Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
terça, 21 abril 2009 00:01

Mais uma confirmação no SWTmn'09

O DJ alemão Sebo K deverá actuar na edição deste ano do festival Sudoeste TMN. A novidade é avançada pelo próprio na sua página oficial.

O Disc Jockey, cuja presença ainda não foi confirmada pela organização do evento, passará pelo festival alentejano a 9 de Agosto, juntando-se, assim, a Amy Macdonald, Lily Allen, Basement Jaxx, Caravan Palace e Third World, que também actuam no último dia do certame.

Madcon, The National, Buraka Som Sistema, David Guetta e Miss Kittin & the hacker são os restantes nomes, até ao momento, confirmados para o festival.

O Sudoeste TMN decorre de 6 a 9 de Agosto, na Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar. Os ingressos para o festival custam entre €40 (bilhete diário) e €80 (passe para os quatro dias).

Confere aqui os artista confirmados até ao momento:

Quarta-feira, 5 de Agosto (Recepção ao Campista)
David Guetta

Quinta-feira, 6 de Agosto
Buraka Som Sistema
The National
Miss Kittin com The Hacker (Espaço electrónico)

Sexta-feira, 7 de Agosto
Madcon

Sábado, 8 de Agosto
Freshkitos

Domingo, 9 de Agosto
Lily Allen
Basement Jaxx
Amy Macdonald
Caravan Palace (Palco Planeta Sudoeste)
Third World (Palco Positive Vibes)
Sebo K

Fonte: Palco Principal.
Publicado em Festivais
O primeiro-ministro António Costa anunciou esta tarde que a decisão sobre a eventual realização dos festivais de verão será anunciada "provavelmente na próxima semana". António Costa disse ainda que o governo ainda está a avaliar a situação dos festivais e acrescentou que "oportunamente tomaremos uma decisão pública sobre essa matéria".

Recorde-se que os representantes dos principais festivais do país estiveram esta terça feira reunidos com António Costa, os Ministros da Cultura, Saúde e Economia. À saída do encontro e respondendo aos jornalistas, Graça Fonseca não quis adiantar se haverá ou não condições para se realizarem alguns dos festivais ainda agendados e que geralmente concentram milhares de pessoas. 

"Ouvimos as preocupações de todos os promotores e quais são os grandes desafios que se colocam, principalmente este Verão, pela situação epidemiológica que temos vivido", disse a Ministra da Cultura, que prometeu apenas "uma abertura progressiva" da atividade cultural, sem avançar qualquer calendário.

O plano de desconfinamento apresentado no dia de hoje não contempla os festivais de verão, no entanto proíbe eventos ou ajuntamentos com mais de 10 pessoas. As salas de espetáculos e auditórios que tenham lugares marcados poderão abrir portas a partir do dia 1 de junho respeitando uma lotação reduzida e distanciamento físico.
Publicado em Eventos
O festival Jazz im Goethe-Garten, que se realiza entre os dias 10 e 12 de junho, a partir das 19 horas em Lisboa, vai contar com um encerramento em grande a cargo de DJ Johnny.
 
A partir das 21 horas, DJ Johnny sobe ao palco montado no jardim do Goethe-Institut de Lisboa, com um set que promete misturar sonoridades como o jazz, soul, hip hop, afro dancehall, reggae e eletrónica.
 
DJ Johnny tem 20 anos de carreira e já passou por vários festivais e clubs underground, além do seu contributo para o desenvolvimento do drum’n’bass através dos seus programas de rádio.
 
O festival de jazz conta ainda com atuações de Ghost Trio, Albert Cirera, João Lencastre e Philm. Os bilhetes encontram-se à venda com preços entre os 3 e os 5 euros.
 
Publicado em Festivais
A edição deste ano do festival RFM Somnii, que decorreu no passado fim-de-semana na Figueira da Foz, recebeu uma das maiores enchentes da sua história com mais de 130 mil festivaleiros presentes.
 
Este ano, o cartaz contou com atuações de Jonas Blue, Don Diablo, Third Party, Rich & Mendes, entre muitos outros em vários palcos espalhados pela cidade da Figueira da Foz, iniciativa realizada pela primeira vez e que misturou também géneros como o hip hop com a eletrónica.
 
Segundo um comunicado, a organização prevê o regresso do festival já no próximo ano.
 
Publicado em Festivais
O maior festival de urban music da Europa chega pela primeira vez este ano a Portugal. Com o nome de Afro Nation, vai decorrer na Praia da Rocha, em Portimão, entre os dias 1 e 4 de agosto. 
 
Além de grandes nomes da atualidade de géneros como o afrobeat, r&b, trap, hip hop, dancehall e bashment, o festival conta com a atuação dos DJs Amorim Jr, Applebum DJs, Charlie Sloth, Distruction Boyz, DJ Cuppy, DJ Edott, DJ Ike, DJ Obi e muitos outros. 
 
O festival já se encontra com lotação esgotada, com público oriundo de toda a Europa. Além do palco principal, o evento vai contar ainda com beach parties, after parties e boat parties.
 
Publicado em Festivais
A economia portuguesa irá sofrer um impacto superior a 1,6 mil milhões de euros com o cancelamento dos festivais de verão deste ano, devido à pandemia de covid-19.

De acordo com o relatório anual da Associação Portuguesa de Festivais de Música (Aporfest), em 2019 foram realizados 287 festivais de música, gerando cerca de 2 mil milhões de euros, por contraponto com os 400 milhões de euros previstos para este ano, na melhor das hipóteses.

Noticia hoje o JN, que estes valores levam em conta o dinheiro gasto em transportes, sobretudo de carro, mas também de avião, nas deslocações para os festivais. Esta rúbrica é de elevda importância, uma vez que só no ano passado foram gastos 1,7 mil milhões de euros. No entanto, há ainda cerca de 120 empresas que trabalham para festivais, muitas delas em exclusividade. A associação refere ainda que existe uma quebra de 80% no volume de negócios dessas empresas que operam indiretamente no setor.

Recorde-se que a realização de festivais e espetáculos de natureza análoga está proibida até 30 de setembro. A lei promulgada pelo Presidente da República estabelece que o consumidor não terá direito à devolução do preço do bilhete para os espetáculos que estavam marcados entre 28 de fevereiro e 30 de setembro de 2020 e que foram reagendados por causa da pandemia da Covid-19.

Os espetáculos abrangidos por esta lei "devem, sempre que possível ser reagendados", sendo que o reagendamento do espetáculo não dá lugar à restituição do preço do bilhete, nem pode implicar o aumento do respetivo custo para quem à data do reagendamento já fosse seu portador.
Publicado em Festivais
terça, 28 janeiro 2020 15:06

DVBBS provocam “tsunami” no RFM Somnii

A dupla DVBBS está de regresso a Portugal no próximo verão e prometem provocar um verdadeiro “Tsunami” no festival RFM Somnii – O Maior Sunset de Sempre, que vai decorrer na Figueira da Foz entre os dias 10 e 12 de julho.
 
Além da dupla de irmãos canadianos, está também confirmada a presença de Tropkillaz e Mandragora, que se juntam aos já anunciados Vini Vici, Miss K8 e Dimitri Vegas & Like Mike.
 
Recorde-se que a carreira de DVBBS tem sido alvo de várias polémicas, incluindo o cancelamento da atuação da dupla na Queima das Fitas de Coimbra em 2015 devido a conflitos com a organização.
 
Os bilhetes para o RFM Somnii – O Maior Sunset de Sempre encontram-se disponíveis nos locais habituais com preços entre os 39,90€ e os 99,99€.
 
Publicado em Festivais
Nos últimos meses a pandemia de COVID-19 tem condicionado o nosso dia-a-dia. Nada é feito como antes. Há regras para tudo e o afastamento social é prioritário. Não foi preciso muito para o sector dos eventos parar. Fechou literalmente portas e tirou o sustento de milhares de profissionais, quer sejam eles artistas, promotores, empresas de audiovisuais e multimédia. Até 30 de setembro a realização dos festivais de música está também suspensa, à espera de melhores dias. Adivinha-se uma recuperação demorada e alguns festivais poderão deixar de existir, uma vez que este ano não existe qualquer fonte de receita. De forma a entendermos tudo o que se está a passar neste “ecossistema” que sobrevive da proximidade e interação de todos, falámos com Ricardo Bramão, diretor da APORFEST, a Associação Portuguesa de Festivais de Música. Falou-nos das suas preocupações, dos eventos que já foi obrigado a cancelar e da reunião que teve com o governo.
 
Também na Aporfest tiveram de adiar o Talkfest e os Iberian Festival Awards. Que fatores tiveram em conta nesta decisão? 
Tivemos que adiar os eventos precisamente na semana em que tudo se despoletou. Era algo que já estávamos a preparar, mas tínhamos um plano B, pois o evento ia realizar-se num local de maior dimensão, na FIL. Portanto, se não fosse possível realizar num local que tivesse tanta gente, tínhamos de ter um plano B. Direcionamos o evento para outro local, mantendo todas as datas previstas, só que depois algumas entidades internacionais já não poderiam vir, muito público estrangeiro também, o próprio staff começava a ficar preocupado. Todas estas situações ditaram o adiamento do evento. Tínhamos o evento todo estruturado e os prémios à espera de serem entregues. O nosso intuito até há bem pouco tempo era realizar uma edição totalmente igual daquela que estava prevista, mas obviamente que vamos ter de alterar algumas coisas perante a atualidade. O mundo dos eventos mudou e nesta situação todos vão planear e realizar as suas coisas de forma diferente, portanto o Talkfest também tem de se alterar e adaptar. 

Na sua próxima edição, em Outubro, que alterações podem vir a sofrer o Talkfest e os Iberian Festival Awards?
Tudo aquilo que temos vai sempre adaptando-se. No Talkfest vamos discutir a atualidade e inserir novas temáticas. Até aqui sempre privilegiámos muito a parte física e a presença das pessoas, mas o Talkfest altera-se perante a atualidade e aquilo que faz mais sentido de um ano para o outro. É uma questão de adaptação e nós também temos de nos adaptar, a situação assim o exige. A gala, essa sim, possivelmente para o ano não se vai realizar, pois este ano também não há festivais, ou se se celebrar, será de uma forma totalmente diferente porque os festivais que vão existir, serão também eles diferentes. É algo que ainda estamos a pensar. Vai ser um ano de exceção.
 

Quais são as maiores preocupações dos promotores dos festivais?
Esta situação está a fazer com que todos os promotores estejam expectantes sobre aquilo que é possível fazer. Todos têm vontade de fazer algo perante as condições sanitárias que serão impostas.
Nesta área os artistas também não estão a atuar. Inicialmente a questão do online funcionou, mas hoje os artistas já perceberam que esse formato não pode ser eternamente gratuito, se não estamos a gerar no público um hábito que depois não conseguimos voltar para trás. A mesma coisa que se os festivais ou outros eventos fossem gratuitos, depois não conseguimos que que o público pague e valorize um bilhete. Portanto, têm de ser criadas novas formas de rentabilidade do artista, do promotor, dos media, que permitam todo este ecossistema sobreviver e se adaptar. Infelizmente esta situação aconteceu, como aconteceu a crise de 2008. Foi após essa crise que se deu o grande boom dos festivais. Já passámos quase duas crises e há outras gerações que não passam nenhuma, mas quem conseguir superar esta, vai ter muito mais defesas e muito mais forma de conseguir ser bem-sucedido no futuro. O que se fez de início a nível da cultura ou daquilo que foi anunciado, relativamente às linhas de financiamento que iam apoiar os artistas, isso pouco ou nada se viu. Na verdade ou ainda não surgiu ou aquilo que aconteceu, não foi como foi dito. Posso dizer que vou apoiar os artistas, mas se nada acontecer, se nada for feito, essas palavras caem em saco roto. Existe muito esse sentimento. Há muitas questões a nível dos eventos que temos vindo a lutar, nomeadamente para os festivais e promotores terem mais benefícios quando retomarem as suas ações, por exemplo no pagamento de direitos de autor, direitos conexos, etc. São essas questões que queremos que sejam analisadas. Todos querem começar a arregaçar as mangas, mas uma linha de crédito significa isso mesmo: um crédito, um novo endividamento para quem já está endividado. Portanto, será muito difícil, apesar de perceber que não pode ser sempre uma linha de financiamento a fundo perdido. Nós por exemplo perdemos algumas questões de viagens, alojamentos e outras despesas que não conseguem ser recuperadas, porque mesmo que o nosso evento ocorra em outubro, temos de montar novamente uma máquina. São custos que não conseguem ser retirados, ou seja, se me derem apoios, se eu ver mais-valias nalguma questão, consigo mitigar alguns custos que vou ter de uma edição que não tem a sua rentabilidade como as outras. Há de facto muita discussão nisto, falamos de uma área em que as empresas quase só têm um colaborador ou sócio-gerente e portanto também não podem ser colocadas em layoff como outras empresas que têm 100, 200, 500 colaboradores. Há muito esta questão e esta área que vive muito da presença física. Isto serviu para esta área estar mais coletiva do que nunca, para estar junta, mas acho que há aqui um grande caminho a percorrer, não só por parte dos próprios profissionais como pelo governo. Verificamos que esta questão também ao ser dos artistas e dos promotores era uma área que se calhar não estava tão profissionalizada como deveria estar e era altura de pensarmos nisso já, e não como foi até aqui. Se estivéssemos preparados há uns anos não estaríamos nesta situação.
 

"Até que ponto vamos viver da mesma forma que vivíamos antes os festivais, até que ponto vamos estar à vontade para estar com pessoas que não nos são conhecidas e fazer o mesmo tipo de comportamentos (...)"


É um facto que esta foi a primeira área a parar...
Os eventos foram claramente os primeiros a parar, porque foi o primeiro receio. Certo é, e disso não há dúvidas - vai ser a última a ser relançada como deve ser. Porque uma coisa é nós sermos profissionais e querermos produzir os nossos eventos, outra coisa é irmos enquanto público. Até que ponto vamos viver da mesma forma que vivíamos antes os festivais, até que ponto vamos estar à vontade para estar com pessoas que não nos são conhecidas e fazer o mesmo tipo de comportamentos ou não que se fazia antes e que distinguia esta área, e isso sim, acho que vai demorar muito e não serão meses, mas talvez anos, até voltarmos a poder ter esses comportamentos. 

Que tipo de apoio estão os promotores a pedir? 
Já tivemos vários pedidos, nomeadamente informativos, jurídicos e algumas questões sociais, ou seja, de situações de alguma carência a nível pessoal e profissional em que o nosso fundo social pôde ser despoletado para suprimir uma parte dessas questões. 

Quantos festivais já foram cancelados e/ou adiados? 
Até ao momento 46 festivais foram cancelados e 14 adiados.

Considera que há festivais em risco de não se realizarem no próximo ano?
Não se realizarem no próximo ano e não se realizarem nunca mais. Por vezes quando falamos de certos pequenos festivais em que estão no limite, é muito difícil retomar a seguir, tendo aqui um ano de paragem, não só porque muitos desses festivais vivem com pouca receita, mas também muito pelo amor à camisola. Vimos portanto que há alguns festivais que vão ter muita dificuldade e poderão não acontecer. Sei até de alguns casos que muito dificilmente vão retomar, porque antes de acontecer esta situação, já tinham uma situação difícil.
 
Como está a questão da venda de bilhetes? Houve quebra de bilhetes vendidos desde que se registou um maior número de casos em Portugal?
Houve de facto uma grande quebra nos bilhetes. Por exemplo na See Tickets - com quem trabalho - não se vende bilhetes desde há dois meses. Aquilo que devia ser uma ótima altura de venda para eventos como o Rock in Rio, o Alive e outros festivais, hoje, simplesmente não existe. Porque o público também não sabe o que vai acontecer. Não é, não gostar ou gostar de um determinado evento. É não saber se se pode ir ou não da mesma forma. Porque pode-se gostar muito de um festival mas se soubermos que a experiência que vai ser oferecida vai ser diferente, possivelmente pode perder-se o interesse em estar presente nesse festival. 

Relativamente ao reembolso dos bilhetes, a APORFEST concorda com aquilo que foi aprovado em Assembleia da República?
Concordamos com a maioria do projeto-lei apresentado tendo aproveitado este momento para propor algumas melhorias e criar uma base de sustentabilidade futura ao setor e todos os seus profissionais. Sabemos que as operações dos festivais correm um grande risco e que é necessário algum dinheiro, se não, não conseguem realizar-se. Mas há exceções. Por exemplo o Primavera Sound de Espanha não esperou pela questão governamental para poder devolver o dinheiro e deu um sinal ao seu público. Assumiu o risco e quis dar já o reembolso de forma a não matar já o evento no futuro. 
 

Tudo aquilo que está previsto este ano, é para existir no próximo. Será como um 'replicar' tudo para o próximo ano.

 
Vai ser difícil manter os já anunciados cartazes para o próximo ano?
Acho que não vai ser tão difícil, porque o sector claramente parou. Para todas as entidades foi quase como um ano que não existisse. Tudo aquilo que está previsto este ano, é para existir no próximo. Será como um "replicar" tudo para o próximo ano.

Os festivais mais mediáticos deixaram em aberto uma decisão final até ser aprovado o decreto-lei. Ou seja, davam a entender nos seus comunicados que os eventos não estavam totalmente cancelados quando já se sabia qual o desfecho...
Foi para no fundo poderem tirar uma decisão com base em fundamento governamental, que é a maior entidade responsável por todos nós. Apesar de se adivinhar a decisão, é agora uma informação que passa a estar vinculada e baseada numa entidade governamental que torna mais forte e credível a decisão. 

Todos os festivais de verão estão cancelados?
Não sei se serão todos, mas quanto maior for o festival, maior é a probabilidade dele não acontecer este ano. Aquilo que está a ser feito por grande parte de todos os promotores, é encontrarem soluções que possam ser paralelas aos festivais, como showcases e outras ações que surgirão este ano. Os festivais como os conhecemos não irão existir, mas vão haver ações que os possam substituir, perante as recomendações da DGS, em salas, com lugares marcados, etc.

No entanto, não faz sentido chamarmos festival a um evento numa sala...
É por isso que este ano irão surgir conceitos novos e diferentes que certamente vão singrar para o próximo ano. Vão conseguir tornar-se fortes este ano e crescer no próximo. Será um trabalho que todos vão claramente otimizar. 

Nas últimas semanas multiplicam-se as iniciativas online nas redes sociais. Existe alguma que queira destacar? 
Não acompanhei muitas. Fizeram-me sentido algumas como o Festival Liv(r)e que celebrou o 25 de abril com concertos e doações. Mas também não podemos chamar "festival" a algo que foi produzido em casa, que não tem técnicos de som, de luz, etc. Por isso é que considero que vão aparecer outros fenómenos não se chamando festival, e a componente online passa a ser fundamental num festival para conteúdos extra, conteúdos premium, para backstages. Penso que a partir de agora também aprendemos que o online é muito importante ser um "plus" que nos vai ligar a um festival, mas nada substitui a experiência ao vivo. 

 

DR

Numa fase pós COVID-19, que tipo de medidas pode ou deve um festival impor ao público? 
Vai haver um cuidado cada vez maior no planeamento. Por exemplo verificar a temperatura corporal das pessoas que entram num festival, estar atento a mais sinais perante situações de possível propagação de um vírus. A questão da segurança no seio dos próprios festivais será mais tida em conta e isso vai fazer com que existam mais custos associados ao festival, mas obviamente que serão para evitar uma situação negativa. Da mesma forma que os promotores se protegeram e adaptaram quando foi a questão do terrorismo. Houve mais interligações com as entidades de segurança e isso vai ser sempre necessário. Acho que haverá mais cuidados com o público, a questão da temperatura corporal, ter acrílicos de proteção, o espaçamento entre o próprio público, vão aparecer câmaras térmicas e várias soluções que podem ser aplicadas ou não pelo promotor. Importa é perceber quais serão obrigatórias e regulamentadas. 


As medidas de desconfinamento apresentadas pelo governo propõem que as salas de espetáculos reabram a 1 de junho com lugares marcados e lotação reduzida. Compensa aos promotores realizar espetáculos com estas condicionantes? 
Todos vão ter que ceder e o artista vai ter que ganhar menos, porque também está a comunicar para menos pessoas. O promotor vai ter uma menor rentabilidade, os custos da sala também têm de ser reajustados, portanto tudo tem de ser ajustado num cariz de exceção. Vai ter que se apostar menos nos audiovisuais e quem aluga salas terá de ter porventura menos receita e o promotor pensar que vai ter menos garantias de bilhética. É importante que haja uma concordância entre todos para ter o possível e ser melhor do que nada.
 

"Todos vão ter que ceder e o artista vai ter que ganhar menos, porque também está a comunicar para menos pessoas. O promotor vai ter uma menor rentabilidade, os custos da sala também têm de ser reajustados (...)"


A redução de lugares significa aumento no preço dos bilhetes?
Acho que os preços não podem aumentar e se pudessem teriam de ser mais baixos. Na perspetiva do público, não posso sentir a mesma adrenalina se não estou com o mesmo número de público ou até mesmo com uma pessoa ao meu lado. A somar a isso está o poder de compra que não será o mesmo de costume. Aumentar o preço dos bilhetes não é aceitável nesta fase. Mas também depende, pois há eventos que já têm um valor elevado nos bilhetes e esta poderá ser uma oportunidade para o público valorizar mais o artista que tem à frente. Por outro lado, possivelmente eventos que antes eram gratuitos podem agora ter 2 a 5 euros de entrada.

A APORFEST foi uma das entidades ouvidas pelo governo. Como correu esse encontro e quais as principais ideias retiradas?
O encontro foi positivo e notou-se uma clara perceção por parte de todos os grupos parlamentares daquilo que são as especificidades do setor. Acreditamos que o projeto-lei pode ser melhorado e a partir daqui serem trabalhadas mais-valias para o sector como a criação de um fundo de garantia para todos, com o intuito que alguma situação análoga no futuro tenha menos incidência no sector.

O que gostaria de acrescentar?
Estão a ser meses penosos e com mais trabalho do que pensaríamos, mas sentimos que as pessoas querem estar juntas no Talkfest em outubro. Nestes últimos meses não temos trabalhado tanto na ótica do associado, mas sim para uma área que queremos que não feche, que gostamos e que muitas das vezes levamos com muito amor à camisola. Neste momento não há tanto a questão do associado. É trabalhar em conjunto para depois podermos estar cá e diferenciar-nos por isso.
 
Publicado em Entrevistas
Pela primeira vez, Portugal acolhe o evento Unite with Tomorrowland, que vai decorrer no próximo dia 27 de julho, no Parque Oriental da Cidade do Porto, para celebrar um dos maiores festivais de música eletrónica do mundo.
 
Os bilhetes para o evento ainda estão disponíveis na Ticketline com preços entre os 60 e os 150 euros.
 
O ESPETÁCULO
 
O cartaz conta com Martin Solveig, Alok, Robin Schulz, Carnage, Diego Miranda e Miguel Rendeiro, além das ligações em direto via satélite durante as atuações de Vini Vici, David Guetta e Dimitri Vegas & Like Mike.
 
Esta ligação irá transportar os festivaleiros para o recinto belga do Tomorrowland através de uma experiência única que conta com efeitos especiais sincronizados. A abertura de portas está marcada para as 16 horas e o início dos espetáculos para as 17 horas.
 
A PULSEIRA
 
Para entrar no recinto, tens de usar a pulseira, cuja ativação deve ser feita através deste link, tal como o carregamento, uma vez que é o único método de pagamento dentro do festival, exceto as compras de tabaco. Certifica-te que a tua pulseira não está danificada e se por acaso ainda não recebeste, entra em contacto com a organização através do número 707 234 234. Se tiveres algum problema com a pulseira, podes dirigir-te ao Welcome Center do recinto, aberto a partir das 11 horas de sábado.
 
Se pretendes ir de comboio para o evento desde a estação Porto Campanhã, podes usar o Intercidades, o Regional ou o InterRegional que oferece 30% de desconto nas viagens de ida e volta entre os ias 26 e 28 de julho, mediante a apresentação do bilhete para o Unite with Tomorrowland.
 
O TRANSPORTE
 
Os Comboios Urbanos do Porto também vão estar disponíveis para transportar os festivaleiros para o recinto, com um bilhete de ida e volta a um preço promocional de 2 euros, mediante apresentação de bilhete ou pulseira do evento, com origem em qualquer estação até Porto Campanhã entre o dia 27 deste mês e as 12 horas de 28 de julho.
 
Se pretendes ir de carro para o evento, podes deixar a tua viatura no parque de estacionamento de São Roque por apenas 6 euros, valor que inclui ainda duas viagens de ida e volta no shuttle do Unite with Tomorrowland e está disponível entre as 15h do dia 27 de julho e as 04h do dia 28 de julho. Garante o teu lugar de estacionamento através deste link, até às 12h do próximo sábado. Este shuttle vai funcionar com intervalos entre 10 e 20 minutos com três paragens: Metro Estádio do Dragão, Parque de Estacionamento de São Roque e Parque Oriental da Cidade do Porto. O valor será tabelado pela STCP.
 
Também podes optar por usar transportes públicos, como a linha 400 e 205 de Braga e Aveiro, a linha 400 com paragem no recinto ou a linha 205 com paragem no Lagarteiro, a cerca de 700 metros do Parque Oriental da Cidade do Porto. O trânsito estará condicionado no recinto do evento a partir das 12 horas de sábado.
 
MOBILIDADE CONDICIONADA
 
As pessoas com mobilidade condicionada têm uma zona específica com vista privilegiada para o palco, com lotação limitada, além das casas de banho especialmente adaptadas. Se tiveres dístico de mobilidade condicionada no teu veículo, podes estaciona-lo perto do Pavilhão do Lagarteiro e é dada prioridade.
 
OBJETOS PROIBIDOS
 
Para a tua entrada no recinto correr na perfeição, certifica-te que não possuas objetos considerados perigosos como canivetes, facas, armas, objetos pontiagudos, capacetes, bebidas alcoólicas, drogas, comida, objetos de vidro, powerbanks, chapéus de chuva, animais, garrafas, gravadores de som, equipamentos profissionais de captação de imagem/vídeo/som, malas de grandes dimensões, objetos de arremesso e formas de transmissão de mensagens que promovam a xenofobia, ódio e violência.
 
Publicado em Tomorrowland
Pela primeira vez, as entidades promotoras de espetáculos, festivais e eventos em Portugal juntam-se para lançar uma iniciativa de âmbito nacional. O movimento inédito foi apresentado esta quarta feira na Câmara Municipal de Lisboa e surge no ano da Capital Verde Europeia 2020 e visa desafiar a comunidade nacional a adotar comportamentos em prol de uma sociedade mais justa e equilibrada, utilizando as plataformas digitais e o seu potencial mobilizador como principal canal de convocação.

O movimento nacional de consciencialização por um mundo melhor é lançado por 15 entidades e empresas que desafiam agora outras, de todos os setores, a juntarem-se à causa.

Para criar esta "declaração de ações" as entidades irão desafiar jovens lideranças de todo o país para um workshop do qual resultarão 17 atitudes. Essas atitudes, baseadas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, focar-se-ão em áreas tão distintas como as alterações climáticas, a diversidade, a inclusão social, o desenvolvimento económico, a reciclagem, entre outras, cumprindo todas elas com a premissa de contribuírem ativamente para a construção de um mundo melhor.

Esta ação destina-se a jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 30 anos, sendo que numa primeira fase serão selecionados cerca de 30, oriundos de diferentes distritos do país, de diferentes géneros, nacionalidades, classes sociais e nível de formação. Todos os interessados que se queiram voluntariar para participar no processo de definição das atitudes poderão fazê-lo através do email Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar., até 31 de janeiro.

A seleção dos jovens, assim como o workshop, decorrerá já no próximo mês de fevereiro, sendo estando a divulgação das 17 atitudes agendada para o início de março.

Confere, em baixo, a listagem das entidades e empresas que lideram esta iniciativa.
 
-Better World (promotora do Rock in Rio)
-Câmara Municipal de Loulé (organizadora do Festival MED)
-Câmara Municipal de Sines (promotora do FMM Sines)
-Everything is New (promotora do NOS Alive)
-Live Experiences (responsável pelo EDPCOOLJAZZ e ID NO LIMITS)
-MOT (organizadora do RFM SOMNII)
-Música no Coração (promotora dos festivais Galp Beach Party, Super Bock Super Rock, Super Bock em Stock, MEO Sudoeste, Sumol Summer Fest)
-PEV (promotora do MEO Mares Vivas)
-Pic Nic (promotora do NOS Primavera Sound)
-Ritmos (promotora do Vodafone Paredes de Coura)
-Sons em Trânsito e Câmara Municipal de Faro (organizadores do Festival F)
-Surprise & Expectation (EDP Vilar de Mouros)
-APEFE
-APORFEST
Publicado em Eventos
Pág. 7 de 21