Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal

Com um percurso musical de 20 anos, Massivedrum é detentor de uma das mais sólidas carreiras a nível nacional no que à música de dança eletrónica diz respeito. O seu tempo divide-se entre o DJing e a produção musical, entre remixes e originais que tem a possibilidade de os lançar nas suas duas editoras. O seu mais recente tema chama-se “Hero” e conta com a colaboração com uma das maiores vozes da house music: Shawnee Taylor. Com várias presenças no estrangeiro, não só em clubs como também em grandes festivais, é um nome que figura constantemente nas playlists de rádios e DJs de todo o planeta, elevando desta feita o seu estatuto profissional.

Em entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, Massivedrum fala na primeira pessoa sobre a sua carreira, as faixas produzidas, opina sobre o cenário atual da música eletrónica e revela pormenores interessantes dos próximos trabalhos que tem na manga.

 

Existe algum segredo para deter uma carreira sólida com quase 20 anos?
Eu penso que existe e tem vários nomes. Trabalho árduo, sacrifícios, dedicação, mas também uma característica muito importante: amar incondicionalmente o que se faz e ser fiel à sua arte e identidade. 
 
Quais as principais mudanças que marcaram estes teus últimos anos de carreira?
Penso que os meus últimos anos de carreira foram marcados pela mudança de um Massivedrum adolescente para um mais adulto. Mudei muito musicalmente. Passei a preocupar-me muito mais com a musicalidade das minhas produções do que há uns anos atrás, em que pensava única e exclusivamente na pista. Hoje em dia penso muito mais no que a faixa pode provocar no íntimo das pessoas, na sua longevidade e acima de tudo, na sua musicalidade. Acho que é algo que acontece com o tempo, com naturalidade.  
 
Quais são as três melhores palavras que a definem?
Trabalho, sacrifício e dedicação.
 

Passei a preocupar-me muito mais com a musicalidade das minhas produções do que há uns anos atrás (…)

 
Qual foi a música que mais prazer te deu a produzir e porquê?
É uma questão um pouco ingrata. Tenho várias. Costumo destacar a “Fingerprint”, porque foi uma faixa produzida para exteriorizar alguns fantasmas e sentimentos negativos que assolaram a minha vida na altura. Foi uma época que tive bastantes problemas e dificuldades e foi naquela faixa que me refugiei. É um exato espelho do meu estado de espírito na altura. Foi um grito de revolta. Depois, existe o remix que fiz para os Kentphonik, “Hiya Kaya”, que recordo-me que 90% das pessoas a quem disse que iria fazer o remix oficial, me aconselharam a não fazê-lo. Bem, segui o meu instinto e em conjunto com o DJ Fernando fizemos o que ficou ao ouvido de todos. Deu-me bastante prazer. Este ano, a faixa em conjunto com a Shawnee Taylor passou a fazer parte deste lote. Era um sonho antigo. Encheu-me o coração!
 
O teu novo tema “Hero” tem a participação de uma das maiores vozes da house music, Shawnee Taylor. Como surgiu esta colaboração?
Bem, eu passo a semana em estúdio, ora a produzir remixes, ora a produzir originais. Esta colaboração surgiu de um instrumental que tinha, e tanto eu como o meu agente achámos que poderia agradar à Shawnee. O contato foi feito, ela pediu para ouvir e o resultado está à vista. Foi algo muito natural. Para mim não muito, pois senti-me um miúdo com cinco anos a quem dão doces! 
 
Alguns dos temas cantados por Shawnee Taylor, como “Live Your Life” ou “Devontion”, influenciaram esta tua nova produção?
Não, pois como respondi antes, o instrumental já existia. Produzi porque o senti naquela altura assim. Não tinha um propósito, poderia até ter sido aproveitado para um remix. Mas, eu e o meu agente sentimos algo nele e como a Shawnee era um desejo antigo, avançou-se dessa maneira.
 
 
Já remisturaste temas para grandes nomes como Bob Sinclar, Axwell ou Chus & Ceballos. Há algum segredo ou uma regra a ser respeitada quando se faz um remix para um artista?
Eu por norma não sigo. Há duas maneiras de editar remixes. Ou o artista te contrata para o fazeres ou fazes e envias para o artista. Existem sim, diferenças entre estes dois casos. No primeiro, o artista contrata-te porque a tua sonoridade no momento agrada-lhe e ele quer um remix teu dentro desse estilo. No segundo caso, fazes algo que sentes, mesmo sendo diferente do que te carateriza e envias para o artista. Se ele gostar, edita. Felizmente tem-me corrido bem nos dois casos.
 
Em 2013 escreveste na crónica "From a Paradise Called Portugal", para o Portal 100% DJ, que a crítica especializada dizia que era 'in' ouvir um disco de dança nacional. Achas que no futuro vamos dançar ao som de um disco de dança português com orgulho?
Quero acreditar que sim. Foram realmente tempos que deixam saudades. A união artística era fantástica e conseguiu-se mesmo isso. Quando entrava uma faixa nacional, era a loucura, um orgulho. Acredito que isso será possível de novo, mas muito terá de mudar no panorama musical nacional. Há um longo caminho ainda a percorrer.
 
Quem consideras a grande revelação da música eletrónica nacional e internacional?
Se olharmos para os nomes fortes da dance scene nacional, já nenhum é revelação. Não sei quem é ou será, a grande revelação, mas quem for, será numa altura complicada. A nível internacional, apareceram muito bons artistas neste último ano, mas por norma não gosto de destacar ninguém, pois o que para mim interessa é a música num todo. Destacar alguém num estilo pode negligenciar outro alguém num estilo diferente. Para mim, distinções nesta arte, que é tão vasta, são um pouco injustas.
 
No teu entender existe união e respeito na música eletrónica em Portugal? O que mudarias?
Tenho uma frase muito simples para esse assunto: Menos queixas, mais trabalho. Mais respeito, mais valores morais. Se tudo isto existisse, a união, o respeito e a valorização global apareceriam naturalmente. É um assunto delicado porque em Portugal, a própria indústria não é saudável, está corrompida e quando assim é, só os artistas não chegam para a mudar. 
 
Atualmente és tutor de duas editoras. O que te levou à criação das mesmas?
Foi algo que acho que é natural num DJ/Produtor. Havia muita música minha que eu não conseguia editar. Assim, criei uma label minha, a NewLight Records. Acabava por poder editar o que me apetecesse e era algo que podia servir para expandir o meu nome. Na altura não esperava que viesse a ter nomes tão sonantes como Blasterjaxx, D-Rashid, Bryan Dalton, Carlos Silva, Rancido, Praia Del Sol, Mavgoose & Quinn entre tantos outros. Cheguei a ter releases que foram número um em França, Bélgica e Holanda. O que começou com muita descontração acabou por se tornar num caso sério. Recentemente abri uma sub-label, mais virada para o Deep-House, Tech-House, Future House, etc. Recebia muitas promos boas mas que não encaixavam na linha da NewLight, por isso, decidi abrir a sub-label.
 
Em conjunto com Dan Maarten, assinas um novo radioshow da Mega Hits intitulado “The Future Is Now”. Na tua visão como vai ser o futuro da música eletrónica?
Penso que é difícil prever o futuro de algo que pode evoluir a cada hora. A música eletrónica desde o seu início estava “condenada” a andar de braço dado com a evolução. O conceito deste radioshow, tal como o nome indica “Future Is Now”, é tentar mostrar o que poderá vir a ditar o futuro, mas é sempre uma incógnita. Na minha opinião, a indústria vai dar uns passos atrás, pois perdeu-se muito o conceito musical na música de dança. É preciso recuar para moldar um futuro que possa semear nas gerações futuras a ideia de que sim, ainda vale a pena estudar e aprender a tocar instrumentos…
 

A indústria vai dar uns passos atrás, pois perdeu-se muito o conceito musical na música de dança.

 
Que novidades podes revelar sobre o futuro da tua carreira?
Em termos de djing, este ano vou voltar à Holanda e ao seu grande festival de verão, o Latin Village. Vou marcar presença também num grande festival em Toulouse, França, num cartaz que conta com nomes como The Cube Guys, Franky Ricardo, Gregor Salto, Roul & Doors, entre outros. Também já muito em breve, estarei no Sumol Summer Fest e a já obrigatória passagem pelos grandes festivais do nosso paraíso, os Açores. Em termos de produção, tenho remixes a sair em breve para as lendas do French-House, os Superfunk, que este ano vão atuar no Tomorrowland. A par do remix, temos também uma colaboração em mãos. Vou editar também o remix para o super-clássico dos Hardsoul com Ron Carroll, “Back Together”. Quanto a originais, já estou a trabalhar o “follow up” single desta minha colaboração com a Shawnee Taylor, “Hero” e tenho para breve a edição de um tema na Safe Music dos Deepshakerz. Mas acima de tudo, continuar a trabalhar, pois é isto que me faz feliz.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos leitores do Portal 100% DJ?
Que continuem fiéis a este fantástico portal, pois está sempre em cima do acontecimento. Conteúdos muito ricos e informação séria são as principais qualidades. Queria também deixar uma mensagem de apelo para que consumam mais música electrónica nacional, pois temos muita qualidade. E um obrigado a todos que seguem o meu trabalho! 
Publicado em Entrevistas
terça, 27 dezembro 2011 21:31

A palavra de ordem é apenas: dançar!

Dispensa qualquer tipo de apresentação. Comunicador nato e já com uma bagagem um tanto quanto robusta, Henri Josh, descreve-se em termos profissionais com uma só palavra. É conhecido não só pelos seus excelentes trabalhos de produção de música, como também por ter sido residente do  Sasha Beach em Portimão durante o Verão 2008 e 2009.
Sempre fiél ao Projecto 100% DJ, aceitou com agrado e sem hesitação a proposta para falar connosco. O resultado está à vista.

 

Qual o teu verdadeiro nome e  porquê “Henri Josh”?
José Henrique Lopes. E daí vem o Henri Josh - “Henri” de Henrique e “Josh” de José.
Inverti o nome e passei-o para inglês, foi simples.

Como tudo começou?
Começou com muitas agulhas partidas em casa dos meus avós (risos), uma aparelhagem, um leitor de cassetes e a tentar misturar ou fazer passagens com esse material. Entretanto, e já depois de trabalhar á noite, surgiu a oportunidade para ser DJ e agarrei-a com unhas e dentes.

Nas actuações que fazes, dás tudo por tudo para que o party people se sinta bem, no entanto, parece-me que quanto a ti, és um bocado tímido... Concordas?
Sim, é verdade. Quando não estou a trabalhar tento ser sempre o mais discreto possível, talvez por ser um pouco tímido.

Tens algum ritual que costumas fazer antes de subir às cabines?
Sim, gosto sempre de chegar um bocado mais cedo, beber um copo e ver o ambiente. Penso que é importante para começar a trabalhar.

Tencionas continuar as produções dentro de Portugal?
Sim. Portugal neste momento é o meu mercado principal e onde tenho mais fãs. Para além disso, recentemente comecei a trabalhar com a Vidisco e quero continuar com esta parceria, claro que nunca coloco de parte o mercado internacional onde também tenho dado cartas e remisturado com nomes muito interessantes.

Como surgiu, para ti, o conceito do 'Sasha'?
O projecto 'Sasha' surgiu através da forte ligação de amizade que tenho com a Helga Barroso e com o Luís Evaristo que, por intermédio da Wdb Management, convidaram-me para ser DJ Residente e eu aceitei com muito orgulho! Foi um projecto brutal.
 

"(...) os DJ's mais novos começam mal as suas carreiras e daí vem a tal falta de leitura de pista e conhecimento musical. Quando eu comecei, era impensável não ser DJ residente antes de ser Freelancer."

 
Concordas com alguns colegas teus, quando dizem que há excesso de DJ’s, e falta de bons conhecimentos de leitura de pista e fraco conhecimento musical?alt
Sinceramente não acho que haja excesso de DJ's, mas sim que os DJ's mais novos começam mal as suas carreiras e daí vem a tal falta de leitura de pista e conhecimento musical. Quando eu comecei era impensável não ser DJ residente antes de ser Freelancer devido exactamente a esse facto. É um conselho que dou a quem está a começar, tentem arranjar um sítio para tocar regularmente para quando surgirem as verdadeiras oportunidades, estarem à altura.
 
O que consideras ser um bom DJ?  
Para mim um bom DJ é exactamente aquele que tem uma boa leitura de pista, boa técnica, criatividade, etc.… Seja qual for o estilo.

Em 2009 foste nomeado pela Revista Noite.pt como 'Melhor Produtor Nacional'. Não ganhaste o prémio. No entanto, a vida continua e os desafios aumentam. Para o novo ano  vais repetir a proeza, de, pelo menos, ser nomeado? Que surpresas nos irás trazer?
Sim, espero repetir a proeza, afinal de contas tenho trabalhado bastante para isso. Além dos dois originais co-produzidos com os Funkyou2 que são o "I Just Wanna Dance", com a participação da Helga Barroso & Co, e o tema "Why?! (Can´t i Forget You), remisturamos também artistas como Santos e Pecadores, Per7ume e Phil Kay. A solo já lancei um original pela "Suara, editora do produtor revelação espanhol Coyu, que se chama “Pequena” e ainda um novo original com o Mc Katorz “Celebrate The Day”.
Num futuro próximo irá ser editado também um remix para mais o produtor espanhol Gabi Newman.

Em termos de produção, quando produzes, fá-lo a pensar em alguém ou em algo que te motiva?
Nem por isso, as coisas fluem naturalmente, já esta no sangue.

Para quem ainda não te conhece, em suma, como te descreves?
Em termos profissionais, uma só uma palavra - Festa!

Quem já te ouviu ao vivo, ou por CD, ou por outros meios, sabe a tua diversidade de misturas que consegues obter. Tanto és capaz de misturar pop, como de seguida, rock… Sempre dentro do estilo house. Achas isto um dom que tens, visto não ser nada fácil estar a pensar numa batida pop e de seguida outro estilo?
Não acho que seja um dom, mas sim fruto de muito trabalho de casa. Esses mixes normalmente são feitos por mim e a maneira como são encadeados no set sim, é pura inspiração do momento.
 

"Conheci o Projecto 100% DJ através das redes sociais"


Conheces o Projecto 100% DJ à quanto tempo? E como soubeste de nós? Alguma sugestão para nós?
Conheci o Projecto 100% DJ através das redes sociais e acho que têm vindo a fazer um bom trabalho até agora. Estão ainda em fase de crescimento e no bom caminho. Força!

 

Publicado em Entrevistas
Dois anos depois sem música no palco, o festival Sound Waves regressa a Esmoriz para uma edição memorável com 35 artistas a compor o cartaz. Ao todo, serão 21 horas para dançar ao som de vários artistas consagrados como Ben Klock, Boston 168, Dave Clarke, Klangkuenstler, assim como os portugueses Carlos Manaça, Du/Art, Link98, Miss Sheila e Nuno Clam.
A poucos dias do arranque da 15.ª edição, tomámos o pulso a Wilson Neves e Bernardo Bernardes, responsáveis pela organização do evento, que se demonstraram entusiasmados com este novo regresso à normalidade e nos contaram algumas das novidades para este ano.
 
Dois anos depois, o Sound Waves está de volta. Como é o regressar depois de uma pandemia?
Wilson Neves: Após dois anos sem termos a oportunidade de organizar o Sound Waves, estamos bastante entusiasmados por voltar a fazer o que mais gostamos. Foram dois anos muito complicados para todos os agentes ligados ao setor dos eventos, dois anos que fizeram toda a mecânica da organização de um evento mudarem, mas estamos entusiasmados e muito positivos com o festival.
 
Nestes dois anos sem evento auscultaram os gostos/preferências do público?
Bernardo Bernardes: Dois anos de pandemia com lockdowns obrigatórios fizeram com que a indústria musical tivesse uma grande reviravolta, muitos hábitos foram mudados e sentimos que a música em geral e os gostos musicais também. Relativamente ao Sound Waves tentámos manter a nossa essência de festival underground mas fez-nos refletir e também adaptarmo-nos a toda esta mudança que sentimos nos dois anos de pandemia.

Foi fácil elaborar este cartaz de artistas?
Wilson Neves: Na elaboração do cartaz tentámos fazer uma mistura entre os artistas já reconhecidos no mundo underground e que o nosso público tem afeição, como é o caso do Ben Klock, Dave Clarke ou Planetary Assault Systems (Luke Slater), os artistas que estão em ascensão dentro do underground e da música eletrónica como é o caso da Stella Bossi, Klangkuenstler, SNTS ou Boston 168. Para finalizar, naturalmente temos também os nossos artistas nacionais que são grandes referências com é o caso do Carlos Manaça, Miss Sheila, Nuno Clam, DJ Link e Carol D'Souza, entre outros.
Nesta edição também optámos por apostar numa sonoridade diferente e pensámos que o Danni Gato seria o artista ideal para proporcionar um set único e especial de afro tech no início da tarde de sábado, 2 de julho.
 
Qual é a importância de haver uma lista de artistas portugueses?
Bernardo Bernardes: Para nós é fundamental darmos oportunidade aos artistas nacionais de demonstrarem o seu valor. No nosso país temos bastantes DJs e produtores com muito talento e o Sound Waves sendo um festival português tem como honra poder dar a oportunidade para que possam mostrar esse talento em frente a milhares de festivaleiros apaixonados pelo underground. 

O festival tem a dimensão desejada ou gostariam que fosse maior?
Wilson Neves: Atualmente o festival está pensado e organizado para a capacidade que tem. No entanto o objetivo é que haja um crescimento gradual que faça com que o Sound Waves seja reconhecido globalmente como sendo um festival de referência no género.
 

Que novidades podem os festivaleiros contar para este ano?
Bernardo Bernardes: Este ano teremos dois palcos, o Main Stage e o palco Circus. Este último terá maioritariamente artistas nacionais que estão em ascensão na cena underground nacional e que se estão a preparar para dar o outro salto. Dentro do recinto também teremos uma zona de restauração diversificada onde os nossos ravers poderão comer e descansar pois será um evento de 21 horas "non stop".

Existe alguma atuação em que as expectativas estejam muito altas? 
Wilson Neves: Nesta edição temos artistas muito interessantes e as expectativas são altas. Temos a Stella Bossi que é uma artista que está num crescimento exponencial e que acreditamos que será uma das “cerejas no topo do bolo”, temos também o misterioso SNTS com sonoridades mais hard, mas não nos podemos esquecer dos artistas que já fazem parte da história do undergorund que é o caso do Ben Klock, do Dave Clarke e do Luke Slater a apresentar-se com o seu live como Planetary Assault Systems.
 
A venda de bilhetes decorre como esperando?
Bernardo Bernardes: O festival tem tido uma afluência fantástica, não só em Portugal como além-fronteiras. Será o ano em que mais público estrangeiro se irá juntar à festa.
 
Nestes 15 anos de evento, há algum momento marcante que gostariam de destacar?
Wilson Neves: Não um apenas, mas vários... Todos os anos temos vindo a ter aquele momento que irá ficar no registo desta história, seja marcado pelos artistas convidados ou até mesmo pelo público que tem o bilhete desde a primeira edição até à de hoje. Há quem tenha tatuado no corpo “Sound Waves”, mas mesmo depois destes anos, este vai ter um gosto especial... Um gosto de liberdade e uma saudade gigantesca!
 
Para terminar, a pergunta proibida sobre o backstage: existe alguns pedidos extravagantes nos riders deste ano?
Bernardo Bernardes: Todos os anos há pedidos mais excêntricos, contudo este ano a extravagância não saltou barreiras, talvez por causa da pandemia, os artistas não pediram coisas de outros planetas, possivelmente porque estão agradecidos por voltarem a fazer aquilo que mais gostam. Isso sim é o mais desejado por eles, pelo público e por nós organização.
Publicado em Eventos

São dois nomes incontornáveis da música eletrónica mundial. Depois do término dos Swedish House Mafia, a paixão pela música não ficou por ali. Axwell e Sebastian Ingrosso decidiram juntar as suas duas carreiras de sucesso e formar o projeto Axwell /\ Ingrosso. Os artistas suecos vêm apresentar o seu novo projeto musical ao MEO Arena em Lisboa, no próximo dia 18 de dezembro, num dos eventos mais esperados do ano: a Carlsberg Where's The Party. Poucos dias antes da sua atuação em Portugal, a equipa do Portal 100% DJ esteve à conversa com a dupla, acerca de vários temas como o nosso país, o cenário atual da música eletrónica, o Top 100 da DJ Mag e, claro, fomos saber como estão as espectativas para este evento.

Além da entrevista, em baixo poderás encontrar uma infografia que retrata os 10 melhores momentos da dupla, divulgados recentemente pela conhecida revista Billboard.

 
É a vossa estreia enquanto dupla. Quais são as vossas expetativas e o que podemos esperar da vossa atuação?
Nós já viemos a Portugal em separado e adorámos. Estamos sempre a ouvir os fãs online e o amor que têm por nós é fantástico. Esta atuação já está marcada há algum tempo e mal podemos esperar para subir ao palco!
 
Axwell, qual é a sensação de celebrar o teu aniversário com os teus fãs portugueses?
É um sítio lindo para celebrar! Ter todas aquelas pessoas para celebrar em conjunto vai fazer com que aquele dia seja muito especial.
 
Vocês agradeceram a todos os fãs pelo apoio dado em relação ao Top 100 da DJ Mag, onde ficaram colocados em 17º lugar. Vocês acham que a electronic dance music precisa de mais amor e menos campanhas e competições?
O mais fantástico em relação a este assunto é que nunca pedimos a ninguém para votar em nós. Sem apelarmos ao voto, os nossos fãs fizeram questão de votar em nós. Isso tornou tudo muito especial. Nós não nos importamos com posições ou tops, o que interessa são os verdadeiros fãs que vemos à nossa frente cada vez que atuamos.
 

Às vezes são as pessoas que ultrapassam a linha as que mais impacto causam.

 
Qual é a vossa opinião acerca do cenário da música eletrónica a nível internacional atualmente?
Existe muito talento e muita energia criativa por ai. A necessidade de evoluir e fazer coisas engraçadas nunca esteve tão bem.
 
Que conselhos querem deixar aos novos produtores?
Trabalhem muito. Mesmo a sério, trabalhem até não conseguirem mais. E não se importem se têm de seguir o estilo ou o modelo de alguém. Às vezes são as pessoas que ultrapassam a linha as que mais impacto causam.
 
Que mensagem gostariam de deixar aos nossos seguidores e leitores do Portal 100% DJ?
Muito obrigado por todo o amor e apoio!

Publicado em Entrevistas
sábado, 28 março 2009 22:06

Tudo a postos em Lloret de Mar

Está tudo a postos para a Semana mais Louca do Planeta!
Lloret de Mar já está vestida de Azul, cores da empresa líder no mercado de Viagens de Finalistas - SporJovem.

15.000 Jovens portugueses terão a semana das suas vidas em terras de nuestros hermanos.

É ao coordenar os diferentes grupos e no meio de uma gigante agitação que José Luís, Coordenador da Agência Sporjovem falou ao 100% DJ.

"As expectativas são sempre muito altas e nós tentamos sempre responder ás expectativas dos jovens. Temos variado a nossa oferta de actividades, desde Workshop's a Cartazes de DJ's, etc. Tentamos sempre perguntar a opinião dos nossos clientes, sobre o que gostariam de encontrar em Lloret."

Questionado sobre a crise que o país atravessa, José afirmou que esta afectou de alguma forma a venda de viagens. "Houve pessoas que se inscreveram e que depois tiveram que desistir devido a problemas financeiros. Mas em termos de números, eles mantiveram-se. Houve uma quebra ligeira de alguns grupos." acrescentou.

A noite em Lloret é de animação. Pelas ruas já se ouvem os últimos testes sonoros e já se vê caras bem conhecidas dos noctívagos.

Vai ser sem dúvida a mais animada e louca semana do planeta com a garantida 100% DJ.
Publicado em Nightlife
A chegada do novo milénio foi uma porta que se abriu para o DJ e produtor Carlos Manaça – um dos artistas de música eletrónica mais conhecido e respeitado, tanto a nível nacional como internacional, sempre fiel aos géneros underground. A sua carreira começou em 1986, altura em que a música de dança se começava a ouvir em Portugal. Reinava a house music, o tech house e o techno, géneros direcionados a pequenos nichos que os consideravam underground, apesar de também se ouvirem músicas pop, rock e reggae. As pen’s eram um futuro distante, era o vinil que reinava.
 
Depois de viajar um pouco por todo o mundo na companhia da sua música e de ser o DJ residente de clubs como Pirâmide (Marco de Canaveses), Dezassete (Paços de Ferreira), Cais 447 (Porto), Rock’s (Vila Nova de Gaia), Swing (Porto), entre outros, Carlos Manaça cumpre mais um objetivo: a criação de uma editora.
 
Fundada como Magna Recordings, a editora surgiu “numa altura em que no nosso país só existiam duas editoras de música de dança: a Kaos Records e a Squeeza Records”, de A. Paul. Os primeiros temas editados na agora nova editora realizaram-se “entre 2000 e 2003” e foram “Feel The Drums”, do próprio Carlos Manaça, “Spiritual Battery” de Paul Jays e “The First Tribal Feeling” de Peter Tha Zouk e Bruno Marciano. Sim, com o passar do tempo, Pete Tha Zouk deixou cair o ‘r’ do seu nome artístico.
 
As primeiras edições foram um êxito e “a Magna Recordings foi vista como uma label de música mais tribal”, confessa Carlos Manaça, em entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ, na comemoração dos 15 anos da editora. Esse estilo, no ano 2000, “estava a começar a ter sucesso a nível internacional” e a editora ficou conhecida por esse “rótulo”, apesar de ter “editado muitos temas fora desse estilo”. Todo o sucesso inicial foi ainda “um dos fatores para a criação da Stereo Productions e do seu chamado Iberican Sound”, que também teve uma ajuda de Carlos Manaça. A Stereo Productions é “uma das grandes editoras a nível internacional” criada por dois grandes nomes como Chus & Ceballos.
 
 
A Magna Recordings começou assim a entrar “no mapa internacional das editoras de música underground” e realizou logo várias entrevistas para a Muzik Mag ou a DJ Magazine. Em 15 anos tudo mudou. No ano 2000, “a logística de cada edição em vinil era muito mais complicada. Depois de editar os temas, eram enviados para a fábrica, receber e ouvir o test pressing para ver se estava tudo bem e mandar fazer os discos e as capas”. Para os temas saírem para o mercado, passavam por todo um processo que demorava “aproximadamente um mês e meio e era caro. Algumas vezes até tinha que ser pago antecipadamente”.
 
Em 2007, após a última edição em vinil de vários remixes do tema “The Strong Rhythm” de Carlos Manaça e Chus & Ceballos, a empresa entrou num “ponto de inflexão” em relação ao seu percurso. “Quase que tivémos de fechar, porque o nosso distribuidor faliu e ficou a dever-nos milhares de euros em discos que já estavam pagos na fábrica. Foi um revés bastante complicado, mas conseguimos superar porque a nossa estrutura era muito pequena”, confessou Carlos Manaça ao Portal 100% DJ. A partir desse acontecimento, todos os temas passaram a ser editados apenas em formato digital.
 
Atualmente é muito mais fácil editar um tema digitalmente do que em vinil há 15 anos atrás. Quando existe uma faixa que tem potencial, “é só fazer o mastering, produzir o artwork e, aproximadamente numa semana, o tema já está nas lojas online. É muito mais rápido e barato colocar temas à venda”.
 
Até ao momento a Magna Records editou cerca de 300 temas e ao longo dos anos foram descobertos vários novos talentos, como é o caso de Pete Tha Zouk, Rob Mirage, Mendo, Richie Santana, Glender, Redkone, Di Paul e Dextro. Agora, no décimo quinto aniversário, Carlos Manaça está a “fazer um balanço” de todo o percurso da editora Portuguesa e a “tentar definir” o próximo objetivo. Para comemorar a data especial, a Magna Recordings tem vindo a editar vários remixes de temas emblemáticos da empresa, “mas cada vez é mais difícil ter destaque, na quantidade enorme de música que é editada todos os dias”.
 

"Cada vez é mais difícil ter destaque, na quantidade enorme de música que é editada todos os dias"

 
Apesar de haver “vários truques para conseguir entrar nos tops de vendas”, o artista português não acredita nesses métodos e nem pretende aplicá-los. “Achamos que ter que comprar os nossos próprios temas para conseguir entrar nesses tops de vendas não é o caminho certo. Os únicos a lucrar com isso, tal como vem acontecendo nos últimos anos, são sempre as lojas online”, remata Manaça.
 
Em relação à pirataria, o DJ e produtor considera que “as cópias piratas estão simplesmente a destruir as pequenas e grandes editoras de música não comercial”. Carlos Manaça chegou a pensar que “quando se começaram também a piratear filmes, jogos e aplicações a grande escala” que as autoridades iriam intervir e parar com a “pirataria massiva de praticamente tudo”. Mas isso não aconteceu e “agora já é uma coisa praticamente impossível de conseguir”. Principalmente “as novas gerações já não sabem o que é comprar uma música. Para eles é só ‘ir à net e sacar’”.
 
 
No fim da conversa, Carlos Manaça deixou um importante apelo a todos os seus seguidores e aos leitores do Portal 100% DJ: “Lembrem-se que quando estão a ‘sacar’ uma música na internet de forma gratuita, são muitas as horas de trabalho que não estão a ser pagas. Pode ser um artista pequeno, que provavelmente ao fim de duas ou três edições vá chegar à conclusão que não consegue viver de fazer música, ou um artista ‘grande’ que também tem despesas, que não são poucas, para que a música que estás a ouvir e que te produz tantas emoções, possa estar nos teus ouvidos”.
 
“Por isso, lembra-te que há muitas pessoas por detrás dessa melodia, desse beat, dessa música que tu tanto gostas, que não vão receber nada por isso. E não digam que é por causa do preço, porque a pouco mais de um euro as músicas são acessíveis a praticamente todas as pessoas - basta querer”, concluiu.

 


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Publicado em Reportagens
O testemunho foi-lhe dado pelo seu pai, também DJ. Atuou pela primeira vez na cidade da Guarda e foi precisamente aí que decidiu traçar o caminho concreto daquilo que pretendia fazer. O fascínio pela música eletrónica foi crescendo e hoje apresenta uma carreira sólida, fruto de grande dedicação e procura por fazer mais e melhor. A produção musical também faz parte da sua vida. Já lançou inúmeros sucessos musicais em editoras de prestígio a nível mundial e outras tantas novidades que estão a ser preparadas. Na primeira pessoa, Pedro Carrilho em entrevista ao Portal 100% DJ.
 
Como se deu a tua incursão na música eletrónica?
Na década de 80 o meu pai realizava trabalho de DJ num clube local e, graças a isso, tive contacto privilegiado com discos dos mais variados géneros musicais, funk, pop, disco, rock ou qualquer estilo que tocasse em discoteca, alguns bastante exclusivos que apenas conseguíamos adquirir no país vizinho. A experiência do vinil foi-me sendo transmitida dessa forma e é então natural que, na década de 90, eu já consumisse regularmente compilações de música eletrónica com sonoridades mais house-music. Nessas coletâneas fascinava-me o conceito de mistura do DJ... a forma como se cruzavam e conjugavam as faixas, era super interessante e uma novidade para mim, pois até então não tinha acesso a qualquer equipamento profissional. Apenas "devorava" aqueles CDs sem grande conhecimento e levado unicamente pelas sensações que a música me proporcionava.

Foi então a partir dessa altura que começaste a ganhar gosto pelo Djing...
Correto. Por altura do ano 2000 comecei a pesquisar mais sobre a arte de DJ e as suas origens, bem como a tecnologia disponível para o efeito. Logicamente o acesso à informação era limitado, comprava livros e revistas em português, inglês ou espanhol e comecei a integrar-me em "comunidades" como a Dance Club, Danceplanet, MK2 ou Bimotor, onde já era possível obter boa informação e debater ideias com pessoas mais experientes. Foi nessa altura que surgiu o interesse pela vertente da produção de música, no entanto o processo de aprendizagem era manifestamente mais lento. 

Ainda te recordas da primeira atuação?
A minha primeira atuação foi na matiné de um bar da minha cidade natal, a Guarda. O responsável deu oportunidade a mim e a outro colega, também ele um aficionado de música eletrónica. Levámos o nosso material e, logicamente, a excitação era grande por ser o primeiro local onde tínhamos um público que estava ali para nos ouvir. A partir daí tracei o caminho que vemos habitualmente no mercado do DJing: fui amealhando contactos, praticando regularmente e conseguindo atuações em festas fora da cidade.
 


Depois de toda essa curiosidade, passaste para a produção musical.
Sim, foi tudo sensivelmente no mesmo período. Pesquisava imenso sobre as matérias e softwares de estúdio, tentando conjugar tudo com a vida de estudante. Procurava toda essa informação apenas por querer perceber como trabalhavam os profissionais, ainda sem almejar uma carreira. Este processo era bastante mais lento do que é nos dias de hoje, pois não havia muitos artistas locais com quem pudesse contactar e aprender. As coisas tomaram um rumo mais frenético a partir de 2005, o ano em que surgiram as minhas primeiras edições discográficas. No início era surpreendente ver o meu nome nas lojas, revistas e variadíssimas charts de house-music. Comecei rapidamente a ser requisitado para entrevistas e remisturas de artistas estrangeiros e fui, dessa forma, criando o percurso de DJ/Produtor mais sério e profissional.
 
Das inúmeras faixas que já produziste, tens alguma mais especial? Porquê?
Confesso que é difícil escolher uma faixa em toda a discografia. Dos primeiros anos de produção, destaco talvez a primeira de todas as faixas. O tema intitulava-se "Niagara" e teve ainda edição em vinil pela Stereo Productions. No lado A figurava o meu tema original e, no lado B, a versão de DJ Chus. Para mim foi um boom, pois fui seguidor assíduo do trabalho do Chus durante uma década, foi um artista que me influenciou imenso e com quem tive o privilégio de conversar e trocar ideias algumas vezes. Na altura foi surreal perceber que ele me tinha proporcionado aquela oportunidade. O primeiro disco foi deveras especial!

É quase o sonho de qualquer produtor musical...
Sem dúvida! Tive a sorte de conseguir diversas edições em vinil. Agora é algo mais difícil mas, na altura, era a norma e havia uma filtragem melhor por parte das editoras. Hoje em dia, os artistas - e os ouvintes - queixam-se da saturação do mercado, da quantidade imensurável de música que sai diariamente... não há tanto "controlo de qualidade" e cuidado na seleção por parte de muitas labels. Na altura a editora tinha de acreditar na faixa, ela tinha de encaixar no conceito, caso contrário não apostavam porque os custos de produção e distribuição eram manifestamente maiores e perdia-se dinheiro em edições "menos boas". No entanto acredito que, presentemente, a qualidade de produção nas boas editoras está muito superior e isso é algo transversal a todos os géneros.
 
Atualmente tens algum artista com quem gostarias de fazer uma colaboração musical?
Neste momento estou a adorar todos os trabalhos de CID, Throttle, Steff da Campo, Dave Winnel, Tujamo, Jonas Blue, Plastik Funk, Ummet Ozcan, TV Noise ou Sunnery James & Ryan Marciano. Seria um prazer poder colaborar com qualquer um deles.

Já lançaste faixas em grandes editoras como a Defected ou a Spinnin Records. Queres deixar algumas dicas a novos talentos em relação ao contacto com estas labels prestigiadas?
Quando alguém que ainda está em iniciação me pergunta como pode levar a sua música a editoras de renome, aconselho sempre a não ter pressa. Mais tarde ou mais cedo a qualidade de produção vai subir de nível e a pessoa perceberá quando chega a altura de contactar uma boa label ou publisher. Grande parte dos "novos talentos" acabam por se desmotivar e sentir alguma frustração por não obterem as respostas que pretendem quando, na realidade, a qualidade ainda não é suficiente para tal. Têm de ser mais perfecionistas e tomar mais atenção aos detalhes. Nunca foi tão fácil colaborar e obter feedback de outros produtores, aproveitem isso a vosso favor.
 
A rapidez com que a informação passa também pode influenciar a que as pessoas tenham pressa...
Sem dúvida, é talvez o fator principal. O meu próprio email de promos é caótico (risos). Já tive a oportunidade de visitar conhecidas editoras holandesas (Spinnin, Armada, Mixmash, etc.) onde privei com alguns A&R e verifiquei que, apesar das ótimas equipas que estão a trabalhar, há alguma dificuldade em gerir a enorme quantidade de música que chega diariamente. Arrisco a dizer que metade do que recebem simplesmente não se enquadra na editora, não é "fresh" e é até - muitas vezes - demasiado amador. As redes sociais têm os seus lados positivos mas levam também a que estes novos talentos se sintam facilmente deslumbrados e influenciados pela vida de rockstar que os seus ídolos retratam no Instagram ou pela transmissão de eventos extraordinários como o Tomorrowland ou UMF.

Quando estás a produzir, quais são as tuas inspirações?
Depende um pouco do tipo de projeto em que estou a trabalhar, mas diria que o público e a emoção de apresentar o trabalho ao vivo são sempre a maior inspiração. Sou influenciado por outros artistas e editoras, logicamente que utilizo imenso a internet para tentar perceber o que é trendy e até, por vezes, "samplar" algo interessante. Evito entrar em estúdio se não tiver ideias, prefiro escutar alguns DJ sets e referências, numa espécie de brainstorming. O produto final resulta sempre desse turbilhão de influências misturadas com o meu estilo habitual de produção. Nos últimos anos, o suporte e feedback que vai surgindo por parte de grandes nomes internacionais também têm um papel importante no processo de produção. Nomes como Fatboy Slim, Fedde Le Grand, Ummet Ozcan, Lucas & Steve, Sunnery James & Ryan Marciano, Jonas Blue, Tujamo, Mike Williams, Gregor Salto, Dannic, Firebeatz ou Kryder (entre muitos outros) têm surgido a tocar as minhas faixas em DJ sets ou radio shows e essa componente ajuda-me também a perceber o que está a funcionar melhor para eles e quais as ideias que poderei colocar de parte.
 

 
Com que género musical te identificas mais ou te sentes mais à vontade a trabalhar?
No início, o house com influências mais tribal e groovy foi o género que produzi mais e com o qual sempre trabalhei com relativa facilidade. Atualmente, fruto das mudanças que surgiram na scene internacional nos últimos 10 anos, sinto que se quebraram imensas barreiras e que quase todos produtores estão a cruzar mais géneros e arriscar cada vez mais. Tenho feito alguns trabalhos com influências future house, future bounce e até pop. Penso que é difícil encontrar hoje um artista de eletrónica que apresente apenas um só estilo na sua discografia ou DJ sets. 
 
Lecionas também formação na área da produção musical. Consideras importante esta troca de conhecimentos e experiências?
Sem dúvida. A formação leva-me a explorar e progredir muito mais a componente de produtor, para lá do entusiasta de home-studio que era há uns anos. É uma atividade muito gratificante que proporciona um contacto constante com outros profissionais da área e com artistas dos mais variados géneros e raízes musicais. Tudo isto faz com que os meus horizontes estejam sempre abertos e consiga explorar/leccionar diferentes vertentes da produção musical. Aliado a isso tenho também trabalhos e parcerias com gente do hip hop, rock, TV, mix & mastering, etc. Estive inclusivamente em Moçambique a dar formação na área durante quase 6 meses. São experiências deveras inesquecíveis!
 
Consideras que em Portugal ainda existem muitas pessoas interessadas em aprender a fazer música eletrónica?
Existem cada vez mais pessoas interessadas em produção e tecnologias de música, de um modo geral. Há diversas escolas espalhadas pelo país mas a informação que encontramos online poderá  fazer com que alguns entusiastas apostem menos nessa formação. A web não veio, de modo nenhum, descredibilizar as escolas, no entanto, muitos dos possíveis formandos não vão investir em horas de curso uma vez que podem obter online muita informação semelhante. Mas não tenho dúvidas que toda a área do audio-visual está em crescimento no nosso país e as escolas continuam com imensa procura.
 
Achas que existe espaço para novos artistas?
Sim. Há espaço para novos artistas, novos eventos. O mercado da música eletrónica é deveras abrangente (não é só "a noite") e por isso vai sempre haver espaço para novos acts e sonoridades, até porque estamos a atravessar um período em que há uma procura muito acentuada de artistas de eletrónica em grandes festivais, eventos académicos, etc. Nos diversos países onde já atuei, praticamente todos consideram que o mercado deles está igualmente saturado. Partilho um pouco dessa opinião, mas penso também que o mercado acaba sempre por filtrar os que são bons - e ficam durante muitos anos - em detrimento dos que vieram apenas exercer a atividade sem qualquer visão e profissionalismo. Compreendo que seja arriscado para um evento apostar em nomes desconhecidos e menos "seguros", mas quero acreditar que os bons artistas vão sempre conseguir conquistar essas oportunidades.

O que é que achas que deveria mudar na cena nacional e internacional da música eletrónica? Consideras que existe algo que deva mudar?
Essa é a million-dollar-question. Gostava, honestamente, que a música fosse mais uma meritocracia e não tanto um jogo de interesses e business. No entanto, esse não é o mundo em que vivemos e diria até que essa adaptação constante às novas tendências é um desafio que serve de motor na dance scene. No DJing encontro alguns colegas desagradados pela dificuldade que há em poder tocar a música deles nas casas de Portugal, mas qualquer profissional da área sabe que as trends são algo cíclico e por isso é necessário adaptar-se ou encontrar o seu nicho. Há, atualmente, uma componente muito forte de música latina e funk a tomar conta do mundo e das charts. Contudo, vemos grandes artistas internacionais incorporarem essas sonoridades nos seus DJ sets. Fazem-no não apenas por ser trendy, mas principalmente para mostrar a versatilidade da música eletrónica. Eu gosto desse desafio e vejo isso como uma forma diferente de jogar com um DJ set. 
Em relação a eventos, gostava imenso de ver no nosso país um maior número de DJs dos estilos/editoras com as quais me identifico. Os festivais de Verão são importantíssimos para manter Portugal no mapa da electrónica e trazem-nos grandes artistas dos mais variados registos (The BPM Festival, RFM Somnii, Boom, EDP Beach Party, Rock in Rio, e outros). No entanto, são poucos os clubs que apostam em internacionais durante a "época baixa" e acredito que o público quer (e merece) um pouquinho mais.

Como foi a experiência do RFM SOMNII no ano passado?
Adorei o ambiente do festival, foi uma experiência muito gratificante. Tenho acompanhado todas as edições e, felizmente, mantenho o contacto com os DJs da RFM Rich & Mendes, a quem deixo um especial agradecimento por tanto apoiarem e tocarem a minha música. Eles consideraram que a minha sonoridade encaixava no evento e acabei então por fazer o warm-up para Blasterjaxx, Timmy Trumpet, San Holo e Laidback Luke.
 

Entraste diretamente para o 18.º lugar no TOP 30 do Portal 100% DJ do ano passado. Qual é a tua opinião sobre este tipo de distinções e que palavras de agradecimento gostarias de deixar em quem votou em ti?
Antes de mais tenho de agradecer aos colegas, leitores, fãs e amigos que votaram e que me ajudaram a chegar a este TOP 30. Fiquei muito agradado com esta distinção que foi, no fundo, o culminar de um ano muito positivo na minha carreira, a nível de gigs nacionais, internacionais e apoio de alguns dos grandes DJs do mundo. Parabéns à 100% DJ por esta iniciativa.

Que novidades sobre a tua carreira nos próximos tempos podes revelar?
A nível de colaborações com estrangeiros, tenho novos trabalhos com Nicola Fasano e Dennis Cartier (Tomorrowland). Dos nacionais há duas novas faixas com Pedro Cazanova e Club Banditz, embora ainda sem datas de lançamento definidas. Há também uma remistura oficial para o grande Shaggy e outra para um DJ internacional que não poderei ainda revelar. Tenho ainda um outro projeto muito desafiante, em que apresento um live-show junto com dois músicos em palco: violino (Mr. Vlalen) e percussão (Guitos). A forma como vamos tocar é pouco vista em Portugal, acreditamos que o conceito será bem recebido.
 
Queres enviar uma mensagem para os leitores?
Continuem a dar todo o vosso apoio às plataformas de música eletrónica, pois são projetos como este que nos ajudam a crescer e divulgar o que de melhor se vai fazendo no nosso país.  
Um grande obrigado a todos os que seguem o meu trabalho - na cabine ou nas redes sociais - e me transmitem tanta motivação. Saudações musicais.
Publicado em Entrevistas
sexta, 03 agosto 2012 21:59

“Sou eu, a música e as pessoas”

Tinha quinze anos quando começou a prestar uma certa e especial atenção à música e a demonstrar maior interesse pelo que se vendia na loja de discos do pai - a primeira em Portugal a importar dos EUA máxi-singles de música de dança, área que começou desde logo a reparar com outros olhos.
Aos vinte anos começou a animar o ambiente em discotecas e não demorou muito até começar a atuar lado a lado com nomes de referência da dance music. Em 1994 juntou-se ao conhecido Rui da Silva e criaram o projecto ‘Underground Sound of Lisbon’. Mais tarde nasceu o tema "So Get Up" que rapidamente se espalhou pela rota mundial da música electrónica. Ganhou 25 contos no primeiro cachet. Hoje, além da profissão de DJ, é gerente da Indústria no Porto, e faz um programa de rádio na Antena3. É considerado em Portugal como um verdadeiro ícone da noite. Num excelente fim de tarde, antes da sua atuação no Rock In Rio Lisboa, tivemos uma agradável conversa com ele. Dispensa apresentações. DJ Vibe em entrevista.

 

Como descreves atualmente a noite em Portugal?
Já teve melhores dias, mas acho que continua a haver muita casa e muita oferta. Hoje em dia, devido às circunstâncias em que o país se encontra, há uma grande limitação… Mas enquanto houver noite e festas as pessoas vão continuar querer divertir-se.

És um DJ que percorreu várias gerações, sendo um dos principais pioneiros da música eletrónica em Portugal. Quais são para ti, as principais diferenças entre gerir um set hoje e há 20 anos atrás?
Não são muitas. Hoje o que é diferente passa pelo facto do público ser outro, a música também é outra, a forma como se toca também é outra, a tecnologia que apareceu veio ajudar de certa forma, a melhorar a performance, mas a maneira como o set é preparado ou pensado, é exatamente a mesma coisa. Não há grande diferença.

Vens de uma época que o som caloroso do vinyl envolvia as pistas de dança mas atualmente tocas com o sistema digital.
Defendes que o digital é o futuro e uma mais valia para o djing?
Eu sou defensor de tudo o que possa ajudar nas minhas performances. Se isso passa, pelo digital…
Não quer dizer, que não continue a comprar vinyl, passo tudo a digital, mas realmente as tecnologias vieram ajudar bastante, principalmente para quem viaja como eu, para deixar de andar com caixas de discos de quarenta quilos cada uma, e hoje em dia está tudo num computador e se calhar até levo mais música, e é bastante mais prático.
Acho que a tecnologia que apareceu serviu essencialmente para ajudar a trabalhar melhor ainda.

Mas és um adepto da qualidade e tens preferência por material analógico...
Hoje em dia os próprios sistemas mais recentes, já estão mais ‘afinados’ para poderem tocar o digital. Obviamente que não dá para fazer uma comparação: Estás a tocar um disco de vinyl num sistema analógico ou estás a tocar uma faixa em MP3 num sistema digital – são diferentes. Por outro lado, a maior parte da música que se faz hoje, também, toda ela é mais eletrónica do que era há uns anos atrás. Antigamente podia-se usar elementos mais acústicos, samples, etc. Hoje em dia, não é tanto assim, pelo menos nesta fase. Não quer dizer que não venha a acontecer daqui a uns meses, comecem a aparecer. E depois lá está… as origens são analógicas mas depois tocam-se em digital.
Para mim, o essencial é sentir-me confortável, ter um sistema de som que possa responder. Se é digital ou analógico… já não me faz diferença.

 

"Para mim, o essencial é sentir-me confortável, ter um sistema de som que possa responder. Se é digital ou analógico... já não me faz diferença"

 

Ultimamente tens estado ausente no que diz respeito a produção. Podemos esperar novos temas teus para breve?
Sim. Estou a trabalhar nalguns temas novos. Tive parado durante alguns tempos, devido à discoteca no Porto que foi um projeto grande, mudei-me para o Porto, agora estou de volta a Lisboa. Espero até ao final do Verão já ter algumas coisas para poderem ser tocadas.

Fala-nos um pouco sobre o Indústria…
O Indústria foi uma coisa que não foi pensada, não estava à espera de me envolver assim num projecto… mas aconteceu e todas as minhas energias de há dois anos para cá, estiveram viradas para a Discoteca. Construir um clube com aquelas características não foi fácil, mas felizmente a agora está a ‘rolar’ e estou muito satisfeito com o resultado da casa. Está a trabalhar bem com uma grande diversificação de DJs.

A tua presença no Rock In Rio tem sido assídua. Fala-nos um pouco dessa experiência…
Sim, tenho tocado praticamente em todas as edições tanto de Lisboa como de Madrid. No Rio de Janeiro não foi muito feliz, pois toquei numa hora complicada, mas no geral tem disso uma boa experiência. De todos, para mim, o melhor Rock In Rio é o de Lisboa, por causa de todo o envolvimento. O Parque da Bela Vista é realmente espantoso para se fazer este tipo de eventos e de todos os que eu tive presente, destaco sempre o de Lisboa.

Na tua opinião, qual é a característica que um DJ tem de possuir para se consolidar no mercado atual?
Penso que há dois ou três factores importantes. Um deles é gostar mesmo de música, outro é dedicar-se a isso e essencialmente tocar para as pessoas.
Eu sou de uma geração, e de uma escola, se é que existe… que ‘sou eu, a música e as pessoas”. Toco para as pessoas e o importante é perceber que as mesmas estão a divertir-se pela música que estou a tocar e não por me verem a fazer umas ‘palhaçadas’.

 
Publicado em Entrevistas
Os trágicos acontecimentos que ocorreram no passado dia 22 de março na Bélgica, motivaram vários rumores a respeito do festival Tomorrowland, evento realizado naquele país há 11 anos e visitado por mais de 400 mil pessoas.
 
A manhã daquela terça-feira que parecia ser igual a tantas outras foi fatídica para 34 pessoas, após o atentado terrorista no metro de Bruxelas e no aeroporto de Zaventem, local onde todos os anos em julho aterram inúmeros festivaleiros oriundos dos quatro cantos do mundo.
 
Ainda que o país já tenha regressado à normalidade, a ameaça e risco de segurança está no nível máximo. A Europa teme novos atentados e as entidades governamentais discutem e avaliam novas medidas de segurança.
 
Da parte da organização do evento belga, nenhum comunicado foi emitido, mas pela Internet circulam rumores e dúvidas quanto à realização e segurança do mesmo ou não fossem os 30 quilómetros que separam Bruxelas e Boom, cidade que acolhe o Festival. “Estamos seguros no Tomorrowland?” fomos atrás da pergunta e quisemos uma resposta de quem de direito.
 

Organização e autoridades garantem a maior segurança possível

 
A organização do evento “está ciente de tudo o que se está a passar pelo mundo e como tal estamos em constante comunicação com todas as instituições governamentais na Bélgica e pelo mundo inteiro” afirma Debby Wilmsen, representante do festival, em exclusivo ao Portal 100% DJ.
 
Questionada sobre as medidas de segurança do evento, Debby revela que “por vários anos seguidos a nossa maior preocupação e foco é a segurança dos visitantes. Baseados em diferentes fontes de informação, tomaremos decisões em conjunto com as autoridades locais de forma a garantir a maior segurança possível” do evento de música eletrónica.
 
“Se necessário, comunicaremos estas ações antecipadamente ou com o devido tempo necessário” conclui a representante do Tomorrowland, sendo clara a intenção de não cancelar o mesmo.
 

Festivaleiros portugueses não desistem do sonho

 
Além da representante do festival, o Portal 100% DJ esteve também à conversa com Laetitia Esteves, fundadora da “Tomorrowland Crew Portugal” e festivaleira assídua do evento, sobre a possibilidade do festival vir a ser cancelado e as suas condições de segurança.
 
 
“Vou ao Tomorrowland pelo quarto ano consecutivo e nunca me senti insegura. Bem pelo contrário”, afirmou em exclusivo ao Portal 100% DJ. A festivaleira garante que no aeroporto onde aconteceu a tragédia “há sempre imensos polícias com cães e controlam as bagagens” e este ano acredita “num reforço da segurança por parte das entidades belgas, principalmente durante o festival” declarou.
 
Depois de conversar com alguns dos seus colegas de viagem, Laetitia garante que “ninguém pensa sequer na possibilidade de não ir” e que é “impensável” desistir, pois “é muito difícil conseguir o bilhete e o esforço a nível financeiro” é elevado.
 
Relativamente à segurança do evento, a responsável do grupo garante que o evento “é especial por diversos fatores e um deles é nunca haver qualquer tipo de desacatos, apesar do elevado número de pessoas ali concentradas. Penso que a organização quer continuar com esse ambiente mágico e, para isso, terá mesmo de reforçar a segurança”. Assim se espera.

 

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Publicado em Tomorrowland
Deixou a carreira de professor de educação física e moral para se dedicar de corpo e alma ao djing e à produção musical. Quando se fala de Yves V, é inevitável referir o festival Tomorrowland, uma vez que o artista belga é considerado o DJ residente. Graças ao impacto das suas atuações transmitidas para todo o planeta, hoje em dia cumpre um dos seus maiores sonhos: viajar por todo o mundo acompanhado da sua música e dos seus fãs. O Portal 100% DJ teve a oportunidade de conversar com o produtor belga, sobre temas como a sua carreira atual, o nosso país e, claro, o festival que é a sua segunda casa.
 
 
És o DJ residente do Tomorrowland. Como te sentes ao fazer parte do maior festival do mundo?
É ótimo. Todas as pessoas me perguntam isso. Eu estou lá quase desde o início por isso eu vi toda a evolução. Agora tenho o meu próprio palco e atuei também no Main Stage, na edição do Brasil e dos Estados Unidos da América. Estou muito feliz por continuar lá e posso chamar-me de ‘DJ residente’ daquele festival, porque às vezes as pessoas não sabem onde é a Bélgica, a minha terra natal, mas sabem onde é o Tomorrowland.
 
Qual é a tua opinião sobre a expansão do Tomorrowland para outros países como o Brasil ou os Estados Unidos da América?
É muito bom, penso eu. Especialmente o Brasil, na minha opinião, é um grande mercado para mim. O público brasileiro e o Tomorrowland são uma combinação muito boa. A primeira edição ficou esgotada em duas horas e a edição americana também vendeu bem. Acho bem que não o façam em todos os países, mas sim em todos os continentes. É positivo expandir a marca.
 
Já atuaste várias vezes no nosso país. O que tens a dizer sobre Portugal e o nosso público?
Fantástico! Amo o clima, porque é muito diferente da Bélgica e o público tem sempre muita energia. Todos estão felizes e sabem as músicas, é uma das coisas que se consegue ver. A última vez que cá estive, havia pessoas no público com uma bandeira com o nome de uma faixa minha que ainda não tinha sido lançada, foi muito bom. 
 
Conheces algum DJ português?
Sim, o Kura. Que outros DJs portugueses me aconselham?
 
E para quando uma colaboração com um DJ português?
Atualmente estou a planear com o Kura para fazermos alguma coisa. Até agora não tenho nenhuma produção com um artista português mas nunca se sabe o que o futuro possa trazer.
 

(…) o meu maior objetivo: viajar pelo mundo e partilhar a minha música.

 
Qual é a tua colaboração de sonho?
É difícil dizer um só nome, mas se pudesse escolher seria alguém fora da música de dança. Alguém de uma banda de rock, de música clássica, ou um cantor. Algo totalmente diferente e que as pessoas não estejam à espera.
 
Como por exemplo?
Há muitos bons cantores, como por exemplo a Birdy. Ela tem uma voz muito boa que desperta muitas emoções. Iria ser uma excelente combinação. Mas há muitos outros bons nomes que seriam uma boa hipótese. 
 
Qual foi o melhor momento da tua carreira?
É óbvio que tenho de referir novamente o Tomorrowland. O mundo inteiro está a ver o Main Stage e aquilo que tu estás a reproduzir naquele momento. Cada vez que atuo lá, consigo ver as reações nas redes sociais. O Tomorrowland é sempre um momento alto na minha carreira.
 
Na tua opinião, quem merece a primeira posição do Top 100 DJs da DJ Mag?
É uma pergunta muito difícil. Mas acho que a resposta é Dimitri Vegas & Like Mike. São os meus irmãos da Bélgica. Na minha opinião é muito difícil dizer quem possa ser o melhor DJ do mundo, porque existem muitos bons artistas.
 
Que novidades podes desvendar acerca do futuro da tua carreira?
Tenho muitas novas produções a chegar. Espero que tudo corra bem. Vou estar em digressão e esse é o meu maior objetivo: viajar pelo mundo e partilhar a minha música.
 
Que mensagem gostarias de deixar aos seguidores e leitores do Portal 100% DJ?
Quero agradecer a todos que têm ido às minhas atuações e se nunca o fizeram, espero conhecê-los em breve num dos meus próximos shows. Continuem a apoiar a música eletrónica!
 
Publicado em Entrevistas
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