Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
Considerado pela crítica especializada como o melhor festival do mundo, o Tomorrowland realiza-se desde 2005 na cidade de Boom, na Bélgica, a 30 quilómetros da capital. É organizado pela ID&T Entertainment e tem vindo a ganhar cada vez mais destaque um pouco por todo o planeta, tendo já originado várias versões em países como os Estados Unidos da América e recentemente no Brasil.
 
Performances únicas, fontes de água, CO2 e bastante pirotecnia são alguns dos efeitos especiais utilizados, o que tornam o Tomorrowland num espetáculo único. Desde a sua primeira edição que o slogan oficial é “Yesterday is History, Today is a Gift, Tomorrow is Mystery”.
 
O objetivo principal da ID&T, cujos fundadores são os irmãos belgas Manu e Michiel Beers, era construir o Disney World da música eletrónica. A primeira edição, realizada no dia 14 de agosto de 2005, contou com a participação de 10 mil pessoas e atuações de artistas como Armin van Buuren, Sven Väth e Ferry Corsten.
 
Dois anos depois, o Tomorrowland alcançou um público de 20 mil pessoas e só em 2008 é que a organização decidiu aumentar o festival para dois dias de duração, a 26 e 27 de julho, com a participação de mais de 35 mil pessoas.
 
A partir do ano de 2009, o festival começou a ganhar outras proporções. Cerca de 90 mil pessoas marcaram presença no Tomorrowland, que pela primeira vez apresentou um Main Stage de maior dimensão e contou com a atuação de 200 DJs.
 
 
Em 2010, o festival superou a marca dos 130 mil participantes e a organização decidiu acrescentar mais um dia na edição do ano seguinte. O Main Stage do ano de 2011 teve como cenário uma árvore gigante, uma homenagem à cidade de Boom, cujo nome significa ‘árvore’ em belga. Avicii, Tiësto e Paul van Dyk foram recebidos de braços abertos por mais de 180 mil pessoas.
 
Com a evolução da internet, o Tomorrowland começou a ganhar cada vez mais seguidores, principalmente através dos famosos aftermovies, que alimentam os sonhos dos amantes da música eletrónica. Em 2012, o festival contou com mais de 400 DJs e mais de 185 mil pessoas de 75 países diferentes. Com o tema “The Book Of Wisdom” e com atuações de Afrojack, Above & Beyond, Carl Cox, Sander van Doorn, Swedish Housa Mafia, Fatboy Slim, Hardwell, Nicky Romero, Laidback Luke, Steve Aoki e muitos outros, o festival alcançou uma vez mais o sucesso absoluto.
 
Cerca de 96 nacionalidades diferentes de festivaleiros estiveram presentes no Tomorrowland de 2013, para onde foram vendidos 190 mil entradas. Uma parte dos bilhetes esgotou em 35 minutos e o restante em apenas 37 segundos. Todos os amantes da música eletrónica queriam fazer parte do festival belga.
 

Foram vendidos 400 mil bilhetes, que esgotaram em cinco minutos.

 
Para comemorar a 10ª edição do Tomorrowland, em 2014, o festival realizou-se em dois fins-de-semana no mês de julho. Foram vendidos 400 mil bilhetes, que esgotaram em cinco minutos, cujo tema era “The Key to Hapiness”. Neste ano, foi também lançado um livro sobre o festival, um documentário produzido pela MTV e ainda foi divulgada a nova localização do Tomorrowland por David Guetta: o Brasil.
 
CURIOSIDADES
 
  • Para quem quer viajar em direção à Bélgica, existem meios de transporte aéreos especiais para o efeito. As hospedeiras vestem-se de acordo com a ocasião e até há DJs a atuar durante a viagem para os festivaleiros se sentirem logo no clima de festa.
 
  • Se algum festivaleiro danificar um objeto de decoração do Tomorrowland, é expulso do recinto no mesmo minuto. Esta é uma das regras mais curiosas que se pode encontrar no regulamento do Festival.
 
  • Tal como em Las Vegas, no recinto do Tomorrowland existe uma “capela do amor”. Nesse local, os casais são recebidos por duas pessoas caraterizadas de freiras, que oferecem preservativos. Esse espaço tem uma cama para os casais fazerem o que quiserem durante um determinado período de tempo.
 
  • A famosa Dreamville, o campismo onde descansam os festivaleiros do Tomorrowland, não existiu durante os primeiros quatro anos.
 
  • David Guetta é o único artista que deu música aos festivaleiros do Tomorrowland em todas as edições até ao momento.
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  • O primeiro ministro da Bélgica, Elio Di Rupo, marcou presença na edição do ano passado. Di Rupo conviveu com os festivaleiros e ainda tirou algumas selfies.
 
  • Na edição de 2012, os avós de Dimitri Vegas & Like Mike foram assistir à atuação dos netos no Main Stage logo na primeira fila.
 
  • Como em qualquer festival, o uso e tráfico de drogas é proibido. Antes de entrarem, os festivaleiros podem colocar as substâncias numa caixa especial, sem qualquer consequência.
 
  • O Youtube comemorou 10 anos em 2015 e para celebrar a data divulgou o Top 10 dos vídeos mais vistos em cada país. Em Portugal, o aftermovie do Tomorrowland de 2012 ficou colocado em oitavo lugar.
 
  • De forma a abranger vários gostos musicais, por todo o recinto estão espalhados 16 palcos diferentes.
 
  • Numa parceria entre o Tomorrowland e a Organização das Nações Unidas, foi colocado um novo painel na famosa One World Bridge, direcionada para o “People of Tomorrow”. Nessa mensagem pode-se ler: “Vamos trabalhar todos juntos para proporcionar dignidade a todos”. A ponte de madeira tem 600 metros e contem 210 mil mensagens de pessoas de todo o mundo.
 
  • As pulseiras de acesso ao Tomorrowland permitem que os festivaleiros adicionem novos amigos imediatamente no Facebook, com o aproximar de uma bracelete com outra.
 
  • Até ao momento Du'art e Huma-noyd foram os únicos DJs portugueses que atuaram no Tomorrowland, em palcos alternativos. 
 
Confere abaixo a evolução do palco Main Stage do Tomorrowland:
 

 
Publicado em Tomorrowland
Swedish House Mafia é um grupo constituído por três DJs e produtores de música, mundialmente conhecidos: Axwell, Steve Angello e Sebastian Ingrosso.
 
Eric Prydz é um ex-membro do grupo. O site swedishhousemafia.com apresenta os quatro artistas como fazendo parte do grupo, mas no entanto, e segundo Sebastian Ingrosso, Eric Prydz mudou-se para Londres devido ao seu medo de andar de avião, e portanto já não é considerado parte da "Mafia". No entanto, o trio permanece próximo de Eric Prydz, também conhecido como Pryda, suportando muitas das suas músicas tocadas nos seus sets.
 
Axwell, denominado "godfather" do grupo, disse que a formação da Swedish House Mafia ocorreu quando este se mudou para Estocolmo e aí conheceu Sebastian Ingrosso, ao beber um copo. Mais tarde conheceu Steve Angello, através do Sebastian Ingrosso. Angello e Ingrosso são grandes amigos de infância.
"O nome é apenas um pensamento aleatório!", foi assim que Steve Angello descreveu o nome do grupo, algo que ocorreu no exterior de um 7Eleven (Cadeia de Lojas de conveniência) num fim de noite, enquanto bebiam café. No início, o nome Swedish House Mafia era utilizado como forma de brincadeira pelos membros, mas devido ao sucesso que obteve em alguns fóruns na Internet, rapidamente foi adotado como nome oficial.
 

Os suecos reuniram-se pela primeira vez numa pizzaria em Estocolmo, no início da década passada. O elo de ligação do trio foi Sebastian Ingrosso.

 
Em 2010, entraram pela primeira vez no top da conhecida revista "DJMag", em 21º lugar. Porém, houve um mal entendido, e os SHM criaram uma "campanha" para que os fãs votassem em cada um dos elementos em separado. Ficando assim Axwell em 10º, Sebastian Ingrosso em 16º e Steve Angello em 14º. Surpreendendo muitos dos fãs, que poderiam ter votado exclusivamente em SHM e ter dado uma melhor posição a este trio sueco.
 
Muita coisa mudou no universo da música eletrónica nos últimos cinco anos. Sem sombra de dúvidas, o mercado está maior, mais popular e bem mais forte. Neste contexto de transformação, três nomes devem ser obrigatoriamente lembrados como determinantes para essa evolução: Axwell, Sebastian Ingrosso e Steve Angello, mundialmente conhecidos como Swedish House Mafia.
Extremamente controverso e inesperado, este trio nórdico levou a música eletrónica a um outro patamar. E, como não poderia deixar de ser, despertou discussões fervorosas nos quatro cantos do planeta. Criticados pelos adeptos do underground e exaltados pelo party people mais pop, conseguiram consolidar duas palavras: sucesso e alcance.
 
Lançado oficialmente em 2008, o projeto apanhou todo mundo de surpresa em junho deste ano, ao anunciar a sua dissolução.
Sucinto e objetivo, o comunicado não revelou os motivos da separação: "Hoje queremos partilhar convosco, que a digressão que estamos prestes a começar - será a última. Queremos agradecer a cada um de vós que se juntou a nós nesta viagem. Nós chegámos, divertimo-nos, adorámos”.
Desde 2005, os três artistas têm feito trabalhos em conjunto. Apenas dois anos mais tarde lançaram o primeiro single juntos, "Get Dumb", que teve ainda a colaboração do também DJ e produtor Laidback Luke.
 
Os suecos reuniram-se pela primeira vez numa pizzaria em Estocolmo, no início da década passada. O elo de ligação do trio foi Sebastian Ingrosso, que era amigo de infância de Steve Angello e teve a iniciativa de apresentá-lo ao outro amigo, Axwell. Ali começava a trajetória do mais bem-sucedido e explosivo projeto de house music da história.
 

ONE: A Explosão

Apesar de terem feito duas produções juntos anteriormente, o primeiro single oficial com a assinatura SHM foi "One", lançado em maio de 2010. A track alcançou a 7ª posição na "UK Singles Chart". No mesmo ano, saiu mais um tema - "Miami 2 Ibiza" - que ficou três posições acima no mesmo ranking.
 
O primeiro álbum saiu em outubro, pela Virgin/EMI. Formado por 24 temas, "Until One" superou todas as expetativas (considerando-se que era um disco de estreia) e chegou à 2ª posição no tradicional top semanal americano "Heatseekers Albums Chart", publicado pela revista norte-americana "Billboard". Daí em diante, os elevados números transformaram-se numa rotina.
O trio explodiu. A chegada do novo single, "Save The World", em abril de 2011, colocou-os nas rádios do mundo inteiro. Os Swedish House Mafia popularizaram-se em larga escala e transformaram-se numa referência na dance music. O clip do tema "Save The World" teve mais de 10 milhões de visualizações no YouTube, em apenas 15 dias. Hoje já são mais de 50 milhões.
 
Embalados pelo sucesso, apresentaram-se para uma multidão de 100 mil pessoas no Electric Daisy Carnival, em Las Vegas. A repercussão era tamanha que, meses depois, foram convidados para um grande espetáculo no lendário Madison Square Garden. Os 20 mil ingressos colocados à venda, esgotaram em menos de dez minutos. Único!
 
Tanta popularidade era novidade no universo da música eletrónica. Este género musical estava a entrar num período de recuperação de espaço, quer nas músicas quer também nos media. Espaço que nas décadas de 90 e parte da de 2000 havia sido dominado pelo pop e pela black music. Ao lado de alguns poucos nomes, como Tiësto e David Guetta, os três DJs do grupo alcançaram o status de "Superstars". Uma grande conquista, tratando-se do então inconstante mercado da house music.
Nas suas trajetórias rumo ao topo, os suecos vivenciaram essa evolução de maneira muito nítida e consciente: "No início tocávamos em bares minúsculos e as apresentações de música eletrónica eram quase eventos secretos. Mas, com a popularização, passámos a encher estádios. Os artistas passaram a poder tocar até em Wembley", diz Angello.
 

O começo do fim

O trio alcançou um patamar de destaque absoluto na dance music. E possivelmente esse motivo tenha pesado na decisão da sua separação. Em entrevistas a solo, após o anúncio, indicaram que os objetivos do grupo estavam concretizados. O fim soou, portanto, a um novo horizonte para as carreiras individuais dos artistas.
 

Chegámos a um ponto em que já não sabíamos qual seria o nosso próximo passo. Sempre gostámos de um desafio.

"Chegámos a um ponto em que já não sabíamos qual seria o nosso próximo passo. Sempre gostámos de um desafio. E não gostamos de nos repetir. Sentimos que era a altura certa para o fazer", revelou Steve Angello, em entrevista à "Rolling Stone", no início de agosto.
 
Apesar da sensação de dever cumprido, deixaram no ar que ainda têm um último desejo. Numa entrevista, Sebastian Ingrosso elogiou Paul McCartney. "Ele é a maior lenda musical viva do planeta". O sueco disse ainda que espera que um dia SHM e o ex-Beatle possam trabalhar juntos.
"O que os Beatles fizeram é simplesmente incrível, algo que mistura melancolia e alegria ao mesmo tempo. Costumo analisar bastante o cenário musical e acredito que o que nós fazemos hoje, é que o que eles fizeram no passado. Não importa que o que fazemos seja dance music", concluiu o DJ.
 

Documentário

Em 2010, o dia-a-dia do trio mais famoso da música eletrónica mundial foi transformado em filme. A equipa do diretor sueco Christian Larson registou em vídeo a rotina dos Swedish House Mafia durante dois anos. O documentário de 45 minutos é um excelente retrato da relação de amizade entre Axwell, Sebastian Ingrosso e Steve Angello - dos bastidores das suas viagens e espetáculos em todo o planeta - "Take One" exibe os passos do trio ao longo de 253 festas, em 23 países diferentes e mostra absolutamente tudo.
 

Polémicas e milhões

As polémicas, por sinal, sempre foram uma marca do coletivo SHM, como se pode notar. Mas isso não trouxe prejuízos à sua imagem.
Nunca foram de evitar declarações fortes, muito menos seguiram a linha "low profile". De discussões públicas com celebridades (como a de Steve Angello com Paris Hilton no WMC 2009), a videoclips com cenas de nudez e violência (como em "Antidote") eles atraíram milhões... de fãs e de dólares.
 
Segundo uma pesquisa divulgada pela revista Forbes, a Mafia Sueca foi o terceiro nome da música eletrónica mundial que mais faturou no último ano. O trio embolsou nada mais nada menos que 14 milhões de dólares com as suas atuações. Estes espetáculos têm sido muito disputados nos últimos meses por conta da divulgação do término do projeto.
 
No início de julho, o espetáculo dos suecos em Dublin (Irlanda) reuniu 45 mil pessoas e terminou em tragédia. Após uma briga, nove pessoas foram esfaqueadas e uma morta. Na semana seguinte, enquanto os artistas se apresentavam para 65 mil fãs na Inglaterra, uma nova confusão deixou três feridos. Supõe-se que os ânimos dos seguidores do trio nórdico estejam exaltados com o anúncio da separação.
 
O sexto e último single, "Don’t You Worry Child", também foi pólvora e hit instantâneo ao repetir a parceria com John Martin nos vocais. Na agenda de espetáculos o fim parece prolongar-se, pois o trio está com a agenda completa até março de 2013. Certo mesmo é que, apesar do fim do coletivo, os amantes da dance music continuarão a apreciar o bom trabalho dos três DJs nas suas carreiras solo. A indústria da música eletrónica agradece.
 

Em Portugal

Estrearam-se nos palcos portugueses em 2010, como cabeças de cartaz da Beach Party organizada pela Rádio Nova Era (Praia do Aterro, Matosinhos). Em 2011, este coletivo esteve agendado para o dia 7 de agosto no Festival Sudoeste, mas Axwell não atuou, devido a uma infeção na garganta (segundo um comunicado do mesmo), que o impossibilitou de estar presente na Herdade da Casa Branca - Zambujeira do Mar. O live foi na altura assegurado pelos seus dois companheiros Ingrosso e Angello, que levaram os milhares de festivaleiros ao rubro. Axwell chegou, no entanto, a atuar no primeiro dia de festival - 3 de agosto.
 
Em Portugal existem uns bons milhares de fãs, e as principais rádios nacionais têm os vários temas do trio nórdico, nas suas playlists. Também por terras lusas, a opinião dos mesmos, é variada - como em qualquer país - há quem defenda com unhas e dentes que são os melhores, há quem diga que é tudo marketing, buzinas, efeitos e "botões sync". Certo mesmo, é que os "milhões" falam por si.
 
A sua passagem por Portugal, é a única atuação da Península Ibérica desta última tour, pelo que se espera uma grande afluência de "nuestros hermanos". Além das estrelas maiores da noite, tocarão os DJs RFM António Mendes e D'Jay Rich, Kura e Pete Tha Zouk.
 

WE CAME. WE RAVED. WE LOVED.

 
 
Fonte: Wikipédia.
Publicado em Artistas
quinta, 18 dezembro 2014 23:28

Conhece toda a história da 'EDM'

1 - A evolução do "DJ"
1.1 Termo
É mais que evidente que o termo disc-jokey (DJ) é o mesmo desde sempre, o que não é evidente são as técnicas de djing utilizadas ao longo dos tempos. E isso deve-se principalmente à tecnologia disponibilizada em cada período dos tempos. Desde um simples DJ de rádio a um DJ de turntable scratching, onde a técnica é a parte principal, existem 3 fatores-chave importantes a reter e avaliar em qualquer DJ que se preze: cueing (colocar o playback de uma música na parte desejada e/ou correcta), equalização (modificar as frequências de modo a quando se alterna entre faixas se faça com suavidade, isto é, eliminar sons indesejados, tornar mais eminente vozes ou instrumentos, tornar mais evidente certos tons do instrumento, entre outros), e audio-mixing (os famosos efeitos dos DJs que têm que ser devidamente controlados, como por exemplo o reverb). 
 
Estes três fatores-chave combinados fazem aparecer o famoso SYNC. Pois é, o SYNC não é algo que se aperte um botão e apareça magicamente... (ou é?). De qualquer das formas, um DJ que se preze deverá dominar estes três termos. 
 
1.2 História
O termo “DJ” sempre foi associado à radio até os mesmo começarem a aparecer ao vivo. Em 1943 Jimmy Savile (DJ inglês que começou como “Radio DJ”) lançou a primeira DJ Dance Party tocando discos de Jazz e pode-se dizer que a partir desse momento uma nova era tinha nascido. A famosa Jukebox, tinha outro sentido agora. Já se podia fazer os discos pedidos ao vivo.
 

Em 1969 o DJ americano Francis Grasso (na imagem à esquerda) tornou popular o beatmatching - sincronização dos tempos na transição de músicas. 
 

Após uma moda de música pop como música de clubes e discotecas, em 1975 o DJ de hip-hop Grand Wizard Theodore (imagem à direita) inventou, sem querer, a técnica do scratching - técnica usada para produzir sons com o movimento de um disco de vinil para atrás e para a frente numa turntable
 
Pode considerar-se então que o período dos anos 80 foi o que registou a maior evolução de sempre na história do DJing. Em 1981 com o lançamento da MTV e do termo “video-jockey” (VJ), muitos clubes e discotecas viram-se forçadas a seguir o estilo da MTV se desejariam sobreviver. Foi então que em Chicaco, no Wharehouse Club, o DJ recentemente falecido Frankie Knuckles foi pai da música House (o próprio termo surgiu do nome do clube), bem como a criação do termo “Underground”.
 
No início dos anos 90 esteve em êxtase as raves que mudaram completamente a dance scene. Anos mais tarde - concretamente em 1999 - surgiu o Napster, o primeiro peer-to-peer (sistema de partilha de ficheiros), em que durante esse período foi libertada uma licença para o DJing de MP3 e que consistia num processo que os DJs podiam subscrever uma licença que lhes dava direito a usar de forma pública, música armazenada num disco, em vez de carregarem as típicas malas de CDs e Vinis.
 
Com o avanço tecnológico das grandes marcas associadas, tais como, Pioneer, Native Instruments, Relooop, Technics, Vestax, entre outras, dá-se mais um grande passo na EDM. A possibilidade dos leitores utilizarem pen drives permite aos DJs uma escolha já pré-definida para os gigs e pensada para cada atuação. A despreocupação em relação à técnica fica evidente derivado às facilidades que o avanço tecnológico das grandes empresas oferece, nomeadamente, aumento da produtividade no acerto dos BPM's, localização do ponto CUE entre outros. O artista fica focado mais no contato com o público do que propriamente numa postura com técnica. 
 

O primeiro DJ de rádio foi Ray Newby, de Stockton (Califórnia) em 1909, com apenas 16 anos.

 
A imagem é um fator que surge com bastante evidencia derivado destes factos, o agradar às massas, ao público geral torna-se uma preocupação maior do que propriamente as técnicas e gostos pessoais, o que não deixa de ser negativo. Porém este avanço e "despreocupação" trás elementos positivos que faz com que haja um avanço nas performances de cada artista, pensando sempre no que se pode aguardar a um público maior do que propriamente um público de clube, aumentado assim a competitividade entre si. Como foi mencionado anteriormente por um dos grandes mentores da EDM, Steve Angello, "o conceito Clube está a cair e pensa mais nas grandes performances" o próprio admite que é o caminho errado a seguir. É com o TOP 100 da DJ Mag que surge o grande benchmarking da EDM. Considerado por muitos apenas um ranking de popularidade e por outros tantos o ranking dos 100 melhores do planeta.
 
Dantes um bom DJ de EDM caraterizava-se pela técnica apresentada e pela carreira feita até ao momento. Hoje em dia é exigido a um DJ, para que tenha sucesso, que seja produtor, DJ e agente - o chamado all-in-one.
 
2 - A ascensão da música eletrónica
  
É nos finais dos anos 80 e princípios dos 90 que a “Eletronic Dance Music” (EDM) começa a ganhar a sua quota de mercado, pois até aí as músicas não eram totalmente produzidas por instrumentos eletrónicos bem como o preconceito juntamente com o pensamento retrógrado das pessoas dessa altura eram fatores relevantes para a pouca adesão ao estilo eletrónico. Foi então que as músicas eletrónicas produzidas foram “adoptadas” por outros géneros musicais. Diversas editoras de rap, hip-hop, jazz, entre outras, aderiram a este “movimento”, e a pouco a pouco tornava-se um conceito cada vez mais mainstream. Lebrecht, Norman (1996), The Companion to 20th-Century Music
 
Ao longo dessa década (1980-1990) foram criados diversos estilos musicais de EDM, o que para os verdadeiros amantes do DJing foi um verdadeiro massacre, pois estes defendem que essa arte foi sacrificada em prol das modas e dos “wannabes DJs” que sem terem o mínimo de residências em clubes e discotecas se tornaram números 1, ou seja, sem qualquer tipo de carreira/background. 
 
Após isso vários artistas e os seus fãs tornam-se “Underground”. Não no sentido literal da palavra, nem na criação de um estilo musical novo. Não. Apenas numa abreviação diferente (original) à música EDM. 
 
Kai Fikentscher, autor de "'You Better Work!' Underground Dance Music in New York City", acerca da definição do termo Underground, criado após estas modas dos clubes e discotecas, ele refere que: “O Underground não serve unicamente para explicar que o tipo associado de música - e o seu contexto cultural - estão familiarizados apenas para um pequeno número de pessoas informadas. O Underground também aponta para a função sociológica da música, enquadrando-a como um tipo de música que, para ter significado e continuidade é mantida longe, em grande parte, da sociedade mainstream, dos mass media e daqueles com poderes para impor uma moral dominante e valores e códigos estéticos”. 
 
O EDM tornou-se viral, e sendo um negócio cada vez mais lucrativo é fonte de grande investimento em 2012. Festivais, live performances, espetáculos, entre outros, foram os pontos fortes que levaram o media executive Robert F. X. Sillerman a relançar a SFX Entertainment focada no mundo do EDM anunciando um plano de investimento de 1 bilião de dólares. Este plano incluiu a aquisição da ID&T - a produtora do festival Tomorrowland na Bélgica, bem como a plataforma Beatport. Também agências de publicidade apostaram no EDM, sendo todos estes fatores o boom do mainstream do EDM que se vê e crítica nos dias de hoje (2014).
 
Publicado em Nightlife

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