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[sigplus] Erro crítico: A pasta da galeria de imagens RockInRio/2016 deve ter um caminho relativo para a pasta base das imagens especificada na back-end.

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O Rock in Rio esteve de volta ao Parque da Bela Vista, em Lisboa. Este ano a música eletrónica foi um dos grandes destaques do festival, que mais uma vez contava com um DJ internacional no Palco Mundo.
 
Avicii, Carl Cox, Carlos Manaça, DJ Vibe, Poppy, Dynamic Duo, Dan Maarten, Pedro Cazanova, Diego Miranda, Amanda Chang, Beatbombers e Alok foram alguns dos artistas de música de dança convidados para o festival de origem brasileira.
 
Este ano, o palco de música eletrónica alcançou uma grande procura, desde as pool parties ao final da tarde e até à madrugada do dia seguinte. Não houve cabeça de cartaz do Palco Mundo que fizesse esvaziar a pista de dança do Rock in Rio Lisboa. 
 
Passaram pelo Parque da Bela Vista 329 mil pessoas de mais de 15 países diferentes durante os cinco dias de festival. A edição de 2018 já foi confirmada pela organização e promete surpresas.
 

NOVIDADE NO PALCO ELETRÓNICO

Uma das grandes novidades da edição deste ano foram as pool parties do palco de música eletrónica, que decorreram entre as 18 e as 21 horas. Com um ambiente inspirado em Las Vegas, os festivaleiros foram convidados a experienciar uma verdadeira sunset party com direito a piscina.
Dynamic Duo, Poppy e Dan Maarten foram alguns dos artistas que deram música aos festivaleiros presentes na piscina do Rock in Rio Lisboa. No penúltimo dia Olga Ryazanova foi obrigada a cancelar a sua atuação devido a um atraso no voo e foi substituída por Paula Chalup.
 

OH YES! OH YES! CARL COX NO ROCK IN RIO

Uma das maiores lendas da música eletrónica mundial esteve presente no Rock in Rio Lisboa e encheu o recinto do palco eletrónico do festival. O line up da mesma noite era de luxo, com os ‘mestres’ nacionais Carlos Manaça e DJ Vibe.
Carl Cox foi recebido de braços abertos pelos seus ansiosos fãs portugueses. Em agosto, o DJ está de volta a Portugal, desta vez no festival NEOPOP em Viana no Castelo.
 

PORTUGAL E BRASIL DE MÃOS DADAS

O nosso país e o território carioca sempre estiveram juntos em todas as edições do Rock in Rio Lisboa e este ano não houve exceção. Além dos lusitanos Diego Miranda, Pedro Cazanova, Beatbombers, DJ Vibe e Carlos Manaça, o palco de música eletrónica do festival contou também com a presença dos brasileiros Alok e Amanda Chang.
 

UMA DAS ESTREIAS NO ROCK IN RIO

O DJ e produtor português Dan Maarten realizou a sua estreia no festival Rock in Rio Lisboa nas novas pool parties e considera que “é um reconhecimento do trabalho que tenho vindo a ter até agora. Claro que tocar num festival com esta envergadura é sempre um marco na carreira. Espero que daqui a dois anos esteja aqui outra vez e que abra portas para outras coisas”, confessou o artista ao Portal 100% DJ.
O seu mais recente single, “A Little Love”, já alcançou o Top 100 do Shazam por diversas vezes e está presente na banda sonora na nova novela da TVI intitulada de “Massa Fresca”. “Estou muito contente porque é o meu primeiro single a sério desde que eu tenho este projeto a solo e o feedback, na minha opinião, não poderia ser melhor”, afirmou Dan.
Para o futuro do seu projeto, referiu que já tem novas músicas a sair, como é o caso “Down On You”, revelado em primeira mão e em exclusivo ao Portal 100% DJ, uma colaboração com Alon que possivelmente verá a luz do dia ainda este verão. Em relação a uma colaboração de sonho, o artista afirmou que gostaria de trabalhar com Michael Calfan ou Jauzz mas “para já, a minha colaboração de sonho é comigo próprio, ter bons songwriters a trabalhar comigo, bons cantores e criar o meu caminho sem precisar de estar a colaborar com alguém”.
Sempre atento às novidades, Dan Maarten considera que Portugal está recheado de novos talentos no mundo da música eletrónica, como é o caso de Francisco Cunha e Zinko.
 

PRESENÇA ASSÍDUA NO FESTIVAL

O ‘mestre’ DJ Vibe é um dos artistas com presença assídua nos festivais Rock in Rio, seja em Lisboa, Las Vegas ou Brasil. Este ano, subiu ao palco antes de Carl Cox. 
Há dois anos atrás, Vibe ocupou a “aranha” eletrónica com um dos projetos mais importantes deste género musical em Portugal: “Os Underground Sound Of Lisbon”, com Rui da Silva, autores do clássico “So Get Up”. Sobre um possível regresso da dupla, Vibe respondeu que “nunca se sabe”, pois “o Rui vive em Londres e as coisas não são muito fáceis. (...) Não sei de hoje para amanhã, se poderá aparecer alguma coisa de novo” deste projeto.
Para o futuro, está previsto o lançamento de uma colaboração com Fauvrelle, intitulada de “Newtons” na editora de Dixon, bem como alguns temas originais durante este verão.
 

AVICII ENCERRA EDIÇÃO 2016

Foi a primeira e a última vez que Avicii esteve em Lisboa. Depois de anunciar a sua retirada das digressões, o DJ e produtor sueco esteve presente em Portugal para se despedir dos seus fãs, com uma atuação enérgica, repleta de efeitos visuais, pirotecnia, c02 e fogo. 
Durante o seu set, grande parte do catálogo musical incluiu alguns dos seus maiores êxitos como “I Could Be The One”, “Hey Brother”, “Seek Bromance”, “Addicted To You”, “Waiting For Love” e “Wake Me Up”. Depois de reproduzir temas de colegas como David Guetta, Blasterjaxx ou Sebastian Ingrosso, Avicii terminou a sua atuação em grande: com o hit “Levels” e no final a versão dubstep assinada por Skrillex, recheada de pirotecnia que levou o público ao rubro. A última atuação de Avicii vai ficar para sempre na memória das 47 mil pessoas e ficou registada pela SIC Radical. 
 
Confere aqui a lista de faixas reproduzidas por Avicii no Rock in Rio Lisboa e em baixo, a reportagem fotográfica de Jorge Afonso.
 
{gallery}RockInRio/2016{/gallery}
 
Publicado em Reportagens
Nos próximos dias 30 de junho e 1 de julho, Santo Amaro (Portalegre) vai receber a XV Edição do Festival da Juventude “Pro Jovem”. Além das bandas Handmade e Boca Doce, o cartaz deste ano contempla vários artistas da eletrónica nacional bem onhecidos de qualquer noctívago, Carlos Manaça e Malasiano no dia 30 (sexta) e Diego Miranda com o jovem promessa Kratus no warm-up, no dia 1 de julho (sábado). 
 
Esta edição histórica, será mais uma vez levada a cabo por quem percebe do assunto, isto é, pela Associação de Jovens O LUPE. O espaço do evento é limitado e os ingressos poderão ser adquiridos até dia 27 de julho, junto dos promotores.
 
Publicado em Eventos
quinta, 08 outubro 2009 16:53

Remix de Carlos Manaça pronta a sair

É já a partir de Sexta, dia 9 de Outubro que estará á venda no portal beatport a remix de Carlos Manaca do tema "Shake It" dos Portugueses Atlantic Tribe, que será editado pela "Label" Session Trax, do Japão.

Aí está, o grande senhor da noite - Carlos Manaça, a dar o seu melhor na música electrónica, mantendo o seu bom nome e qualidade no topo dos melhores DJ's.

Mais info em myspace.com/sessiontrax.
 
Publicado em Música
quinta, 29 julho 2010 14:12

Carlos Manaça está in love

Com uma agenda de Verão bem preenchida, Carlos Manaça não tem descanso.
Amante da música electrónica à cerca de 24 anos, Manaça vai esbanjar os seus ritmos em duas grandes festas.
 
A primeira será já amanhã Sexta-Feira 30 de Julho na 'I Love Nazaré Summer Party'. Já no Domingo o 'Cupido Manaça' voa até Boston onde irá actuar no Ocean Club na festa 'I Love House Music Beach Party' juntamente com Chus&Ceballos, Mindcontrol, Deka e a Miss Jeniffer.
 
Fiel aos seus seguidores e com uma carreira quase de prata, Carlos Manaça não deixa ninguém indeferente por onde quer que passe.
Publicado em Artistas
quarta, 22 junho 2011 15:59

Carlos Manaça imparável

Aproxima-se um fim-de-semana muito prolongado para o DJ/Produtor Carlos Manaça.
 
Ontem, quarta-feira dia 22 Junho actuou na discoteca Autarquia, em Castelo de Paiva. No dia 23 Junho estará no Porto para a grande festa da cidade, o S. João no Teatro Sá da Bandeira, onde actuará com DJ VIbe, Miss Sheila, Nuno Bessa, Gui da Silva e o MC Johny Def.
 
Já no Sábado dia 25 Junho, Manaça comemorará o seu aniversário juntamente com DJ Romão e DJ John A, na Discoteca Green Hill na Foz do Arelho (Caldas da Rainha), naquela que será a Festa Oficial de Abertura do Verão 2011 da Discoteca que é a referência da zona Oeste de Portugal desde 1980.
Publicado em Artistas
O DJ e produtor português JC Delacruz acaba de lançar o seu primeiro álbum de originais, intitulado "The Tribalism Continues", com o selo da Magna Recordings, editora de Carlos Manaça.
 
Este álbum conta com 13 temas originais e apresenta a versatilidade do artista de música eletrónica natural do Porto, com sonoridades desde o techno ao tech house. 
 
A carreira de JC Delacruz começou em 2010, quando fazia DJ sessions em direto para o Youtube, tendo depois lançado centenas de temas em editoras de França, Espanha, Itália, Canadá ou Estados Unidos da América. Pela Magna Recordings, já editou 2 EPs e o seu tema "Sustenon" foi incluído na compilação "Pushing Beats Vol. 3 EP" no início deste ano.
 
O álbum "The Tribalism Continues" está disponível nas plataformas digitais habituais e também no Spotify.
 
Publicado em Música
No ano que a Magna Recordings comemora o 20.º aniversário, a primeira edição de 2020 é a número 100. No mundo das edições digitais, onde a Magna está desde 2007, ano em que deixou de editar em formato vinil, 100 edições é um marco importante na história desta editora de Carlos Manaça. 

"Desde o início que o nosso objetivo tem sido apostar mais na qualidade do que na quantidade, descobrir novos talentos nacionais (e internacionais) dar-lhes destaque, abrir-lhes novas portas" referiu o DJ e produtor português atualmente em Madrid, destacando ainda que nestes últimos 20 anos a Magna lançou faixas de vários artistas como é o caso de Pete Tha Zouk, Richie Santana, Mendo, Dextro, Di Paul, Redkone, Glender, entre muitos outros.
 
A edição número 100 é obrigatoriamente especial e pertence à faixa produzida por XL Garcia e MC Johnny Def, cujos artistas fazem parte da dance scene nacional desde as suas origens. Da união de forças resultou “Movers & Shakers”, uma sonoridade techno que conta com os inconfundíveis vocais de Johnny Def. A nova faixa apresenta-se com quatro versões, a Main Mix, perfeita para as "peak hours" de qualquer espaço, a Alternative Mix, a Dub Mix e ainda uma versão mais dark techno assinada por Carlos Manaça.
 
Esta edição está disponível para compra em todas as plataformas digitais incluindo as de streaming.
Publicado em Música
sexta, 11 junho 2010 19:30

Carlos Manaça sempre no topo

Carlos Manaça é dos poucos nomes de DJ's Portugueses, que, quando é dito e falado, qualquer noctívago faz vénia com o devido respeito.
Senhor de uma experiência notável tanto a nível nacional como internacional, tem tido ao longo da sua vida, uma carreira estável e constante, cheia de actuações que valorizam o seu excelente trabalho.
 
Para seguir todo o vasto trabalho deste ícone da electrónica, basta visitar os seguintes sites. youtube.com/carlosmanaca, facebook.com/djcarlosmanaca, myspace.com/carlosmanaca, twitter.com/carlosmanaca e soundcloud.com/carlosmanaca onde é possível fazer o download dos seus últimos sets e ouvir em primeira mão as suas proximas produções a serem editadas.
 
Ao vivo, podemo-lo encontrar hoje no Rs Dreams em Corroios, dia 19 nos Açores, depois volta ao continente para o S. João no Porto (Via Rápida), e na QB em Almeirim dia 26.
Ninguém o pára!
Publicado em Artistas
Depois dos lançamentos de "Underground" e "U-Turn", temas que contaram com positivo feedback de artistas como Chus+Ceballos, Oscar L e D-Formation, o DJ e produtor português Diphill apresenta-nos agora "Spiritual Dust", o seu novo EP.

Lançado pela emblemática Magna Recordings, editora de Carlos Manaça, este novo EP conta com um tema original da autoria do próprio Diphill, considerado pela editora como "um grande tema de techno, com sintetizadores progressivos e um toque melódico" e remixes, que vão desde o techno ao deephouse.

O desafio foi lançado por Diphill a quatro artistas: Nuno Lisboa, com um remix rápido e pesado; Olivs com o seu estilo inconfundível groovy tribal; Luís Bravo & Amarno com uma versão dub mix desconstruindo a faixa original; e Ricardo Baptista com uma versão repleta de ambiente dentro do estilo deephouse.

Disponível em todas as plataformas digitais, este EP é fruto de um trabalho conjunto de vários DJs e produtores nacionais, que provam a transversalidade do underground, contando já com o apoio e feedback de artistas, entre eles Marco Carola, Drunken Kong, Frank Pellegrino, Pablo Ceballos e Marco Faraone.
 
Publicado em Música
segunda, 21 maio 2018 19:36

Avicii. O outro lado da vida de um DJ

A morte de Tim Bergling, mais conhecido por Avicii, um dos principais nomes da EDM mundial, veio confirmar o que já se sabia sobre a pressão que é feita pela "máquina" que envolve uma indústria que gera muitos milhões. O fenómeno DJ "Superstar Mundial" é relativamente recente, mas o impacto e o dinheiro gerado já se pode comparar (superando-o até em alguns casos) aos da maior parte das "super bandas" que (ainda) existem e enchem estádios. Movendo tantos milhões, envolvendo tanta gente, transformou-se obviamente num negócio muito importante que se centra simplesmente numa ou duas pessoas (ou três, como no caso dos Swedish House Mafia). Com uma estrutura altamente profissionalizada, de muitas pessoas e que abrange varias áreas de negócio, o seu objectivo é simplesmente o de rentabilizar ao máximo o artista ou artistas que com quem trabalham. E como infelizmente os números que as vendas de música representam cada vez são menores devido à pirataria digital (apesar de o tema "Levels" ter sido licenciado à Universal Music por 500.000 Euros!), a principal maneira de rentabilizar um artista destas características são os espectáculos ao vivo.
 

(...) o que vi foi uma pessoa muito jovem que de repente se encontrou com um tema que foi um êxito à escala mundial, com tudo o que isso representa.


A morte de Avicii, uma pessoa jovem, com um sucesso planetário e com tudo para ser feliz, perturbou-me e fez-me pesquisar mais sobre a pessoa e sobre os eventuais motivos do seu falecimento. Obviamente que já o conhecia, mas por a sua música ser totalmente oposta aos meus gostos musicais, nunca acompanhei muito de perto o seu trajecto como artista, apesar de conhecer obviamente os seus principais êxitos e de sentir que tinham bastante qualidade, dentro do seu estilo. Sabia que ele tinha deixado de fazer espectáculos ao vivo em 2016 por motivos de saúde, mas não sabia bem a história e o que tinha acontecido até chegar a esse ponto. Fui por isso ver o documentário "True Stories" sobre o seu percurso, desde o início, e o que vi foi uma pessoa muito jovem que de repente se encontrou com um tema que foi um êxito à escala mundial, com tudo o que isso representa. Vi também que parte de esse êxito se deveu ao seu "manager", Ash Pournouri, à sua gestão e ás suas negociações com as várias editoras interessadas em "Levels". O resultado foi um grande "hit" de tal forma que o nome Avicii foi projectado para a primeira linha dos DJs/Produtores de EDM, com pouco mais de 20 anos. 

O documentário "True Stories" saiu em 2016, pouco depois de Avicii ter decidido deixar de actuar ao vivo e de ter rescindido contrato com o seu "manager", e resultou de 300 terabytes de vídeo que o seu amigo Levan Tsikurishvili registou durante 4 anos. A maneira como o documentário narra a história, como regista as imagens de um Avicii deitado na cama a trabalhar no seu portátil depois de ter sido operado para lhe retirarem a vesícula e o apêndice, mostra bem a pressão que havia sobre si. Dois anos antes tinham-lhe diagnosticado uma pancreatite aguda, uma infecção crónica no pâncreas que normalmente é devida ao excesso de álcool e que provoca dores insuportáveis, e em que nos casos mais graves pode provocar taquicardia e ansiedade, o que obviamente só agrava o problema. No documentário pode ver-se como nessa fase Avicii teve que reduzir e limitar muito o que comia (a comida agrava o problema porque activa a formação dos sucos pancreáticos que neste caso provoca uma dor intensa) e emagreceu muito. Apesar disso é visível a pressão do seu "manager" para tomar os analgésicos (que para este nível de dor já se podem tornar aditivos) para fazer os muitíssimos espectáculos que tinham em agenda, porque nesta altura Avicii facturava a módica quantia de 17 milhões de dólares ao ano.
 
Ash Pournouri, o seu "manager" até 2016, descobriu Tim como produtor aos 18 anos quando era promotor de eventos em "Clubs" e estava a terminar o curso superior de advocacia. Vendo o seu talento e a sua rapidez em produzir temas decidiu agencia-lo e mostrar o seu trabalho aos melhores DJs e Produtores na altura, criando uma empresa para o efeito que, com todo o sucesso atingido por Avicii fez dele um milionário até 2016, ano que Tim deixou de ser representado por ele e tomou conta da sua agenda e também da sua vida. O que se pode ver no documentário "True Stories" é que Ash, sendo uma pessoa mais extrovertida e mais "agressiva" comercialmente do que Tim, levou o artista até ao limite físico com os inúmeros espectáculos, muitas vezes em dias consecutivos e a milhares de quilómetros de distância uns dos outros. Obviamente que Tim queria o sucesso, buscava o êxito que teve e que Ash o ajudou e muito nesse objectivo, mas não estava psicologicamente preparado para o peso que a dimensão desse êxito representava. Com uma personalidade introvertida que não gostava de ser o centro das atenções, é difícil imaginar o que teve que superar para subir a um palco e ter que actuar em frente de milhares de pessoas, ter que ter uma cara alegre e sorridente mesmo quando estava sobre o efeito de fortes analgésicos e com imensas dores. Mas era o centro da máquina que gerava milhões e de uma maneira ou doutra teve que o fazer, até atingir o seu limite físico.
 

(...) é difícil imaginar o que teve que superar para subir a um palco e ter que actuar em frente de milhares de pessoas, ter que ter uma cara alegre e sorridente mesmo quando estava sobre o efeito de fortes analgésicos e com imensas dores.


E isso leva-me ao motivo desta minha crónica, o outro lado da vida de um DJ. Há muita gente, especialmente as gerações mais novas que aspiram a ter uma carreira como DJ que provavelmente só veem a parte dos "braços no ar", a parte dos aplausos, das caras sorridentes na cabine onde tudo parece fantástico e maravilhoso. Obviamente que é fantástico vermos as caras felizes das pessoas que estão à nossa frente a dançar a música que estamos a passar! Mas há uma outra parte, uma outra cara da moeda que não é visível ao grande público. São as muitas horas que passamos em viagens, voos muitas vezes atrasados que nos fazem andar a correr no aeroporto, com poucas horas de sono (ás vezes de directa) e que provocam um grande desgaste físico. E mesmo assim, na noite seguinte temos que estar na cabine, com um sorriso na cara e de "braços no ar". Já sem falar na pressão que existe para que as nossas actuações sejam sempre boas, tenham impacto e que agradem ao público que temos à frente. Essa pressão existe sempre e é gerida de diferentes maneiras pelos diferentes artistas, mas também provoca desgaste, de uma maneira ou doutra.

É óbvio que somos pagos para essa função e em alguns casos muito bem pagos. Mas também é verdade que o dinheiro não serve de nada quando atinges um limite físico como infelizmente atingiu Tim Bergling e que o levou, como indicam as últimas noticias, ao suicídio. É um exemplo extremo de como uma actividade vista por muitos como uma coisa fantástica e maravilhosa (que também é) mas que tem uma parte não visível ao grande público que é extremamente desgastante.

Aconselho por isso a todos os que aspiram a ser DJs a verem o documentário "Avicii: True Stories" para verem o outro lado da vida aspiram a ter. É óbvio que nem todos vão ter um calendário "louco" com o de Avicii, com actuações quase todos os dias (situação que numa fase da sua carreira chegou a acontecer) mas se quiserem mesmo levar a sério uma carreira como DJs (e produtores) e caso tenham sucesso, vão querer fazer mais e mais "gigs". Embora isso ao princípio seja fantástico, quer pelo dinheiro que entra, quer pelo reconhecimento que representa, a medio-longo prazo, se não tiverem cuidado, o preço a pagar pode ser muito alto. Demasiado alto no caso de Tim Bergling. Que descanse em paz.
 
 
Carlos Manaça
DJ e Produtor
 
(Carlos Manaça escreve de acordo com a antiga ortografia)
Publicado em Carlos Manaça
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