Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal

Musicalidade lusitana

Publicado em terça, 27 dezembro 2011 22:23 | Escrito por
alt
 

Nasceu em Nova Iorque mas as suas produções são de nacionalidade Portuguesa. Com apenas 16 anos, já prestava atenção à cabine do DJ, enquanto os seus amigos se divertiam. Valoriza bastante as residências em clubes, caracterizando-a como uma “experiência primordial”. Profissionalismo, entrega total, boa disposição e boa música, fazem de American DJ um 100% DJ que pretende marcar a sua carreira no próximo ano.

 

 

És natural de Yonkers (Nova Iorque). Como se deu a vinda para Portugal?
Sendo eu filho de pais portugueses, deu-se de forma bastante natural. Após alguns anos a viver por lá, decidiram voltar. Como consequência e por ainda não ter idade adulta, regressei com eles.

O que te motivou para começares no DJing?
Não fui motivado ou movido, de todo, por interesses. Foi algo que despertou genuinamente. Aos 16 anos de idade, comecei a sair à noite com amigos, enquanto eles procuravam o seu espaço para dançar, eu ficava sempre distante da pista, num lugar que me permitisse visualizar a cabine. Fascinado como o que via, e com o enorme gosto e vontade de partilhar música, que já detinha, sempre soube que o meu lugar era “ali” – Na cabine!
 

"A experiência que daí advém [residências] é primordial para uma correcta e completa análise de uma pista."

 
No início da tua carreira, já em Portugal, foste residente numa Discoteca. Como analisas as residências?
As residências têm um papel fundamental na carreira de qualquer DJ, pois, a experiência que daí advém, é primordial para uma correcta e completa análise de uma pista. Permitiu-me desenvolver algumas técnicas e, sobretudo, conhecer diferentes tipos de pessoas, com os mais diversos gostos musicais. Actualmente, mantenho uma residência, no BB Club.

Já passaste por imensos espaços. Qual te marcou mais e porquê?
Qualquer um dos espaços, em que tive o prazer de tocar, marcara-me. Todos tiveram a sua importância na minha carreira, sendo de forma negativa ou positiva. A experiência e contacto com as pessoas nesses clubes, contribuíram para a minha evolução ao longo destes últimos 10 anos. Seria difícil nomear apenas um.

Como defines os teus live sets?
Talvez não seja a pessoa mais indicada para responder a essa pergunta. Acho que o melhor mesmo é assistirem a um set, deixo ao vosso critério. Apenas posso prometer profissionalismo, entrega total e boa disposição, sempre com boa música!

Quais os nomes com quem já partilhaste a cabine? Alguns deles são tuas influências?
Já tive o prazer de actuar com vários dj’s, entre os quais, destaco Dj Vibe. Desde sempre fui grande admirador e, influenciado pelo seu trabalho.
 
A par do Djing também desenvolves produções de   originais e remixes. Consideras importante a produção de música na carreira de um DJ? Porquê?
Sim, sem dúvida! A palavra de ordem é “evolução”, para isso é necessário enveredar pela produção. É muito difícil, hoje, um DJ atingir um nível elevado sem a produção. Pois, é possível chegar a um maior número de pessoas, um pouco por todo o Mundo e, o facto de outros DJ’s passarem os meus temas é, só por si, um grande motivo de orgulho.
 

"A palavra de ordem é “evolução”, para isso é necessário enveredar pela produção."

 
Como têm sido os feedbacks das tuas produções?
Têm sido fantásticos.
Confesso que não esperava atingir, tão rapidamente, um grande número de solicitações de editoras, bem como, conseguir que DJ’s, alguns internacionais, os passem com regularidade. É motivante!

altComo analisas a noite nacional?
A noite sofreu uma transformação significativa, para melhor. No sentido de que, cada vez mais, surgem clubes novos, DJ’s, músicos, editoras e pessoas com vontade de investir. Negativamente, nota-se que é necessário um maior esforço para convencer as pessoas a sair. Há por vezes, muitos eventos e clubes  vazios e projectos sem qualquer consistência. De um modo geral, considero que a noite em Portugal está bem e está para durar.

A nível de carreira, que perspectivas tens para o próximo ano?
Espero que seja o “meu ano”. Espero conseguir marcar o meu lugar no DJing nacional. Como não podia deixar de ser, com muito trabalho e disponibilidade para aprender mais, de modo a continuar a evoluir.

Que opinião tens do Projecto 100% DJ?
Conheço o projecto 100% DJ há cerca de 2 anos. Desde então, senti que havia muita vontade de contribuir para a noite, profissionalismo e dedicação neste projecto. Como tal, sempre que necessário, solicito o auxílio do Projecto para divulgar o meu trabalho pois, sinto que é valorizado. Aproveito para felicitar pela criação da revista e desejar o sucesso da mesma.
Obrigado!
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