Voltamos a fazer uma pausa na apresentação dos nossos VJs e dos seus projectos para falarmos de um tema que está na ordem do dia, não fosse esta uma área intimamente relacionada com a tecnologia. O mundo visual está a mudar todos os dias. Surgem novas ferramentas e ideias que complementam cada vez mais o nosso dia-a-dia. As marcas estão atentas e claro, são as primeiras a investir quando este investimento é capaz de lhe trazer retorno e acima de tudo, diferenciação.
Já falamos anteriormente em termos como fulldome, realidade virtual, 360º e da sua presença na nossa rotina.
Apesar de todos nós sabermos do peso da arte visual na cultura, este é um caminho que tem tomado contornos cada vez mais interessantes. Várias cidades do Mundo como São Paulo, Amesterdão, Moscovo têm direccionado o trabalho de projecção para a cultura e impacto social. Esta alteração denota-se em eventos como o Festival Chave do Centro, em que vários edifícios de uma mesma rua são mapeados ao longo de um mês, alterando toda a perspectiva que temos da arquitectura e das ruas noturnas. Para além disso, foram utilizados desenhos de crianças de instituições de acolhimento que puderam ver as suas obras de arte projectadas num prédio de 15 andares.
O Festival Lumina é exemplo de como a arte visual é capaz de impactar diferentes públicos e de carimbar a sociedade com uma vivência inovadora. A vila de Cascais enche-se de luz e é preenchida por actividades, acções, peças de arte que encantam todos os visitantes. É parte de uma rede internacional de festivais de luz e tem presença assegurada em 2018.
É uma forma de contemplar este futuro que apela a todas as sensações, aliado ao nosso património e à cultura.
Uma outra perspectiva, desta feita, mais comercial, é a utilização que as marcas têm feito destas ferramentas.
Para além do grande investimento que fazem em feiras, apresentações, eventos como a recente Web Summit, estão cada vez mais presentes na nossa rotina. Basta passarmos numa área de serviço, entrarmos numa loja Worten ou Sport Zone da insígnia SONAE ou mesmo numa loja de telecomunicações como a NOS, Vodafone e MEO.
Somos imediatamente bombardeados com comunicação em painéis de Leds e painéis interactivos que preenchem a necessidade de contacto do ser humano.
Esta evolução é marcadamente visível em perfumarias e lojas de roupa - as marcas têm apostado nos provadores digitais, em que os clientes podem trocar de roupa virtualmente. Tudo através de um scan e de um projector.
O investimento das marcas faz um paralelismo com a receptividade por parte dos consumidores. Estamos mais susceptíveis a este mundo virtual, visual, interactivo que nos acompanha. É preciso pensar mais além, é preciso criar diferenciação, impacto e valor nas experiências com os consumidores.
As ferramentas estão aqui. Cabe-nos a nós projectar ideias e agregar valor e empatia. É possível sensibilizar, mais do que manipular. É possível fazer a diferença - uma diferença que se vê.
Deixamos ainda uma sugestão para este mês de Abril: acompanhem o LIVE Performers Meeting que vai ter lugar em Roma e que nos trará ainda mais novidades da arte visual.
Partilhem e continuem a acompanhar-nos.