Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal

 

Uma nova iniciativa intitulada “Música Nova às Sextas” foi lançada ontem, 10 de junho, e alterou o dia de lançamento de álbuns musicais para as sextas-feiras. Antes eram editados às segundas-feiras, tal como em França e no Reino Unido.
 
Todos os novos discos chegam agora ao mercado às 00h01 (hora de cada país) de sexta-feira, em mais de 45 países, com o objetivo de “gerar um maior entusiasmo e sensação de participação no que toca ao lançamento de novos álbuns e singles”, referiu a Associação Fonográfica Portuguesa num comunicado enviado à imprensa.
 
“Com esta medida, implementada por editoras, comerciantes e artistas a nível internacional, os fãs nos vários países deixam de ter de esperar vários dias para terem acesso a faixas e álbuns acabados de lançar”, concluiu a associação.
 
Publicado em Nightlife
Este mês decidi escrever-vos sobre o envio de DEMOS/PROMOS para outros artistas. Nos dias de hoje é absolutamente vital para um artista ser "apoiado" ou ter "support" de outros mais consolidados para dar crédito ao seu trabalho. 
 
Parece injusto e errado, mas também aqui a scene não é propriamente inovadora. No mercado de trabalho existem cartas de recomendação dos vossos antigos patrões e até mesmo no cinema é comum ouvirmos expressões como "do mesmos criadores de". São jargões que reflectem excesso de oferta. Sim, quando chegamos a um ponto em que precisamos de atalhos para nos ajudarem a separar "o que é bom do que é mau" é porque felizmente estamos com excesso de oferta e não de procura. 
 
Pensem da seguinte forma: há tanta música nova a ser lançada que é necessário etiquetar previamente aquilo que é bom e aquilo que é mau. 
 
No caso da música electrónica, o "support" de X ou Y funciona exactamente para isso. Para separar o trigo do joio. Obviamente que, em grande parte das vezes, a solução é limitada e tem (muitas) falências. 
 

(…) chegamos a um ponto em que precisamos de atalhos para nos ajudarem a separar "o que é bom do que é mau".

 
Há certamente produtores talentosíssimos a passarem ao lado desta lógica. Pela mesma ordem de ideias certamente haverá produtores menos felizes a colher apoios por outros motivos que não o seu talento e qualidade. É por vezes injusto, mas sempre que catalogamos algo, estamos a negligenciar características daquilo que estamos a catalogar. Não há atalhos sem perda.
 
É por saber que é tão importante para todos os produtores poderem ter o suporte de outros artistas mais consolidados que resolvi apresentar-vos algumas dicas para poderem enviar músicas aos vossos produtores favoritos de forma mais eficaz. Antes de mais é preciso que tenham em mente que, apesar de qualquer pessoa razoável ter especial prazer em ajudar o próximo, é humanamente impossível ouvir dezenas de demos diariamente, principalmente se não houver um mínimo de organização nas demos que lhes chegam. É por isso que convém obedecerem a algumas regras elementares:
 
1Enviar só temas completos. Projectos em desenvolvimento são isso mesmo: projectos que ainda não estão no máximo do seu potencial. Arranjo-vos um sem número de razões pelas quais o envio de projectos não terminados é um erro, mas vamos centrar-nos em apenas dois. Em primeiro lugar porque a faixa não está pronta e o vosso trabalho é sempre avaliado pelo que é e não pelo que pode vir a ser. Em segundo lugar porque quando captam a atenção de um produtor consolidado, querem ir até ao fim, ou seja, querem que a faixa seja tocada no radioshow dele, nos sets, nos grandes festivais. Porque raio haverão de desperdiçar uma oportunidade destas para enviar algo que ele não vai poder tocar?
 
2Enviem links correctos. Eu sei que vou parecer o "captain obvious" mas não têm mesmo ideia da quantidade de vezes que vi a mensagem "Sorry! We can't find that track." Se a enviaram para uma promo list, tentem manter o link a funcionar durante, pelo menos, umas semanas. Ou correm o risco de perder boas oportunidades.
 
3Enviem links de souncloud privados com a função download activa. Não enviem links de wetransfers, sendspaces, zippyshares e afins. Por uma questão de organização, é sempre melhor deixar a pessoa a quem estão enviar a vossa faixa, ouvi-la primeiro. Se gostar entretanto basta «sacar» facilmente. É preferível do que ter que estar à espera ou a resolver captchas para poder aceder ao download link. Ah e não se esqueçam de catalogar correctamente o ficheiro que enviam. Acontece-me diariamente ter ficheiros com os seguintes nomes no meu computador: "master versão 5", "teste 4", "output 1", "mix e master final", "project x, y, z". Se vão enviar a música alguém, coloquem o vosso nome e o título no ficheiro. Não percam a oportunidade de aparecer numa tracklist.
 
4Não abusem da imagem de quem vos dá support. Não publiquem print screens de conversas, não exponham os contactos pessoais das pessoas, não coloquem "supported by X" se "X" vos respondeu "obrigado" ao e-mail, por cortesia. Não os convidem para collabs. Sejam convidados. Acreditem que é do interesse de qualquer artista grande colaborar com outros mais pequenos quando estes são talentosos. 
 
5Não sejam chatos. Se não obtiverem resposta nos primeiros dias, não vão a correr bombardear essa pessoa com mensagens no facebook. "Já ouviste?", "E agora já ouviste?", "Quando achas que vais ouvir?", "Consegues ouvir ainda esta semana?". Sejam pacientes e respeitem o timing das pessoas. Pessoalmente, tento sempre tirar uma hora por dia para ouvir demos e oiço-as por ordem de chegada, mas nem todos têm tempo para tal. Pensem num grande artista que no espaço de poucos dias actua no Dubai, na Austrália, na Suécia e nos Estados Unidos da América, que dorme pouco e mal, que passa mais horas num aeroporto do que em casa. Acham possível ouvir a vossa demo no espaço de um ou dois dias?
 
6Tratem sempre as pessoas com respeito e profissionalismo. Sabe sempre bem começar a ler um e-mail com um "bom dia" e bem escrito. Sabe sempre bem ler um e-mail personalizado e não um "mail tipo" enviado para 200 contactos.
 
Tenham isto tudo em mente antes de enviarem as vossas demos e vão ver que a longo prazo vão obter melhores resultados. E por agora é tudo. Até breve.
 
Hugo Serra Riço
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Passadas quase duas semanas depois da entrada em vigor da nova regra que permite às discotecas funcionarem como pastelarias ou cafés, os empresários de diversão noturna reiteram a inviabilidade da alternativa e alertam para o colapso do setor.

"Isto não vem resolver nada. É uma não resposta e faz com que permaneçam os mesmos problemas no setor. O que diz é que as discotecas têm de continuar fechadas", afirma José Gouveia, da Associação Nacional de Discotecas à Lusa.

A 30 de julho, após a reunião semanal do Conselho de Ministros, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, explicou que, no contexto da "situação epidemiológica do país mais controlada", foi determinada "a possibilidade de os estabelecimentos que são bares na sua origem funcionarem enquanto pastelarias e cafés, seguindo as mesmas regras de distanciamento que estas instituições têm".

A ministra esclareceu que os bares e discotecas continuam encerrados, permitindo-se apenas que os que queiram funcionar como cafés e pastelarias o possam fazer "sem alterar a sua atividade" oficialmente, como estava a acontecer. Estes estabelecimentos estão encerrados desde março devido à pandemia da covid-19.

Os bares e discotecas que optem por esta possibilidade podem funcionar até às 20 horas na Área Metropolitana de Lisboa e até às uma da madrugada (com limite de entrada à meia noite) no resto do território continental, como a restauração.

"Quem achou que o podia fazer já o fez ainda antes desta determinação, mas insisto que no caso das discotecas, pelas suas características, é totalmente inviável. Aquilo que precisamos é de um apoio porque a nossa situação está insustentável", sublinhou José Gouveia.

No mesmo sentido, João Fernandes, proprietário de três estabelecimentos de diversão noturna em Lisboa, que integra o grupo de trabalho constituído com a tutela sobre esta matéria, assegura que "está fora de questão” uma readaptação de uma discoteca a uma pastelaria ou café".

"O foco de qualquer discoteca é entre a 01:00 e as 05:00. Não há nenhuma discoteca que consiga funcionar até às 20 horas", aponta o empresário, afirmando que esta medida do Governo serviu apenas para "atirar areia para os olhos da comunicação social".

Mais a norte, na cidade do Porto, a situação é semelhante e, segundo disseram à Lusa associações do setor, nenhuma discoteca reabriu nos moldes de pastelaria ou café.
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O dia 1 de julho é marcado pela entrada em vigor da nova lei do álcool que terá venda proibida a menores de 18 anos. A partir desta quarta-feira a lei aprovada no dia 23 de abril, torna-se mais restritiva e passa a proibir a venda de bebidas alcoólicas a menores de idade, independentemente do tipo de álcool.
A fiscalização está nas mãos da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), e terá o apoio da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR). Quem não cumprir a proibição de venda de álcool a menores poderá ser sancionado e ainda pode ser aplicada uma sanção por falta de avisos sobre a proibição que varia entre os 500 e os 5500 euros.
 
O que muda a partir de 1 de julho?
Os estabelecimentos estão proibidos de vender bebidas alcoólicas a menores de idade. A interdição inclui todos os teores de álcool e misturas, sejam bebidas brancas, cerveja ou sangria. Os menores estão proibidos de beber em locais públicos ou em locais abertos ao público.
 
O que pode acontecer?
Os estabelecimentos que não cumpram a lei podem ser multados e podem ser obrigados a encerrar provisoriamente, por um período não superior a 12 horas. Já quem estiver a beber pode ter de apresentar a sua identificação às autoridades e a bebida pode ser apreendida como uma prova.
 
Os pais/tutores são avisados?
A lei prevê que os representantes legais dos menores sejam notificados apenas nos casos em que os jovens evidenciem intoxicação alcoólica. Em caso de reincidência ou se não for possível notificar os pais, será feita uma comunicação ao núcleo de apoio a crianças e jovens em risco da zona de residência do menor. 
 
Qual é a multa prevista para os estabelecimentos?
A instrução dos processos de contra-ordenação compete à ASAE e o valor pode ir dos 2.500 aos 30 mil euros.
 
Se um maior comprar uma bebida alcoólica a um menor pode ser multado?
Sim. A lei determina que quem facultar bebidas a menores, independentemente de haver objetivos comerciais, se for apanhado pela ASAE ou pela polícia pode ser alvo de uma contra-ordenação. No caso de pessoas singulares, o valor da multa vai dos 500 aos 3.740 euros.
 
Mesmo se for o pai do jovem menor de idade?
Sim. A lei não abre exceção. 
 
Mas é legal dar uma cerveja ao filho de 16 anos em casa?
Sim. A aplicação da lei circunscreve-se aos locais públicos e aos locais abertos ao público. 
 
É verdade que os festivais vão ter medidas para menores de 18 anos?
Sim. Os promotores de eventos também não podem comercializar bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Existem festivais a adotar estratégias para diferenciar as idades dos festivaleiros com a implementação de pulseiras de várias cores.
 
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domingo, 28 setembro 2014 17:06

Publicidade a cervejas tem novas regras

A publicidade a cerveja só estará em antena a partir das 22.30 horas, quer tenha ou não álcool. Trata-se de uma decisão da Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APCV), que congrega todas as empresas cervejeiras que operam no mercado nacional.
 
Em sede de autorregulação, a APACV decidiu que a publicidade em televisão e rádio a marcas de cerveja sem álcool devia seguir o exemplo da publicidade a cervejas com álcool, isto é, ser interdita entre as 7 e as 22.30 horas.
 
Além disso, a associação acordou com o Instituto Civil da Autodisciplina da Comunicação Comercial (ICAP) o envio prévio de toda a comunicação de marcas de cerveja com álcool nos formatos publicitários de outdoor, nomeadamente para análise da mensagem de responsabilidade social "Seja responsável. Beba com moderação".
 
Fonte: Briefing.
 
Publicado em Nightlife
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