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domingo, 21 outubro 2012 14:06

Red Bull Stratos: a missão em números

No passado domingo o Mundo assistiu à marcante aventura de Felix Baumgartner nos limites do espaço, estabelecendo quatro novos recordes: primeiro voo supersónico humano sem meios mecânicos, a mais alta queda livre, a mais longa distância vertical em queda livre e o mais alto voo de balão tripulado. Neste momento, os recordes de Baumgartner e da Missão Red Bull Stratos aguardam uma validação oficial por parte das autoridades competentes, no entanto pelos números, já é só por si um grande recorde.
 
Na Infografia em baixo mostramos os gigantescos números desta missão. É ver para crer.
 
 
 
 
 
 

 
Publicado em Infografias
domingo, 21 outubro 2012 15:26

Red Bull Stratos em lego (vídeo)

Baumgartner rubricou o primeiro salto supersónico da história, a uma velocidade de 1.342 quilómetros por hora. Além deste recorde, o “base-jumper” mais famoso do planeta estabeleceu ainda duas novas marcas – com a queda livre mais alta de sempre e o voo de balão tripulado a maior altitude. A queda livre durou 4 minutos e vinte segundos, o que não foi suficiente para destronar o Coronel Joe Kittinger – o mentor do projeto com quem esteve em permanente comunicação durante todo o processo.
O feito histórico foi agora filmado... mas em Lego.
 
Publicado em Nightlife
Para o austríaco Felix Baumgartner e para a vasta equipa da Missão Red Bull Stratos este foi o dia que trouxe a justa recompensa de cinco anos de esforços e intensa dedicação – uma data com grande simbolismo já que coincidiu com o 65º aniversário do primeiro voo supersónico de avião. Depois de uma longa viagem num gigantesco balão de hélio até aos 39.044 metros de altitude, Baumgartner lançou-se num ambicioso voo estratosférico que lhe permitiu superar os resultados do projeto "Excelsior III" de 1960.

Esta aventura nos limites do espaço conseguiu, de uma só vez, bater três recordes que permaneciam invictos há mais de 50 anos: o voo mais alto de balão tripulado (39.044 metros), o salto mais alto de paraquedas e a primeira pessoa a romper a barreira do som em queda livre (a 1.137 km/hora). Todos estes dados estão agora sujeitos a uma confirmação oficial.

Para chegar à altitude definida para esta missão, Baumgartner usou o maior balão de hélio alguma vez construído para uso humano – fabricado com materiais de alta tecnologia e com uns impressionantes 230 metros de altura. Antes da aterragem em segurança próximo de Roswell, o austríaco desceu em queda livre durante 4:19 minutos.

No terreno a partir da sala de controlo da Missão Red Bull Stratos o coronel Joe Kittinger – mentor do projeto e até agora detentor de alguns destes recordes – acompanhou estas longas horas de emoção. Toda a ação esteve centrada em Roswell, no deserto do Novo México (Estados Unidos da América), mobilizando uma vasta equipa de especialistas aeroespaciais – muitos dos quais vindos diretamente da NASA. Este é o caso de Art Thompson - Diretor Técnico da Missão.

Agora cada pormenor desta missão será estudado intensivamente, tendo como objetivo final, a melhoria da segurança no espaço para profissionais e futuros turistas espaciais. A equipa irá partilhar as suas descobertas e avanços nas áreas de aviação e aeroespacial com a comunidade científica internacional e tudo aponta que os limites físicos da humanidade no que toca à sobrevivência no espaço poderão mesmo ser redefinidos graças a esta missão.
 
  • A subida do balão que transportou a cápsula demorou 2h30 a atingir os 39 mil metros acima da crosta terrestre;
  • A porta foi aberta quando o balão se encontrava nos 38.867;
  • Quando o piloto saltou para o vazio para iniciar uma queda livre em direção à terra, tinha abastecimento de oxigénio para 10 minutos;
  • Eram 19h08 em Portugal quando iniciou o salto;
  • A queda livre levou o piloto a atingir os 1.137 km hora em menos de um minuto;
  • A queda livre durou 4 minutos e 19 segundos;
  • Os pés de Baumgartner tocaram o solo de Roswell, Novo México, às 19h17 (9 minutos depois de ter saltado de uma cápsula aos 38 mil metros de altitude).

 

Publicado em Nightlife
Foi depois de longas horas de espera e quando já estava devidamente instalado na sua cápsula, que o austríaco Felix Baumgartner recebeu a notícia do cancelamento da sua descolagem rumo à estratosfera. Rajadas de vento na ordem dos 40 quilómetros por hora comprometiam a segurança do enorme balão de hélio (230 metros de altura), não deixando outra opção além da paragem imediata de todas as operações.

O Director da Missão Red Bull Stratos, o norte-americano Art Thompson, explicou que "com rajadas de vento de 40 km/hora o material ultra sensível utilizado no balão podia não resistir e por isso decidimos não avançar com a descolagem pois a própria integridade do balão estava em causa. Sabíamos que dispúnhamos apenas de um curto espaço de tempo para concretizar a saída, mas não foi suficiente".

Já Baumgartner não escondeu a sua surpresa face ao cancelamento da descolagem de terça-feira: "Quanto me disseram via rádio que tínhamos de abortar a missão pensei que era uma piada! A partir da cápsula eu não tinha a noção do que estava a acontecer ao balão, mas tive de aceitar esta decisão. Sei que mais tarde ou mais cedo vamos conseguir concretizar este grande projeto".

O meteorologista da missão Red Bull Stratos – Don Day – veio entretanto confirmar que existem condições para uma nova tentativa de descolagem já no próximo domingo. Joe Kittinger, o Coronel da Força Aérea Americana que é há 52 anos o detentor do maior salto em queda livre da história, sabe bem as emoções que assaltam Baumgartner nesta fase: "Já estive no seu lugar e a pressão é enorme. No fim temos de ter muita paciência. Uma vez estive em estado de prontidão durante 30 dias sem nunca conseguir descolar".
Publicado em Nightlife
Segundo novos dados divulgados, durante o salto de pára-quedas, Baumgartner atingiu 843,6 milhas por hora (cerca de 1357 km/h), o que corresponde a «Mach 1,25», ou 1,25 vezes a velocidade do som. Este número é 16 km/h mais rápido do que inicialmente se pensava.
 
Outro número que também inspirou alguns enganos foi a altitude a que saltou. Felix partiu para o salto de uma altura 75 metros mais alta do que as estimativas iniciais. "Ele saltou de uma altura um pouco mais elevada, mas na realidade ele também atingiu velocidades um pouco mais altas, o que é muito excitante", disse Art Thompson, director técnico do projecto patrocinado pela Red Bull.
 
Os dados da experiência também mostraram que, com o equipamento certo e treino apropriado, há a «possibilidade remota» de uma equipa de astronautas sobreviver a uma queda daquela altura, mesmo sob as condições em que morreram sete profissionais do Espaço durante o desastre de Columbia.
 
Recorde-se que Baumgartner tornou-se no primeiro ser humano a atingir a barreira da velocidade do som com apenas o seu corpo, saltando de uma cápsula suspensa por um balão aerodinâmico sobre o Novo México, em Outubro.
Durante meio minuto, o skydiver caiu em velocidades supersónicas com um fato pressurizado, mantendo os batimentos cardíacos abaixo dos 185 por minuto, sendo que a sua respiração também se manteve «estável».
 
Para Brian Utley, oficial que mediu os valores para determinar o recorde, o «achado» de Baumgartner foi «bastante notável».
Utley explicou que pôde concluir, segundo os dados fornecidos pelo fato de Baumgartner, que Felix atingiu o pico de velocidade quando estava a 27,8 km, já com 50 segundos de salto, e deixou «o campo da velocidade supersónica» aos 23 km, numa altura em que já ia com 64 segundos de salto.
Note-se que o salto, do início ao fim, durou quatro minutos e 20 segundos, e o pára-quedas foi aberto para cumprir os últimos 1.500 metros de queda.
 
Durante o período em que caía a velocidades supersónicas, Felix entrou em rotação «de parafuso» durante cerca de 13 segundos, girando sobre si aproximadamente 60 vezes por minuto.
Baumgartner rodou 14 a 16 vezes antes de usar o corpo para retomar o controlo da queda. O cérebro do skydiver sofreu pressões de 2G, ou seja, duas vezes a força da gravidade.
 
Cerca de 52 milhões de pessoas acompanharam o salto através do Youtube.
 
Baumgartner comentou que a equipa de engenheiros e técnicos que o acompanharam no projecto "quebraram barreiras nas suas áreas", tanto como ele “quebrou a barreira do som”.
 
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O lançamento da Missão Red Bull Stratos foi ontem adiado, eram 11:42 horas da manhã em Roswell, no Novo México. Esta decisão surgiu já depois do gigantesco balão de 30 milhões de metros cúbicos que iria transportar a cápsula de Felix Baumgartner até à estratosfera ter sido insuflado. A saída da missão já tinha sido adiada às primeiras horas da manhã devido aos fortes ventos. A descolagem foi então adiada para as 11.40h, mas as fortes rajadas de vento inviabilizaram este objetivo.

Felix Baumgartner está a tentar realizar um voo estratosférico até próximo dos 37 quilómetros de altitude, para depois se lançar num longo voo em queda livre a uma velocidade supersónica – feito nunca conseguido sem a ajuda de uma máquina. Com este salto, o austríaco espera poder contribuir para o estudo científico e compreensão do comportamento humano num ambiente tão extremo como é a estratosfera.
O piloto irá viajar até às grandes altitudes a bordo de uma sofisticada cápsula acoplada a um enorme balão de hélio. Atingida a altura pretendida, Baumgartner irá lançar-se num salto em queda livre supersónico antes de aterrar com um pára-quedas no solo.

Neste momento, a equipa da Missão está a monitorizar as condições dos próximos dias, aguardando por conclusões para dar luz verde a uma nova contagem decrescente. Todas as novidades neste domínio serão oportunamente comunicadas.

RED BULL STRATOS
Red Bull Stratos, o projeto criado numa parceria entre a Red Bull e Felix Baumgartner, é uma missão aos limites do espaço para ultrapassar limites humanos que existem há mais de 50 anos. Apoiado numa equipa de especialistas, Felix Baumgartner fará um voo até a estratosfera a mais de 36.576 m de altitude e cairá em queda livre na tentativa de bater o recorde e de se tornar o primeiro homem a bater a barreira do som (1.110 Km/h), ao mesmo tempo que recolhe dados úteis às áreas médica e científica.
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