Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
Portugal está atestado de novos talentos e há quem considere que exista espaço para mais. O nosso próximo entrevistado, com a simplicidade e simpatia que possui, já adquiriu um lugar cativo nesse mesmo espaço. Frechaut tem 21 anos de idade e leva a profissão de DJ a sério, onde se considera 'um amante da música eletrónica'. Nesta entrevista exclusiva, revela uma interessante filosofia que tenta colocar em prática quando está na cabine. Este jovem DJ/Produtor foi pioneiro em Portugal no investimento da sua promoção através das redes sociais e explica o porquê dessa aposta. Fala-nos ainda das suas referências e considera - cada vez mais - que o 'nacional é bom'. A terminar conta-nos quais os seus projetos para realizar a curto prazo e envia uma mensagem de agradecimento aos seus seguidores. Na primeira pessoa: DJ Frechaut.
 
 
Para quem não te conhece: Quem é o DJ Frechaut?
O DJ Frechaut é um jovem DJ, sobretudo um amante da música eletrónica, e que leva a profissão de DJ a sério. Tem as ambições que qualquer jovem tem e que já possui algum trabalho desenvolvido.
 
Atuaste pela primeira vez numa discoteca aos 17 anos. Antes desse momento, tinhas alguma ligação à música ou eras apenas um 'curioso musical'?
Eu antes disso não tinha qualquer ligação. Tinha apenas alguns familiares que se dedicavam à música mas que eu não dava grande importância. Foi a música eletrónica que me despertou o lado musical. Toquei saxofone durante dois anos e, de momento, estou a dar uns ‘toques’ no piano, que comecei a aprender há cerca de 8 meses, mas são apenas entretenimentos para experimentar algo diferente. A eletrónica é de facto a área em que me encontro a 100%.

Não é que tenha sido há muito tempo atrás, mas lembraste quais as músicas que passavas mais na altura?
Lembro-me que tocava e também gostava muito de ouvir as tendências dos holandeses, faixas de Ralvero, Hardwell, Gregor Salto, por aí…, que surgiram antes do DirtyHouse..
 
Já partilhaste também a cabine com vários nomes. Qual o artista que gostarias de destacar e porquê?
A nível internacional foi, sem dúvida, o Chuckie e o Ralvero. Para mim, o Chuckie é uma referência a nível internacional na sua forma de tocar, tem uma excelente técnica e consegue fundir atuação, interação com o público e a técnica em si na arte do DJing. Na parte nacional não tenho grandes referências e, por vezes, até encontro residentes tão bons ou melhores que os convidados que, no entanto, são referências, mas que para mim não me impressionaram muito pela positiva. Mas, sem dúvida, possuem o seu carisma e obviamente são superiores.

E consideras que o nacional é bom e tem valor?
Acho que sim e cada vez mais. Antigamente não acreditava muito e achava sempre que a melhor música estava lá fora, mas hoje em dia, para o que eu ando a ouvir, consigo defender esse conceito.
 
Quanto tempo passas no teu estúdio?
Cerca de duas horas por dia.
 
Na tua biografia referes uma filosofia quanto atuas "Agradar ao maior número de pessoas sem recorrer ao 'pimba'. O que consideras 'pimba'?
Para mim o 'pimba' é um mix daquela música que já passa nas discotecas há mais de um ano - um hit - tenha qualidade ou não, e as músicas populares, ou seja temas brasileiros e "vidas loucas das Fannys". É verdade que há casas onde se tem que passar isso e os DJs vêem-se aflitos, porque, tal como eu, não querem passar este tipo de coisas, mas na pior das hipóteses, sei lá... recorram a bootlegs onde dá para cantar o refrão da 'palhaçada' e depois 'levam' com o house em cima.
 

Hoje em dia as pessoas têm de se mostrar - há muita gente, há muita concorrência.


Mas existem pessoas a consumir esse pimba...
Com um bocado de pena minha, sim. Mas eu também considero importante esse tipo de música existir porque no fundo é para divertir as pessoas... e as pessoas todas falam mal mas depois adoram e cantam quando as ouvem nas discotecas. No dia seguinte, um bocado mais sóbrias, dizem que o DJ foi mau porque tocou aquela música, mas na altura gostam imenso. É um mercado que está com muita força, mas há que lutar pelos nossos valores, neste caso para o 'meu' house..
 
Em Portugal, foste dos primeiros artistas a investir (patrocinar) na tua página no Facebook. Consideras importantes as redes sociais na promoção de umj artista? Em que aspectos?
Sim, é importante e neste caso prefiro pagar um valor monetário por mês do que estar a aborrecer as pessoas - como vejo muito - a pedir 'gostos'. Isso é de todo, o que eu não gosto, porque quero sentir que as pessoas meteram 'gosto' na página de livre vontade e não por obrigação. 
Hoje em dia a promoção de um artista nas redes sociais é importantíssima. As pessoas estão a um clique de serem ouvidas e de mostrarem o seu valor e a sua capacidade e penso que o caminho é por aí, sem dúvida. Hoje em dia as pessoas têm de se mostrar - há muita gente, há muita concorrência..
 
E a concorrência é saudável?
Sim, é saudável. Eu defendo um aspecto importante que é: quantas mais pessoas exercem uma profissão, mais apurada fica a mesma. Ou seja, as pessoas têm necessidade de evoluir, porque não basta um DJ dizer que sabe misturar, que vai ter imenso trabalho até porque hoje em dia qualquer DJ que misture mal ou bem, com truques ou não, consegue fazer o trabalho quase todo parecido. Portanto quanto mais concorrência houver, mais as pessoas desenvolvem as suas capacidades porque é obrigatório. Por exemplo, hoje em dia os DJs têm de produzir muito bem, se quiserem trabalhar mais e serem reconhecidos como bons artistas.
 
Na tua opinião a noite está bem e recomenda-se?
Tenho sempre que defender os meus valores, e acho que a noite não está nada bem. Há também dois aspetos que tenho de referir: As pessoas estão a gostar cada vez mais da música fácil - por exemplo, a música brasileira que parece que veio para ficar, pelo menos na capital, que é de onde eu sou e, infelizmente é assim. Há, no entanto, o outro lado da moeda, as pessoas estão a aderir mais a Alesso e Avicci, muito por culpa dos festivais, o que é muito satisfatório porque desenvolve o 'nosso' house. Mas a noite de Lisboa e arredores, que é a que conheço melhor, podia ter melhor gosto, realmente...
 
Quantas faixas tens produzidas?
Não sei o número certo. Mas sou uma pessoa que 'esconde' as produções. Tenho muitos projetos em casa que por vários motivos não mostro, porque não estão com qualidade suficiente ou porque não se enquadram na transição das músicas que tenho apresentado. Não gosto de mostrar previews, porque às vezes nem se acabam esses previews... Prefiro guardar para mim, nas minhas pastas e ninguém conhece, a não ser algum amigo. Mas número certo de produções não sei. Tenho algumas e prontas para sair. 
 
 
Tens também dois vídeo-clips a rodar...
Sim, foram os meus dois primeiros videoclips. O 'In TheSummer Time' já tem cerca de um ano, num registo mais chillhouse e tenho a 'Without YourLove' num registo mainstream, que vai ao encontro dos meus dois principais gostos. Foram dois trabalhos com início, meio e fim.
 
Com quem gostarias de partilhar a cabine?
Com o Roger Sanchez. É o meu ídolo, era um feito enorme. Gostava mesmo de partilhar a cabine com ele e ver o que faz ao vivo. Também gostaria de partilhar com o David Guetta, adorava ver a energia que ele transporta..
 
Essas são também as tuas referências?
Sim, mas se me permites vou dividir: tenho as referências a nível da arte/técnica de DJing e depois a arte de produzir. A nível de DJing, sem dúvida, o Chuckie, LaidbackLuke, Roger Sanchez e o James Zabiela. A nível da produção gosto de Bingo Players, Chocolate Puma, Alesso, Gregor Salto, Franky Rizardo, etc. A nível nacional tenho como referência o Gil Monteverde e o Kura - são pessoas que conheço bem e realmente têm muita qualidade a produzir.
 

A nível de atuações não tenho tido muitas como gostava, mas as que tenho são de valor.

 
Que planos tens para concretizar a curto prazo?
Irei lançar uma nova música, agora para o Verão - vai chamar-se "Beach Feelings" e será uma tendência mais para um registo deephouse, algo tranquilo mas com bom gosto. Depois também tenho outro projecto que me vai ajudar muito, que será a mudança de estúdio. Vou ter um local onde poderei ter a minha zona de trabalho, com bastante qualidade acústica, onde vou conseguir trabalhar mais horas, o que me vai ajudar muito a desenvolver a parte da produção - será um dos grandes objectivos a curto prazo. Pretendo também cada vez produzir mais e aprender mais. E claro, continuar com as atuações. Apesar de nesta fase as pessoas estarem a cortar-se um pouco porque preferem gastar 50 ou 70 euros num DJ que vá ao espaço passar outro tipo de som. Portanto, a nível de atuações não tenho tido muitas como gostava, mas as que tenho são de valor e as pessoas dão-me os parabéns ao final da noite e isso para mim é que conta, não são aquelas noites para encher calendário, que lá está, é por menos dinheiro ou nenhum e as pessoas não dão valor. Hoje em dia as pessoas preferem tocar de borla num sítio que é muito 'in', que está cheio, do que esperar e pedir o seu justo valor...
 
Que mensagem gostarias de deixar aos teus seguidores e aos leitores do Portal 100% DJ?
Gostaria de enviar uma mensagem de agradecimento aos meus seguidores. Gosto muito que as pessoas me peçam opiniões, que me 'chateiem', que me perguntem coisas, conselhos... E também aquelas pessoas que vêm ter comigo no final da noite e me dão os parabéns. Gosto desse tipo de feedbacks, porque nós também vivemos do feedback, e é importante sabermos que existem pessoas que reconhecem o nosso trabalho. Aos leitores espero que continuem ligados, porque realmente em Portugal estava a fazer falta uma plataforma destas. Dou aqui uma especial força para que continue e sempre a melhorar, porque as pessoas precisam de saber o que anda a acontecer na nossa área, sobretudo em Portugal.
 
 
 
Publicado em Entrevistas
A poucos dias do sunset mais épico do ano, o Where's the Party by Carlsberg está a finalizar os preparativos para proporcionar uma épica experiência musical num local único como o Heliporto da Marina de Cascais, que se irá transformar em "capital" da música eletrónica durante oito horas. No sábado, dia 28 de junho, das 16 horas à meia noite, Thomas Gold, Danny Avila, Pete Tha Zouk, Pedro Cazanova e FunkYou2 vão dar música às mais de seis mil pessoas que são esperadas no evento.
 
Com um cartaz composto por grandes nomes da música eletrónica mundial, o sunset da Carlsberg irá proporcionar um fim-de-tarde e noite de elevada qualidade musical num local único como é Cascais. O cenário e a paisagem envolvente do Heliporto da Marina tornarão esta experiência ainda mais inesquecível. 
 
Ao nível da produção, o evento contará com um dispositivo técnico de mais de 120.000 watts de som, 80.000 watts de luz, 165m2 de ledwall vídeo de alta resolução, duplo LaserShare de alta intensidade, CO2, espetáculo de pirotecnia e muito mais. A Welove Events é a empresa responsável pela produção do evento cujo conceito Where’s the Party by Carlsberg inclui ainda um club tour de festas que está a percorrer o país até Setembro.
 
O DJ e produtor Pedro Cazanova é embaixador deste conceito em Portugal e o Portal 100% DJ foi "medir-lhe o pulso", e saber quais as suas expectativas já para este sábado. "São muito boas tendo em conta que o evento do ano passado foi muito bom e este ano terá que ser melhor!" referiu o produtor português.
 
Questionado quanto às sonoridades que irá levar na mala, Cazanova não tem dúvidas e revelou ainda uma estreia "irei levar algumas sonoridades um bocado mais 'fortes' dado que é um evento muito grande e temos que nos adequar ao público e à festa. Irei também estrear a minha música nova para o Verão e quero começar a tocá-la já no sábado."
 
Mas as novidades não ficaram por aqui. Nesta conversa Pedro Cazanova confessou-nos também em primeira mão que vai lançar um CD no próximo sábado "A compilação que sai no dia 28 terá os temas mais tocados por mim na club tour da Where’s the party by Carlsberg e conta com o meu último tema produzido em parceria com o Richard Grey e com a voz do Will Simms."
 
Em jeito de desafio final, perguntámos a Cazanova, com que artista gostaria de fazer um B2B neste evento - "com o Mauro Barros" rematou.
 
Recorde-se que este ano, a grande festa do Where’s the Party by Carlsberg acontece em duas edições. Depois de Cascais, segue-se o sunset mais épico deste verão no sul do país. A 15 de agosto, o Algarve recebe, entre outros, Armin Van Buuren, eleito por 5 vezes o melhor DJ do Mundo.
 
Com estas festas, Carlsberg pretende proporcionar experiências únicas aos participantes e reforçar o seu caráter premium associando-se à noite e à celebração.
 
 
Publicado em Eventos
Será no próximo sábado, 22 de novembro, a partir das 21 horas, que o Meo Arena volta a receber uma noite épica de música eletrónica com o selo da emissora de rádio Mega Hits. Martin Garrix, Dvbbs, Blasterjaxx, Jay Hardway e o português Kura serão os "maestros" que vão levar a maior arena do país ao rubro, durante cerca de seis horas.
 
Com a realização do "Mega Hits Kings Fest", e depois do espetáculo "I Am Hardwell" em dezembro do ano passado, com lotação esgotada, Lisboa continua a ser uma das capitais europeias de eleição para a atuação dos mais jovens e talentosos DJs/produtores internacionais.
 
Os ingressos podem ser adquiridos nos locais habituais, pelo preço de 65 euros (Bilhete VIP) onde o mesmo dá direito a assistir ao espetáculo a partir de uma bancada de acesso reservado, com visibilidade privilegiada para o palco e oferta de duas bebidas. Já o bilhete da plateia “Golden Circle” tem o custo de 59 euros e garante igualmente a entrada por um acesso exclusivo e a possibilidade de assistir ao espetáculo junto ao palco, numa zona com lotação limitada. Quem quiser optar pelo primeiro balcão, o preço é de 41 euros e toda a zona atrás do "círculo dourado", na plateia, tem o preço de 45 euros.
 
A poucos dias de Portugal receber o "Mega Hits Kings Fest", o Portal 100% DJ foi ao encontro de Nelson Cunha, diretor da Mega Hits, marca que dá nome a este evento que promete marcar a diferença e proporcionar uma noite única a todos os fãs de música eletrónica.
 
As expectativas, os pedidos extravagantes, o porquê de ser só um DJ português a figurar no cartaz, e os pormenores da produção que vai fazer tremer o Meo Arena, são alguns dos temas abordados nesta entrevista exclusiva de antevisão ao evento.
 
Quais são as expectativas para o evento Mega Hits Kings Fest?
O alinhamento do cartaz diz tudo. Estamos confiantes de que teremos uma noite que ficará novamente para a história da música eletrónica em Portugal e fico ainda mais satisfeito por ser a Mega Hits a "carimbar" novamente a sua marca num território que temos vindo a construir de forma consolidada, promovendo eventos para o nosso target que marcam pela diferença e qualidade. 
 
Quantas pessoas são esperadas?
As suficientes para termos uma noite mágica à semelhança do que temos produzido nos últimos anos no Meo Arena com a nossa produtora de eventos - Genius y Meios. Basta recordar a "One Last Tour" dos Swedish House Mafia, "I Am Hardwell" o ano passado, e este ano apresentamos um evento em nome próprio - Mega Hits Kings Fest - com DJ’s/produtores de uma nova geração incrível e super talentosa. 
 
Existe grande procura de ingressos por parte de pessoas de outros países?
Sim. Todos sabemos que Lisboa recebe ano após ano cada vez mais turistas. Procurámos também com a realização deste evento contribuir para o reforço do posicionamento de Lisboa como uma capital mais urbana, jovem e moderna, proporcionando aos turistas uma proposta de espetáculo que felizmente não acontece só nas Arenas de Amesterdão, Londres ou Milão. Estamos a colocar Lisboa cada vez mais na rota favorita dos top DJ’s mundiais.
 
Porquê só um DJ português?
Porque só tínhamos seis horas de scheduling para o line-up de artistas. E achámos que o Kura este ano seria uma aposta vencedora tendo em conta a qualidade do trabalho produzido em estúdio, atuações e a popularidade alcançada junto do target. De resto, enche-nos de orgulho ter o #42 do Top 100 da DJ Mag no line-up do Mega Hits Kings Fest. 

Estamos a colocar Lisboa cada vez mais na rota favorita dos top DJ’s mundiais.

 
Há artistas a fazer pedidos extravagantes? 
Por acaso não. Também eu fiquei admirado. Martin Garrix por exemplo pede imensas toalhas, algo normal tendo em conta a máquina de desidratação do #4 do Top 100 da DJ Mag. Os Dvbbs pedem o mítico barco insuflável. Nenhum pedido demasiado extravagante - querem é fazer a festa com o público. O Martin Garrix está muito motivado pois é a primeira vez em Lisboa e numa entrevista recente à Mega Hits confessou estar a preparar várias surpresas especificas para esta noite. Estamos muito ansiosos.
 
De que forma é importante uma rádio como a Mega Hits produzir um evento deste género?
Primeiro temos uma responsabilidade enorme. O ano passado com o "I Am Hardwell" arriscámos tudo quando anunciámos a vinda de Hardwell e estávamos muito longe de saber que seria o DJ #1 do mundo. Após essa noite percebemos que deixámos a fasquia muito elevada para a preparação do "Mega Hits Kings Fest" de 2014. Fizemos um longo trabalho de prospeção de mercado, encontrar os artistas certos, a combinação ideal alinhada com as disponibilidades de agenda não foi fácil. E não se trata da produção de um evento qualquer numa sala mediana, ou ambiente igual a tantos outros. Teria de ser diferente. Nesse sentido cumprimos o nosso objetivo, construir um alinhamento que fizesse o "fit" com a linha editorial da Mega Hits e o target da estação.
 
 
A Mega Hits vai continuar a apostar na música eletrónica?
É muito provável que sim, mas todos sabemos a facilidade com que os jovens mudam de gostos e hábitos. Estaremos atentos e com novidades a apresentar brevemente.
 
Que mensagem gostaria de deixar ao público?
Quem ainda não comprou bilhete, despache-se. Quem já comprou, acredito que vai viver uma das melhores experiências das suas vidas. Estão a chegar a Lisboa oito camiões de 20 metros de comprimento com equipamento que irá tornar este espetáculo fabuloso. Efeitos especiais, lasers, CO2, pirotecnia em tudo superior aos espetáculos "I Am Hardwell" ou "One Last Tour" dos Swedish House Mafia, mais de 170.000W de som, 200m2 de ecrãs vídeo, um cenário audiovisual nunca antes visto no Meo Arena. Mais de 200 pessoas estão envolvidas na produção do evento. Portanto demasiados motivos para ir e ir. Vão guardar recordações magníficas desta noite, o ambiente no Meo Arena será mágico. Sugeria que fossem cedo de forma a não perderem um único BPM da viagem que tem início marcado para as 21 horas. Na Mega Hits estamos todos muito excitados com a produção deste evento e vamos experienciá-lo de forma muito especial ao lado dos nossos ouvintes e fãs de EDM.
Publicado em Nightlife
É um dos jovens talentos da música eletrónica nacional e um dos mais reconhecidos na sua terra natal: os Açores. Depois de ter alcançado a posição número 21 do Top 30 de 2016 do Portal 100% DJ e de subir ao palco do RFM SOMNII, a redação esteve à conversa com o artista sobre a sua carreira e o futuro da mesma.
 
 
Em 2014 recebeste uma Medalha de Mérito na área da Cultura e Juventude do Município da Praia da Vitória e em 2016 ficaste na posição número 21 do TOP 30 do Portal 100% DJ. O que representam para ti estas distinções? Influenciaram a tua carreira?
É sempre bom ser valorizado pelo trabalho que desenvolvemos, onde para mim, a principal distinção é o reconhecimento do público e estes prémios são o reflexo disso. Ser considerado um artista consagrado na minha região foi uma das maiores conquistas que obtive. Cresci artisticamente a ouvir a expressão “santos da casa não fazem milagres’’ e a verdade é que no início senti isso na pele, tal como a maioria dos artistas, seja em qual área. É preciso trabalhar e insistir, e muitas vezes, ser reconhecido primeiro ‘lá fora’ para depois ser valorizado por cá. Não posso dizer que tenha sido assim comigo, pois sempre senti o carinho dos meus e sempre me preocupei em criar uma ‘fan base’ sólida antes de me lançar para outros patamares, mas obviamente que se acaba por estar no centro das atenções após conquistar algo além da tua região. E esta medalha de mérito reflete um pouco os dois panoramas: o trabalho e as conquistas fora da região e o carinho do público e o reconhecimento das instituições locais. E claro, não podia estar mais contente por isso. Recentemente, com a distinção no TOP 30 do Portal 100% DJ, senti que este carinho e este reconhecimento era maior do que eu esperava quando entrei na posição número 21 e claro, estou grato por todo o apoio do público. Para mim estas distinções deram-me motivação extra e a responsabilidade de entregar mais e melhor trabalho ao público que me acarinha e consequentemente deu-me a oportunidade de subir a outros palcos que sempre desejei.
 
Fala-nos do teu mais recente single e do seu feedback junto do público.
Tem surpreendido o público pela positiva. Muitas pessoas não associaram à primeira o tema ao meu trabalho desenvolvido no passado enquanto artista. E isso é bom, era algo que pretendia, surpreender e mostrar ao público que me conhece simplesmente como DJ ou mesmo pela componente de produtor do chamado EDM, que sou e que tenho desenvolvido muito mais artisticamente para além disso. Tenho-me preocupado pouco em fazer música para a pista de dança, mas sim para as pessoas. Eu no meu dia a dia ouço de tudo um pouco, considero-me uma pessoa eclética musicalmente e não só. Acho que este tema é o resultado disto. Penso que este tema reflete uma maturidade musical e pessoal e as pessoas aperceberam-se disso. O tema tem uma forte influência do universo Pop e RnB desde os acordes de guitarra à voz do TonyB, com bases rítmicas que vão do Trap, influenciado pelo Hip Hop que ouço constantemente às sonoridades tropicais e sintetizadores eletrónicos. Ou seja, acabo por concentrar todas as minhas influências no processo criativo e de composição do tema desde o início.
 
Dizem que o público dos Açores é imparável. Quais são as principais diferenças entre o público do continente e dos Açores
Sem dúvida que é! É um público que vibra connosco e que sente toda a energia que lhes é transmitida do palco. Ao mesmo tempo é um público atento e diversificado, num só festival ou evento há uma variedade enorme de gostos musicais. Pode ser um público difícil de se agarrar, mas depois disso está garantida a festa! Principalmente nas camadas mais novas vê-se muitos “die-hard fans” que seguem os artistas para todas as ilhas e festivais da região e que vibram com toda a energia na frontline. Não me posso queixar de forma alguma, adoro todos os fãs que vibram e vêm falar comigo após o espetáculo. É por eles que faço e continuo a fazer o que faço. São os maiores! Em relação a diferenças de público, não há públicos melhores nem piores. Acho apenas que com a oferta enorme que há de eventos no continente e festivais hoje em dia, acaba-se por encontrar públicos muito específicos em Portugal Continental, quando nos Açores é um público um pouco mais vasto em termos de gostos e idades devido à menor oferta de eventos ao longo do ano. No continente quando sou convidado para certo festival ou evento, já tenho uma ideia do que tocar ou o que resultará melhor na pista. Nos Açores é sempre uma surpresa, o que acaba por ser interessante e desafiante.
 

Sempre quis explorar outras vertentes do que é um espetáculo

 
Que novidades podes desvendar acerca da tua carreira nos próximos meses?
Este Verão apresentei pela primeira vez o meu live show. Era uma ideia que já tinha à algum tempo. Sempre quis explorar outras vertentes do que é um espetáculo e achei estar preparado para o fazer. Juntamente com um baterista, guitarrista e MC, fui disparando versões ao vivo dos meus singles e vários edits e remixs, com a ajuda dos músicos que os iam interpretando. Quero continuar a explorar esta vertente nos próximos meses e ando também a preparar um DJ set mais completo e dinâmico com visuais, desde videomapping, luzes e efeitos. Quero também continuar a desenvolver a comunicação perto dos fãs e tentar chegar a outros palcos e cidades por onde ainda não passei. Para além disso estou já a trabalhar nos próximos singles, a tentar trazer algo diferente e fresco do que tenho desenvolvido. O trabalho está a ser feito, portanto veremos o que o futuro nos reserva.
 
Que balanço fazes da “Fall Tour”, que incluiu uma atuação no RFM Somnii na Figueira da Foz?
Super positiva! Foi um verão repleto de datas, de novos palcos, novos locais e a receção foi sempre calorosa. Uma das coisas que me deu mais prazer foi as pessoas reconhecerem os meus singles, principalmente a nova música que lancei este ano, a “Fall”, não há melhor sentimento que vermos as pessoas reconhecerem e cantarem a música que fizemos ao longo de meses de trabalho e dedicação. Tocar no RFM Somnii foi mais um sonho tornado realidade! Tocar e estar ao lado de nomes como Tiësto e Armin van Buuren numa das maiores beach partys da Europa é uma sensação única.
 
De que forma é que lançar um tema numa editora de prestígio como a Vidisco pode ajudar uma música a alcançar o sucesso?
Infelizmente, não basta fazer boa música nos dias de hoje. Cada vez mais é preciso planeamento, marketing e acima de tudo networking para fazer a tua música chegar às pessoas. Apenas colocar a música nas nossas redes sociais e em plataformas como Soundcloud estamos a limitar em muito o nosso target e o potencial do tema. Muitas vezes, a música está pronta para lançamentos, mas temos de ser pacientes e perceber o que está em volta do business por de trás de uma indústria criativa e artística como a música. Traçar um plano de marketing, ter uma boa distribuidora, uma boa editora, fazer uma boa comunicação, ter uma boa assessoria, faz com que o potencial do tema seja exponencial. Editar por uma editora reconhecida e conseguir um bom acordo de publishing foi o que sempre tentei fazer com a minha música. Afinal de contas, estamos a ‘entregar’ o nosso trabalho de meses e anos a alguém.
 

Fico sempre surpreendido com a tranquilidade e humildade no backstage daqueles que dão os show mais energéticos em palco.

 
Embora com uma curta carreira, já tiveste contacto com inúmeros artistas internacionais. Qual ou quais os que mais te surpreenderam e porquê?
Felizmente já tive a honra de partilhar o palco com alguns dos maiores artistas internacionais do momento. Fico sempre surpreendido com a tranquilidade e humildade no backstage daqueles que dão os show mais energéticos em palco. Falo de nomes como Borgore, Tony Junior, R3HAB, Bl3nd, que dão tudo em palco, mas que ‘behind the scenes’ são super tranquilos e têm tudo controlado desde horas de descanso e refeições. Afinal de contas, são artistas que vem de tours internacionais muitas vezes com um imenso desgaste físico e psicológico.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Primeiro que tudo, um muito obrigado! Que continuem a apoiar a música eletrónica e os artistas portugueses. E que quem deseja, um dia, fazer carreira da música eletrônica que não desista dos seus objetivos, mas que esteja preparado para muito trabalho, sacrifício e, acima de tudo, persistência. Por fim, não posso deixar de agradecer ao Portal 100% DJ por tudo o que tem feito por todos nós na divulgação do melhor que se faz por cá na música eletrónica!
 
Publicado em Entrevistas
É o melhor amigo de Hardwell e nos últimos tempos tem demonstrado da melhor maneira o seu talento na área da música eletrónica. O Portal 100% DJ teve a oportunidade de entrevistar Dannic, durante a sua estadia em Vilamoura, onde atuou na discoteca Bliss na mesma noite. As suas atuações em Portugal, os fãs nacionais, a relação com Hardwell e as novidades sobre sua carreira foram alguns dos pormenores desvendados à única plataforma em Portugal “365 Dias ao Ritmo da Noite” numa imperdível entrevista.
 
 
Quais foram os teus melhores momentos em Portugal?
Estive cá poucas vezes. Uma delas num festival fantástico (RFM SOMNII – O Melhor Sunset de Sempre), penso que estavam 40 mil pessoas na praia e foi, definitivamente, um dos pontos altos deste ano. E claro, o primeiro espetáculo que fiz aqui, no I Am Hardwell (Lisboa) que foi muito bom também.
 
Quem gostavas que fosse o número 1 do Top 100 da DJ Mag?
Hardwell, sem dúvida. Teve um ano fantástico, com um novo álbum e tudo.
 

Já tenho vários talentos que estou a apoiar e agora para a minha editora quero dar-lhes destaque.

 
Conheces algum DJ português?
Sim, claro! Kura, é um grande amigo meu. Mas também há novos talentos, cujos nomes não me recordo agora. É bom ver cada vez mais novos produtores vindos de Portugal.
 
Que novidades podes desvendar acerca do futuro da tua carreira?
Vou lançar muitas músicas, tenho muitos temas a sair. No Tomorrowland reproduzi alguns ID’s e estive em estúdio com pessoas interessantes para novas colaborações como Makko, Sick Individuals... Tenho também duas novas músicas a solo e criei agora a minha própria editora, que vai ser muito interessante.
 

 
Vais apostar em novos talentos para a tua nova editora?
Já tenho vários talentos que estou a apoiar e agora para a minha editora quero dar-lhes destaque. Apesar de ter a ‘Dannic Selection’ na Revelead Recordings, eu quero ter a minha própria plataforma para poder ajudar os novos talentos.
 
Como descreves o público português?
Muito amigo, carinhoso e super educado em cada música que reproduzes. São pessoas muito boas, gosto muito.
 
Como é trabalhar com Harwell, o teu melhor amigo?
É o meu melhor amigo, por isso para mim é uma coisa normal. Nós conhecemo-nos à 11 anos, penso eu, antes dele ter sucesso e já fizemos quase tudo juntos. Estive em estúdio com ele desde o início, quando a Revealed Recordings nasceu e quando fiz uma das minhas primeiras músicas. É muito bom ter um amigo que faz a mesma coisa que eu. Para nós é como se fosse um passatempo porque amamos aquilo que fazemos. É a melhor sensação do mundo.
 
Há algum segredo por detrás do sucesso holandês na música eletrónica?
É uma boa pergunta. Primeiro que tudo, há 20 anos atrás, o que a electronic dance music é agora, nós tínhamos isso na Holanda, mas com mais techno. Sendo assim, penso que é uma vantagem pois temos muitos DJs na Holanda, que é um país pequeno e todos se entre ajudam. Os holandeses adoram ajudar-se uns aos outros, tal como podem ver no futebol. Tiesto, Hardwell, Dyro e muitos outros já me ajudaram e isso faz com que sejamos uma grande família e que fiquemos no topo.
 
Que mensagem queres deixar para os leitores do Portal 100% DJ?
Primeiro que tudo, obrigado (em português) por todo o apoio. É fantástico ver como as pessoas reagem às minhas faixas e aos meus DJ sets. Os meus fãs portugueses são uns dos melhores, desde o início, por isso muito obrigado.
 
Publicado em Entrevistas
Vando Camarinha tem 28 anos e depois de conquistar o território nacional, começa agora a dar cartas no mundo da música eletrónica a nível internacional, através de imagens capturadas por si, no momento certo. Natural do Porto e formou-se em Multimédia pelo Instituto Superior da Maia, unindo assim várias das suas paixões: design gráfico, vídeo e fotografia. Fica a conhecer melhor a sua personalidade e trabalho através da entrevista que lhe fizemos.

Como começou a tua história no mundo da fotografia ligada à música eletrónica? 
Foi há 5 anos. Eu trabalhava na noite como fotógrafo e o meu melhor amigo veio à discoteca nessa noite e acabou por me fazer a pergunta: “Vando já que gostas tanto de fotografar, porque não apostas em festivais de música?”. A partir daí comecei a pesquisar sobre alguns trabalhos de alguns fotógrafos profissionais na área dos festivais e com alguns contactos que tinha fui convidado a fazer os meus primeiros festivais. Estava um pouco nervoso no início porque não sabia onde me ia meter! Mas a partir desse momento foi ‘sempre a abrir’. Adoro a fotografia de ambiente festivaleiro, adoro música eletrónica e esses dois temas juntos é perfeito para mim e para o que eu faço!

Que festivais e artistas já fotografaste? 
Portugal: MEO Sudoeste, EDP Beach Party, Melhores do Ano, RFM Somnii, Mega Hits Kings Fest, I’ am Hardwell. Internacionais Inox Park Paris e Elektric Park Festival. Artistas: Dannic, Hardwell, Martin Garrix, Bob Sinclar, Laidback Luke, Dimitri Vegas & Like Mike, Sebastian Ingrosso, Showtek, DVBBS, Thomas Gold, Lost Frequencies, Alesso, Pete tha Zouk, Kura, Nervo, Don Diablo, Bassjackers ,Tujamo, entre outros.

Que história caricata podes contar sobre um dos teus trabalhos?
Tenho várias, mas uma que recordo mais foi quando estava a fotografar as NERVO em Paris e no momento em que ia a sair do palco, acabei por cair de cu no chão! No momento senti-me um pouco envergonhado porque tinha todas as pessoas a olhar para mim e porque foi o primeiro festival que fiz internacionalmente. Como devem calcular, as pessoas começaram-se a rir e eu com a minha calma toda disse-lhes que era uma coisa normal quando se ama o que se faz! 

Que artista gostaste mais de fotografar? 
Kura foi sem dúvida um dos que mais gostei de trabalhar. Para além de humilde, foi das pessoas que mais apostou em mim e que me deu força para continuar a fazer mais e mais neste ramo! 
 
Que material fotográfico aconselhas para um jovem fotógrafo que queira seguir os teus passos? E algumas dicas?
De material fotográfico aconselho para os iniciantes desta modalidade, a Canon 550D ou Canon 700D. Para iniciar é perfeita para praticar. 
Pesquisando, inovando e tendo sempre uma open mind, isso é a melhor dica que podem ter. Não se deixem intimidar por ninguém, sejam simples, humildes, idealizem, concretizem e principalmente sejam unidos.

Quais os eventos e artistas que mais gostarias de fotografar?
Ultra Music Festival e Tomorrowland.
 

Publicado em Entrevistas
Poucos são os palcos e clubes nacionais que Overule não terá ainda pisado. Com uma média anual de 150 atuações que classifica como "muito gratificante", é possivelmente o DJ que mais "toca" em terras lusas. 
Além dos discos, coleciona também uns sólidos 11 anos de carreira. Nesta entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, Overule fala do seu passado e da sua experiencia, comenta as vantagens e desvantagens da "era" do Digital DJing, opina sobre a noite em Portugal e faz um balanço muito positivo do ano que passou, destacando dois gigs que lhe ficaram na memória. Contou-nos ainda os pormenores do "Mr Superstar" - o seu novo single de estreia, confessando que para o produzir se inspirou nas tendências dos finais dos anos 70, inícios de 80.
Durante o decorrer deste ano e além da promoção do novo single, Overule estará empenhado no concretizar de um novo projeto com um baterista - notícia que nos desvendou. Para conhecer na primeira pessoa… Overule!
 
 
O que é que te levou a entrar no mundo da música?
Acima de tudo sempre gostei de música. Sempre mexeu comigo tudo o que está interligado com música… possivelmente começou por aí. Depois comecei a ouvir determinados estilos de música que têm mais envolvente do que apenas música, estou a falar nomeadamente do Hip Hop, que despertou para mim um interesse muito maior em relação à música e à maneira como eu via a música. Foi por aí que dei os primeiros passos.
 
Há quanto tempo és DJ?
Há cerca de 16 anos. Profissionalmente, há 11 anos.
 
Deixaste de estudar para ingressar no mundo da música, não foi?
Não foi propriamente para ingressar no mundo da música. Eu deixei de estudar para me tornar um DJ profissional. Na altura foi uma opção difícil porque estava muito pressionado, principalmente pela minha família, mas tinha em mente que me “iria dar bem”, porque já andava com um ritmo de trabalho grande e sabia também o meu valor e as minhas capacidades. Previa que se tivesse o tempo necessário para me dedicar a 100% a isto, que conseguiria ser bem sucedido. Foi isso que me levou a deixar de estudar. Não sei se um dia mais tarde me vou arrepender disso, mas para já não me arrependo e tem corrido bem. Se calhar a maior razão para ter deixado de estudar, foi imaginar-me no final do curso, a trabalhar num escritório, fechado 8 horas ou então a fazer o que faço neste momento. Coloquei as duas coisas na balança e decidi fazer o que atualmente faço, precisamente porque sabia que ia ser muito mais feliz. Se não o fizesse e se tivesse continuado com o curso, não seria uma pessoa tão feliz como sou hoje.
 
Já foste DJ de uma banda de Hip Hop. Queres contar-nos essa experiência?
O DJing apareceu na minha vida através do Hip Hop, porque antes de ser DJ, o meu objetivo era fazer scratch. Eu não sabia nenhuma técnica de mistura, nem nenhuma técnica do que está associado ao trabalho de um DJ, apenas tinha interesse em fazer scratch, e comecei por aí, sem material nenhum, a brincar com uma aparelhagem que os meus pais tinham lá em casa e com alguns vinis antigos do meu pai. Depois fui para a banda de Hip Hop. Senti necessidade de fazer, de alguma forma, parte do movimento Hip Hop, e na altura, aquela vertente com que mais me identificava dentro das quatro que compõem o Hip Hop (DJing, MC, Graffiti e B-boying), era precisamente o DJing e as coisas começaram por aí. A banda de Hip Hop também ajudou a que evoluísse como DJ e que abrisse mais os meus horizontes no trabalho que faço atualmente. Penso que o Hip Hop nesse aspeto foi uma escola para mim, servindo de impulsionador daquilo que faço hoje. Depois obviamente que fui evoluindo e tomando conhecimento de outros estilos musicais, de outras culturas... mas começou por aí.

Assumes-te um DJ de Hip Hop?
Não propriamente. Acima de tudo considero-me um freestyler. "Estilo livre - Open format" é como se denomina o tipo de DJs como eu. Também não toco todos os estilos de música, porque há determinados estilos que eu próprio não compreendo e não me dizem nada. Eu toco aqueles que me dizem alguma coisa e que eu acho que têm qualidade suficiente para inserir e me divertir a tocar.

(...) as ferramentas estão mais facilmente disponíveis, há muito mais gente a aderir e a querer ser DJ.

 
Basicamente misturas "todos" os géneros musicais. Neste momento e na tua opinião qual é o género que as pessoas absorvem mais e melhor?
Acho que a nível de música eletrónica, o House em Portugal tem uma aceitação muito grande e desde que existem DJs portugueses nos clubes, de há 40 anos para cá, que este género musical sempre teve um peso muito forte. Se calhar não é o que me entusiasma mais, mas tenho de reconhecer que em Portugal é o que tem mais força. 
 
Tens ideia do número exato de discos que coleccionas?
Nunca me dei ao trabalho de os contar a todos, um a um. Fiz uma contagem assim por alto, da última vez que mudei de casa, e rondavam os dez mil discos de vinil. O crescimento desta coleção já estagnou, há três ou quatro anos atrás, altura em que eu aderi ao Serato e às novas tecnologias. Hoje em dia também é muito raro comprar vinil, a não ser que haja algum específico que seja de coleção, mas tirando isso a maioria das músicas que compro são digitais. 
 
Por falar em digital... Qual é a tua opinião sobre o digital djing e toda esta nova era?
Tem as suas vantagens e desvantagens. Se olharmos do ponto de vista em que eu, há uns anos atrás, quando tocava só com vinil, tinha que carregar quatro malas de 100 discos cada uma e que me dava cabo das costas e do físico, e hoje em dia só tenho de carregar um laptop, nesse aspecto é bastante positivo. Mesmo a nível do trabalho, ajuda imenso porque hoje em dia, com programas digitais, conseguimos fazer determinadas coisas que com música tocada em vinil não seria possível. Acho que essas são as principais vantagens. As desvantagens por sua vez, passam pelas empresas que desenvolveram esses softwares, que estão a tornar o trabalho do DJ cada vez mais fácil. O que de certa forma permite que os novos DJs não se esforcem tanto e não trabalhem tanto a parte técnica como se trabalhava há uns anos atrás. E isso de certa forma está a causar uma menor qualidade no nosso trabalho e na maioria dos DJs que se vêem por aí, porque não se preocupam minimamente em fazer um trabalho técnico. Acho que os programas também ajudam a essa facilidade, a esse comodismo. 
 
Já que o trabalho é facilitado, consideras que os softwares também ajudam a que haja um número mais elevado de pessoas interessadas?
Eu acho que a procura é a mesma, só que como as ferramentas estão mais facilmente disponíveis, há muito mais gente a aderir e a querer ser DJ, e, no fundo, eu não acho isso mau nem vejo nenhuma desvantagem nisso - acho que há lugar para toda a gente - mas acho que no mínimo as pessoas que querem ser DJs, deveriam esforçar-se para saberem o básico da técnica e aprender um pouco sobre a história da música, ou seja, a sua cultura musical, porque isso também conta, não é só ir aos tops de determinadas rádios e lojas, e "sacar" todo aquele top e fazer um set só dessa listagem. Há por trás um trabalho muito maior e muito mais exigente que apenas esse. 
 
Que opinião tens sobre a noite em Portugal?
Sinceramente já foi melhor. Acho que a noite em Portugal tem vindo a perder qualidade, mas ainda há alguns espaços em que se consegue sair e ter um serviço de qualidade - isto é, serviço de qualidade a todos os níveis, desde o serviço de bar, a porta, a qualidade do DJ, a música, a decoração da casa... Esse tipo de pormenores que todos juntos oferecem aos clientes um serviço de qualidade. Existem algumas casas que ainda conseguem fazer isso, mas a maioria do que tenho visto por aí, tem vindo a perder um pouco isso. Não estou a dizer que é culpa dessas casas, se calhar também é culpa da crise que estamos a passar e do facto de não estar tanta gente a sair à noite e as casas não têm tanta gente a consumir nas noites em que abrem, que também contribui para que a qualidade seja um pouco inferior. Infelizmente é assim, mas são os dias que correm, e esperemos que venham melhores dias e melhores noites!
 
Tens uma média anual de 150 atuações por ano em Portugal. O que é que isto significa para ti?
É muito gratificante. No final do ano, quando penso nesse número é desgastante mas acaba por ser gratificante, porque o facto de conseguirmos fazer esse número de atuações significa que as pessoas, passados dez anos, continuam a gostar do meu trabalho e a contratar-me e significa que o trabalho e a ideia que eu tinha desde inicio de fazer uma carreira a longo prazo está a ser bem sucedida. Essencialmente é isso que significa esses números. Às vezes, números em si também só não chegam, é preciso dar continuidade a esse trabalho. Quero com isto dizer, que não basta apenas um ano com 150 atuações, mas é preciso manter esse nível e ritmo durante vários anos para se conseguir construir uma carreira sólida.
 

Para mim a fama é apenas um acessório, não é algo que eu procuro, vem apenas por acréscimo do trabalho que faço.

 
Certamente que este número envolve também trabalho da tua agência...
É da agência e não só. Isto é um trabalho de equipa. Nós trabalhamos sempre todos em conjunto. Eu próprio marco datas, não tenho o trabalho de booking completamente entregue a uma agência. É um trabalho que desenvolvemos em equipa e todos trabalhamos em prol do mesmo. 
 
Trabalhas também muito a tua imagem. Atualmente qual achas a melhor e mais viável forma de chegar facilmente aos fãs?
A internet hoje em dia é o meio mais rápido de comunicar com as pessoas, não só com os fãs mas com o público de maneira geral. E principalmente Facebook e plataformas digitais de redes sociais que ajudam a que isso aconteça e as pessoas conseguem por si só também estar mais a par e mais por dentro do meu trabalho e não só, mas também do meu dia-a-dia, sem ser como DJ.
 
Que balanço fazes do ano que passou? Qual o gig que mais te marcou?
Acima de tudo é obviamente um balanço positivo. Foi um ano com bastantes atuações e de muito trabalho de estúdio, porque no fundo para lançarmos determinados temas temos de estar quase um ano a preparar esse trabalho e é isso que eu estive principalmente a fazer o ano passado e vou continuar a fazer este ano também. Relativamente ao gig... vou apontar dois: as festas de São Paio na Torreira, um evento que me surpreendeu imenso. Foi ao ar livre, em cima da praia, com cerca de dez mil pessoas - algo único. O segundo foi a Expofacic, que também gostei bastante e que me correu bem.
 
Tens também uma série de marcas a trabalhar contigo. Consideras que são importantes para o crescimento da tua carreira?
Sim, no fundo nunca fui eu que procurei as marcas, foi precisamente ao contrário. É uma boa associação porque há uma interajuda a nível de trabalho. 
 
Entraste em 2014 a lançar um novo single. Fala-nos um pouco sobre o teu "Mr. Superstar".
Este tema é a minha estreia como produtor a solo. Eu já tinha vindo a trabalhar como produtor noutros projetos e estive associado a vários
 projetos, alguns deles com boa visibilidade, outros nem por isso, mas essencialmente estive cerca de dois ou três anos parado, sem produzir, estava focado nas atuações, nos meus DJ sets e no trabalho que desenvolvo ao vivo. Também o radioshow que faço me ocupou bastante tempo e tirava-me tempo para produzir. No início de 2013 decidi voltar ao estúdio e à produção - porque já andava com saudades disso, e foi principalmente esse o motivo que me levou a produzir. Neste single de estreia, que já fiz há meio ano atrás, e que na altura não sabia se iria ser o primeiro - isso foi decidido mais tarde - decidi convidar o Virgul porque é um parceiro de estrada, com quem trabalho em atuações ao vivo já há alguns anos. Decidi convidar um amigo, que por sua vez convidou outro amigo - o Atiba, que já tinha participado com o Virgul nos álbuns dos Da Weasel e dos Nu Soul Family.
 
No que é que te inspiraste para o produzir?
Acima de tudo inspirei-me nas tendências dos finais dos anos 70, inícios dos 80, naquela linha do Funk e do swing, da Motown, de James Brown, por aí... Eu acho que o Hip Hop em si também tem muita influência do Funk e do Sampling, de coisas de Disco e Funk dos anos 70 e 80, e eu achei por bem começar por essa vertente musical.
 
Consideras-te um "Superstar"?
Não, de todo. O "Superstar" no fundo é uma caricatura e uma crítica social às pessoas que são pouco presunçosas, que procuram a fama apenas como meio de ostentação e não como um "acessório". Para mim a fama é apenas um acessório, não é algo que eu procuro, vem apenas por acréscimo do trabalho que faço.  
 
Para além da promoção do teu novo single, que novos projetos tens para desenvolver este ano?
Tenho mais singles para lançar durante o resto do ano e desde o Verão de 2013 que voltei a trabalhar em rádio e estou a fazer o meu radioshow semanal em 10 rádios do país. E posso adiantar, em primeira mão, que estou a desenvolver para o Verão um projeto ao vivo com um baterista e que irá chamar "Drumma Scratch". Será um projeto engraçado e diferente. Terá um número limitado de atuações que vamos apresentar apenas em grandes palcos. Vamos trabalhar a componente de remixes e edits próprios, tudo para tornar um espetáculo diferente e inovador. 
 
Que mensagem gostarias de deixar aos teus fãs e aos leitores do Portal 100% DJ?
Queria acima de tudo agradecer-lhes pelo apoio que me têm dado ao longo destes anos, por gostarem de ouvir o meu trabalho e por continuarem a sair à noite para me ouvir.
 
 
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O DJ e produtor português está a ter um dos melhores anos de sempre na sua carreira. Depois do Tomorrowland Brasil e do Ultra Music Festival em Miami, Diego Miranda subiu pela primeira vez a um dos palcos mais desejados do mundo, o do Tomorrowland, em Boom, na Bélgica. Após a sua atuação neste festival, o Portal 100% DJ esteve em exclusivo à conversa com o autor do hit “Turn The Lights Out”, onde foram falados temas sobre a sua presença nos grandes festivais internacionais, bem como os projetos que tem na manga para desenvolver a curto e médio prazo.
 
 
Quais eram as tuas expectativas para a atuação no Tomorrowland (Bélgica)?
Esperava sobretudo o apoio dos portugueses como foi no Ultra Music Festival de Miami e agradar o público que estaria ali para ver-me, porque estás perante pessoas de todo o mundo, de todas as nacionalidades. Era portanto uma grande responsabilidade. Mas fiquei extremamente feliz e realizado ao ver a reação do público quando reproduzi as minhas músicas mais recentes.
 
Antes deste Tomorrowland tiveste a oportunidade de pisar os palcos do Ultra Music Festival em Miami e do Tomorrowland Brasil. Conta-nos como foi essa experência. Ficaste orgulhoso de representar Portugal?
É sem dúvida uma grande honra e um grande privilégio! Fui um dos DJs portugueses a estar no Ultra Music Festival de Miami e o Tomorrowland Brasil será sempre um grande marco na minha carreira. Ao mesmo tempo, sei que isso é uma esperança para todos os jovens que anseiam tocar nesses festivais. É uma forma de abrir portas para o nosso país. E depois, estar a tocar e começar a aparecer a nossa bandeira por todos os lados do público é uma sensação única. Estou muito feliz!
 
Que projectos tens para desenvolver a curto prazo e que possas divulgar aos teus seguidores?
Finalmente vai sair pela Smash The House, editora dos Dimitri Vegas & Like Mike, o meu tema "Nashville" com Wolfpack, a faixa que tem passado em todo o mundo pela mão dos DJs oficiais do Tomorrowland, que dão todo o apoio, reproduzindo-a quase sempre no início dos seus sets. Assinei também uma música nova intitulada de "Weapons of the Future" pela Panda Funk, editora do Deorro, que sai no próximo mês. Vou lançar agora o meu novo tema "Crystalized" com o cantor Vince Kidd. É mais direcionada para a rádio, tropical mas muito fresh. Estou muito espectante. Vou ter várias colaborações também, uma delas é com WAO, um nome que vai dar muito que falar. Já tínhamos trabalhado juntos num tema mas agora ele vai estar em Portugal e acredito que vamos ter vários trabalhos juntos, porque além de um grande amigo é muito talentoso e os dois juntos terá um grande resultado com certeza. Para já é tudo mas sigam-me nas minhas redes sociais que eu vou sempre divulgando o que estou a fazer no momento. "The best is yet to come".. Fiquem atentos e nunca desistam dos vossos sonhos.
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Após pisar palcos do Tomorrowland ou o Ultra Music Festival, o DJ e produtor português acaba de lançar um novo single intitulado de “Crystalized”, em colaboração com Vince Kidd, com o selo da Sony Music.
 
A voz do tema é de Vince Kidd, um dos participantes da quarta temporada da edição inglesa do The Voice. “Os Karetus, os quais admiro muito, é que sugeriram” este cantor “porque já o conheciam e assim que ouvi a voz dele num vídeo que eles me mostraram, arrepiou-me de imediato”, afirmou Diego Miranda em entrevista ao Portal 100% DJ.
 
Vince Kidd veio diretamente de Londres para Portugal e entrou em estúdio com Diego Miranda e participou também no videoclip gravado na Serra da Estrela.
 
Questionado sobre as editoras portuguesas e a pouca aposta na música eletrónica por parte das mesmas, Diego Miranda admite que “esse é um dos grandes problemas dos produtores de electronic dance music em Portugal”, apesar de sentir que “há um enorme talento, mas depois falta o apoio por parte das editoras para que o artista possa desenvolver o seu trabalho, seja em termos financeiros como na parte de divulgação”.
 
Na opinião do DJ e produtor, “todos sabemos que atualmente também é difícil as editoras sobreviveram economicamente com a internet, onde se pode fazer download gratuito de quase tudo, mas acho que se aposta muito na música popular e esquecem-se da música eletrónica, que se calhar é muito mais ouvida, seja nas rádios ou em espaços de animação. Devia também de haver um acompanhamento ao artista. No estrangeiro as editoras funcionam praticamente como agências e que tratam de tudo do artista”.
 
Em relação à sua posição no Top 100 da DJ Mag deste ano, Diego Miranda confessa que “este foi sem dúvida um ano incrível na minha carreira. Acho que merecia subir mais ainda, mas tenho noção que a competitividade é cada vez maior e mais feroz. Já é uma grande honra representar o nosso país e estar pelo quarto ano consecutivo na tabela”.
 
Sobre o futuro da sua carreira, Diego Miranda revelou ao Portal 100% DJ que está neste momento a trabalhar com os Karetus e Mia Rosa “num tema que acho que vai dar muito que falar”, além de outros projetos e colaboração com outros artistas como o Wao e “também é possível que faça mais um tema com os Wolfpack”. Em relação às suas atuações, o artista vai estar presente na Ásia, Europa e América do Sul mas admite que “the best is yeat to come, sempre!”.
 
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A paixão pelo DJing começou bem cedo, por volta dos 14, 15 anos, ainda no "seu" Alentejo, mais concretamente em Beja. Agora, poucos são os cantos do mundo que não conhecem o DJ Christian F, muito por culpa do mega-hit "Bring It On Now". Afirma, nesta entrevista exclusiva ao 100% Deejay que quer "continuar a trabalhar, cada vez mais e melhor" e o seu mais recente "Sunset Lovers", em colaboração com o DJ Gonzalez e a cantora Filipa Sousa é a prova disso mesmo. Crente no lema "o que é nacional é bom", Christian F prepara novidades para breve. O terceiro sucesso está a caminho.
 
 
Como foste "parar" dentro de uma cabine?
Tudo começou nas famosas rádios das escolas - neste caso em Beja - onde ganhei vontade em querer transmitir a todos o que vinha na minha mente a nível musical. O gosto pela rádio já tinha começado antes, mas a paixão pelo mundo do DJing começou por volta dos meus 14, 15 anos. Fui então "contratado" para tocar nos intervalos das aulas e para fazer as matinés/festas da escola. Foram sem dúvida as minhas primeiras experiências numa cabine de DJ, mas num formato ainda muito "caseiro" e sem pensar no que estava ainda para vir.
 
Onde tocaste pela primeira vez? Descreve-nos a sensação…
A primeira vez que toquei numa casa com público (2.150 pessoas nessa noite) tinha eu 15 anos… foi no Bar das Piscinas em Beja, onde eu estava a fazer companhia ao DJ Paulo Abreu (na altura era o DJ residente da casa e foi a pessoa que me ensinou os primeiros passos da minha carreira) que sempre acreditou em mim e que, na altura "inventou" uma desculpa para sair da cabine, deixando-me completamente sozinho e aí tive que me desenrascar! Correu muito bem e desde aí comecei a fazer as folgas do Paulo e tudo começou mais a sério. Foram, sem dúvida, momentos únicos que nunca irei esquecer!
 
Consideras que o DJing está em crise?
Não considero que esteja em crise, já que diariamente surgem novos DJs por todo o lado. Nos dias de hoje, com a crise geral que se faz sentir, acho que é uma profissão que todos querem ou gostariam de ter (alguns pensam ser dinheiro fácil). Não basta ter os temas da "moda" e "saber" misturar... há muita "coisa" por trás que muitos nunca irão saber, nem nunca irão viver/sentir. Para mim, quem tem qualidade e força de vontade irá sempre continuar a trabalhar. Simplesmente não podemos desistir de lutar! Temos que saber enfrentar todos os obstáculos e gerir a carreira da melhor forma.
 
O que mudou com as três importantes nomeações que já recebeste?
Foram sem dúvida um marco muito importante na minha carreira, uma vez que na altura ainda estava a viver no Alentejo e era residente no S-Club em Castro Verde. De repente vejo o meu trabalho reconhecido pela revista Portugalnight. Fiquei bastante motivado e agradecido por todos os que apostaram e votaram em mim. Mais uma vez, deixo o meu agradecimento.
 

"Se as casas trabalharem bem, acaba sempre por haver um retorno positivo para mim. Os nossos "patrões" são os clientes e não os donos das casas [...]"

 
A noite portuguesa, ainda é o que era?
Muita coisa mudou, como já respondi numa questão anterior. Muitas casas abriram, outras fecharam, outras mudaram de nome ou gerência.
No meu ponto de vista, tento sempre adaptar-me ao presente e continuar a trabalhar mais e melhor. Se as casas trabalharem bem, acaba sempre por haver um retorno positivo para mim. Os nossos "patrões" são os clientes e não os donos das casas... nunca se esqueçam disso. Outra coisa muito importante é a humildade, tanto nos artistas, como nos donos/staffs das casas. Dou muito valor quando me dizem "és humilde", mas sou simplesmente... eu.

 
Quando e como decidiste 'vou produzir uma música'?
Já produzia há algum tempo, mas nunca decidi editar um tema, pois pensava não ter ainda chegado a altura certa. Como acredito que em equipa as coisas funcionam melhor, decidi falar com alguns DJs produtores, cantores e produtores de vídeo, para em conjunto ganharmos motivação e iniciar projectos que fizessem sentido - foi o que aconteceu. Nos últimos dois anos editei dois temas, dois videoclips (obrigado à ISpot), saíram vários remixes, atingi Tops de vendas, entrei em chart's de vários DJs e Rádios nacionais e Internacionais... o que me deixa bastante contente e motivado em continuar a trabalhar.

 
2011 foi ano do lançamento do teu primeiro original. Foi fácil produzir a "Bring It On Now"?
Não foi fácil, uma vez que era o primeiro tema com voz e queria que este se tornasse numa canção e não apenas um tema de House. Quero principalmente que as pessoas se identifiquem com as letras, com as harmonias e sintam emoções. Penso que o resultado foi muito positivo e tenho a agradecer ao Mike Van Rose pela parceria, à Lia pela voz, à Marta Pires pela letra e à Exclusive Records (Vidisco), pois sem eles nada seria possível.
 
Este ano ‘Sunset Lovers’ está a fazer sucesso. Porquê este nome? É derivado à tua "veia" algarvia? Inspiraste-te em quê?
A Marta Pires foi novamente a letrista - sem dúvida um dos pilares mais importantes em todas as produções que fiz - e decidi juntar-me com o DJ Gonzalez e com a Filipa Sousa (Vencedora do Festival da Canção RTP e que foi representar o nosso país a Baku no EUROVISION SONG CONTEST 2012). O sucesso do tema "Sunset Lovers" é simplesmente graças ao público maravilhoso para quem toco e graças a esta equipa fantástica que acreditou que seria possível fazer um tema que se identificasse com o Verão e com as famosas Sunset Parties que se realizam no Mundo inteiro.
Muitas pessoas pensam que sou Algarvio, mas sou Alentejano! Claro que tenho uma veia Algarvia e daí ter feito um tema a pensar muito nas nossas praias e Sunset's que todos os dias transmitem emoções e energias positivas a todos nós. Felizmente o tema já é reconhecido internacionalmente, nomeadamente em Angola, Brasil, Moçambique, USA, Suíça, Alemanha, Espanha... Fico muito contente de sentir este feedback em relação aos temas que produzo. Vamos continuar a espalhar a produção nacional pelo Mundo. O que é nacional é bom e dou, desde já, também os parabéns a todos os meus colegas DJs/Produtores que diariamente lutam pela sua carreira.
 
Quanto tempo demorou a produzir, incluindo o vídeo-clip?
Tanto a "Bring It On Now", como a "Sunset Lovers" levaram praticamente o mesmo tempo a serem produzidas. O tempo... foi o necessário para que tudo estivesse realmente como nós acreditávamos que estaria pronto a sair. (risos)
 
Qual dos temas, te deu mais gozo produzir?
O primeiro é sempre o primeiro, mas o segundo é sempre o segundo. O terceiro está a caminho…
 
Que projetos tens na manga?
O meu principal objetivo é que as pessoas se sintam bem quando ouvem os meus temas ou me ouvem a tocar. Quero continuar a trabalhar, cada vez mais e melhor, quero aprender muito mais, quero estar cá para dançar muito e fazer dançar. Obrigado por me fazerem feliz. Em relação a novos projetos, brevemente irei ter novidades.
Muito obrigado à 100% Deejay pela entrevista, tudo de bom.
 
 
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