segunda, 11 fevereiro 2013 17:30

Vox Pop: álcool só a partir dos 18

O Governo vai mesmo avançar com a proibição de venda de álcool a menores de 18 anos. Atualmente a lei prevê que seja proibida a venda a menores de 16. A proposta de legislação conjunta entre os Ministérios da Saúde e da Administração Interna "já iniciou o seu processo legislativo" e vai "dentro em breve" ser debatida em Conselho de Ministros, adiantou a semana passada o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Leal da Costa, para quem a ideia é prevenir o abuso de álcool entre os adolescentes.
 
Sobre este assunto, procurámos saber a opinião de pessoas influentes na noite nacional. Neste VOX POP a pergunta foi feita a Mariana Couto, Olivs, The FOX, Gil Perez e a António Moura estudante e noctívago.
 
 

"Concorda com a proposta de alteração da lei de proibição de venda de álcool dos 16 para os 18 anos?"

 
 
Mariana Couto, Deejay
 
Curioso como a 100% DJ tem sempre "o dom" de me colocar perguntas de resposta complexa.
 
Sim, seria a minha resposta imediata. Sim deve ser proibida a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Mas depois onde é que isto nos deixa?
Não estamos, como esta lei a continuar a infantilizar os nossos adolescentes, adiando mais e cada vez mais o seu crescimento que passa, também, pela capacidade de tomar decisões autónomas?
 
Não voltaremos a cair do erro de criar, mais um "fruto proibido?"
Acredito que esta discussão não terá fim, e acredito - sobretudo - que mais do que uma lei deveríamos apostar na educação dos mais jovens depositando neles a capacidade de decidirem com bom senso como querem viver os melhores anos das suas vidas.
 

 
Olivs, Deejay/Produtor
 
Concordo com a nova lei.
Essa é uma das questões com muita controvérsia, se por um lado entendo que muitos dos adolescentes com 16 anos já entendem o que é o álcool e o que a sua demasia provoca, o que vejo é que muitos deles não o vêem assim tal como não vêem as suas consequências, e para mim a sua proibição não influencia o divertimento dos jovens nas suas saídas à noite muito pelo contrário.
 
Todos nós já o vimos e em casos até sentimos pena de muitos que saem à noite, como que uma tomada de emancipação bebem em demasia, e muitas vezes acabando com certas festas animadas ou por cenas de brigas, ou confusões ou mesmo o mais grave em estados de coma alcoólico, acho que é importante que haja uma chamada "tomada de consciência" que podemos sair, beber socialmente sem que com isso ponhamos principalmente a nossa saúde em causa. Tem que haver acima de tudo o saber beber. Muitos poderão pensar, o que são dois anos?
 

Em dois anos muito aprendemos com as nossas experiências, as nossas vivências e a música, as festas a noite, é muito mais do que uma simples bebida alcoólica

 

 
The FOX, Deejay/Produtor
 

Sim concordo. O álcool é infelizmente mal utilizado por uma parte dos consumidores, que abusivamente os conduzem para problemas graves e mesmo à morte. Tal e qual como em outros países, o consumo está restrito em idades superiores e em locais próprios, limitando a compra até determinada hora da noite.


Os mais jovens têm a tentação de colocarem-se em riscos desnecessários e isso tem de ser travado não só pela não venda a menores, mas também pela prevenção.
 

 
Gil Perez, Deejay/Produtor
 
Concordo.
 
Sou a favor de tudo o que contribua para um melhor ambiente e segurança não só na noite, mas também no País em geral. Encaro esta medida (incluindo a descida da taxa de alcoolemia punida por lei) como uma forma de gerar uma tomada de consciência nos cidadãos.
 
É uma medida que não impede por completo o consumo bebidas alcoólicas, mas que estabelece limites mais restritos.
 
 

 
António Maria Moura, Estudante e Noctívago

Eu, como amante da noite e observador atento da realidade noctívaga, quando me decido divertir em estabelecimentos nocturnos, acho que esta proibição devia avançar, ainda que pudesse ter repercussões económicas, mas que poderia levar a uma evolução na qualidade da noite portuguesa.
 
Não creio que os distúrbios causados na noite aumentassem ou diminuíssem devido à proibição do álcool para menores de 18, mas as discotecas deixariam de ser um sítio para beber até ao coma, mas para se estar, conviver e ouvir boa música. Ainda assim, devido à menor procura destes afectados pela lei, pode haver por parte deles uma retracção no afluxo a discotecas e ou bares, isto se a legislação for cumprida.
 
O álcool não vai deixar de ser vendido, mas esperemos que em menor quantidade.
Publicado em Nightlife
A presidente da Sociedade, Estela Monteiro, disse hoje à Agência Lusa que "20 por cento" dos consumidores regulares de álcool correm o risco de desenvolver cirrose no fígado.

"Cada vez mais jovens aumentam a ingestão de álcool. Não têm a noção, entram nas discotecas, bebem 'shots' e pensam que não faz mal", frisou.
Estela Monteiro afirmou ainda que o consumo mínimo não tóxico de álcool está nos 30 gramas por dia para as mulheres e 40 a 50 gramas por dia para os homens.
Enquanto um litro de vinho tem 100 gramas de álcool, muitas bebidas presentes nos 'shots' têm muito maior taxa de álcool: um litro de conhaque pode ter 800 gramas e um litro de uísque tem 600 gramas.

As bebedeiras nas discotecas são familiares a "metade dos jovens com 15 anos", referem dados recolhidos pela Sociedade.
 
A presidente da Sociedade salientou que consumidores regulares podem "em cinco ou seis anos" desenvolver doenças do fígado. O tempo que uma doença deste tipo pode demorar a manifestar-se tem a ver com a constituição genética de cada pessoa.
Estela Monteiro afirmou que a Sociedade está em conjunto com os médicos de família e os centros de alcoologia a tentar ter uma ideia concreta dos hábitos alcoólicos dos jovens portugueses, uma vez que são os clínicos gerais a ter mais contacto com as situações de consumo.

Num país "de tradição vinícola" ainda é frequente "jovens começarem a beber em casa com doze anos" e são cada vez mais os utentes das consultas de hepatologia, referiu.

Em conjunto com a Direção-Geral da Saúde, a Sociedade de Hepatologia quer aumentar "o esclarecimento" quanto ao risco das doenças do fígado, dois terços das quais são causadas pelo consumo excessivo de álcool.

"Um doente cirrótico é capaz de ter dois ou três internamentos por ano. Isto sai caríssimo ao país", disse Estela Monteiro, que admite que o álcool tem por trás "uma indústria" cujo interesse não coincide com a promoção da saúde.

Estela Monteiro afirmou que "ainda se faz publicidade ao álcool", nomeadamente através de patrocínios.
Publicado em Nightlife
Os jovens de Lisboa e do Porto são os que mais gastam na noite, segundo um estudo da cultura recreativa como instrumento de prevenção feito em dez cidades portuguesas pelo Instituto Europeu para o Estudo dos Factores de Risco em Crianças e Adolescente.

Os jovens de Lisboa com idades compreendidas entre os 16 e os 30 anos, com uma média de 25,9 euros, e os do Porto, com 14,55 euros, são os que mais gastam na noite, durante os fins-de-semana, revela o estudo do Irefrea (Instituto Europeu para o Estudo de Factores de Risco em Crianças e Adolescente) apresentado em Aveiro pelo presidente do Irefrea Portugal, Fernando Mendes, numa iniciativa da Junta de Freguesia da Vera-Cruz.

O estudo foi realizado em dez cidades portuguesas - Lisboa, Porto, Aveiro, Coimbra, Viana do Castelo, Viseu, Odivelas, Funchal, Ponta Delgada e Angra do Heroísmo - em 2007, abrangendo um universo de 150 indivíduos em cada uma das cidades.

Coimbra é a terceira cidade onde os jovens gastam mais dinheiro durante o fim-de-semana, na noite, com uma média de 14,32 euros, logo seguida de Aveiro (12,23), Viana do Castelo (10,98) e Viseu (9,23).

São, no entanto, os jovens do Porto e de Aveiro os que têm mais poder de compra, segundo o estudo: à pergunta quanto dinheiro tens por ano?, os do Porto responderam que possuem 21467,12 euros, logo seguidos dos de Aveiro, com 7896,12 euros. A grande distância situam-se os de Coimbra, com 4590,89 euros, seguidos dos de Viseu, com 3841,15, e Viana do Castelo, com 3529,84. Em último lugar estão os de Lisboa, com apenas 1331,88 euros.
 

Apesar desta realidade, o estudo considera que o impacto da vida nocturna na economia da cidade é pouco, com excepção para a área do Bairro Alto (Lisboa) e das semanas académicas, apontando como malefícios o aumento do tráfico de substâncias ilegais (droga), aumento do ruído ao fim da noite, perturbação dos vizinhos e queixas por falta de policiamento, para além de brigas e escaramuças nas cidades mais populosas junto de áreas de tomada de táxis por efeitos da embriaguez.

Os lisboetas e os conimbricences são os que passam mais horas nos bares ou discotecas por noite (6,42 horas e 6,28 horas, respectivamente), longe das 5,94 horas dos frequentadores da noite de Viana do Castelo e das 5,87 horas dos jovens do Porto. Em Aveiro gastam-se 5,11 horas na noite e em Viseu apenas 4,88 horas.

Lisboa e Aveiro são as localidades onde os jovens passam por mais bares (ou discotecas) na noite durante o fim-de-semana. Na capital do país os jovens entre os 16 e os 10 anos inquiridos no estudo frequentam por noite, em média, 3,8 bares e em Aveiro 3.01 bares. Segue-se Coimbra, com 2,64 bares, e Viana do Castelo com 2,53 bares. Só depois aparece o Porto (2,45) e Viseu (2,33 bares).

A maioria dos frequentadores da noite nas dez cidades portuguesas abrangidas pelo estudo são estudantes, com uma idade média de 21 anos, e os de Viana do Castelo são os que saíram mais vezes à noite no espaço de uma mês - 7,88 vezes. No Porto saíram 7,02 vezes e em Lisboa 3,15 vezes.
 
Fonte: JN-Online.
Publicado em Nightlife

 

Uma fiscalização no festival NOS Alive feita pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), que decorreu no passado fim de semana, instaurou 16 processos de contraordenação.
 
Segundo o Diário de Notícias, os processos ficaram a dever-se à falta de requisitos de higiene, venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos, venda de tabaco a menores e pela prática de crime de especulação de forma tentada através da venda de bilhetes online.
 
Em comunicado, a ASAE afirmou ainda que foram identificados 9 menores de idade por compra de bebidas alcoólicas, com idades entre os 14 e os 17 anos. Outros dois menores, de 15 anos foram identificados por compra de tabaco.
 
Esta fiscalização já tinha sido anunciada pela ASAE, depois de aprovada a nova lei do álcool, que proíbe os menores de 18 anos de consumirem bebidas alcoólicas.
 
 
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quinta, 14 novembro 2013 21:15

Sagres dá força a Portugal

A Sagres foi a primeira patrocinadora da Seleção Nacional e desde 1993 que a marca de cerveja tem entrado em campo com a equipa das quinas. Aproveitando o momento decisivo que se vive nas aspirações da seleção, a Sagres lançou mais uma campanha publicitária de apoio.
 
Na véspera do jogo do playoff Portugal x Suécia, a frase "Força Portugal" vai fazer parte de uma campanha presente na plataforma digital e na rede de mupis do país.
 
Apelar ao espírito nacional e apoiar a Seleção é o grande objetivo de uma campanha que vai ainda estender numa das bancadas do estádio da Luz, no dia do jogo, uma camisola gigante de 14 metros de altura da Seleção Nacional.
 
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Com a implementação da nova lei a partir de amanhã, que proíbe os menores de 18 anos de consumir qualquer bebida alcoólica, os promotores dos festivais de música começaram agora a definir novas estratégias, que podem passar por colocar pulseiras especiais apenas a quem tenha atingido a maioridade.
 
Em declarações à Agência Lusa, Luís Montez promotor da Música do Coração, confirmou a implementação das pulseiras especiais aos maiores de 18 anos, que lhes permite consumir bebidas alcoólicas, nos festivais Super Bock Super Rock e MEO Sudoeste.
 
As pulseiras serão colocadas mediante a apresentação de um documento de identificação, em localizações especiais nos recintos dos eventos. Até ao momento, festivais como o Sumol Summer Fest ou o Paredes de Coura ainda não têm decisão final tomada em relação a esta nova estratégia.
 
Segundo o promotor João Carvalho, do festival Paredes de Coura, em delarações à Lusa, a pulseira pode também ser apenas atribuída a menores de 18 anos após a apresentação do bilhete de identidade.
 
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) vai reforçar a fiscalização com o começo da época dos festivais de verão, controlando também o consumo de álcool por adolescentes.
 
Este sistema já é utilizado há algum tempo em países como os Estados Unidos da América, em eventos que aceitam menores de 18 anos.
 
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É possível beber álcool e não ficar alcoolizado. O segredo passa por... ingerir levedura de cerveja. Jim Koch, o milionário co-fundador da Boston Beer Company, que produz a popular Samuel Adams, diz que o truque é simples: basta comer um iogurte com levedura de cerveja em pó antes de ingerir grandes quantidades. Mais precisamente, uma colher de chá por cada cerveja prevista. Pelo menos, o milionário diz funcionar com ele. 
 
A levedura evita com que as pessoas fiquem alcoolizadas por conter uma enzima que quebra as moléculas do álcool e forma semelhante à que o fígado usa para o metabolizar. Ainda assim, o co-fundador da empresa alerta que a levedura apenas "mitiga" os efeitos do álcool não os eliminado por completo. 
 
Esta solução já foi, entretanto, contestada por não ser cientificamente plausível.
 
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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) identificou cinco adolescentes que estavam a consumir bebidas alcoólicas, nomeadamente cerveja e sidra, no festival Super Bock Super Rock, de acordo com a agência Lusa.
 
No festival, que decorreu no passado fim de semana no Parque das Nações, em Lisboa, a ASAE instaurou quatro processos de contraordenação por venda de álcool a menores de 18 anos e mais três processos por disponibilizarem bebidas alcoólicas a adolescentes. A ASAE fiscalizou, no total, 17 operadores económicos.
 
Devido à nova lei, a organização do Super Bock Super Rock colocou à disposição uma pulseira para os indivíduos maiores de 18 anos serem autorizados a consumir bebidas alcoólicas, mas a mesma não era de uso obrigatório.
 
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sexta, 01 novembro 2013 14:25

Heineken apresenta garrafa camaleónica

A Heineken acaba de lançar uma nova garrafa que brilha quando exposta a luz negra. O novo membro do "Club Bottle" resulta de uma parceria com o artista e designer Matt W.Moore.
 
A garrafa é feita em alumínio e sob luz natural tem um padrão geométrico fosco, transformando-se em azul e verde flúor quando exposta a luz negra, pela aplicação de diferentes vernizes ultravioleta em alguns elementos do seu grafismo.
 
Segundo a marca, a criação desta garrafa vem celebrar a mentalidade inovadora e cosmopolita da Heineken.
 
A propósito desta parceria, o designer afirma: "Por norma, o meu objetivo é criar trabalhos que celebrem o inesperado, que sejam abstrações únicas". Matt W.Moore é o fundador do MWM Graphics, um estúdio de design e ilustração sedeado em Portland, nos EUA.
 
 
Publicado em Marcas
"Ridículo" é a palavra utilizada pelo hepatologista Fernando Ramalho para classificar o diploma aprovado na passada quinta-feira no Conselho de Ministros que proíbe a venda e consumo de bebidas espirituosas a jovens até aos 18 anos, mas mantém nos 16 anos a idade limite para o vinho e a cerveja. O especialista considera que o álcool é todo igual e acusa o Governo que não querer proteger a saúde dos portugueses, mas "patrocinar algumas empresas de bebidas".
 
"O Governo, ao aprovar uma lei do álcool que permite que com 16 anos se continue a beber cerveja e vinho, não está a proteger a saúde dos portugueses." Esta é a opinião do responsável da unidade de hepatologia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
 
"Eu sou frontalmente contra isso. É o diploma mais ridículo que já vi. O álcool é todo igual, seja vinho, cerveja ou outra coisa", referiu Fernando Ramalho que indignado lamenta que "os interesses das empresas que vendem álcool se sobreponham ao interesse da saúde dos portugueses".
 
O Conselho de Ministros aprovou na reunião de 21 de fevereiro, um novo diploma que prevê a proibição de venda e consumo de bebidas espirituosas a jovens até aos 18 anos, mas mantém nos 16 anos a idade limite para o consumo de vinho e cerveja.
 
Na Europa ainda há países que permitem o consumo de algumas bebidas aos 16 anos, como o Reino Unido e a Bélgica, mas em Espanha, França, Irlanda ou Finlândia já se impõe os 18 anos como limite mínimo de consumo de qualquer bebida alcoólica.
 
O hepatologista de Santa Maria e professor na Faculdade de Medicina de Lisboa alerta que o álcool "é todo igual", independentemente de ser cerveja, vinho ou vodka, e lastima que haja políticos que "continuam interessados em patrocinar algumas empresas de bebidas", escusando-se a ouvir a opinião "de quem está no terreno".
 
Recorde-se que o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Leal da Costa, anunciou diversas vezes que a nova legislação iria aumentar a idade legal para consumo e aquisição de álcool para os 18 anos.
 
Fonte: RTP.
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