Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
O DJ português Steven Rod encontra-se em Miami, com várias atuações marcadas durante a semana da música eletrónica, em clubes como Ora, D-A Vila Downtown, Ocean’s Tem Ocean Drive e Seaspice. Estivémos à conversa com o artista acerca da cidade norte-americana, do espírito da Miami Music Week e da sua carreira.
 
Já atuaste em Miami por várias vezes, quase já é a tua segunda casa. Além de boa energia, o que consideras importante transmitir ao público durante estes cinco dias?
Sim é verdade, já são alguns anos a atuar em Miami e podem acreditar que cada vez mais me sinto em casa, tem sido uma caminhada fantástica. Na semana do Miami Music Week, a maior parte das pessoas vem para cá com o espírito de festa, à procura de grandes eventos com os melhores artistas do mundo! Toca-nos a nós que estamos em cima dos palcos dar um grande show e acima de tudo fazer algo que ninguém está à espera, apresentar temas novos e fazer com que as pessoas passem realmente um bom momento. Nesta semana, Miami está repleto de várias culturas, pessoas de todas as partes do mundo e é sem dúvida fantástico podermos mostrar o que tenho vindo a trabalhar ao longo deste tempo.
 
Na área dos eventos o que encontras em Miami que não existe e fazia falta em Portugal?
O clima! O ambiente tropical. Cada evento é uma experiência, cada evento ensina-nos algo diferente e na verdade eu penso que é a vontade que as pessoas têm de ouvir uma boa sessão. Sinto que aqui vão a um evento e esperam ouvir algo diferente, têm vontade de ouvir o que o DJ tem para lhes mostrar. Não vou dizer que nunca senti isso em Portugal, já senti mas gostava de ver ainda mais esse espírito no meu país. Acredito que no futuro isso vai acontecer. Gostava também que este tipo de eventos em clubes começassem mais cedo, como aqui em Miami.
 
Atuar no Ultra Music Festival é uma meta que pretendes alcançar?
Sem dúvida! Todos sonham em subir ao palco do Ultra Music Festival em Miami. Já alcancei tantas coisas na minha vida que até eu mesmo pensava que nunca iria lá chegar... Porque não continuar a trabalhar para conseguir isso?! 
 
Qual é a sensação de representar Portugal na Miami Music Week?
A sensação é muito boa e torna-se ainda melhor quando sentes o apoio do público português, seja daqueles que estão por cá ou os que me seguem diariamente nas minhas redes sociais. É brutal, muito satisfatório ver e reconhecer portugueses nos eventos onde estou a atuar!
 
Que novidades a curto prazo podes desvendar a cerca da tua carreira?
Felizmente como em todos os anos vou ter o calendário repleto de grandes eventos em Portugal e também em outros países. O início de 2018 foi absolutamente incrível e assim vai continuar! Há também umas colaborações com um artista nacional e outra com um grande internacional e espero que o prazo seja mesmo curto para poder relevar o trabalho que tenho vindo a fazer.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos leitores e seguidores do Portal 100% DJ?
Continuem a apoiar a música eletrónica em Portugal e nunca deixem de marcar a vossa presença nos eventos que são produzidos no nosso país. Temos muita qualidade e podemos ser o melhor party people do mundo!
 
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Com o setor paralisado devido à pandemia de Covid19, um grupo de profissionais da área do entretenimento decidiu reunir-se e criar, desta feita, a Associação Portuguesa do Entretenimento. Com objetivos claros, este novo movimento associativo pretende representar profissionais a custo zero e já tem iniciativas pensadas para serem desenvolvidas a curto prazo.  Nesta entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, falámos com Ricardo Silva, representante e Presidente da Associação, onde nos explicou a quem se destina a APENT e alguns dos projetos pensados, em particular de apoio aos DJs e produtores de música eletrónica.
 
O que é a APENT e a quem se destina?
A APENT - Associação Portuguesa do Entretenimento é uma Associação sem fins lucrativos, criada para representar todo o setor profissional do entretenimento. Desde músicos, DJs, empresas e profissionais do audiovisual, performers, agentes culturais, artísticos e turísticos, produtores e organizadores de eventos, etc. Não pretendemos deixar ninguém de fora, no entanto, excluímos áreas como o teatro, cinema e televisão visto serem áreas com especificidades diferentes das que levaram à criação desta Associação.
 
Quais foram as motivações que levaram à criação da Associação? 
Todos nós falamos dos problemas, dificuldades, falta de representatividade do setor e ausência de soluções durante muito tempo e apesar de haver várias Associações ou Movimentos, são todos demasiado específicos, com pouca representatividade associativa ou com interesses adjacentes a pequenos grupos profissionais. Devido a esta situação pandémica que atravessamos e devido a tudo o que mencionei, seria a altura certa para a constituição de uma Associação onde não houvesse qualquer outro interesse (daí a ser sem fins lucrativos) que não seja o de dotar os profissionais do setor - os associados - de meios que possam fazer face às dificuldades imediatas que a pandemia trouxe e podermos falar a uma só voz com o Governo, instituições e organizações que tutelam ou têm influência no papel fundamental que desempenhamos para o país e para os portugueses. 
 
Quem são as pessoas que compõem a Direção da Associação? 
Não é segredo nenhum e será do conhecimento de todos. Somos mais de uma dezena de profissionais do setor, desde músicos, agentes, produtores e organizadores de eventos, brand managers, etc., e não pretendemos nenhum protagonismo. A Associação é e será dos associados e todos com os mesmos direitos e deveres. Os sócios fundadores são apenas um grupo que tomou a iniciativa porque alguém a precisava de ter. Não somos diferentes de nenhum associado. Entramos com um espírito de missão, dando o nosso contributo que tem sido extremamente exigente e será numa fase inicial devido a tudo o que envolve a criação de uma associação, capacitá-la de uma estrutura física, logística e com capacidade financeira para ser sustentável, sendo a mesma sem fins lucrativos, sem capitais próprios e regida pelas regras, legislação e fiscalização do associativismo. Estatutariamente e para se poder constituir uma Associação, alguém teria de avançar. Foi este grupo que teve iniciativa e disponibilidade, mas após o primeiro mandato somos obrigados pelas regras do associativismo a efetuar eleições e seguir a legislação própria. Além disso duvido que algum dos órgãos sociais pretenda continuar porque o trabalho que estamos e iremos ter, condiciona a nova vida pessoal e profissional. Estamos todos aqui com espírito de missão e esperamos que depois do nosso primeiro passo, haja outros que o continuem em prol de todos nós.
 
Não havendo investimento e sendo sem fins lucrativos, como estão a pensar gerir a Associação? 
É essa a pergunta chave e seguramente um dos motivos para nunca ter surgido uma Associação com estas características. De momento, são os órgãos sociais que estão a custear todas as despesas e obviamente sem qualquer tipo de retorno ou apoio porque a Associação não tem verbas. As verbas de qualquer Associação resultam da quotização dos sócios que ficará suspensa até o sector ter retomado a atividade normal, dos apoios que eventualmente possam surgir por parte das entidades públicas, de donativos e de projetos e atividades próprias que possam executar. Como referi, é esta equipa que está a custear, contribuir e irá trabalhar para que possamos ajudar e deixar um legado para todos os associados do sector. 
 
Já há projetos e iniciativas pensadas? 
Sim, inúmeras. Apesar da constituição da Associação só aparecer agora, este é um trabalho que tem meses e já temos inúmeras iniciativas pensadas, programadas e imenso trabalho feito, além de parcerias, contactos, protocolos e benefícios programados para todos os associados.
 

Para os DJs e produtores de música eletrónica, além dos benefícios gerais, está a ser desenvolvido um projeto que irá trazer um incremento direto nos seus rendimentos (...)

 
Pode revelar alguns? 
Serão todos revelados com a transparência que uma Associação é obrigada a ter. Algumas revelações que posso deixar, visto estarem concluídas ou em fase de conclusão,w, tais como seguros de vida e acidentes de trabalho que são obrigatórios para exercer a atividade, através de descontos ou atribuição direta, apoios sociais porque ninguém irá passar fome numa fase em que não tem rendimentos ou viu reduzida a sua atividade, disponibilidade direta de inúmeros produtos ou serviços com descontos ou diretamente, apoio em projetos próprios onde a Associação ajuda os associados a desenvolver ou criar, acesso a instalações culturais ou da própria sede que pretendemos seja um espaço multiusos aberto para todos aqueles que o queiram usar e muitos outros que estamos a preparar e iremos dando conta à medida que vamos tendo desenvolvimentos. Volto a referir que a Associação é dos associados e só faz sentido se estiver sempre disponível e acessível aos profissionais do setor. Inclusive qualquer iniciativa, projeto ou ideias que os associados tenham ou pretendam realizar em nome da Associação e em prol do setor, haverá total disponibilidade e abertura para poderem realizar ou contribuir no que entenderem. 
 
Especificamente para os DJs há alguma coisa pensada? 
Para os DJs e produtores de música eletrónica, além dos benefícios gerais, está a ser desenvolvido um projeto que irá trazer um incremento direto nos seus rendimentos e que a seu tempo será revelado. O setor abrange várias áreas com especificidades diferentes e queremos trazer para discussão o que os profissionais de cada área pretendem para que todos juntos possamos encontrar soluções, sendo que um dos problemas principais está relacionado com a ausência de legislação sobre a profissão. Um dos pontos que teremos todos de discutir será o de encontrar uma forma de que apenas os DJs possam executar o serviço que lhes compete e não qualquer pessoa com um software ou hardware que o faça ilegalmente. Com isto não estou a falar de se criar pagamentos de licenças, "inventar" carteiras profissionais ou um novo imposto em cima do que os DJs já fazem através das suas contribuições ou dos pagamentos que quem os contrata já faz nos seus espaços ou eventos que realiza, mas sim algo similar ao que existe noutros países onde a profissão de DJ é reconhecida como qualquer outra. Será um dos imensos assuntos a debater e terá de ser com o contributo dos associados, porque serão eles a decidir qual o melhor caminho e a Associação apenas fará o que os associados pretendem porque é deles a Associação. 
 
Quando é que haverá mais informações e como se podem inscrever na Associação? 
Estamos neste momento em fase final da constituição da Associação (já autorizada) e temos mais uns dias para concluir alguns processos pendentes com o Ministério da Cultura que é quem tutela o setor e por inerência a Associação e os seus associados. As inscrições já se encontram abertas no site www.apent.pt (sem joia ou pagamento de quotas) para os novos associados, sendo que temos já cerca de 5 mil associados que vão "migrar" de outras associações.  A melhor forma de estarem a par de todas as novidades é seguirem a nossa página de Facebook onde iremos atualizando as informações. Aproveito, desde já, para agradecer ao Portal 100% DJ pelo apoio que tem dado na promoção e divulgação desta área especifica do nosso sector. 
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Ao ter o seu trabalho apoiado por artistas como Tony Humphries, DJ Spen, Grant Nelson, Jamie Lewis, Jask, Mr. V, Quentin Harris, DJ Meme, Groove Junkies ou até Alfred Azzetto, Carlos Vargas viu a sua carreira crescer muito rapidamente nos últimos anos. No Soulful e no Deep House assume-se uma referência, quer a nível internacional quer nacional. Nesta entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, definiu as suas produções musicais como um "conjunto de emoções" sendo que o objetivo "é trazer sensações positivas e alegria a quem a recebe". Revelou ainda os novos projetos que tem na manga e num remate final deu um conselho inspirador a todos os leitores.

 
Como nasceu a tua paixão pela música eletrónica, nomeadamente pelo Soulful, Deep, Vocal e House? 
Desde muito cedo que estive em contato com o Soul, o Jazz e o Disco. O meu pai é músico, temos um estúdio que partilhamos e onde fui absorvendo, conhecendo e trocando experiências com grande parte dos músicos com quem trabalho atualmente. A transição para o eletrónico deveu-se a um amigo que me colocou em contato com o House e digamos que não foi preciso muito para me apaixonar. Na minha opinião, aliar a quantidade correta de sonoridades eletrónicas à música, faz parte do futuro e é por aí que todos nós produtores e músicos devemos ir.
 
O que achas que falta em Portugal para este género se estender a todas as idades? 
O Soulful e o Deep House são ramificações de um só estilo, o House, que é sem dúvida a raiz de tudo o que se faz em termos de música eletrónica. Logicamente que estes estilos em específico poderão não ser os mais populares em determinadas frações de mercado, mas isso é absolutamente normal. Temos uma indústria mainstream global onde a música propriamente dita não tem muita relevância, que é muito forte em termos de imagem e marketing, vive do momento e das modas e com o qual não é possível competir. Apesar de tudo, considero que o House, nas suas mais variadas formas, continua bastante presente no nosso mercado, em todas as idades, a crescer cada vez mais e a ocupar o seu espaço por direito, que nunca vai perder. 
 

Gosto de definir a minha música como um conjunto de emoções, cujo objetivo é trazer sensações positivas e alegria a quem a recebe.

 
Os teus temas são de uma natureza única. Como gostas de os definir?
Como produtor, o meu grande objetivo é que a minha música soe a "Carlos Vargas". Tenho as minhas influências mas tento que elas não sejam a base do que faço. Tento soar sempre original e com uma sonoridade refrescante. Penso que todas as pessoas que fazem música, ou até qualquer tipo de arte vão concordar comigo quando digo que o nosso principal objetivo é ver o nosso trabalho ser associado a nós por quem nos ouve. Gosto de definir a minha música como um conjunto de emoções, cujo objetivo é trazer sensações positivas e alegria a quem a recebe.
 
Das tuas produções, qual achas que chegou mais além das tuas expetativas?
Em termos de exposição, terei que dizer o "Missing You", um tema que fiz com vocal da Nicole Mitchell, que editei pela inglesa Solid Ground Recordings e que chegou às compilações da Hed Kandi. Esteve duas semanas em primeiro lugar no top de vendas da loja online Traxsource e chegou a estar no top 10 de vendas do Itunes em Portugal, Alemanha, França, Itália ou Estados Unidos, entre outros. Em termos de trabalho musical propriamente dito, a remistura que fiz para o tema "Love Will Keep Us Together", do Vincent Valler e cujo original pertence a uma das minhas bandas de referência dos anos 90, os "James Taylor Quartet". Este foi, sem dúvida um dos trabalhos que mais gozo me deu fazer, até porque foi o primeiro trabalho que fiz para a Purple Music, com a qual atualmente trabalho de forma regular. Na altura foi o culminar de um dos meus objetivos.
 
Tens novos projetos com artistas internacionais ou nacionais que possas revelar?
Estou a preparar o meu próximo EP original, "Do Your Thang", com vocal da Nicole Mitchell, que vai sair precisamente pela Purple Music e que contará com remisturas de Seb Skalski, Dave Mayer e Alex Ander. Estou também a preparar um EP de colaboração com uma dupla sul-africana onde vou explorar sonoridades diferentes e que me está a agradar muito. Tenho igualmente o single do "Danço Balanço", que fiz com o Alfred Azzetto e que contará com vocal da Nicinha, quase a sair. Estou também a trabalhar com o Alfred num tema novo, um pouco diferente e com uma tendência mais eletrónica. Estou a preparar um outro EP que vai contar com vocal da Michelle Weeks, tenho um dueto com a Nicole Mitchell e o Al Olive para sair pela label Tony Records, do Tony Humphries, e estou a trabalhar no lançamento do meu primeiro álbum, onde vou contar com muitos convidados, inclusivamente alguns artistas portugueses e onde vou explorar vários estilos musicais. Se paralelamente a isto juntarmos todos os projetos que vou ter em termos de carreira e que não têm diretamente a ver com a produção, podemos dizer que estou um bocado ocupado para os próximos tempos, o que me faz de mim um homem muito feliz e agradecido.
 
 
Dentro do teu estilo o que gostavas de ver alterado em Portugal?
Portugal tem ao nível das infra-estruturas, casas que fazem corar de inveja muitos países da Europa. Logicamente que devido à força massiva do mainstream, custa ver espaços muito bonitos no nosso país a não darem tempo de antena ao House, mas temos que ser compreensivos e perceber que a força das massas é que mexe com toda a vertente económica da indústria da noite. Penso que com o tempo as coisas vão melhorar e que vai haver um crescimento do House no nosso país. Esta proliferação do "EDM" é um factor global e não podemos ser redutores ao ponto de pensar que só acontece no nosso país. Tudo vai crescer proporcionalmente.
 
Os teus temas são bastantes reconhecidos no estrangeiro. Achas que te pode estar a faltar algo a nível nacional?
Sinceramente penso que não. Uma carreira é construída com tempo, tem que ter alicerces, que demoram muito tempo a serem construídos. Penso que no meu caso em específico, eu e todas as pessoas que tenho a trabalhar comigo, estamos a fazer o trabalho que temos que fazer. Por muito cruel que possa ser, resumir as coisas a este ponto, o meu nome é a minha marca, e eu tenho que saber conciliar a minha sensibilidade artística em termos musicais com a frieza e calculismo que é necessário ter para se gerir uma carreira em termos comerciais. Se for a pensar há quanto tempo ando por aqui, tenho que me considerar um verdadeiro felizardo por tudo o que já consegui até agora, tanto em Portugal como lá fora.
 
Em poucas palavras descreve-nos as tuas atuações. 
Considero as minhas atuações um misto de sentimentos positivos, de festa, glamour, bom ambiente e harmonia entre todos os que estão envolvidos no momento. Gosto de pensar que consigo criar uma simbiose entre mim e o meu público, que nos estamos a divertir juntos, eles comigo e eu com eles.
 
Na tua opinião, achas que as estações do ano podem influenciar os estilos musicais?
É lógico que o ambiente e a própria pré-disposição das pessoas muda conforme o clima. Penso que faz sentido concordar que sim. 
 
Como vês o panorama do Soulful em Portugal?
A passar por muitas dificuldades, como é óbvio. O Soulful é um estilo de música muito específico, gosto mais de o enquadrar dentro do House. Considero-me um DJ e Produtor de House, onde o Soul, Funk e Disco têm uma influência muito grande. O Soulful House em si é para um mercado muito específico e restrito, que sabe o que quer ouvir e cujas influências os fazem ir um pouco mais além em termos de absorção daquilo que é a música propriamente dita. Com isto não quero de forma alguma criticar quem não gosta, até porque sou da opinião que só há música boa e má. Todos temos o direito de ouvir aquilo que nos faz mais felizes, é esse o objetivo da música e quem disser o contrário está enganado.

(...) tenham capacidade de sofrimento, muito amor à música, respeitem-se uns aos outros e sejam originais.

 
Menciona cinco adjetivos que te definam enquanto DJ/Produtor.
Apaixonado, dedicado, persistente, humilde e curioso.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Que nunca desistam dos seus sonhos, mas que acima de tudo sejam pacientes, persistentes, tenham capacidade de sofrimento, muito amor à música, respeitem-se uns aos outros e sejam originais. Com todos estes ingredientes, e se realmente tiverem talento tudo pode acontecer.
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Poucos são os palcos e clubes nacionais que Overule não terá ainda pisado. Com uma média anual de 150 atuações que classifica como "muito gratificante", é possivelmente o DJ que mais "toca" em terras lusas. 
Além dos discos, coleciona também uns sólidos 11 anos de carreira. Nesta entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, Overule fala do seu passado e da sua experiencia, comenta as vantagens e desvantagens da "era" do Digital DJing, opina sobre a noite em Portugal e faz um balanço muito positivo do ano que passou, destacando dois gigs que lhe ficaram na memória. Contou-nos ainda os pormenores do "Mr Superstar" - o seu novo single de estreia, confessando que para o produzir se inspirou nas tendências dos finais dos anos 70, inícios de 80.
Durante o decorrer deste ano e além da promoção do novo single, Overule estará empenhado no concretizar de um novo projeto com um baterista - notícia que nos desvendou. Para conhecer na primeira pessoa… Overule!
 
 
O que é que te levou a entrar no mundo da música?
Acima de tudo sempre gostei de música. Sempre mexeu comigo tudo o que está interligado com música… possivelmente começou por aí. Depois comecei a ouvir determinados estilos de música que têm mais envolvente do que apenas música, estou a falar nomeadamente do Hip Hop, que despertou para mim um interesse muito maior em relação à música e à maneira como eu via a música. Foi por aí que dei os primeiros passos.
 
Há quanto tempo és DJ?
Há cerca de 16 anos. Profissionalmente, há 11 anos.
 
Deixaste de estudar para ingressar no mundo da música, não foi?
Não foi propriamente para ingressar no mundo da música. Eu deixei de estudar para me tornar um DJ profissional. Na altura foi uma opção difícil porque estava muito pressionado, principalmente pela minha família, mas tinha em mente que me “iria dar bem”, porque já andava com um ritmo de trabalho grande e sabia também o meu valor e as minhas capacidades. Previa que se tivesse o tempo necessário para me dedicar a 100% a isto, que conseguiria ser bem sucedido. Foi isso que me levou a deixar de estudar. Não sei se um dia mais tarde me vou arrepender disso, mas para já não me arrependo e tem corrido bem. Se calhar a maior razão para ter deixado de estudar, foi imaginar-me no final do curso, a trabalhar num escritório, fechado 8 horas ou então a fazer o que faço neste momento. Coloquei as duas coisas na balança e decidi fazer o que atualmente faço, precisamente porque sabia que ia ser muito mais feliz. Se não o fizesse e se tivesse continuado com o curso, não seria uma pessoa tão feliz como sou hoje.
 
Já foste DJ de uma banda de Hip Hop. Queres contar-nos essa experiência?
O DJing apareceu na minha vida através do Hip Hop, porque antes de ser DJ, o meu objetivo era fazer scratch. Eu não sabia nenhuma técnica de mistura, nem nenhuma técnica do que está associado ao trabalho de um DJ, apenas tinha interesse em fazer scratch, e comecei por aí, sem material nenhum, a brincar com uma aparelhagem que os meus pais tinham lá em casa e com alguns vinis antigos do meu pai. Depois fui para a banda de Hip Hop. Senti necessidade de fazer, de alguma forma, parte do movimento Hip Hop, e na altura, aquela vertente com que mais me identificava dentro das quatro que compõem o Hip Hop (DJing, MC, Graffiti e B-boying), era precisamente o DJing e as coisas começaram por aí. A banda de Hip Hop também ajudou a que evoluísse como DJ e que abrisse mais os meus horizontes no trabalho que faço atualmente. Penso que o Hip Hop nesse aspeto foi uma escola para mim, servindo de impulsionador daquilo que faço hoje. Depois obviamente que fui evoluindo e tomando conhecimento de outros estilos musicais, de outras culturas... mas começou por aí.

Assumes-te um DJ de Hip Hop?
Não propriamente. Acima de tudo considero-me um freestyler. "Estilo livre - Open format" é como se denomina o tipo de DJs como eu. Também não toco todos os estilos de música, porque há determinados estilos que eu próprio não compreendo e não me dizem nada. Eu toco aqueles que me dizem alguma coisa e que eu acho que têm qualidade suficiente para inserir e me divertir a tocar.

(...) as ferramentas estão mais facilmente disponíveis, há muito mais gente a aderir e a querer ser DJ.

 
Basicamente misturas "todos" os géneros musicais. Neste momento e na tua opinião qual é o género que as pessoas absorvem mais e melhor?
Acho que a nível de música eletrónica, o House em Portugal tem uma aceitação muito grande e desde que existem DJs portugueses nos clubes, de há 40 anos para cá, que este género musical sempre teve um peso muito forte. Se calhar não é o que me entusiasma mais, mas tenho de reconhecer que em Portugal é o que tem mais força. 
 
Tens ideia do número exato de discos que coleccionas?
Nunca me dei ao trabalho de os contar a todos, um a um. Fiz uma contagem assim por alto, da última vez que mudei de casa, e rondavam os dez mil discos de vinil. O crescimento desta coleção já estagnou, há três ou quatro anos atrás, altura em que eu aderi ao Serato e às novas tecnologias. Hoje em dia também é muito raro comprar vinil, a não ser que haja algum específico que seja de coleção, mas tirando isso a maioria das músicas que compro são digitais. 
 
Por falar em digital... Qual é a tua opinião sobre o digital djing e toda esta nova era?
Tem as suas vantagens e desvantagens. Se olharmos do ponto de vista em que eu, há uns anos atrás, quando tocava só com vinil, tinha que carregar quatro malas de 100 discos cada uma e que me dava cabo das costas e do físico, e hoje em dia só tenho de carregar um laptop, nesse aspecto é bastante positivo. Mesmo a nível do trabalho, ajuda imenso porque hoje em dia, com programas digitais, conseguimos fazer determinadas coisas que com música tocada em vinil não seria possível. Acho que essas são as principais vantagens. As desvantagens por sua vez, passam pelas empresas que desenvolveram esses softwares, que estão a tornar o trabalho do DJ cada vez mais fácil. O que de certa forma permite que os novos DJs não se esforcem tanto e não trabalhem tanto a parte técnica como se trabalhava há uns anos atrás. E isso de certa forma está a causar uma menor qualidade no nosso trabalho e na maioria dos DJs que se vêem por aí, porque não se preocupam minimamente em fazer um trabalho técnico. Acho que os programas também ajudam a essa facilidade, a esse comodismo. 
 
Já que o trabalho é facilitado, consideras que os softwares também ajudam a que haja um número mais elevado de pessoas interessadas?
Eu acho que a procura é a mesma, só que como as ferramentas estão mais facilmente disponíveis, há muito mais gente a aderir e a querer ser DJ, e, no fundo, eu não acho isso mau nem vejo nenhuma desvantagem nisso - acho que há lugar para toda a gente - mas acho que no mínimo as pessoas que querem ser DJs, deveriam esforçar-se para saberem o básico da técnica e aprender um pouco sobre a história da música, ou seja, a sua cultura musical, porque isso também conta, não é só ir aos tops de determinadas rádios e lojas, e "sacar" todo aquele top e fazer um set só dessa listagem. Há por trás um trabalho muito maior e muito mais exigente que apenas esse. 
 
Que opinião tens sobre a noite em Portugal?
Sinceramente já foi melhor. Acho que a noite em Portugal tem vindo a perder qualidade, mas ainda há alguns espaços em que se consegue sair e ter um serviço de qualidade - isto é, serviço de qualidade a todos os níveis, desde o serviço de bar, a porta, a qualidade do DJ, a música, a decoração da casa... Esse tipo de pormenores que todos juntos oferecem aos clientes um serviço de qualidade. Existem algumas casas que ainda conseguem fazer isso, mas a maioria do que tenho visto por aí, tem vindo a perder um pouco isso. Não estou a dizer que é culpa dessas casas, se calhar também é culpa da crise que estamos a passar e do facto de não estar tanta gente a sair à noite e as casas não têm tanta gente a consumir nas noites em que abrem, que também contribui para que a qualidade seja um pouco inferior. Infelizmente é assim, mas são os dias que correm, e esperemos que venham melhores dias e melhores noites!
 
Tens uma média anual de 150 atuações por ano em Portugal. O que é que isto significa para ti?
É muito gratificante. No final do ano, quando penso nesse número é desgastante mas acaba por ser gratificante, porque o facto de conseguirmos fazer esse número de atuações significa que as pessoas, passados dez anos, continuam a gostar do meu trabalho e a contratar-me e significa que o trabalho e a ideia que eu tinha desde inicio de fazer uma carreira a longo prazo está a ser bem sucedida. Essencialmente é isso que significa esses números. Às vezes, números em si também só não chegam, é preciso dar continuidade a esse trabalho. Quero com isto dizer, que não basta apenas um ano com 150 atuações, mas é preciso manter esse nível e ritmo durante vários anos para se conseguir construir uma carreira sólida.
 

Para mim a fama é apenas um acessório, não é algo que eu procuro, vem apenas por acréscimo do trabalho que faço.

 
Certamente que este número envolve também trabalho da tua agência...
É da agência e não só. Isto é um trabalho de equipa. Nós trabalhamos sempre todos em conjunto. Eu próprio marco datas, não tenho o trabalho de booking completamente entregue a uma agência. É um trabalho que desenvolvemos em equipa e todos trabalhamos em prol do mesmo. 
 
Trabalhas também muito a tua imagem. Atualmente qual achas a melhor e mais viável forma de chegar facilmente aos fãs?
A internet hoje em dia é o meio mais rápido de comunicar com as pessoas, não só com os fãs mas com o público de maneira geral. E principalmente Facebook e plataformas digitais de redes sociais que ajudam a que isso aconteça e as pessoas conseguem por si só também estar mais a par e mais por dentro do meu trabalho e não só, mas também do meu dia-a-dia, sem ser como DJ.
 
Que balanço fazes do ano que passou? Qual o gig que mais te marcou?
Acima de tudo é obviamente um balanço positivo. Foi um ano com bastantes atuações e de muito trabalho de estúdio, porque no fundo para lançarmos determinados temas temos de estar quase um ano a preparar esse trabalho e é isso que eu estive principalmente a fazer o ano passado e vou continuar a fazer este ano também. Relativamente ao gig... vou apontar dois: as festas de São Paio na Torreira, um evento que me surpreendeu imenso. Foi ao ar livre, em cima da praia, com cerca de dez mil pessoas - algo único. O segundo foi a Expofacic, que também gostei bastante e que me correu bem.
 
Tens também uma série de marcas a trabalhar contigo. Consideras que são importantes para o crescimento da tua carreira?
Sim, no fundo nunca fui eu que procurei as marcas, foi precisamente ao contrário. É uma boa associação porque há uma interajuda a nível de trabalho. 
 
Entraste em 2014 a lançar um novo single. Fala-nos um pouco sobre o teu "Mr. Superstar".
Este tema é a minha estreia como produtor a solo. Eu já tinha vindo a trabalhar como produtor noutros projetos e estive associado a vários
 projetos, alguns deles com boa visibilidade, outros nem por isso, mas essencialmente estive cerca de dois ou três anos parado, sem produzir, estava focado nas atuações, nos meus DJ sets e no trabalho que desenvolvo ao vivo. Também o radioshow que faço me ocupou bastante tempo e tirava-me tempo para produzir. No início de 2013 decidi voltar ao estúdio e à produção - porque já andava com saudades disso, e foi principalmente esse o motivo que me levou a produzir. Neste single de estreia, que já fiz há meio ano atrás, e que na altura não sabia se iria ser o primeiro - isso foi decidido mais tarde - decidi convidar o Virgul porque é um parceiro de estrada, com quem trabalho em atuações ao vivo já há alguns anos. Decidi convidar um amigo, que por sua vez convidou outro amigo - o Atiba, que já tinha participado com o Virgul nos álbuns dos Da Weasel e dos Nu Soul Family.
 
No que é que te inspiraste para o produzir?
Acima de tudo inspirei-me nas tendências dos finais dos anos 70, inícios dos 80, naquela linha do Funk e do swing, da Motown, de James Brown, por aí... Eu acho que o Hip Hop em si também tem muita influência do Funk e do Sampling, de coisas de Disco e Funk dos anos 70 e 80, e eu achei por bem começar por essa vertente musical.
 
Consideras-te um "Superstar"?
Não, de todo. O "Superstar" no fundo é uma caricatura e uma crítica social às pessoas que são pouco presunçosas, que procuram a fama apenas como meio de ostentação e não como um "acessório". Para mim a fama é apenas um acessório, não é algo que eu procuro, vem apenas por acréscimo do trabalho que faço.  
 
Para além da promoção do teu novo single, que novos projetos tens para desenvolver este ano?
Tenho mais singles para lançar durante o resto do ano e desde o Verão de 2013 que voltei a trabalhar em rádio e estou a fazer o meu radioshow semanal em 10 rádios do país. E posso adiantar, em primeira mão, que estou a desenvolver para o Verão um projeto ao vivo com um baterista e que irá chamar "Drumma Scratch". Será um projeto engraçado e diferente. Terá um número limitado de atuações que vamos apresentar apenas em grandes palcos. Vamos trabalhar a componente de remixes e edits próprios, tudo para tornar um espetáculo diferente e inovador. 
 
Que mensagem gostarias de deixar aos teus fãs e aos leitores do Portal 100% DJ?
Queria acima de tudo agradecer-lhes pelo apoio que me têm dado ao longo destes anos, por gostarem de ouvir o meu trabalho e por continuarem a sair à noite para me ouvir.
 
 
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sábado, 12 setembro 2015 22:46

Alok: "O meu berço foi a música eletrónica"

Chama-se Alok e é um dos nomes da atualidade da música eletrónica brasileira, que mais destaque tem alcançado a nível internacional com atuações no Rock In Rio Las Vegas e em várias edições das famosas festas das cores Happy Holi. Depois de ser considerado como o DJ e produtor mais popular da terra do carnaval pela House Mag, o artista estreou-se em Portugal na edição de Cascais da Where’s The Party by Carlsberg. O Portal 100% DJ esteve à conversa com Alok numa entrevista exclusiva, acompanhada pelas filmagens do seu novo documentário, onde os temas destacados na mesma foram a sua carreira, o nosso país e o cenário da música eletrónica no Brasil.
 
 
O facto dos teus pais serem DJs influenciou a tua escolha desta profissão?
Com certeza. Eu nasci neste meio eletrónico. O meu berço foi a música eletrónica e os meus pais inspiraram-me muito e ainda inspiram.
 
Porque decidiste criar a tua própria editora “Up Club Records”?
Porque acho que há muitas pessoas talentosas por aí e muitas vezes não conseguem demonstrar o seu trabalho, porque não se conseguem encaixar ou adequar-se ao formato das editoras. A editora é aberta para todos os tipos de criatividade - o que importa é a criatividade, nós não rotulamos nada. É mais uma porta e uma oportunidade para as pessoas poderem mostrar o seu trabalho e não serem influenciados pelas editoras a criar a música que eles querem.
 
Que novos talentos tens debaixo de olho?
Há muito bom talento. É o caso de um rapaz chamado Illusionize - ele está a “rebentar”. Existe também o Dazzo, ele já toca há muitos anos, mas está agora a ter destaque. Também comecei a ver vários nomes novos que nunca tinha ouvido falar e vou fazer o lançamento. Possivelmente irei divulgar no melhor momento, depois de toda a parte burocrática, contrato, etc…
 

A editora é aberta para todos os tipos de criatividade - o que importa é a criatividade, nós não rotulamos nada.

 
Tens viajado em digressão por quase todo o Brasil. Qual é a tua visão do cenário da música eletrónica no país?
No Brasil, estamos a viver agora um momento de maior ascensão. Começamos a apercebermo-nos que as crianças hoje estão muito inseridas na música eletrónica e isso é algo inédito, porque anteriormente as pessoas só se inseriam na música eletrónica a partir dos 18 ou 19 anos.
 
Nos últimos meses, o Brasil tem recebido grandes e importantes festivais de música eletrónica, como é o caso do Tomorrowland, onde também atuaste. Qual foi a sensação de estar na cabine do Main Stage, daquele que é considerado o melhor festival do mundo?
Foi a realização de um sonho e não poderia ter sido melhor. Realmente foi o melhor gig da minha vida. Abriu portas a muitas coisas positivas na minha carreira, e bem... o Tomorrowland é um fenómeno, não é? Fiquei muito feliz por fazer parte desse palco e dividi-lo com grandes nomes.
 
Tencionas atuar na edição da Bélgica?
Este ano não, somente no TomorrowWorld, nos Estados Unidos da América.
 
Sabemos que o teu nome significa luz. Consideras a luz uma fonte de inspiração para as tuas produções?
Nunca tinha parado para pensar, mas pode-se dizer que sim.
 
Foste considerado pela House Mag como o DJ número 1 do Brasil. Com que sentimento recebeste essa distinção?
É curioso porque em todos os outros anos eu nunca tinha entrado. E na minha estreia, foi logo em primeiro lugar. Eu sei que há muitas pessoas muito boas no Brasil também, pela qualidade e até pessoas com mais técnicas que eu, só que de repente faltou um pouco de acreditar em si mesmo entendeu? E eu sempre acreditei, colhi frutos e acabei sendo... Os meus números falam muito alto, como o voto é de popularidade e não há juízes por trás, o DJ mais popular do Brasil hoje sou eu.
 
 
A tua vinda mais cedo para Portugal, deu para conheceres um pouco do nosso país?
Sim, eu dei uma volta por vários sítios e estou apaixonado. É muito porreiro.
 
Tencionas voltar?
Com certeza. Quero voltar e quero comer muito aqui nos restaurantes porque foi a melhor comida que comi na vida.
 
Como descreves a atuação no Where’s The Party em Cascais? Superou as expetativas?
Para ser sincero foi muito difícil... A minha sonoridade, no meio da “EDM” é muito mau para mim. Mas faz parte e nós temos que estar preparados para tudo. Criei muitas expectativas, uma ideia na minha cabeça e acabou por ser mais difícil do que eu imaginava. Nem tudo é assim tão fácil - o que é bom, porque saí da minha zona de conforto, que no Brasil para mim é tudo mais fácil, logo foi um desafio também.
 
Que artistas portugueses de música eletrónica conheces?
O Diego Miranda apenas.
 
Que projetos tens para desenvolver a curto e longo prazo?
A curto prazo vou lançar o meu álbum e a editora. Estamos também a produzir o documentário da minha vida que acho que vai levar um a dois anos para estar no ar, ou seja um projeto a longo prazo.
 
Vais fazer campanha este ano para o Top 100 da DJ Mag?
Estamos a fazer uma campanha muito forte. O ano passado nem apostámos muito e fiquei em 117º lugar.
 
Acreditas portanto na tua estreia no Top 100?
Vamos ver, acredito que sim.
 
Que mensagem queres deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Quero agradecer por me terem recebido tão bem aqui e quero voltar mais vezes, esperando que da próxima vez não me coloquem entre dois DJs de EDM, mas sim no horário certo.
 
Publicado em Entrevistas
A paixão pelo DJing começou bem cedo, por volta dos 14, 15 anos, ainda no "seu" Alentejo, mais concretamente em Beja. Agora, poucos são os cantos do mundo que não conhecem o DJ Christian F, muito por culpa do mega-hit "Bring It On Now". Afirma, nesta entrevista exclusiva ao 100% Deejay que quer "continuar a trabalhar, cada vez mais e melhor" e o seu mais recente "Sunset Lovers", em colaboração com o DJ Gonzalez e a cantora Filipa Sousa é a prova disso mesmo. Crente no lema "o que é nacional é bom", Christian F prepara novidades para breve. O terceiro sucesso está a caminho.
 
 
Como foste "parar" dentro de uma cabine?
Tudo começou nas famosas rádios das escolas - neste caso em Beja - onde ganhei vontade em querer transmitir a todos o que vinha na minha mente a nível musical. O gosto pela rádio já tinha começado antes, mas a paixão pelo mundo do DJing começou por volta dos meus 14, 15 anos. Fui então "contratado" para tocar nos intervalos das aulas e para fazer as matinés/festas da escola. Foram sem dúvida as minhas primeiras experiências numa cabine de DJ, mas num formato ainda muito "caseiro" e sem pensar no que estava ainda para vir.
 
Onde tocaste pela primeira vez? Descreve-nos a sensação…
A primeira vez que toquei numa casa com público (2.150 pessoas nessa noite) tinha eu 15 anos… foi no Bar das Piscinas em Beja, onde eu estava a fazer companhia ao DJ Paulo Abreu (na altura era o DJ residente da casa e foi a pessoa que me ensinou os primeiros passos da minha carreira) que sempre acreditou em mim e que, na altura "inventou" uma desculpa para sair da cabine, deixando-me completamente sozinho e aí tive que me desenrascar! Correu muito bem e desde aí comecei a fazer as folgas do Paulo e tudo começou mais a sério. Foram, sem dúvida, momentos únicos que nunca irei esquecer!
 
Consideras que o DJing está em crise?
Não considero que esteja em crise, já que diariamente surgem novos DJs por todo o lado. Nos dias de hoje, com a crise geral que se faz sentir, acho que é uma profissão que todos querem ou gostariam de ter (alguns pensam ser dinheiro fácil). Não basta ter os temas da "moda" e "saber" misturar... há muita "coisa" por trás que muitos nunca irão saber, nem nunca irão viver/sentir. Para mim, quem tem qualidade e força de vontade irá sempre continuar a trabalhar. Simplesmente não podemos desistir de lutar! Temos que saber enfrentar todos os obstáculos e gerir a carreira da melhor forma.
 
O que mudou com as três importantes nomeações que já recebeste?
Foram sem dúvida um marco muito importante na minha carreira, uma vez que na altura ainda estava a viver no Alentejo e era residente no S-Club em Castro Verde. De repente vejo o meu trabalho reconhecido pela revista Portugalnight. Fiquei bastante motivado e agradecido por todos os que apostaram e votaram em mim. Mais uma vez, deixo o meu agradecimento.
 

"Se as casas trabalharem bem, acaba sempre por haver um retorno positivo para mim. Os nossos "patrões" são os clientes e não os donos das casas [...]"

 
A noite portuguesa, ainda é o que era?
Muita coisa mudou, como já respondi numa questão anterior. Muitas casas abriram, outras fecharam, outras mudaram de nome ou gerência.
No meu ponto de vista, tento sempre adaptar-me ao presente e continuar a trabalhar mais e melhor. Se as casas trabalharem bem, acaba sempre por haver um retorno positivo para mim. Os nossos "patrões" são os clientes e não os donos das casas... nunca se esqueçam disso. Outra coisa muito importante é a humildade, tanto nos artistas, como nos donos/staffs das casas. Dou muito valor quando me dizem "és humilde", mas sou simplesmente... eu.

 
Quando e como decidiste 'vou produzir uma música'?
Já produzia há algum tempo, mas nunca decidi editar um tema, pois pensava não ter ainda chegado a altura certa. Como acredito que em equipa as coisas funcionam melhor, decidi falar com alguns DJs produtores, cantores e produtores de vídeo, para em conjunto ganharmos motivação e iniciar projectos que fizessem sentido - foi o que aconteceu. Nos últimos dois anos editei dois temas, dois videoclips (obrigado à ISpot), saíram vários remixes, atingi Tops de vendas, entrei em chart's de vários DJs e Rádios nacionais e Internacionais... o que me deixa bastante contente e motivado em continuar a trabalhar.

 
2011 foi ano do lançamento do teu primeiro original. Foi fácil produzir a "Bring It On Now"?
Não foi fácil, uma vez que era o primeiro tema com voz e queria que este se tornasse numa canção e não apenas um tema de House. Quero principalmente que as pessoas se identifiquem com as letras, com as harmonias e sintam emoções. Penso que o resultado foi muito positivo e tenho a agradecer ao Mike Van Rose pela parceria, à Lia pela voz, à Marta Pires pela letra e à Exclusive Records (Vidisco), pois sem eles nada seria possível.
 
Este ano ‘Sunset Lovers’ está a fazer sucesso. Porquê este nome? É derivado à tua "veia" algarvia? Inspiraste-te em quê?
A Marta Pires foi novamente a letrista - sem dúvida um dos pilares mais importantes em todas as produções que fiz - e decidi juntar-me com o DJ Gonzalez e com a Filipa Sousa (Vencedora do Festival da Canção RTP e que foi representar o nosso país a Baku no EUROVISION SONG CONTEST 2012). O sucesso do tema "Sunset Lovers" é simplesmente graças ao público maravilhoso para quem toco e graças a esta equipa fantástica que acreditou que seria possível fazer um tema que se identificasse com o Verão e com as famosas Sunset Parties que se realizam no Mundo inteiro.
Muitas pessoas pensam que sou Algarvio, mas sou Alentejano! Claro que tenho uma veia Algarvia e daí ter feito um tema a pensar muito nas nossas praias e Sunset's que todos os dias transmitem emoções e energias positivas a todos nós. Felizmente o tema já é reconhecido internacionalmente, nomeadamente em Angola, Brasil, Moçambique, USA, Suíça, Alemanha, Espanha... Fico muito contente de sentir este feedback em relação aos temas que produzo. Vamos continuar a espalhar a produção nacional pelo Mundo. O que é nacional é bom e dou, desde já, também os parabéns a todos os meus colegas DJs/Produtores que diariamente lutam pela sua carreira.
 
Quanto tempo demorou a produzir, incluindo o vídeo-clip?
Tanto a "Bring It On Now", como a "Sunset Lovers" levaram praticamente o mesmo tempo a serem produzidas. O tempo... foi o necessário para que tudo estivesse realmente como nós acreditávamos que estaria pronto a sair. (risos)
 
Qual dos temas, te deu mais gozo produzir?
O primeiro é sempre o primeiro, mas o segundo é sempre o segundo. O terceiro está a caminho…
 
Que projetos tens na manga?
O meu principal objetivo é que as pessoas se sintam bem quando ouvem os meus temas ou me ouvem a tocar. Quero continuar a trabalhar, cada vez mais e melhor, quero aprender muito mais, quero estar cá para dançar muito e fazer dançar. Obrigado por me fazerem feliz. Em relação a novos projetos, brevemente irei ter novidades.
Muito obrigado à 100% Deejay pela entrevista, tudo de bom.
 
 
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Diego Miranda é cada vez mais um nome conhecido e aclamado na música eletrónica nacional e internacional. Tendo já estado presente na famosa lista Top 100 da revista DJMag, foi este ano novamente nomeado para um MTV Europe Music Award, na categoria de Best Portuguese Act. Depois de um verão cheio de atuações em Portugal e no estrangeiro, o DJ concedeu uma entrevista exclusiva ao portal 100% DJ, onde fala sobre a sua carreira, as nomeações da MTV e o seu futuro.

 

Qual foi a tua reação ao saber que estavas novamente nomeado para um Best Portuguese Act dos MTV Europe Music Awards?
Foi com enorme orgulho que soube. É verdade que também tenho trabalhado muito para isso e o facto de ter sido o único português a entrar para o Top100 do mundo, no último ano pela DJ Mag, também deve ter contribuído para isso. Mas esta nomeação tem um sabor diferente porque é uma competição, não só a nível de DJ’s, mas a nível de todos os músicos e bandas. E... como já tinha sido o único DJ em Portugal a ser nomeado pela MTV em 2011, desta vez não estava tanto à espera, por isso é uma grande alegria e uma grande honra poder representar a música eletrónica que se faz em Portugal para todo o mundo. 
 
Quais são as expectativas em relação aos resultados das votações? Acreditas que a competição vai ser renhida?
Provavelmente vai ser difícil, porque há fãs de bandas nomeadas que também são meus fãs, pois tratam-se de estilos completamente diferentes. Mas só posso dizer que vou trabalhar cada vez mais e estou a contar com o apoio de todos os meus fãs que são incansáveis e apoiam-me incondicionalmente. A eles, só lhes posso dizer "obrigado" e que tenho os melhores fãs do mundo. 
 
Pensas que é importante a MTV (e outros meios de comunicação social) dar importância aos DJ’s, uma vez que a música eletrónica tem cada vez mais público? 
Claramente que sim. Temos de saber acompanhar a evolução e hoje em dia os concertos deram lugar a festivais com DJ’s. Se um DJ tem capacidade de mover massas, encher estádios, inclusive como bandas e é um fenómeno, tem de se lhe dar o devido valor como qualquer outro músico ou artista. 
 
Em relação aos últimos meses, qual foi a experiência/trabalho que mais te marcou e mais gostaste de realizar? Porquê? 
É difícil enumerar porque foram várias, mas posso citar algumas, nomeadamente, adorei ter feito a Tour da Ballantines que realizou uma produção magnífica em todas as festas. Há dois clubs que me marcam sempre que lá passo: Green Valley no Brasil (eleito o melhor club do mundo) e Ushuaia em Ibiza. A Tour do Happy Holi, que começou em Portugal e já vai no Brasil, com festas que são sempre mágicas e únicas. Também finalizei um tema há pouco tempo, "Believer" com a cantora americana Miss Palmer, e estou com outros projetos e colaborações novas que ainda não posso revelar e que me têm dado muito gozo fazer. 
 

Temos de saber acompanhar a evolução e hoje em dia os concertos deram lugar a festivais com DJ’s.

 
Quando poderemos ouvir novo material original? Há alguma colaboração que está a ser planeada? 
Como disse, acabei de lançar o tema "Believer" e tenho vários projetos/colaborações que estão a sair mensalmente pela minha nova editora "Less is More", mas mais mainstream. Também tenho o cantor Mitch Crown, com quem já estou a trocar ideias para trabalharmos juntos num novo tema e paralelamente quero começar a trabalhar no meu novo álbum, em que vou incluir alguns temas que já saíram e muitas novidades, mas que só deve estar finalizado no próximo ano! 
 
No futuro, que projetos e novidades podemos esperar do Diego Miranda? 
Em termos de música, vou continuar a produzir e a lançar temas novos e vou continuar a tocar muito porque já tenho a agenda cheia até ao próximo ano. Quero também trabalhar mais na minha editora para que cresça e para que dê oportunidade a outros artistas e novos talentos de crescerem. Também estou a lançar uma linha de roupa com o meu estilo, para os verdadeiros fãs… basicamente, o que posso dizer é que, não vou parar!
 
Que objetivos ainda pretendes atingir a nível profissional?
Não penso nisso, só posso dizer que "o céu é o limite!" 
 
Quais são as tuas inspirações, a nível de DJ's? E com quem desejarias trabalhar um dia? 
Existem alguns que admiro bastante e que às vezes não têm nada a ver com o estilo que toco hoje em dia, mas que serão sempre uma referência para mim, como é o caso de Carl Cox com toda a sua técnica. A nível de produtores, atualmente, existem vários como é o caso do Calvin Harris ou David Guetta porque nunca descuram a parte melódica nos seus temas e conseguem manter-se sempre atuais.
 
Nota de redação: Para votares acede a pt.mtvema.com/vota.
 
 
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Naquela que foi a primeira produção de Kura, o DJ e produtor nacional optou por um formato Sunset e inovou ao convidar uma série de amigos - todos portugueses - para partilhar a cabine consigo à beira mar. 
 
O Sunset da passada quarta-feira 6 de agosto, teve início pouco passava das 16 horas com Nelson Cunha, DJ e radialista da Mega Hits. Uma hora depois entram em cena os Dynamic Duo com a sua mistura perfeita de house com hip hop, trap ou dubstep, musicalmente cabe tudo num set da dotada dupla composta por DJ Cruzfader e Stik Up, que trataram de pôr o areal a dançar. Mais tarde o testemunho era passado a Ricci Ferdinand, o DJ nortenho que ficou com a tónica distintiva neste Sunset ao brindar as areias de Portimão com a sua delicada seleção de house soulful, deep e vocal, que fez um contraponto maravilhoso com as outras atuações. Perto das sete da tarde entra em cena a jovem DJ e produtora Von di Carlo, que já colaborou com Kura no tema "Polaris", e que mostrou como é uma performer nata que dançou, interagiu com o público e ofereceu uma mistura de EDM bem atual para passar a cabine aos Karetus, o trio composto por Carlos Silva, André Reis e pelo MC Paulo Silver que trouxe temas novos do seu álbum "Piñata". 
 
Arrancaram emoções do público antes mesmo de Kura entrar na cabine, algo que aconteceu com o sol a pôr-se já passava das 20 horas. No set de Kura tocaram vários temas seus e remisturas, bem como o seu tema, ainda por editar, "Collide", com o qual fez questão de terminar o set. A sua atuação foi pautada por energia e muitos braços no ar. O público vibrou quando o convidado especial, Pete Tha Zouk, entrou na cabine para, num formato back to back, tocar com Kura. De notar que durante todo o evento os artistas entraram livremente na cabine enquanto os amigos tocavam, num evento que foi uma verdadeira celebração da nova geração da eletrónica portuguesa.  
 
O Portal 100% DJ como plataforma de apoio aos artistas portugueses marcou presença nesta comemoração única e foi ao encontro do anfitrião do evento - Kura - para uma entrevista exclusiva onde procurámos saber como surgiu a ideia do evento, quais os projetos para os próximos meses e a sua possível entrada no Top 100 da Revista DJ Mag.
 
 
Como surgiu a ideia de um sunset com o nome da tua faixa "Sabotage"? 
Foi uma ideia sugerida pelo meu management, a WDB Management. No início pensei que era um pouco impossível de realizar, porque como nós podemos ver aqui, é uma produção muito grande e num sunset de entrada livre acaba por ter um custo muito grande suportado por nós. No entanto, as coisas começaram a ganhar forma e felizmente conseguimos produzir o sunset com entrada livre, porque este evento é também para as pessoas que gostam do meu trabalho e para as que estão aqui em Portimão. A ideia surgiu com o intuito de dar algo novo às pessoas que gostam da minha música.
 
Que projetos tens para os próximos meses que nos possas revelar? 
Tenho muitas coisas agendadas, várias colaborações, remixes a sair, inclusive um para o "Let’s Get F*** Up" do MAKJ & Lil’Jon que vai sair pela Ultra, também saiu agora o meu remix para o "Next Level" do John Christian na Protocol Recordings. Tenho uma colaboração com o Sidney Samson e com os Goldfish and Blink que assinaram pela Revealed; Com o Marcelo CIC, residente da Green Valley e que tem alguns temas na Spinnin’… são muitas coisas aí na calha incluindo vários originais. Também irei fazer algumas internacionalizações até ao final deste ano. Estamos a equacionar algumas datas no Brasil, também tenho convites para fazer datas na Irlanda, Inglaterra e Espanha. 
 

A ideia surgiu com o intuito de dar algo novo às pessoas que gostam da minha música.

 
Estás com expetativas de entrar no Top 100 da DJ MAG deste ano? 
Sinceramente não estou a pensar muito nisso. Decidimos fazer uma campanha este ano, uma coisa mais a sério e mais forte que o ano passado. Também as pessoas mereciam que tivesse essa preocupação. Houve um interesse por parte dos fãs em que eu fizesse uma campanha e foi o que eu fiz, sabendo que é muito difícil entrar, porque há muitos bons DJs.
 
É certo que as tuas faixas são muito conhecidas lá fora, mas em termos de internacionalizações...
Sim, peca um pouco. É esse crossover que falta porque se repararmos vimos que há artistas a crescer muito rápido porque têm uma editora que está montada com uma agência de booking em "360" e que os DJs começam logo a tocar nos clubes mais importantes, vão atrás de grandes nomes nos festivais - as coisas acontecem de uma maneira mais automática. Nós não temos esse suporte ainda, mas não temos de nos queixar, temos sim de continuar a trabalhar. No geral as pessoas têm de parar de se queixar e trabalhar.
 
Que mensagem gostarias deixar aos teus seguidores e aos do portal 100% DJ? 
Acima de tudo uma mensagem de agradecimento pelo apoio que me têm dado, não só os meus fãs como também os da vossa página que me apoiam. Eu estou sempre atento às vossas publicações com conteúdos de excelência. Continuem também a apoiar a cena nacional, novos talentos, pessoal com valor - que é o que vocês têm feito. 
Para as pessoas que gostam da minha música, que se dão ao trabalho de me acompanhar e que às vezes fazem muitos quilómetros para me ver 
espero que continuem a fazê-lo e que eu continue a superar as suas expectativas - trabalho todos os dias para isso.
 
 
Passatempo exclusivo 100% DJ
Queres ganhar uma bola de praia da marca 100% DJ e autografada por todos os DJs presentes no Sabotage Sunset by Kura? 
 
Clica no botão participar, preenche os teus dados e cria uma frase original e criativa que contenha as palavras-chave: Kura, 100% DJ e Verão. São vencedoras as três frases mais criativas e inspiradoras.
 
Passatempo On-line de 13-08-2014 a 25-08-2014.
Passatempo Terminado. 
Vencedores: Rúben Couto, Francisco Marques, Daniel Gaspar.
 
Publicado em Entrevistas
Nos últimos meses, uma das maiores curiosidades que circulou a grande velocidades nas redes sociais foi a pergunta: “afinal, quem são os Kanalhas?”. Depois de terem recebido destaque e apoio a nível internacional com os seus mais recentes remixes, o Portal 100% DJ esteve, em exclusivo, à conversa com a dupla portuguesa que promete dar que falar nos próximos tempos. As suas influências musicais, os projetos e se Portugal é um público difícil de agradar, são apenas alguns dos assuntos abordados nesta entrevista que desvenda quem está por detrás destes Kanalhas.

 

Que influências musicais possuem?
Musicalmente escutamos de tudo um pouco. O que ficar no ouvido serve de influência e inspiração para produzirmos boa música. Somos duas pessoas criadas nos arredores de Lisboa e temos várias influências desde ritmos africanos, latinos, música árabe, brasileira, Rap, Old School, House… Tudo para nós passa por uma fusão de estilos. Enquanto produtores as nossas referências passam por GTA, Major Lazer, Diplo, DJ Snake, Dillon Francis, Bro Safari, Hasse de Moor, Wiwek, Ape Drums, entre muitos outros. As nossas bases vão desde o Hip Hop à música eletrónica. 
Temos em mente que o futuro da música passa por criar uma “fusão” mas temos sempre uma forte influência do Moombahton. 
 
Que projetos querem realizar a curto e longo prazo? 
Nós começámos com dois remixes totalmente diferentes um do outro ao nível da sonoridade. O primeiro completamente Moombahton e o outro muito Jungle com um toque Dirty Dutch.
Podemos dizer que foi inesperado o apoio que tivémos no primeiro remix "Dillon Francis & DJ Snake - Get Low". Desde blogs norte-americanos, a produtores dentro da cultura Moombahton, feedback da América Latina à Holanda (com suporte do tema). Foi algo incrível para o nosso primeiro trabalho. Temos muitas ideias guardadas que nos permitem lançar material a curto prazo. Para já, estamos a trabalhar num original com um artista português bastante conhecido, que ainda não podemos revelar o nome.
Neste momento estamos a finalizar dois remixes. Um para o KURA e outro para um amigo nosso francês - o R.WAN. Será um remix da sua música original com o artista americano Snoop Dogg. A longo prazo estamos já a preparar um EP e estamos em contato com artistas norte-americanos e alguns nacionais.
 
 
 
Consideram que Portugal tem público para este projeto? 
O nosso projeto é virado para o mercado internacional (nem poderia ser de outra forma). Portugal tem um mercado relativamente pequeno e existem imensos artistas com qualidade no nosso país, o que dificulta que todos consigam ganhar cota de mercado. Iremos apenas estar presentes em festivais e eventos que justifiquem, para não “cansar” o projeto e as atuações serão escolhidas com critério. 
Temos recebido bastante apoio nas nossas redes sociais (Facebook e Soundcloud) e queremos que quem vá assistir às nossas atuações se identifique connosco e com a nossa música.  
 
É um público difícil de agradar? 
É uma pergunta complexa. Nos dias de hoje está tudo muito rápido. A música está como a fast food... de “consumo rápido”. O público habituou-se a ter muito por onde escolher e tem um grau de exigência muito maior do que tinha antigamente. Não basta a componente musical. Hoje temos de dar um bom espetáculo e boas atuações e é isso que pretendemos fazer. 
 

Nos dias de hoje está tudo muito rápido. A música está como a fast food... de ‘consumo rápido’.

 
Para finalizar, a pergunta que se impõe: quem são os Kanalhas ?
Os Kanalhas são uma dupla composta por dois DJs e produtores: o Stikup e o King Kong (Pedro Maurício).
O Stikup tem um longo trajeto e passou por projetos como Makongo, Flow 212 e agora com os Dynamic Duo tem percorrido os palcos e clubes nacionais. O King Kong esteve ligado à Enchufada (editora dos Buraka Som Sistema) e já produziu temas com o Branko, Fred (Orelha Negra, 5-30, Banda do Mar), além de originais e temas para inúmeros artistas tais como Carlão, Blaya, Diogo Piçarra, Francis Dale, entre outros. Produziu recentemente com Fred a famosa música "Hands Up" para a Moche.
Já nos conhecemos desde o início do movimento Moombahton e da altura do Dirty House (Holandês) e como temos o mesmo gosto musical decidimos produzir algo a dois e ficou logo uma química. A partir daí foi trabalhar e aqui estamos. 


 
Que mensagem querem deixar aos leitores da 100% DJ?


Antes de mais, queremos agradecer à 100% DJ pelo trabalho que tem feito e pela importância que tem no mercado nacional da música eletrónica. Para os leitores, deixamos uma mensagem de agradecimento pelo apoio que temos recebido. A seguir ao verão, iremos iniciar os nossos concertos e esperamos por vocês.
Publicado em Entrevistas
A poucos dias do sunset mais épico do ano, o Where's the Party by Carlsberg está a finalizar os preparativos para proporcionar uma épica experiência musical num local único como o Heliporto da Marina de Cascais, que se irá transformar em "capital" da música eletrónica durante oito horas. No sábado, dia 28 de junho, das 16 horas à meia noite, Thomas Gold, Danny Avila, Pete Tha Zouk, Pedro Cazanova e FunkYou2 vão dar música às mais de seis mil pessoas que são esperadas no evento.
 
Com um cartaz composto por grandes nomes da música eletrónica mundial, o sunset da Carlsberg irá proporcionar um fim-de-tarde e noite de elevada qualidade musical num local único como é Cascais. O cenário e a paisagem envolvente do Heliporto da Marina tornarão esta experiência ainda mais inesquecível. 
 
Ao nível da produção, o evento contará com um dispositivo técnico de mais de 120.000 watts de som, 80.000 watts de luz, 165m2 de ledwall vídeo de alta resolução, duplo LaserShare de alta intensidade, CO2, espetáculo de pirotecnia e muito mais. A Welove Events é a empresa responsável pela produção do evento cujo conceito Where’s the Party by Carlsberg inclui ainda um club tour de festas que está a percorrer o país até Setembro.
 
O DJ e produtor Pedro Cazanova é embaixador deste conceito em Portugal e o Portal 100% DJ foi "medir-lhe o pulso", e saber quais as suas expectativas já para este sábado. "São muito boas tendo em conta que o evento do ano passado foi muito bom e este ano terá que ser melhor!" referiu o produtor português.
 
Questionado quanto às sonoridades que irá levar na mala, Cazanova não tem dúvidas e revelou ainda uma estreia "irei levar algumas sonoridades um bocado mais 'fortes' dado que é um evento muito grande e temos que nos adequar ao público e à festa. Irei também estrear a minha música nova para o Verão e quero começar a tocá-la já no sábado."
 
Mas as novidades não ficaram por aqui. Nesta conversa Pedro Cazanova confessou-nos também em primeira mão que vai lançar um CD no próximo sábado "A compilação que sai no dia 28 terá os temas mais tocados por mim na club tour da Where’s the party by Carlsberg e conta com o meu último tema produzido em parceria com o Richard Grey e com a voz do Will Simms."
 
Em jeito de desafio final, perguntámos a Cazanova, com que artista gostaria de fazer um B2B neste evento - "com o Mauro Barros" rematou.
 
Recorde-se que este ano, a grande festa do Where’s the Party by Carlsberg acontece em duas edições. Depois de Cascais, segue-se o sunset mais épico deste verão no sul do país. A 15 de agosto, o Algarve recebe, entre outros, Armin Van Buuren, eleito por 5 vezes o melhor DJ do Mundo.
 
Com estas festas, Carlsberg pretende proporcionar experiências únicas aos participantes e reforçar o seu caráter premium associando-se à noite e à celebração.
 
 
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