Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
O Algarve é cada vez mais o destino turístico escolhido pelos clubbers de toda a Europa que procuram os mais diversos eventos de música eletrónica. Por esse facto a editora I Bounce decidiu lançar recentemente uma coletânea especial de Verão, fazendo com que o Algarve vá além fronteiras, para atrair novas ideias, novos investimentos, um novo público e uma nova dinâmica

Esta compilação conta com sonoridades bem atuais, e irá funcionar em pleno, tanto no panorama nacional como no internacional.

Os temas incluídos já foram testados por nomes da música de dança mundial que lhes deram feedbacks bastante positivos. É mais um passo importante na dance scene nacional. Tem o preço de 9,99 euros e é um exclusivo da Loja FNAC do Algarve Shopping estando prevista a sua distribuição pelo resto do país e ilhas.
 
Está também disponível em formato Unmixed digital próprio para deejays em mais de 300 lojas espalhadas pelo Mundo inteiro.
 
O Portal 100% DEEJAY já ouviu e aprova no seu todo esta excelente coletânea.
Publicado em Nightlife
segunda, 07 abril 2014 23:03

Editar música não é um hobby

Depois do aparente sucesso do meu artigo do mês passado relativo às estratégias de marketing para redes sociais, decidi escrever um outro sobre uma outra temática que também tem sido bastante referida nas mensagens e mails que tenho recebido. Trata-se do envio de demos para editoras. É um assunto que dá pano para mangas e por isso decidi divir este artigo em duas partes.
 
A primeira parte vai ser inteiramente dedicada ao factor "timing". Afinal qual é a altura certa para enviar uma demo para uma editora?
 
Em primeiro lugar é preciso que percebam que as editoras - principalmente as maiores - são estruturas empresariais com o objectivo de lucrar com venda de música. É por isso quando contactas com elas deves ser sempre o mais profissional possível, apresentando uma proposta de valor. Esquece quando te "vendem" a ideia de que as editoras vão fazer tudo por ti, que te vão apoiar só porque no texto de apresentação que lhes envias dizes que a desde tenra idade a música é tudo para ti, porque 90% das apresentações de DJ's em Portugal começam assim. Tu não és especial. A tua música é. E é por isso que deves deixar sempre que a música fale por ti. Eu sou dos que acredita que para além do dinheiro, as carreiras ainda se constroem com talento e trabalho. Sem estes dois "pequenos pormenores" nada dura muito.

Eu sou dos que acredita que para além do dinheiro, as carreiras ainda se constroem com talento e trabalho.

 
E é aqui que o factor "timing" deve desempenhar o papel chave. Será que a tua música é suficientemente boa para se destacar no "lamaçal" de demos de todo o mundo que os A&R das melhores editoras recebem diariamente? Mas mais importante que isso, será que se uma editora mais pequena decidir aceitar editar a tua música, isso vai ser bom para ti?
 
Responde a estas três perguntas:
1. Será que a tua música está a um nível suficiente para ser editada? A tua música está bem produzida? Sentes-te confortável com ela? Quando a ouves depois de uma faixa do teu produtor favorito sentes-te satisfeito, desiludido ou achas que podia estar melhor?
 
2. Será que lançar a tua música "oficialmente" vai ser bom para mim? Se te dissessem - "Dentro de 1 ano, a tua editora favorita vai dar-te 10 minutos para mostrares alguns dos teus trabalhos já editados e decidir se investe em ti ou não com base neles" - editavas a tua música?
 
3. A tua música soa bem? Se o teu DJ favorito decidir tocar a tua música para 30 mil pessoas vai ficar desiludido com a forma como a música soa? Mas mais importante que isso, se eu quiser ouvir a tua música no meu telemóvel com uns phones de 20 euros vou ficar satisfeito com o som da tua música? E se a comparar com um tema editado na editora para onde pensas enviar a tua música vou notar alguma diferença? Se não te sentires totalmente satisfeito com a qualidade das tuas músicas é normal. São precisos anos e anos de experiência para conseguir misturar ou masterizar música de forma competitiva.
 
Depois de leres isto certamente ficarás a sentir-te desencorajado. Não sintas. Há tempo para tudo e não queiras começar a construir a casa pelo telhado.
 
Foca-te na tua produção. Experimenta, compara, aprende. Pensa no teu futuro. O que queres fazer com a tua carreira: é só um hobby ou os passos que deres agora vão ser importantes no teu futuro dentro de um ou dois anos? Mostra a tua música a pessoas com experiência no mercado. Pergunta-lhes o que acham honestamente. Não leves a mal críticas negativas. São elas que te fazem aprender. Não penses nunca que és um prodígio porque se o fores, só com humildade e trabalho poderás algum dia materializar o teu talento em música de qualidade. E por fim, não queiras fazer trabalho que não é teu. A ti compete-te ser criativo e produzir música, não soar como um produtor que teve o apoio de um engenheiro de som com 20 anos de experiência no mercado.
 
Em suma, editar uma música, a curto prazo, pode parecer bom. Editar uma música que vai ser uma mancha no teu currículo, a longo prazo, pode ditar a "morte do artista", ou seja, a tua.

 

Hugo Serra Riço
Publicado em Música
Os Booka Shade são os cabeças de cartaz do próximo Baixa Clubbing, a festa de culto à música House que a Baixa do Porto recebe todos os meses e cuja nova edição está marcada para este sábado, o primeiro dia de junho. 
 
Vinda de Berlim, a dupla alemã formada no início dos anos 90, é um nome incontornável da música House e Techno dos últimos anos e continua a encarnar o espírito da música eletrónica mais autêntica. Prova disso é o último álbum "Cut the Strings", lançado no ano passado, que nos leva de volta às raízes das pistas de dança e nos envolve em paisagens sonoras melodiosas. Ao longo do seu percurso, os Booka Shade têm somado vários álbuns e singles de sucesso, entre as quais faixas clássicas como Body Language, que ainda hoje contagia as pistas de música eletrónica um pouco por todo o mundo e que chega agora à pista do Baixa Clubbing.

Naquela que será a edição número 22 do Baixa Clubbing, será ainda possível dançar ao som da dupla Avant-Garde, projeto nacional liderado por Luís Ricardo e Luís Sales, que se afirma pelo ecletismo que se faz sentir em cada set e pela procura constante de novos sons e novas formas de passar uma mensagem que fica na memória de quem os ouve.

Como já é habitual, a festa vai decorrer das 23 às 06 horas da madrugada e o Portal 100% DJ é Media Partner Oficial deste conceito.
 
Publicado em Eventos
Pela primeira vez na história, a música eletrónica irá ganhar uma cerimónia especial de prémios que será transmitida no próximo dia 23 de abril no horário nobre do canal norte-americano FOX.
 
A cerimónia, intitulada como “Electronic Music Awards & Foundation”, vai ser gravada no dia 14 de abril, no SLS Hotel em Los Angeles, nos Estados Unidos da América e está confirmada a presença de grandes estrelas do cenário da música eletrónica mundial. Com direito a passadeira vermelha, a entrega de prémios inclui ainda várias atuações, apresentadores especiais e entrevistas.
 
“Estou muito feliz por fazer parte de uma cerimónia de entrega de prémios que, finalmente, reconhece e celebra, em pleno horário nobre, um dos maiores géneros musicais do mundo da atualidade”, a música eletrónica, afirmou Paul Oakenfold, produtor executivo do “Electronic Music Awards & Foundation”.
 
As votações nas diversas categorias começam no próximo dia 15 de fevereiro, no site oficial do evento.
 
Publicado em Nightlife
Banho tomado, cabelo todo xpto, e style completamente on fire. Estás pronto/a? Espera! Ouve estas 5 músicas primeiro e depois lets go Party!
 
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Mais um ano, mais uma edição do Amsterdam Dance Event, que decorreu na passada semana na capital da Holanda. Como é hábito, muitos foram os artistas portugueses que embarcaram na aventura daquela que é considerada como uma das maiores conferências da música eletrónica internacional.
 
O evento contou com palestras, conferências, meetings, troca de contactos entre personalidades da indústria, atuações, o Amsterdam Dance Event e ainda a cerimónia do Top 100 da DJ Mag, cujo vencedor foi Martin Garrix.
 
Von di Carlo, Club Banditz, Kura, Carlos Manaça, KEVU, Prilho, Branko, DJ Ride, Dan Maarten, Karetus, Ben Ambergen e Ewave foram alguns dos artistas portugueses que estiveram presentes no Amsterdam Dance Event.
 
 
O DJ e produtor Branko apresentou a sua editora Enchufada na discoteca Club Paradiso, em Amesterdão, ao lado de nomes como Rastronaut ou Dengue Dengue Dengue.
 
 
A semana de Kura durante o Amsterdam Dance Event foi muito agitada, a começar com a sua colocação no número 51 do Top 100 da DJ Mag de 2016, entregue durante o Amsterdam Music Festival. “Quero agradecer a todos o apoio nestas votações! A nossa bandeira vai voar cada vez mais alto!”, referiu Kura na sua página oficial de Facebook. Além de subir ao palco com Hardwell para apresentarem a nova colaboração, Kura atuou na boat party da Revealed Recordings e no espaço noturno Jimmy Woo ao lado de Julian Jordan e Jay Hardway.
 
 
Para Von Di Carlo, os dias passados no Amsterdam Dance Event foram uma “experiência fantástica”, ao lado de colegas como os Karetus e por ter sido a vencedora de uma competição de beats. O prémio selecionou a artista portuguesa para a ADE University.
 
 
Os Club Banditz também estiveram presentes na semana da música eletrónica de Amesterdão, a promover a sua carreira, música e o seu patrocínio da Monster Products. Por outro lado, Carlos Manaça esteve na capital holandesa sempre na companhia de amigos de longa data como D-Formation, David Penn e Ivan Pica, assistindo a espetáculos de verdadeira house music.
 
 
São uma das duplas revelação de 2016 e pelo segundo ano consecutivo marcam presença na ADE. Os KEVU partiram em direção a Amesterdão e passaram bons momentos com os seus colegas Olly James, Sick Individuals e Blasterjaxx. Uma das suas faixas foi reproduzida por Hardwell no Amsterdam Music Festival e a dupla teve ainda tempo de assumir a cabine da loja oficial da Don’t Let Daddy Know.
 
 
O jovem Prilho foi pela primeira vez ao Amsterdam Dance Event e teve a oportunidade de conhecer vários artistas como KSHMR e Sick Individuals. Segundo o que o artista partilhou na sua página oficial de Facebook, “o balanço foi muito positivo” e “vêm aí muitas novidades”
 
Os Karetus e DJ Ride também foram promover o seu trabalho a Amesterdão, enquanto que Ben Ambergen e Ewave tiveram a oportunidade de conhecer Hardwell pessoalmente. Ben Ambergen agradeceu ao antigo número 1 do Top 100 da DJ Mag por ter reproduzido a sua faixa “Earthquake” no radioshow “Hardwell On Air”.
 

 

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São dois nomes incontornáveis da cena eletrónica e do hip hop, sobejamente conhecidos pelas suas atuações energéticas e pelas produções repletas de talento. Cruzfader e Stickup dão vida ao projeto Dynamic Duo, que anda imparável e tem percorrido o país em grandes eventos. Durante o Rock in Rio Lisboa, o Portal 100% DJ teve a oportunidade de estar à conversa com a dupla, onde ficámos a saber algumas curiosidades e novidades para o futuro.

 

Com tantas atuações a nível nacional e internacional, como é que vocês têm tempo para os vossos projetos paralelos?
Stikup: Vou dizer uma coisa que parece uma bocado estranha. Nós viemos de uma ‘escola’ chamada turntables, que te dá bastante técnica para se fazer tudo a nível de produção e mistura. O scratch é uma coisa que se ganha, treina-se e tem um complemento totalmente diferente dos outros tipos de DJs. Nós conseguimos fazer isso, conseguimos conciliar tocar aqui hoje, amanhã outro estilo, depois outro e ainda estar a produzir. É um bocadinho por aí. Ajuda-nos bastante.
 
Como é a reação do público aos vossos sets, recheados de hip hop nacional e internacional, que é muito habitual nas vossas atuações?
Stikup: É um complemento. O Cruzfader é o pilar do hip hop dos Dynamic Duo.
Cruzfader: Cada atuação é diferente e cada caso é um caso. Por vezes experimento tocar hip hop e não pega e aí vimos que neste caso será mais música eletrónica, mais comercial.
Stikup: Basicamente, eu acho que esse vai ser o futuro do DJ, ser uma pessoa, que não toque só uma linha de música. Eu vejo isto a longo prazo porque as pessoas cada vez mais estão “come e deita fora”, o chamado consumo rápido. E acho que o DJ já é isso. É aquele DJ que toca tudo, que o faz bem porque também não é fácil tocar todos os estilos musicais.
 

(...) as pessoas cada vez mais estão “come e deita fora”, o chamado consumo rápido.

 
Vocês conseguem observar esse aspeto logo no início das atuações?
Stikup: Não. Dynamic Duo é um projeto 100% freestyle. Se for uma Queima das Fitas como a de Coimbra, nós levamos algo já estruturado ou se for algo diferente usamos mais o microfone, o que conta também bastante hoje em dia, mas usamos muito o freestyle.
Cruzfader: Também tem a ver com o line-up do evento. Se for um cartaz com mais artistas de hip hop, obviamente que o público vai estar mais virado para esse estilo. Se há um cartaz mais virado para o kizomba e outros artistas, vai ser um set mais comercial. A leitura do cartaz em si indica mais ou menos como irá ser o set. Nos primeiros 10 a 15 minutos consegue-se ver o que o pessoal quer ouvir.
Stikup: Muitos DJs não têm noção disto. Como me disse sempre o Cruzfader, “os primeiros 15 minutos são a tua marca”. 
Cruzfader: Outra coisa importante que nós fazemos é criar picos de subida e descida dentro do nosso estilo musical. Por exemplo, quando tem de subir, passa-se por uma coisa mais afro, não propriamente hits. Às vezes o balanço da música, o bpm em si, chama pelo público. Depois vamos contornando. É muito importante fazer a gestão do set, que não é só disparar as músicas: é saber coordena-las com o público para criar um ambiente com altos e baixos.
 
Alguma vez pensaram atuar no Rock in Rio Lisboa?
Cruzfader: Sinceramente, não. Quer dizer, como dupla já me passou pela cabeça aquela vontade.
Stikup: Havia uma vontade mas nunca me passou pela cabeça vir ao Rock in Rio. Tem mais a ver connosco o MEO Sudoeste. Mas o Rock in Rio é o início.
 
O que representa esta atuação para vocês?
Cruzfader: Representa um reconhecimento da nossa rádio, a Mega Hits.
Stikup: Nós estamos aqui muito por causa da Mega Hits. É preciso referir isso. E também é certo que o Rock in Rio também tem a sua parte de dizer vai ou não vai. Por isso é um reconhecimento das duas partes.
 
Para quando um tema original dos Dynamic Duo?
Cruzfader: Não sabemos. Estamos sempre a produzir e a fazer coisas mas ainda não veio essa parte.
 
Que projetos pretendem desenvolver agora a curto prazo?
Stikup: Eu tenho um projeto novo com o Kking Kong, que trabalha com o Branko dos Buraka Som Sistema e com o Sensi, o irmão do Fred dos Orelha Negra, que se chama KNS, ou seja Kanalhas e estamos a vir aí com um registo mais trap, de música mais urbana, mais bass music. Temos os nossos projetos a solo.
Cruzfader: Estamos muito em estúdio, sempre a trabalhar.
Publicado em Entrevistas

Zac Efron é o protagonista do filme “We Are Your Friends”, interpretando Cole Carter, um DJ em ascensão em Los Angeles, que trabalha na sua primeira produção e que pretende alcançar a fama.

 
A longa metragem da Warner Bros já tem data de estreia, dia 28 de agosto, com a realização de Max Joseph, da série Catfish (MTV), que conta ainda com Emily Ratajkowski (do videoclip “Blurred Lines”) e Wes Bentley (do filme “The Hunger Games”).
 
A banda sonora oficial de “We Are Your Friends” ainda não foi divulgada, mas as faixas podem ter a assinatura de grandes produtores internacionais. Para a performance de Zac Efron ser praticamente real, o ator esteve no set de gravações com Alesso, Nicky Romero, Dilon Francis e Classixx, que ofereceram alguns conselhos sobre djing.
 
 
Publicado em Nightlife
O maior festival do mundo está a chegar e este ano pretende oferecer o elixir da vida a todos os seus visitantes, que esperaram ansiosamente um ano pela abertura das portas. No fim-de-semana de 22 a 24 de julho, a cidade de Boom, na Bélgica, volta a tornar realidade os sonhos de qualquer amante de música eletrónica.
 
Deadmau5, Eric Prydz, Armin van Buuren, Diego Miranda, Blasterjaxx, Fedde Le Grand, Marshmello, W&W, Yves V, Dimitri Vegas & Like Mike, Don Diablo, Maceo Plex, Sven Väth e muitos outros artistas já confirmaram a sua presença. Este ano, a falta mais sentida pelos fãs do festival é de Hardwell, que a exemplo da edição brasileira, também estará fora do cartaz.
 
Apesar dos atentados terroristas que abalaram a Europa nos últimos meses, a organização do Tomorrowland não baixa os braços e pretende continuar com o festival, com redobrada atenção nas medidas de segurança. “Por vários anos seguidos a nossa maior preocupação e foco é a segurança dos visitantes. Baseados em diferentes fontes de informação, tomaremos decisões em conjunto com as autoridades locais de forma a garantir a maior segurança possível”, revelou Debby Wilmsen, representante do Tomorrowland, em exclusivo ao Portal 100% DJ.
 
LIVESTREAM
Mais uma vez o festival vai ser transmitido em direto para todo o mundo, através da conta oficial de Youtube do evento. Vão estar disponíveis várias câmaras, para que tenhas acesso aos teus palcos e artistas preferidos, durante os três dias de festa.
 
PAZ, CONVÍVIO E HUMILDADE
David Bessa tem 24 anos, vive no Luxemburgo e vai ao Tomorrowland pela terceira vez. “Os DJs são simplesmente o melhor que existe no mundo”, referiu o português em exclusivo ao Portal 100% DJ, destacando Dimitri Vegas & Like Mike, Tiësto e DJ Snake como os seus favoritos.
 
Entre os pormenores que mais gosta no festival estão a “paz, convívio e humildade das pessoas”, não esquecendo ainda do “ar mágico e misterioso ao mesmo tempo que o Tomorrowland nos faz sentir”.
 
Uma das dicas que deixa a quem gostaria de um dia realizar o sonho de ir ao festival é “estar bem organizado para tudo e para gastar o menos possível”. “Estou a ver cada vez mais portugueses interessados no Tomorrowland e seria bom o nosso país receber um festival deste género, para o mundo ficar a conhecer melhor Portugal”, concluiu David Bessa.
 
NÃO HÁ RAÇAS, POLÍTICAS NEM RELIGIÕES DIFERENTES
Pela segunda vez, Márcia Pinto, de 21 anos e natural de Lousada, parte para o Tomorrowland com as expectativas “muito elevadas”, pois “o facto de já ter estado presente na última edição deixa-me ainda mais ansiosa para que chegue o dia de levantar voo para os melhores dias da minha vida, porque não duvido que a organização vai-nos surpreender mais uma vez”, afirmou a jovem.
 
“O Tomorrowland tem tudo de especial. Tudo começa logo na viagem de avião, porque é aí que começa o convívio e a diversão. A organização até na viagem proporciona-nos momentos espetaculares como mais nenhum festival no mundo proporciona”.
 
Segundo a festivaleira, ao entrar no recinto “chegamos a uma terra encantada”, com tudo “pensado ao pormenor” e onde “não falha absolutamente nada”. “As pessoas vão única e exclusivamente pela música e para se divertir e aproveitar, ninguém está preocupado em arranjar confusões com ninguém, há um companheirismo muito grande e todos os dias a toda a hora conhecemos pessoas novas. Ali dentro não há raças, políticas nem religiões diferentes e todos se respeitam”, referiu.
 
Esta viagem “não é um investimento fácil e torna-se um bocado dispendioso. Se compararmos com o preço de outros festivais que são mais perto, como os portugueses, sem dúvida que a diferença de preço é muita”. Mas uma coisa Márcia sabe, “se há destino de ‘férias’ que merece cada cêntimo gasto é sem dúvida o Tomorrowland”.
 
BILHETE DOURADO É QUASE INACESSÍVEL 
Vindo da Suíça mas com nacionalidade portuguesa, Frédéric Cunha tem 30 anos e vai viver a experiência do Tomorrowland pela segunda vez. “As expectativas são altas, principalmente a nível temático. No ano passado fiquei estupefacto com a dimensão do palco e espero que este ano seja algo do género ou ainda melhor”, revelou o português ao Portal 100% DJ.
 
Uma das coisas que o faz regressar ao festival é o “ambiente multicultural, com o mesmo gosto pela música eletrónica”. Na mala leva consigo a camisola do Futebol Clube do Porto, a GoPro e uma roupa mais quente “porque no ano passado foi um pouco fresco”.
 
Relativamente ao garantir a sua presença no evento, Frédéric considera “que o maior problema não é a nível financeiro, mas sim a dificuldade em obter o bilhete dourado na ‘lotaria’ da venda”.
 
EXPERIÊNCIA A VIVER PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA
Hugo Silva tem 31 anos e vai de Gondomar diretamente para o Tomorrowland pela primeira vez “Tenho a certeza que irá ser uma experiência única que se tem que viver pelo menos uma vez na vida”.
 
Para o festivaleiro, o evento belga “é simplesmente o maior evento musical do planeta” e “uma união de culturas, que consegue reunir pessoas de todos os cantos do mundo e toda a gente está unida para o mesmo. É como se fosse um mundo à parte de tudo o resto”.
 
Na sua mala leva uma GoPro “para registar os melhores momentos” e a bandeira de Portugal, para se destacar durante as atuações que mais quer ver: Alesso, Dimitri Vegas & Like Mike e Axwell /\ Ingrosso.
 
Esta não é a primeira vez que Hugo tenta ir ao Tomorrowland. “Desde 2013 que sempre tentei arranjar bilhete normal, por ser mais acessível, mas nunca consegui. Tive de juntar mais uns trocos para comprar um Global Journey e garantir a minha presença. Não é barato, mas na minha ideia cada euro gasto vai valer a pena”, admitiu.
 
 
 
 
VIVER O TOMORROWLAND COM A FAMÍLIA
Olivier Cunha, português de 22 anos e residente na Bélgica, vai com o irmão ao Tomorrowland. Para ele, “vai ser uma coisa de outro mundo e ainda por cima vou acompanhado por um membro da minha família”.
 
Olivier decidiu ir ao festival belga depois de ouvir a “experiência do ano passado que o meu irmão, um primo e um amigo viveram” e também depois de ver os aftermovies dos anos anteriores.
 
“A bandeira da nossa pátria” vai na sua mala e o festivaleiro não querer perder nem um minuto do set de Dimitri Vegas & Like Mike, apesar de querer “ver um pouco de todos”.
 
Na sua opinião, “Portugal tem muitos festivais” mas “tem falta de um festival como este, ou parecido. Um dos conselhos que deixa a quem gostaria de ir ao Tomorrowland é que “para quem tiver um trabalho estável, que vá juntando algum dinheiro” para depois conseguir viver uma experiência inesquecível.
 
MEDO DE NÃO QUERER SAIR 
Aos 26 anos, Sofia Ribeiro Silva deixa a capital, pela primeira vez, em direção a Boom, “apesar de já ter tentado no ano passado”.
 
“Não quero manter as expectativas muito altas, mas está a ser quase impossível”, confessou Sofia ao Portal 100% DJ. “Não tenho medo que alguma coisa me desiluda. O meu medo é... de não querer sair de lá!”
 
O ambiente e o cartaz que inclui os melhores DJs do mundo foi aquilo que mais lhe chamou a atenção. “Com milhares de pessoas reunidas com a mesma paixão, este é um ambiente mágico”, incluindo ainda a “música, ver o mainstage pela primeira vez, a decoração, o fogo de artifício, conhecer pessoas novas”, que no fundo são “três dias pensados ao máximo pormenor e que tenho a certeza que vão ser os melhores três dias da minha vida”, revelou.
 
Na mala de viagem leva calçado confortável como prioridade “para poder estar o mais à vontade possível e curtir o máximo”, óculos de sol, cachecol do Sport Lisboa e Benfica e a bandeira da Tomorrowland Crew Portugal, que vai marcar presença em grande número. Em relação a artistas que quer ver, estão entre as suas escolhas Alesso, Axwell /\ Ingrosso, Martin Garrix, Armin van Buuren e espera ainda “ser surpreendida por muitos outros”.
 
Na sua opinião, “Portugal ainda não tem logística para um festival deste género. Seria difícil alcançar um ambiente semelhante, com as mentalidades que ainda vamos tendo por cá. No entanto, acho que já se começa a notar uma evolução nos festivais em Portugal”.
 
Para realizar este sonho, Sofia afirma que “não é nada fácil, mas quem corre por gosto não cansa”. O investimento é “bastante grande” e que pode levar a que “por vezes termos de cortar um bocadinho mais ‘aqui e ali’”.
 
A PRIMEIRA DE MUITAS
Gaspar Magarreiro tem 50 anos e parte de Terrugem (Elvas) para o Tomorrowland pela primeira vez com “um desejo enorme que já vem desde há vários anos”. Esta viagem proporcionou-se numa conversa com um amigo que partilhava do mesmo desejo “e resolvemos ir. Espero que seja a primeira de muitas!”.
 
O responsável pela conceituada empresa “Retiros Místicos”, irá estar atento à parte mais técnica e da produção do evento, e espera que “o festival venha a servir de inspiração para eventos que estamos a preparar para o futuro, embora numa escala diferente” revelou.
 
“Estou curioso com os cenários, os efeitos especiais e a iluminação - são sempre deslumbrantes, certamente que ao vivo serão bem mais surpreendentes”, confessou Gaspar Magarreiro, referindo também que “as expectativas são enormes” e que está “curioso para ver a organização e a dinâmica do espaço”.
 
Agradecimentos: Laetitia Esteves (Tomorrowland Crew Portugal)
 
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Com um percurso musical de 20 anos, Massivedrum é detentor de uma das mais sólidas carreiras a nível nacional no que à música de dança eletrónica diz respeito. O seu tempo divide-se entre o DJing e a produção musical, entre remixes e originais que tem a possibilidade de os lançar nas suas duas editoras. O seu mais recente tema chama-se “Hero” e conta com a colaboração com uma das maiores vozes da house music: Shawnee Taylor. Com várias presenças no estrangeiro, não só em clubs como também em grandes festivais, é um nome que figura constantemente nas playlists de rádios e DJs de todo o planeta, elevando desta feita o seu estatuto profissional.

Em entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, Massivedrum fala na primeira pessoa sobre a sua carreira, as faixas produzidas, opina sobre o cenário atual da música eletrónica e revela pormenores interessantes dos próximos trabalhos que tem na manga.

 

Existe algum segredo para deter uma carreira sólida com quase 20 anos?
Eu penso que existe e tem vários nomes. Trabalho árduo, sacrifícios, dedicação, mas também uma característica muito importante: amar incondicionalmente o que se faz e ser fiel à sua arte e identidade. 
 
Quais as principais mudanças que marcaram estes teus últimos anos de carreira?
Penso que os meus últimos anos de carreira foram marcados pela mudança de um Massivedrum adolescente para um mais adulto. Mudei muito musicalmente. Passei a preocupar-me muito mais com a musicalidade das minhas produções do que há uns anos atrás, em que pensava única e exclusivamente na pista. Hoje em dia penso muito mais no que a faixa pode provocar no íntimo das pessoas, na sua longevidade e acima de tudo, na sua musicalidade. Acho que é algo que acontece com o tempo, com naturalidade.  
 
Quais são as três melhores palavras que a definem?
Trabalho, sacrifício e dedicação.
 

Passei a preocupar-me muito mais com a musicalidade das minhas produções do que há uns anos atrás (…)

 
Qual foi a música que mais prazer te deu a produzir e porquê?
É uma questão um pouco ingrata. Tenho várias. Costumo destacar a “Fingerprint”, porque foi uma faixa produzida para exteriorizar alguns fantasmas e sentimentos negativos que assolaram a minha vida na altura. Foi uma época que tive bastantes problemas e dificuldades e foi naquela faixa que me refugiei. É um exato espelho do meu estado de espírito na altura. Foi um grito de revolta. Depois, existe o remix que fiz para os Kentphonik, “Hiya Kaya”, que recordo-me que 90% das pessoas a quem disse que iria fazer o remix oficial, me aconselharam a não fazê-lo. Bem, segui o meu instinto e em conjunto com o DJ Fernando fizemos o que ficou ao ouvido de todos. Deu-me bastante prazer. Este ano, a faixa em conjunto com a Shawnee Taylor passou a fazer parte deste lote. Era um sonho antigo. Encheu-me o coração!
 
O teu novo tema “Hero” tem a participação de uma das maiores vozes da house music, Shawnee Taylor. Como surgiu esta colaboração?
Bem, eu passo a semana em estúdio, ora a produzir remixes, ora a produzir originais. Esta colaboração surgiu de um instrumental que tinha, e tanto eu como o meu agente achámos que poderia agradar à Shawnee. O contato foi feito, ela pediu para ouvir e o resultado está à vista. Foi algo muito natural. Para mim não muito, pois senti-me um miúdo com cinco anos a quem dão doces! 
 
Alguns dos temas cantados por Shawnee Taylor, como “Live Your Life” ou “Devontion”, influenciaram esta tua nova produção?
Não, pois como respondi antes, o instrumental já existia. Produzi porque o senti naquela altura assim. Não tinha um propósito, poderia até ter sido aproveitado para um remix. Mas, eu e o meu agente sentimos algo nele e como a Shawnee era um desejo antigo, avançou-se dessa maneira.
 
 
Já remisturaste temas para grandes nomes como Bob Sinclar, Axwell ou Chus & Ceballos. Há algum segredo ou uma regra a ser respeitada quando se faz um remix para um artista?
Eu por norma não sigo. Há duas maneiras de editar remixes. Ou o artista te contrata para o fazeres ou fazes e envias para o artista. Existem sim, diferenças entre estes dois casos. No primeiro, o artista contrata-te porque a tua sonoridade no momento agrada-lhe e ele quer um remix teu dentro desse estilo. No segundo caso, fazes algo que sentes, mesmo sendo diferente do que te carateriza e envias para o artista. Se ele gostar, edita. Felizmente tem-me corrido bem nos dois casos.
 
Em 2013 escreveste na crónica "From a Paradise Called Portugal", para o Portal 100% DJ, que a crítica especializada dizia que era 'in' ouvir um disco de dança nacional. Achas que no futuro vamos dançar ao som de um disco de dança português com orgulho?
Quero acreditar que sim. Foram realmente tempos que deixam saudades. A união artística era fantástica e conseguiu-se mesmo isso. Quando entrava uma faixa nacional, era a loucura, um orgulho. Acredito que isso será possível de novo, mas muito terá de mudar no panorama musical nacional. Há um longo caminho ainda a percorrer.
 
Quem consideras a grande revelação da música eletrónica nacional e internacional?
Se olharmos para os nomes fortes da dance scene nacional, já nenhum é revelação. Não sei quem é ou será, a grande revelação, mas quem for, será numa altura complicada. A nível internacional, apareceram muito bons artistas neste último ano, mas por norma não gosto de destacar ninguém, pois o que para mim interessa é a música num todo. Destacar alguém num estilo pode negligenciar outro alguém num estilo diferente. Para mim, distinções nesta arte, que é tão vasta, são um pouco injustas.
 
No teu entender existe união e respeito na música eletrónica em Portugal? O que mudarias?
Tenho uma frase muito simples para esse assunto: Menos queixas, mais trabalho. Mais respeito, mais valores morais. Se tudo isto existisse, a união, o respeito e a valorização global apareceriam naturalmente. É um assunto delicado porque em Portugal, a própria indústria não é saudável, está corrompida e quando assim é, só os artistas não chegam para a mudar. 
 
Atualmente és tutor de duas editoras. O que te levou à criação das mesmas?
Foi algo que acho que é natural num DJ/Produtor. Havia muita música minha que eu não conseguia editar. Assim, criei uma label minha, a NewLight Records. Acabava por poder editar o que me apetecesse e era algo que podia servir para expandir o meu nome. Na altura não esperava que viesse a ter nomes tão sonantes como Blasterjaxx, D-Rashid, Bryan Dalton, Carlos Silva, Rancido, Praia Del Sol, Mavgoose & Quinn entre tantos outros. Cheguei a ter releases que foram número um em França, Bélgica e Holanda. O que começou com muita descontração acabou por se tornar num caso sério. Recentemente abri uma sub-label, mais virada para o Deep-House, Tech-House, Future House, etc. Recebia muitas promos boas mas que não encaixavam na linha da NewLight, por isso, decidi abrir a sub-label.
 
Em conjunto com Dan Maarten, assinas um novo radioshow da Mega Hits intitulado “The Future Is Now”. Na tua visão como vai ser o futuro da música eletrónica?
Penso que é difícil prever o futuro de algo que pode evoluir a cada hora. A música eletrónica desde o seu início estava “condenada” a andar de braço dado com a evolução. O conceito deste radioshow, tal como o nome indica “Future Is Now”, é tentar mostrar o que poderá vir a ditar o futuro, mas é sempre uma incógnita. Na minha opinião, a indústria vai dar uns passos atrás, pois perdeu-se muito o conceito musical na música de dança. É preciso recuar para moldar um futuro que possa semear nas gerações futuras a ideia de que sim, ainda vale a pena estudar e aprender a tocar instrumentos…
 

A indústria vai dar uns passos atrás, pois perdeu-se muito o conceito musical na música de dança.

 
Que novidades podes revelar sobre o futuro da tua carreira?
Em termos de djing, este ano vou voltar à Holanda e ao seu grande festival de verão, o Latin Village. Vou marcar presença também num grande festival em Toulouse, França, num cartaz que conta com nomes como The Cube Guys, Franky Ricardo, Gregor Salto, Roul & Doors, entre outros. Também já muito em breve, estarei no Sumol Summer Fest e a já obrigatória passagem pelos grandes festivais do nosso paraíso, os Açores. Em termos de produção, tenho remixes a sair em breve para as lendas do French-House, os Superfunk, que este ano vão atuar no Tomorrowland. A par do remix, temos também uma colaboração em mãos. Vou editar também o remix para o super-clássico dos Hardsoul com Ron Carroll, “Back Together”. Quanto a originais, já estou a trabalhar o “follow up” single desta minha colaboração com a Shawnee Taylor, “Hero” e tenho para breve a edição de um tema na Safe Music dos Deepshakerz. Mas acima de tudo, continuar a trabalhar, pois é isto que me faz feliz.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Que continuem fiéis a este fantástico portal, pois está sempre em cima do acontecimento. Conteúdos muito ricos e informação séria são as principais qualidades. Queria também deixar uma mensagem de apelo para que consumam mais música electrónica nacional, pois temos muita qualidade. E um obrigado a todos que seguem o meu trabalho! 
Publicado em Entrevistas
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