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Os jovens de Lisboa e do Porto são os que mais gastam na noite, segundo um estudo da cultura recreativa como instrumento de prevenção feito em dez cidades portuguesas pelo Instituto Europeu para o Estudo dos Factores de Risco em Crianças e Adolescente.

Os jovens de Lisboa com idades compreendidas entre os 16 e os 30 anos, com uma média de 25,9 euros, e os do Porto, com 14,55 euros, são os que mais gastam na noite, durante os fins-de-semana, revela o estudo do Irefrea (Instituto Europeu para o Estudo de Factores de Risco em Crianças e Adolescente) apresentado em Aveiro pelo presidente do Irefrea Portugal, Fernando Mendes, numa iniciativa da Junta de Freguesia da Vera-Cruz.

O estudo foi realizado em dez cidades portuguesas - Lisboa, Porto, Aveiro, Coimbra, Viana do Castelo, Viseu, Odivelas, Funchal, Ponta Delgada e Angra do Heroísmo - em 2007, abrangendo um universo de 150 indivíduos em cada uma das cidades.

Coimbra é a terceira cidade onde os jovens gastam mais dinheiro durante o fim-de-semana, na noite, com uma média de 14,32 euros, logo seguida de Aveiro (12,23), Viana do Castelo (10,98) e Viseu (9,23).

São, no entanto, os jovens do Porto e de Aveiro os que têm mais poder de compra, segundo o estudo: à pergunta quanto dinheiro tens por ano?, os do Porto responderam que possuem 21467,12 euros, logo seguidos dos de Aveiro, com 7896,12 euros. A grande distância situam-se os de Coimbra, com 4590,89 euros, seguidos dos de Viseu, com 3841,15, e Viana do Castelo, com 3529,84. Em último lugar estão os de Lisboa, com apenas 1331,88 euros.
 

Apesar desta realidade, o estudo considera que o impacto da vida nocturna na economia da cidade é pouco, com excepção para a área do Bairro Alto (Lisboa) e das semanas académicas, apontando como malefícios o aumento do tráfico de substâncias ilegais (droga), aumento do ruído ao fim da noite, perturbação dos vizinhos e queixas por falta de policiamento, para além de brigas e escaramuças nas cidades mais populosas junto de áreas de tomada de táxis por efeitos da embriaguez.

Os lisboetas e os conimbricences são os que passam mais horas nos bares ou discotecas por noite (6,42 horas e 6,28 horas, respectivamente), longe das 5,94 horas dos frequentadores da noite de Viana do Castelo e das 5,87 horas dos jovens do Porto. Em Aveiro gastam-se 5,11 horas na noite e em Viseu apenas 4,88 horas.

Lisboa e Aveiro são as localidades onde os jovens passam por mais bares (ou discotecas) na noite durante o fim-de-semana. Na capital do país os jovens entre os 16 e os 10 anos inquiridos no estudo frequentam por noite, em média, 3,8 bares e em Aveiro 3.01 bares. Segue-se Coimbra, com 2,64 bares, e Viana do Castelo com 2,53 bares. Só depois aparece o Porto (2,45) e Viseu (2,33 bares).

A maioria dos frequentadores da noite nas dez cidades portuguesas abrangidas pelo estudo são estudantes, com uma idade média de 21 anos, e os de Viana do Castelo são os que saíram mais vezes à noite no espaço de uma mês - 7,88 vezes. No Porto saíram 7,02 vezes e em Lisboa 3,15 vezes.
 
Fonte: JN-Online.
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Como forma de reduzir os acidentes e mortes na estrada, o Conselho Europeu de Segurança Rodoviária recomendou impedir os jovens com carta de condução recente de conduzir à noite e de transportar passageiros.

A ideia surge depois das estatísticas divulgadas sobre as mortes e acidentes na estrada que continuam muito acima do esperado. Em 2010, foi feita uma proposta pela União Europeia de reduzir estes números para metade, porém, o objetivo não foi cumprido. Nos últimos 10 anos apenas se conseguiu uma redução de 24 por cento de mortalidade nas estradas.

"Ao contrário dos adultos, que têm uma condução mais cuidada quando estão acompanhados, os jovens ao volante correm mais riscos e têm mais acidentes quando estão com os seus pares", disse ao Jornal de Notícias José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, concordando com a medida.

José Trigoso reforçou ainda que o grande problema "continua a ser a sinistralidade dentro das localidades, que é muito superior à da média europeia. Em estrada ou em autoestrada até temos bons números". De acordo com o responsável pela Prevenção Rodoviária Portuguesa, há ainda números elevados de atropelamentos, acidentes com motociclos e despistes. 

Com três vezes mais acidentes mortais que países como a Noruega e Suécia e quase com o dobro das fatalidades registadas em Espanha, Portugal é um dos piores países europeus nas estatísticas do Conselho Europeu de Segurança nos Transportes sendo que em 2019 registou 63 mortos na estrada por cada milhão de habitantes. Numa lista de 32 o nosso país surge em 24.º lugar.
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