Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
Poucos eventos no mundo da música de dança suscitam mais controvérsias nas redes sociais do que o famoso TOP 100 da Revista DJ Mag. As disputadas posições serão reveladas este sábado numa cerimónia integrada no Amsterdam Music Festival, evento onde são esperadas mais de 35 mil pessoas e que já tem os ingressos esgotados.
 
Mais uma vez a contagem regressiva começará ao final do dia na página do Instagram e do Twitter da DJ Mag e mais tarde terá lugar a transmissão em direto da Amsterdam Arena.
 
Nos últimos anos, o topo da listagem foi ocupado por Martin Garrix, Armin van Buuren, Hardwell, Dimitri Vegas e Like Mike, Tiësto e o épico Carl Cox. As representações portuguesas têm sido feitas por Diego Miranda, Kura, Pete Tha Zouk e DJ Vibe.
 
No ano passado, Martin Garrix tornou-se o mais jovem vencedor deste ranking. O DJ e produtor holandês recebeu o prémio de "DJ número 1" das mãos do seu mentor, Tiësto.
 
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Os rumores já circulam a bom ritmo, mas apenas será a 18 de outubro que será desvendado o DJ número 1 - segundo a Revista DJ Mag. O tão disputado pódio, foi em 2013 ocupado pelo holandês Hardwell que assumiu o lugar do colega Armin van Buuren. Este ano, os murmúrios apontam que Martin Garrix terá grande oportunidade de se tornar o novo número 1 do Top 100. Em entrevista à revista digital Inthemix, Laidback Luke confessou que a sua preferência está "inclinada" para Martin Garrix. Se isso se vier a confirmar, o topo deste ranking de DJs será ocupado pelo mais jovem artista de sempre, atualmente com 18 anos.
 
"Todo o mundo está convicto que este será o ano de Martin Garrix", disse Luke. "Eu gosto realmente do Martin, ele é um rapaz com os pés bem assentes no chão que apenas está afim de fazer música e de viajar pelo mundo." O DJ, produtor e campeão de Kung Fu considera que o mundo da música de dança precisa de mais estrelas como Garrix. "Ele teve um ano exaustivo e continua a manter-se. Eu sei que é difícil passar de um conjunto de atuações locais para o circuito mundial” referiu.
 
Recorde-se que neste momento Garrix tem mais de 8 milhões de seguidores no Facebook, ultrapassando o atual número 1 da DJ Mag, Hardwell, que detém mais 6 mil e 900 milhões de seguidores.
 
Martin Garrix é o cabeça-de-cartaz da edição deste ano do Mega Hits Kings Fest, que vai decorrer a 22 de novembro do Meo Arena (Pavilhão Atlântico). Nesta festa exclusiva de música de dança, vai partilhar a cabine com Dvbbs, Blasterjaxx, Jay Hardway e o português Kura. Os ingressos já se encontram disponíveis na Blueticket e nos postos de venda habituais com preços que variam entre os 65 euros (Bilhete VIP), 59 euros (Plateia Golden Circle), 41 euros (Balcão 1) e os 45 euros (Bilhete regular).
 
Laidback Luke tem presença marcada em Portugal, na noite em que será anunciado o Top 100, em Coimbra na Festa das Latas e Imposição de Insígnias.
 
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Foi com agrado que recebi o convite da 100% DJ para efectuar uma antevisão do TOP 100 da DJ MAG. 
Se em anos anteriores foi relativamente "fácil" acertar nas posições cimeiras desta tabela (um lugar acima ou abaixo), este ano não tenho tantas certezas. 
Muitos de vocês poderão estar neste momento a pensar que é óbvio que este será o ano do Martin Garrix, outros que o Hardwell ou o Armin Van Buuren regressam ao primeiro lugar e ainda outros que os vencedores do ano passado (Dimitri Vegas e Like Mike) permanecem no topo da tabela, no entanto, nenhum de nós pode afirmar com toda a certeza que o seu palpite será o correcto. 
 
2016 foi ano de Campeonato Europeu de Futebol e tivemos o David Guetta com uma exposição planetária com o seu tema oficial, temos sempre um Tiësto na "corrida" e não nos podemos esquecer do "adeus" do Avicii, do "Sr. dos bolos" Steve Aoki, do Calvin (Harris) e do ano em grande do Oliver Heldens, sem esquecer o DJ Snake, KSHMR e o Kygo (qualquer um destes últimos três nomes devem subir lugares na tabela). 
 
A "luta" pelo Top 20 vai ser mais renhida que nunca e não arrisco dar a minha previsão para posições certas. Estou a esquecer-me de muitos nomes que poderão entrar nos 20 primeiros? 
Certamente que sim (Skrillex, Alesso, W&W, Afrojack, DVBBS, Axwell e Ingrosso, Nicky Romero e até os JackU ou o próprio Diplo). 
 
Por esta altura, já estarás tão baralhado e sem certezas tal como eu estou e nem sequer mencionei os Yellow Claw, Eric Prydz, Major Lazer, Carnage, Kaskade, Don Diablo ou o Steve Angello. Percebes agora as minhas dúvidas para a tabela deste ano? 
 
Falta-me falar dos "nossos" portugueses. Parece-me óbvio que o Kura e o Diego vão fazer parte do Top 100 mas também não consigo prever se irão subir ou descer na classificação. O importante para mim e para os portugueses é que ambos se mantenham nesta tabela sendo a sua classificação irrelevante. Teria certamente um relevo maior se estivessem a competir ou com probabilidades de entrar num Top 10 ou 20 mas não é o caso e assim sendo a classificação que tiverem, para nós portugueses, já é motivo de orgulho (seja ela qual for). 
 

O importante para mim e para os portugueses é que ambos se mantenham nesta tabela sendo a sua classificação irrelevante.

 
Gostava de deixar uma última nota. 
Muitos de vocês ainda se lembram dos nomes que compunham esta tabela à meia dúzia de anos atrás. Certamente 70% ou 80% desses nomes não entram neste Top. Podíamos divagar e voltar a abrir a discussão dos motivos e/ou da forma como estas votações são efectuadas e seria algo que não nos levaria a lado nenhum. Todos temos de compreender que a indústria da música electrónica mudou. É uma indústria que envolve milhões (dinheiro e pessoas) e devido a isso teve de ser adaptada. Hoje em dia "não se vende música" (formato físico ou até digital) como se vendia antigamente, as fontes de rendimento são outras (actuações, streaming, youtube, etc.) e o marketing tem uma importância vital no sucesso dos DJs, mas, na minha opinião, o principal factor de mudança foi a própria musica. 
 
Se à 10 anos atrás me dissessem que o D&B ia mover multidões, que ia haver um estilo "esquisito" como o Dubstep que enchia pavilhões e arenas ou que o Electro ia ter este impacto, eu iria desatar a rir. Tudo acelerou e o que antigamente era "Underground" passou a ser "pop". O que era "moda" e todos ouviam (House, Techouse, etc.) passaria para segundo plano em termos de massas. Alguém conseguiria prever que haveria festivais só com DJs que levassem mais pessoas que os concertos de bandas Internacionais? 
 
Quero acreditar que a música era e vai continuar a ser o principal factor para todas as tabelas, rankings, escolhas do público e até investimento desta indústria. Quem decide é sempre quem consome a música que é produzida. A dimensão que um DJ ou produtor atinge, se é com investimento em marketing, se é produzida por terceiros, se são factores externos (sejam eles quais forem) é sempre algo secundário porque se o público não consumir a música desse artista, não há marketing que lhe valha ou investimento que dê retorno. A música é sempre o primeiro factor de diferenciação.
 
Ricardo Silva
 
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Segundo os últimos resultados do mais famoso e polémico ranking de DJs - divulgado no passado sábado, 18 de outubro - Hardwell, sem grandes surpresas, volta a alcançar o número 1 de uma listagem de 100 artistas. O DJ e produtor holandês recebe, desta feita, a medalha de “mais popular do mundo”, com Dimitri Vegas & Like Mike e Armin van Buuren a completar o pódio, no segundo e terceiro lugar respetivamente.
 
A lista tem recebido inúmeras críticas relacionadas com o desajustado posicionamento de alguns DJ's reconhecidos mundialmente, como é o caso de Carl Cox, ou pela ausência de Erick Morillo, por exemplo.
 
Pelo terceiro ano consecutivo, o Portal 100% DJ lançou o desafio a três rostos conhecidos e influentes na noite nacional para participar no Vox Pop, onde a pergunta é: "Qual é a sua opinião sobre o Top 100 da Revista DJ Mag?"
 
O nosso terceiro e último convidado a opinar é o DJ e produtor Hugo Rizzo.
 
A Redação 100% DJ.

 
Para mim o top 100 da DJ Mag é um top de popularidade referente a um período de tempo. E acho que o motivo de tantas críticas é que pouca gente o encara como tal.
 
É óbvio que os resultados são sempre controversos. Não há vivalma que consiga compreender que artistas como Erick Morillo, Fatboy Slim, Licle Louie Vega, Danny Tenaglia, Roger Sanchez ou Bob Sinclar fiquem de fora de um Top que avalia os melhores do mundo. Não há também vivalma que consiga conceber uma dimensão em que projectos com tão pouca história - apesar da sua inequívoca qualidade - como Martin Garrix, DVBBS ou Blasterjaxx fiquem melhor posicionados do que artistas como Daft Punk ou Carl Cox. Nem mesmo haverá vivalma que ache normal que artistas de topo de géneros musicais como o Tech House, Techno, Deep House ou mesmo Hip Hop sejam completamente excluídos desta votação ano após ano.
 
Eu simplesmente acho que o problema não é o TOP mas sim as expectativas que são criadas em seu redor. Isto não é o TOP do DJ tecnicamente mais evoluído, se não certamente que o nosso Ride era dos mais votados. Não é o top do DJ com melhor leitura de pista se não certamente que há por aí dezenas de DJs residentes por esse mundo fora que não ficariam de fora. Não é o TOP do DJ mais eclético ou evoluído musicalmente ou onde estariam nomes como Laurent Garnier?

Eu simplesmente acho que o problema não é o TOP mas sim as expectativas que são criadas em seu redor.

É este o meu argumento principal nas conversas que tenho tido com várias pessoas sobre isto.
 
O Top 100 da DJ Mag é um top de popularidade referente ao ano de 2014. Ou seja, os DJs que mais alcançaram ou mantiveram popularidade no último ano foram os melhores classificados. Ponto final. Não façam dele mais do que é.
 
PS: Eu sei que vou chover no molhado mas como raio é possível não destacar o desempenho excepcional do Kura este ano? Foi sem dúvida uma grande notícia para a scene portuguesa. E se alguém algum dia duvidou que o trabalho compensa... já estará convencido do contrário certo?
 
DJ e Produtor
 
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Há muito tempo que se especula a veracidade do Top 100 da revista britânica DJ Mag. Pela internet circulam inúmeras críticas que além de colocarem em causa da credibilidade da mesma, acusam também a publicação de receber dinheiro por parte dos artistas e agências, de forma a que os mesmos consigam figurar na lista anual. A mais recente “bomba” rebentou pelo testemunho de DJ Stamen, que divulgou através da sua página oficial de Facebook, imagens de e-mails trocados com a revista, a poucos dias de ser divulgada a listagem deste ano.

 
Segundo Stamen, toda esta história começou quando o mesmo contatou a DJ Mag a fim de solicitar os preços de publicidade no website da marca, que vão desde os 40 aos 50 mil euros, um valor que o artista considera alto. Quando se iniciaram as votações, em julho, Stamen partilhou um link direto para a votação do Top 100, que alcançou mais de 127 mil cliques. Cada 1.000 cliques no site oficial da publicação correspondem a 15 euros. Feitas as contas, a partilha de Stamen rendeu à revista mais de 1.900 euros.
 
Terminadas as votações - no passado dia 14 de setembro - o DJ recebe um e-mail da DJ Mag (no dia 28 do mesmo mês) com a excelente notícia de que tinha conseguido entrar no concorrido Top 100, e que teria ainda um lugar especial na revista que poderia aumentar, caso o artista quisesse pagar publicidade à DJ Mag.
 
 
Após receber um novo e-mail, a redação comunica que Stamen ficou colocado na posição número 83 e que o seu perfil vai ser publicado na edição norte-americana da revista. Na mesma mensagem, pode ler-se uma lista de preços e respetivos descontos, para que o artista apareça também em todas as revistas da marca a nível mundial, com valores que oscilam entre os 1.000 e 2.700 euros.
 
 
Em resposta à DJ Mag, o produtor ofereceu um máximo de 500 euros pelo anúncio, alegando que não poderia aumentar o valor. Entretanto foi-lhe apresentada uma contraproposta de 750 euros, que entretanto recusara. No meio de tanto e-mail, foi-lhe também solicitada uma entrevista, posteriormente enviada, com fotografias incluídas.
 
Passado algum tempo, Stamen recebe um novo e-mail da DJ Mag, a afirmar que todos os anos, enquanto se contam os votos, são encontradas várias fraudes e que os seus votos tinham sido excluídos. Concluindo e devido a este alegado problema, o produtor ficou de fora do Top 100 de 2015. Fica no ar a questão de como é que a DJ Mag divulgou a posição de Stamen num dos e-mails trocados, se os votos ainda estavam a ser contados.
 
 
Indignado com a situação, o produtor contatou a DJ Mag a fim de pedir esclarecimentos relativos à origem do problema, oferecendo ainda o ficheiro que provava os 127 mil cliques dos seus seguidores. Depois de vários e-mails trocados, Stamen recebe uma chamada telefónica a 2 de outubro, com a notícia de que a redação não poderia apresentar nenhuma prova sobre os votos fraudulentos, uma vez que os mesmos já tinham sido eliminados.
 
 
A confirmar-se a veracidade deste testemunho que está a dar muito que falar, certo é que a credibilidade do Top 100 levado a cabo pela DJ Mag ficará mais uma vez posta em causa, registando a partir de agora mais um ponto negativo, depois de uma ação não muito clara que contradiz os primeiros e-mails trocados entre a redação da revista e o artista.
 
Stamen ainda é desconhecido no mundo de música eletrónica, no entanto já possui diversos temas editados na Spinnin’, Ultra e Mixmash Records. Os resultados do Top 100 da DJ Mag de 2015 são revelados no próximo dia 16 de outubro, durante o Amsterdam Dance Event, na Holanda.

 

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Chega a altura do ano em que os amantes de música electrónica ficam na expectativa pelos resultados do Top da revista DJ Mag. Não serão certamente todos, mas grande parte, porque continuamos com o embate entre duas tabelas distintas: A DJ Mag e o Resident Advisor. 
 
É mais um ano em que recebo com agrado o convite do Portal 100% DJ para comentar e efectuar uma antevisão dos resultados da DJ Mag, que serão revelados no Amsterdam Dance Event e este ano, antes de deixar essa antevisão, vou dizer algumas palavras para tentar clarificar alguma confusão e críticas que esta votação parece exercer. 
 
Apesar de se chamar ‘Top’, temos todos de perceber que os resultados desta tabela valem o que valem, ou seja, não é por um determinado DJ estar numa posição superior ou inferior que é melhor ou pior que outro que nem sequer apareça nesta tabela. 
 
Estes resultados são de alguma forma o reconhecimento dos fãs pelo trabalho que um DJ efectuou durante um ano, uma forma de promoção dos artistas que terá reflexo no valor da actuação dos mesmos, um investimento elevadíssimo por parte de agências ou dos próprios DJs e um ‘veículo promocional’ onde a marca/produto (leia-se DJ) chega aos clientes em todo o globo. Quem não conseguir compreender o objectivo e as diferenças deste ‘Top’ para uma simples votação ou análise de produção ou skills técnicas, irá sempre criticar esta tabela e os seus resultados.
 
No que diz respeito à antevisão dos resultados propriamente dita, este ano não tenho tantas certezas como o ano passado. Foram feitas campanhas e investimentos elevadíssimos e a indústria da Electronic Dance Music está cada vez mais forte. Está a entrar numa espiral que, na minha opinião, está errada com investimentos das largas centenas de milhares de euros, quer em valores cobrados nas actuações, quer no investimento efectuado, o que leva a um descrédito da qualidade musical e dos artistas. A música e o DJ deve estar sempre acima de tudo mas é fácil entender que sem promoção e investimento, por muita qualidade que exista, é difícil alguém chegar a um patamar elevado e global. 
 
No Top 10 julgo que não devemos ter diferenças e os nomes serão os mesmos do ano passado. Hardwell, Dimitri Vegas & Like Mike, Armin van Buuren, Martin Garrix, Tiësto, Avicii, David Guetta, Skrillex e Steve Aoki deverão estar presentes, deixando Calvin Harris e Afrojack na luta pela entrada nestes 10. A minha convicção é a de que este ano, Calvin Harris irá subir a sua classificação, que o Top 5 não terá mudanças e que Axwell /\ Ingrosso vão subir na tabela, tal como DJ Snake (vamos ter surpresas) e os projectos Major Lazer e JackÜ vão aparecer. 
 

Será que não atingimos já valores de actuações descabidos e pedidos inimagináveis por parte dos DJs? Será que o grau de exigência dos DJs desta tabela justificam o que se paga por eles?

 
Relativamente aos portugueses, Kura é claramente onde depositamos as nossas maiores expectativas, com o Diego Miranda sempre à espreita de uma entrada no Top 100. Uma certeza, é que Mastiksoul e Pete Tha Zouk não irão entrar nesta tabela, apesar das suas actuações e reconhecimento mundial, mas por opção própria pois nem sequer fizeram campanha. 
 
Do Brasil, fica a expectativa se Ftampa irá entrar, depois de ter ficado na 102ª posição o ano passado e se os Felguk conseguirão permanecer nos 100. 
 
Certamente iremos ver nomes a sair desta tabela, tendo alguns deles entrado pela primeira vez o ano passado e DJs que muita gente desconhece vão dar entrada. Haverá algumas surpresas (há sempre) como a classificação em 2014 do Deorro e do Borgore e são esses resultados que trazem a curiosidade sobre os mesmos. 
 
Deixo uma última nota e um pensamento sobre esta tabela e o que ela fez nos últimos anos. Será que não atingimos já valores de actuações descabidos e pedidos inimagináveis por parte dos DJs? Será que o grau de exigência dos DJs desta tabela justificam o que se paga por eles?
 
Fica ao critério de cada um que paga para os ir ver/ouvir e de quem os contrata, essa mesma análise. Sabemos os cachets dos DJs portugueses e quem os contrata acha sempre caro, mas continuamos a pagar centenas de milhares de euros por artistas que não são melhores do que temos por cá e na larga maioria das vezes não atraem público que justifique esse investimento. 
 
Esperemos que as mentalidades mudem e que a valorização do que é nosso e da nossa música seja uma realidade em 2016.
 
Ricardo Silva
 
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A icónica discoteca lisboeta Lux Frágil voltou a entrar no Top 100 dos melhores clubs do mundo, divulgado hoje pela revista britânica DJ Mag. O espaço de referência na noite nacional subiu uma posição relativamente ao ano passado e ocupa agora a número 82.

A liderar a listagem e pela quarta vez está a discoteca brasileira Green Valley. "É muito importante para nós o reconhecimento do público e da crítica especializada. Esta colocação no ranking é a consolidação de um trabalho constante de renovação e esforço para nos mantermos entre os melhores mesmo com os problemas económicos do país", afirmou Eduardo Phillips, sócio-gerente da discoteca de Camboriú que este ano comemora 11 anos de existência.

O segundo lugar é ocupado pela Echostage localizada em Washington e o terceiro pelo conhecido Ushuaia de Ibiza que desceu uma posição em relação a 2018. Confere aqui a listagem completa.
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quarta, 05 dezembro 2012 20:52

Resident Advisor lança Top 100 de 2012

É apelidado por muitos como o verdadeiro Top de DJs mundial. Aquele que traduz a verdade no que toca ao mundo da musica eletrónica.
Porém, todos sabemos que isso é algo relativo.
 
Este Top 100 do magazine Resident Advisor é muito ligado ao movimento mais underground mas, dentro disso, não deixa de ser um top em que a popularidade também têm algo a dizer.
Em 2011, o pódio pertencia a Richie Hawtin, Seth Troxler e Jamie Jones, terceiro, segundo e primeiro lugar respectivamente.
 
Este ano, Seth Troxler foi então o escolhido para ocupar a primeira posição. Richie Hawtin, Dixon, Maceo Plex e Ben Klock completam o top 5.
Ao contrario do Top 100 da Dj Mag, neste top 100, não figura qualquer artista português.
 
Deixamos-te aqui o Top 10 para este ano de 2012 mas podes ver todo o Top no site oficial da Resident Advisor - www.residentadvisor.net
 
RA Poll - TOP 10 - 2012
1. Seth Troxler
2. Richie Hawtin
3. Dixon
4. Maceo Plex
5. Ben Klock
6. Jamie Jones
7. Loco Dice
8. Ricardo Villalobos
9. Tale Of Us
10. Maya Jane Coles
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Pela primeira vez, na história do Top 100 DJs, uma dupla chegou ao número 1: os irmãos belgas Dimitri Vegas & Like Mike, subiram este ano 1 posição, para descoroar o holandês de 27 anos, Robbert Van de Corput, conhecido no meio por Hardwell. O restante Top 5 foi, sem surpresas, preenchido por Martin Garrix (3), Armin Van Buuren (4) e Tiesto na quinta posição.
 
Como se isso não bastasse, este ano pela redação da revista DJ Mag passou um verdadeiro tornado, baralhando várias posições, que se dizem injustas aos olhos de quem perdeu o seu tempo a votar nos artistas favoritos, onde muitos deles nem sequer figuram nesta tabela.
 
Nesse sentido e pelo quarto ano consecutivo, o Portal 100% DJ lançou um desafio a rostos conhecidos e influentes na noite Portuguesa, a fim de responderem à questão “Qual é a sua opinião sobre o Top 100 da DJ Mag?”. O nosso primeiro convidado a responder é o DJ e produtor Will Pit-a-Pat
 

Qual é a sua opinião sobre o Top 100 da DJ Mag?

 
Antes de mais, gostaria de agradecer ao 100% DJ este convite para comentar os resultados do DJ Mag TOP 100 2015.  É uma honra para mim ser convidado para este tipo de iniciativas que englobam vários profissionais ligados à industria da dance scene nacional.
 
Relativamente ao tópico em questão, o meu primeiro e principal comentário vai para os artistas nacionais que conseguiram entrar neste TOP 100 em 2015: Diego Miranda e Kura. São duas referências fantásticas para qualquer DJ/produtor português e devemos apoiá-los, tal como devemos apoiar todos aqueles que trabalham arduamente para serem melhores artistas, elevando a sua qualidade como produtores e DJs, mantendo a humildade e realçando cada vez mais o seu valor. O Diego Miranda fez tours alucinantes no Brasil, conquistou residências em Ibiza e chegou ao continente asiático. A sua versatilidade e qualidade enquanto DJ é fenomenal! O Kura, um dos meus ídolos, produziu faixas espetaculares e atingiu um patamar de sonho para qualquer artista: editar por labels de topo e a colaborar com o “anterior melhor do mundo”: Hardwell. Parabéns portugueses! Queremos mais e espero que tanto eu como muitos outros produtores portugueses cheguem um dia tão alto.
 

Parabéns portugueses! Queremos mais e espero que tanto eu como muitos outros produtores portugueses cheguem um dia tão alto.

 
Como tal, isto leva-me ao assunto central deste texto e apesar de não gostar de “lavar roupa suja em praça pública”, aproveito para questionar o objetivo deste TOP 100. Publicidade? Marketing? Valorização profissional? Premiação dos melhores DJs ou produtores? Retorno financeiro? Uma coisa é certa, a dignidade do TOP 100 da DJ Mag decresceu a partir do momento em que passou a vender publicidade em prol de melhores classificações, passando de revista séria para “entidade circense”.
 
A vitória dos irmãos belgas (Dimitri Vegas & Like Mike) veio provar que o dinheiro pode comprar até o primeiro lugar do pódio, principalmente quando o não apresentam mérito pelas suas produções, tal como acontece com outros artistas! Para além disto, a divulgação da troca de e-mails entre o DJ Stamen e a DJ Mag e a entrada do indiano DJ Chetas faz-me pensar se a entidade responsável por este TOP 100 é a DJ Mag ou algum criador de uma aplicação de riso! Mas também é verdade que há mais para avaliar. A classificação dos suecos Axwell /\ Ingrosso prova que a música pode tocar mais as pessoas do que qualquer outra coisa. Valorizo a permanência de artistas fenomenais como MAKJ, Laidback Luke e Bassjackers apesar da sua injusta classificação e fico muito feliz por ver nomes como Tujamo, DJ Snake, Oliver Heldens, Tchami e Will Sparks. Fantástico prémio para Don Diablo que teve um ano estrondoso e criou uma marca fortíssima no mercado! Superior a isto, só mesmo Diplo a entrar com o seu próprio nome e com os projectos Major Lazer e Jack U. No entanto, coloca-se a questão: onde está hoje a grandeza deste TOP 100 e onde andam artistas como Kryder, Tom Staar, Matisse & Sadko, Bass Kleph, Dzeko & Torres, Dillon Francis e Martin Solveig?
 
Para mudar isto, espero mais e melhor da electrónica, da dance scene e dos portugueses. Acredito que temos todo o potencial para crescermos e existe muito talento e trabalho a ser desenvolvido. Como artista, cronista, formador, profissional e ser humano, quero fazer mais e melhor e gostava que pensassem se não faz sentido existir mais união entre todos. Vamos trabalhar e crescer juntos!
 
Até breve, Will Pit-a-Pat.
Publicado em Nightlife
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