que te levou a fundar a editora "Digital Waves"?
A "Digital Waves" já é um sonho desde do tempo que trabalhava com a "Kaos Records". Sabia que um dia queria ter a minha própria editora, mas primeiro precisava de alguns anos para aprender tudo o que era preciso para geri-la, assim como dominar a área da produção musical. Para mim isto era fundamental.
 
Que novidades relativas à carreira da Miss Sheila poderemos ouvir nos próximos meses?
Estou a trabalhar em vários temas que irão ser lançados pela minha editora e não só. Vou começar a preparar a primeira mixed, uma compilação para a editora que também será da minha autoria.  Tenho mais alguns projetos, mas esses para já estão nos segredos dos deuses.
 

Sabia que um dia queria ter a minha própria editora (...)

 
Preferes atuar em pequenos clubes ou em festivais de maior dimensão?
Gosto dos dois de maneiras diferentes. Quando toco em festivais, é claro que não é tão pessoal e intimista com o público como é num clube, mas tenho que dizer que atuar para as massas também é muito bom, pela quantidade de pessoas a curtir, a energia é multiplicada vezes sem conta. Quem me conhece sabe bem que adoro clubes pequenos, pois também essa é a altura em que temos contato quase direto com o público e conseguimos ver cada expressão na cara das pessoas consoante a música, pois consigo ouvir o que cada um me diz e sentir o amor que me dão. É completamente diferente mas ambos muito bons.
 
 
Qual é a melhor memória que guardas dos teus 15 anos de carreira?
Como devem calcular, tenho memórias sem fim e seria impossível mencionar tantas, mas penso que as que me marcaram mais foram no início da minha carreira, onde tudo era novidade e não estava a acreditar o que me estava acontecer. Vivíamos tudo com muita intensidade e ter massas de gente à nossa frente tinha tanto de bom como de "medo"!
 
Quem são as tuas inspirações?
No início da minha careira, a minha inspiração, todos sabem que era o DJ Vibe, eu dizia que ele tinha quatro mãos e trocava-me as voltas constantemente. É claro que ele ainda continua a ser uma inspiração, mas hoje em dia temos muito mais acesso a DJs e produtores que não tínhamos na altura e sem dúvida tenho agora muitos mais que me inspiram, incluindo mulheres, coisa que antigamente não sentia. Hoje já posso dizer que finalmente há mulheres à séria no panorama da música eletrónica, como a Nicole Moudaber por exemplo.
 
Com quem gostarias de vir a colaborar um dia?
Adorava colaborar com o meu produtor preferido da atualidade que é o argentino Adrian Hour, pois ele faz música que me enche as medidas. É claro que não é só ele, mas assim a lista seria infinita.
 
Que sonhos ainda tens por concretizar, a nível pessoal e profissional?
A nível pessoal, penso que passa por ter um filho, mas não para já! A nível profissional, tenho vindo a mentalizar-me para perder o medo de voar, porque ainda gostava de correr o mundo a fazer o que mais amo!
 
Qual é a tua opinião sobre a música eletrónica dos dias de hoje?
Está totalmente diferente do que era. Para começar, muita da música que hoje chamamos de techno antes chamava-se house. Há uma fusão enorme nos estilos musicais e como não podia deixar de ser, torna-se cada vez mais difícil catalogar um género musical. O certo é que nos últimos anos ouve um "boom" enorme de música eletrónica à volta do mundo, independentemente de ser "EDM", comercial, techno ou hard techno, tudo é música eletrónica!
 

(...) os meus fãs sabem o quanto levo a minha carreira a sério (...)

 
Sentes que ainda existe preconceito em relação às carreiras femininas de DJ?
Sim, infelizmente ainda sinto, mas sei que não é só nesta área. Penso que continua a ser em praticamente todas as profissões do mundo. É certo que já não é tão evidente para DJs como era quando comecei, mas em parte a culpa também passa por algumas mulheres decidirem ridicularizar a profissão, ao atuarem de topless, etc... Depois somos julgadas de forma global e não somos levadas a sério! Claro que não sinto que entro nesse campeonato. Sei que pelo menos os meus fãs sabem o quanto levo a minha carreira a sério, mas não tenho duvidas que nós, mulheres sérias, temos que trabalhar o dobro para sermos vistas e respeitadas como verdadeiras artistas.
 
Dentro do teu estilo musical, o que gostavas de ver alterado em Portugal?
Não vejo assim grandes coisas que tenham que ser alteradas, "underground" é mesmo isso. Não é para as massas, nem é para dar muito nas vistas. Para já, temos promotores que fazem festas e também já temos festivais para o género musical, por isso está muito bem!
Publicado em Entrevistas
terça, 09 agosto 2011 19:53

Naja com novidades refrescantes

O mês de Agosto está carregado de novidades dos artistas Naja, com novos temas a rebentar nas pistas de dança e dezenas de espectáculos por todo o País. Destaque para os 14 espectáculos do projecto "Groove Addiction" e os 11 do MC Y2k a confirmar o estrondoso sucesso de ambos.

Depois do mega sucesso de "Mirame", MC Y2k apresenta agora dois novos temas, "Muevete" com "SS Crew" e ''Sigue'' com DJ Maddox presentes na colectânea Kaos Algarve 2011, já disponível nas lojas e onde podemos ainda ouvir o tema a solo do "Groove Addiction", Da Fonseca com os vocais de Kelly Pink "Amor de verão", bem sugestivo para a época que atravessamos e "Afro Dirty Shit" de Phill Kay.
Ainda da parceira da Naja com a Kaos/Goldbrain está disponível a compilação HIT MIX ANNUAL SUMMER misturada por Phill Kay onde se pode encontrar temas da "Team Naja" como "Groove Addiction", Mc Y2k, Maddox, Eric Faria, Danubio e do próprio Phill Kay que aqui apresenta o novíssimo Phill Kay feat Bambs "The real thing" (Club Mix).
A família Naja cresceu com a inserção de um novo artista, DJ Anthony A.
É um dos nomes mais conhecidos da zona centro é presença habitual nos melhores clubs da região e não passou despercebido á Naja que se orgulha do contar nas suas fileiras com os melhores artistas Nacionais. Com uma excelente leitura de pista, técnica apurada e uma criteriosa selecção musical adaptada ao club onde actua, este promissor artista está agora disponível "Worldwide" pelas mãos da Naja Events.

Dá uma vista de olhos no novo site da Naja Events em www.najaevents.com.
Publicado em Nightlife
Uma boa notícia nunca vem só. Depois de termos anunciado a nova parceria com a conhecida plataforma Groove TV, eis que surge a segunda boa notícia: uma outra e nova aliança de peso.
 
Com toda a satisfação e honra, o Portal 100% DJ assume a 'abertura das hostes' com pompa e circunstância, de ser o primeiro parceiro e canal de comunicação da nova editora nacional – Armilar Music Team.
 
A nova editora pretende criar uma aposta forte e clara na produção musical 'made in Portugal'. Em tempos houve quem chamasse ao nosso país "A Paradise Called Portugal", dada a quantidade de artistas de qualidade que davam cartas num plano internacional.
 
A Armilar acredita que a qualidade não se perdeu, e afincadamente comunica que existe uma série de artistas portugueses em condições de competir no mercado internacional. Por isso, o compromisso desta nova editora é direcionado para a produção nacional, quer apostando em produtores consolidados, quer em valores emergentes.
 
A selecção nacional desta 'Music Team' conta já com Karetus, Massivedrum, Deepblue, Von di Carlo e Hugo Rizzo.
 
Esta nova parceria visa reforçar ambas as marcas com uma interatividade própria e promover em primeira mão os conteúdos exclusivos apresentados pelos artistas da 'Team'.
Publicado em Nightlife
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