Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
quarta, 06 novembro 2013 21:13

Eventbrite divulga estudo sobre EDM

A "EDM" (Electronic Dance Music) ou música de dança eletrónica continua a comandar o mundo a uma velocidade estonteante. Para melhor compreender o movimento e envolvimento da cultura eletrónica, a Eventbrite - plataforma online líder de mercado na venda de bilhetes, e que em 2013, vendendo ingressos em 28 países, quadruplicou a venda de ingressos na categoria "EDM", conduziu um detalhado estudo online sobre consumidores de música e eventos.
 
O estudo foi realizado no passado mês de maio a 1.019 adultos norte-americanos e abrangeu diferentes factores-chave de comportamentos entre fãs de música "EDM" e fãs de outros estilos musicais.
 
Confere o gráfico em baixo e dá a tua opinião.
 
 
Publicado em Infografias
quarta, 28 maio 2014 18:55

O futuro da EDM

Corro o risco de esta crónica entrar na história da 100% DJ como a menos popular, ainda assim acho que tem que ser feita. Odeio quando as pastilhas elásticas perdem o sabor e é neste ponto que a EDM está neste momento. Foi-nos apresentada com uma embalagem muito cativante cheia de cor e quando demos a primeira trinca era fenomenal: uma autêntica explosão de sabor. Mas foi perdendo o sabor à medida que a fomos mastigando incessantemente.
 
Exagerou-se em tudo. Na quantidade de músicas, de "novos produtores", de versões 2.0, 3.0, 50.0 de hits. Perdeu-se a alma e a essência. De todo o oceano de faixas lançadas nestes últimos anos, contam-se pelos dedos as que ficarão para a história da música electrónica dentro de uns anos. É o que acontece quando as pastilhas elásticas deixam de ter sabor, deitamos fora e nem nos lembramos mais delas. Simplesmente comemos outra quando nos apetecer. O sabor é o mesmo, o que importa é a novidade.
 

Tudo foi feito para não deixar morrer a EDM.

 
Por outro lado, neste processo, pecou-se em muito pouca coisa. Não sou dos que acha que houve falta de criatividade. Criatividade foi o que não faltou na EDM. Reinventou-se o Dubstep, reinventou-se o Minimal, reinventou-se o Tribal, o Hip Hop, e até - pasmem-se - o Reggaeton. Tudo foi feito para não deixar morrer a EDM.
 
E a EDM não morreu. Não sou dos que acha que "isto está tudo a mudar" só porque um dia acordámos com mais faixas de deep/tech no top 10 do Beatport do que de EDM. Isso é fácil de explicar. Houve muitos bons lançamentos de Deep/Tech e não tão bons lançamentos de EDM, nesta semana. É só isto.
 
A EDM tem uma característica que nunca outro estilo musical dentro da dance music teve. Tornou-a em pop music. Música que eu oiço, tu ouves, mas também a minha mãe, o teu avô ou a tua filha. Toda a gente ouve. É mainstream. E o mainstream, meus caros amigos não acaba, reinventa-se.
 
E é exactamente essa a minha previsão - que vale o que vale, ou seja muito pouco - a EDM não morre, reinventa-se. É preciso dar-lhe alma. Fundi-la com música. Com reggae, com hip hop, com world music, com as raízes do house, do techno, do deep, do jungle, enfim, com tudo.
 
Mais do que nunca, é preciso criatividade, porque uma coisa é certa: quem continuar no caminho fácil do "mais do mesmo" vai definhar.
 
Hugo Serra Riço
Publicado em Nightlife
Odiada por uns e adorada por outros. A eletronic dance music, conhecida pela sigla EDM, tem vindo a ser muito discutida e criticada pelo público e por grandes estrelas internacionais da música eletrónica. Muitos consideram que apenas significa um estilo e outros são da opinião que a EDM engloba todas as vertentes da música eletrónica.
 
O Portal 100% DJ juntou alguns testemunhos de grandes nomes internacionais, para conferir abaixo:
 
Carl Cox:
“Não acho que é uma questão de som desconhecido VS mainstream, acho que é mais cultura pop VS pessoas que realmente amam a música. (...) algumas dessas pessoas não fazem a menor ideia de porque estão de pé em frente a esses DJs. Não posso fazer parte deste sistema”. (in Dancing Astronaut)
 
DJ Koze:
“Na América, esse tipo de rock computadorizado que eles tanto amam é totalmente desinteressante para mim. Não tem magia nenhuma e é feito por pessoas que não gostam desse tipo de música”. (in Stereogum)
 
Aphex Twin:
“Não me parece que se conecta com nada que estou a fazer. Esse tal de Skrillex, só ouvi falar da música dele porque os meus filhos ouvem-na. Soa como se ele utilizasse muito a tecnologia. Acho que tem uma força bem pop, não é? É pop demais para mim”. (in Groove Magazine)
 
Bassnectar:
“Eu não tenho o menor respeito ou interesse pelo que os DJs que fazem parte desta EDM scene estão a fazer. Eles parecem-me meios falsos. Tem sido difícil assistir a algo tão especial para mim ser destruído, invadido e tornar-se nesse tipo de carnaval sem vergonha, barato e falso. Nesse aspeto, odeio a EDM. Tenho receio da EDM estar a arruinar a autenticidade da cultura da ‘discotecagem’... Mas tu não podes odiar as 30 mil pessoas que estão a gostar muito”. (in Thump)
 
Ricardo Villalobos:
“Não posso condenar a EDM ou a música pop piegas se as pessoas decidiram, de forma democrática, que é isso que elas querem. Isso pertence-lhes. Pessoas que têm os mesmos interesses não fazem guerras e nem se matam uns aos outros. É difícil matar alguém quando todos vocês têm valores semelhantes”. (in Crack Magazine)
 
John Digweed:
“Se eu for tocar no palco principal, as pessoas vão querer algo que lhes é familiar e eu não posso oferecer isso. Preferia estar num lugar onde a plateia quer ouvir o que vou tocar. Não daria certo para mim tocar depois de um DJ de EDM. Não tenho aquela energia na minha música, nem se eu tocar a faixa mais rápida e energética”. (in Thump)
 
Annie Mac:
“É muito estereotipado. As pessoas sabem que se seguirem aquela fórmula vão parar às rádios e partir em digressão. No Reino Unido é bem mais fácil ser um pouquinho mais original se tu quiseres. Não estou a dizer que a EDM é grotesco, mas se tu queres ser mais rebuscado em termos de esforços criativos, tu podes fazer isso e ser ovacionado numa plataforma mainstream”. (in Insomniac)
 
Fatboy Slim:
“Funciona como um material de introdução, mas não tenhas dúvidas: a EDM vai acabar já. O género é baseado num esquema de pirâmide de fazer dinheiro, mas assim que parar de ser lucrativo, o castelo de cartas vai cair. Queremos que sobre algo quando esta bolha rebentar”. (in Thump)
 
Reid Speed:
“A dance music enquanto cultura underground costumava ser um porto seguro para quem não se enquadrava no mainstream. Lá estava um refúgio para a nossa esquisitice. Agora, a maior parte da dance music é composta pelas pessoas de quem nós queríamos fugir”. (in YourEDM)
 
DJ Harvey:
“Pessoas a chegar em naves espaciais ou com fogos de artifício para tentar melhor o aspeto visual da coisa. Não consigo entender como tu podes tocar um disco e saltar para o público depois”. (in Thump)
 
Paul van Dyk:
“Eu não faço parte da cultura EDM. Eu não toco esses set’s pré gravados e não lanço bolos a ninguém”. (in MTV)
 
Daft Punk:
“Eu não conheço artistas ou álbuns de EDM. Ao início, eu pensava que era apenas um rapaz, algum DJ chamado EDM. Talvez apenas um rapaz chamado Eric David Morris. EDM é apenas energia. Tu podes ter energia na música e na dança mas continuas se ter alma”. (in NME)
 
deadmau5:
“David Guetta tem dois iPods e um mixer e apenas toca músicas – tipo, ‘Esta é com o Akon, oiçam!’. E o Skrillex... não faz nada muito técnico. Ele tem um laptop e um MIDI recorder e apenas toca a sua porcaria... Há muitos ‘carregadores-de-botões a receberem meio milhão. Eu não estou a dizer que não sou um ‘carregador-de-botões’. Eu apenas toco em mais botões”. (in Hyperbot)
 
Afrojack:
“Vejo muitos comentários na internet sobre sets pré-gravados (....). Eu tenho tocado ao longo de 11 anos e todos fazem edições. Como uma edição de 5 minutos com 3 músicas. Tocamos em grandes shows com lasers e iluminações sincronizadas, eles tocam o som editado de um laptop à parte e depois voltam a misturar normalmente. Eu nunca vi um DJ tocar com um set pré-gravado”. (in Billboard)
 
Steve Angello:
“Nós já não estamos a contar histórias na música de dança, nós estamos a repetir os mesmos sons a toda a hora porque são fáceis de fazer e funcionam com os fãs. A nossa carreira não precisa de ser uma piada. Nós temos que voltar a levar a dance music a sério”. (in Billboard)
 
Zedd:
“É importante para mim que os meus fãs saibam que sou o Zedd o música, não Zedd o DJ de EDM. Para ser sincero, não estou nada inspirado pela EDM”. (in Rolling Stone)
 
The Chemical Brothers:
“Os discos de EDM soam todos ao mesmo. Têm todos o mesmo sentimento: muito triunfal e celebratório (...) É um mundo louco”. (in Observer)
 
Hardwell:
“Continua a crescer e crescer. Embora os blogs a odeiem, está crescendo e continua a crescer. Também está a aumentar na Ásia. Houve um Ultra na Coreia este ano. Globalmente, a música e as crianças crescem juntos. A EDM está evoluindo. ” (in Comfort Club)
 
Dimitri Vegas:
“Eu acho que é a música desta geração”. (in BBC)
 
Miss Sheila:
“O certo é que nos últimos anos ouve um ‘boom’ enorme de música eletrónica à volta do mundo, independentemente de ser ‘EDM’, comercial, techno ou hard techno, tudo é música eletrónica!”. (em entrevista exclusiva ao Portal 100% DJ)
 
Massivedrum:
“Estamparam recentemente a sigla EDM (Electronic Dance Music) para definir uma arte que já conta com mais de 30 anos de história. Estamparam porque a música de dança tornou-se extremamente rentável e como em tudo, tem que se criar uma marca à volta. Mas... Apenas chamam EDM a certos estilos musicais, o que me confunde, levando a pensar que há estilo que são menosprezados, postos de lado, quando a arte é a mesma, e muitas vezes o intuito dessas obras muito mais genuíno”. (em “Música”, na área de Opinião do Portal 100% DJ)
 
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quarta, 27 maio 2015 21:19

Valor de mercado da EDM cresceu 12%

 

O valor de mercado da electronic dance music (EDM) cresceu 12% em relação ao ano passado, revelou o especialista em estratégia de mercado Kevin Watson, num estudo divulgado. Neste momento, a EDM vale 6,9 biliões de dólares a nível global.
 
Este estudo foi realizado com base no crescimento do alcance das redes sociais oficiais de Martin Garrix, o Top 100 da revista britânica DJ Mag, a influência das Nervo em relação às DJs asiáticas e as parcerias entre artistas e marcas, como é o caso de Calvin Harris e a Calvin Klein.
 
Kevin Watson já tinha calculado em abril que nos Estados Unidos da América a EDM tinha um valor de 1,9 biliões de dólares.
 
 
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quarta, 05 agosto 2015 00:58

Instagram baniu a hashtag #EDM

 

A rede social Instagram, uma das mais populares em todo o mundo, baniu esta semana a hashtag #EDM, a abreviatura de electronic dance music. Os utilizadores são agora impedidos de procurar fotografias com a hashtag #EDM.
 
As razões apontam para que a hashtag tenha sido utilizada muitas vezes para conteúdos de nudez e drogas e a rede social afirma agora que #EDM está contra o regulamento do Instagram. Recentemente a rede social baniu também a hashtag #curvy, #instagram, #iphone e #photography com causas ainda desconhecidas.
 
Gabe Madway, porta-voz do Instagram, revelou à revista Time que "neste caso, #EDM estava a ser usada para partilhar conteúdos que violavam o nosso regulamento relativamente à nudez". A rede social está neste momento a tentar arranjar uma solução para voltar a ativas as hashtags bloqueadas.
 
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No aquecimento para duas atuações em Portugal - em Aveiro a 25 de abril, e em Faro a 10 de maio - falámos em exclusivo com Martin Solveig numa altura em que a EDM vive dias de verdadeira procura de identidade: se por um lado toda a gente toca as mesmas coisas e produz o mesmo tipo de música, por outro os produtores buscam o som do futuro, de um futuro que é já amanhã. Como não podia deixar de ser, graças à sua experiência na cena eletrónica, Martin mostra que está atento e lança pistas para o santo graal da EDM.

 
Olá Martin! Tens duas visitas em breve a Portugal - a 25 de abril na Queima em Aveiro e a 10 de maio na Semana Académica do Algarve - estás feliz por voltar ao nosso país?
Fico sempre feliz e excitado por voltar a Portugal porque considero que os portugueses são um dos melhores públicos do mundo. Na última década construí uma relação especial com os meus fãs portugueses: eles são dos poucos que seguem a minha carreira inteira desde o "Everybody" (de 2005) passando pelo "The Night Out" e "Hey Now", e claro, pelo "Hello" que foi um enorme sucesso também em Portugal. Sempre me senti muito bem recebido pelos portugueses. 
 

Sempre me senti muito bem recebido pelos portugueses.

 
Partilhaste recentemente com o mundo que 2014 seria um ano criativo para ti, que não tocarias muito e que cada atuação seria especial. Podes dizer-nos o que tens preparado para Portugal?
Tenho estado a trabalhar em muitas versões especiais e edits das minhas músicas. Estas versões não estão disponíveis em lado nenhum, não estão na internet, são apenas para usar nos meus DJ sets, por isso têm que vir ver-me e ouvir a música exclusiva que levo comigo e, espero que isso seja o que vai fazer a diferença nas minhas atuações em Portugal.
 
Tens estado ocupado em estúdio a fazer música nova. Quando é que podemos esperar novidades?
Estou neste momento no estúdio, tenho passado muito tempo aqui. Não sei quando a música será editada porque entrei num processo profundo de tentar reinventar o meu estilo, ou pelo menos trabalhar numa evolução sónica digna desse nome. Sinto que chegou a hora de o meu som evoluir. Obviamente um processo destes demora algum tempo e eu sempre preferi esperar até ter algo de verdadeiramente relevante para oferecer aos meus fãs do que apressar e editar algo que não estou seguro a 100%. 
 
Estás a produzir para outros artistas? Vamos ter mais colaborações com a Madonna ou outros artistas pop? 
Não estou a produzir para outros artistas. É algo que farei mais tarde.
 
"Blow", a tua colaboração com o Laidback Luke, foi o teu mais recente single. A música que estás a fazer segue aquela linha?
Não, o "Blow" não é de todo a direção em que estou a trabalhar. O tema foi produzido na alegria do momento, para fundir dois estilos num único tema e pelo divertimento de trabalhar com o Laidback Luke. Mas não define uma nova direcção para mim.
 

Sinto que Miami agora é mais uma celebração do sucesso mundial e do apreço pela EDM e da música de dança em geral.  

Como é que foi a Winter Music Conference? Ouviste alguma música nova e excitante que queiras partilhar connosco?
A WMC é sempre muito caótica, muito louca mas muito boa. Não estive em Miami muito tempo por isso não tive oportunidade de ouvir muita música mas ouvi alguns sets e destaco o do Diplo e do Dillon Francis que tocaram alguns temas exclusivos que são musicalmente entusiasmantes. Comparando os dias de hoje com os dias em que a internet não era tão globalmente disponível, eu diria que os DJ sets hoje têm que chegar a uma audiência mais genérica: para ter um bom feedback do público, tens que tocar uma série de temas que já são conhecidos pelas pessoas. Sinto que Miami agora é mais uma celebração do sucesso mundial e do apreço pela EDM e da música de dança em geral.
Sinto que há grandes mudanças no horizonte para a música eletrónica. Neste momento há duas tendências muito diferentes e muito fortes nos Estados Unidos e na Europa; e ambas vão em direções diferentes. Não estou com isto a querer dizer que uma tendência é melhor que a outra ou que uma vai sobrepor-se à outra, mas as coisas estão a evoluir muito. É uma oportunidade para quem quer inovar. Pode ser um pouco confuso no início mas no fim de contas precisamos que as músicas não soem todas iguais e é isso que irá acontecer, provavelmente, nos próximos anos. E é uma coisa boa.
 
 
Publicado em Entrevistas
Acompanha-nos todos os dias e é útil para inúmeras coisas, desde encontrar a data de lançamento de um álbum, pesquisar letras de músicas, notícias e imagens. Resumindo, o Google é considerado o melhor amigo dos internautas.
 
Uma das funcionalidades que nos últimos tempos tem vindo a dar que falar é o Google Trends -  uma plataforma onde se pode analisar através de gráficos todas as tendências da internet durante um determinado tempo.
 
Uma recente análise realizada pela Digital Music News toma um olhar mais atento sobre o fenómeno EDM, usando esta plataforma da Google para traçar a ascensão do género ao longo dos anos, em comparação com outros géneros musicais como Rock, Country e Hip-Hop.
 
Através dos gráficos percebe-se que a música eletrónica tem vindo a crescer de forma constante desde 2005 e assume a liderança do único género que tem apresentado um crescimento positivo nos últimos cinco anos, enquanto os outros géneros musicais também analisados se mantiveram na mesma linha ou registaram um decréscimo. 
 
Note-se que estes dados indicam apenas que a música de dança eletrónica obteve um maior crescimento ao longo da última década não significando ser mais popular que o Rock, Country ou Pop, por exemplo.
 
 
 
 
 
 
Publicado em Nightlife
quinta, 18 dezembro 2014 23:28

Conhece toda a história da 'EDM'

1 - A evolução do "DJ"
1.1 Termo
É mais que evidente que o termo disc-jokey (DJ) é o mesmo desde sempre, o que não é evidente são as técnicas de djing utilizadas ao longo dos tempos. E isso deve-se principalmente à tecnologia disponibilizada em cada período dos tempos. Desde um simples DJ de rádio a um DJ de turntable scratching, onde a técnica é a parte principal, existem 3 fatores-chave importantes a reter e avaliar em qualquer DJ que se preze: cueing (colocar o playback de uma música na parte desejada e/ou correcta), equalização (modificar as frequências de modo a quando se alterna entre faixas se faça com suavidade, isto é, eliminar sons indesejados, tornar mais eminente vozes ou instrumentos, tornar mais evidente certos tons do instrumento, entre outros), e audio-mixing (os famosos efeitos dos DJs que têm que ser devidamente controlados, como por exemplo o reverb). 
 
Estes três fatores-chave combinados fazem aparecer o famoso SYNC. Pois é, o SYNC não é algo que se aperte um botão e apareça magicamente... (ou é?). De qualquer das formas, um DJ que se preze deverá dominar estes três termos. 
 
1.2 História
O termo “DJ” sempre foi associado à radio até os mesmo começarem a aparecer ao vivo. Em 1943 Jimmy Savile (DJ inglês que começou como “Radio DJ”) lançou a primeira DJ Dance Party tocando discos de Jazz e pode-se dizer que a partir desse momento uma nova era tinha nascido. A famosa Jukebox, tinha outro sentido agora. Já se podia fazer os discos pedidos ao vivo.
 

Em 1969 o DJ americano Francis Grasso (na imagem à esquerda) tornou popular o beatmatching - sincronização dos tempos na transição de músicas. 
 

Após uma moda de música pop como música de clubes e discotecas, em 1975 o DJ de hip-hop Grand Wizard Theodore (imagem à direita) inventou, sem querer, a técnica do scratching - técnica usada para produzir sons com o movimento de um disco de vinil para atrás e para a frente numa turntable
 
Pode considerar-se então que o período dos anos 80 foi o que registou a maior evolução de sempre na história do DJing. Em 1981 com o lançamento da MTV e do termo “video-jockey” (VJ), muitos clubes e discotecas viram-se forçadas a seguir o estilo da MTV se desejariam sobreviver. Foi então que em Chicaco, no Wharehouse Club, o DJ recentemente falecido Frankie Knuckles foi pai da música House (o próprio termo surgiu do nome do clube), bem como a criação do termo “Underground”.
 
No início dos anos 90 esteve em êxtase as raves que mudaram completamente a dance scene. Anos mais tarde - concretamente em 1999 - surgiu o Napster, o primeiro peer-to-peer (sistema de partilha de ficheiros), em que durante esse período foi libertada uma licença para o DJing de MP3 e que consistia num processo que os DJs podiam subscrever uma licença que lhes dava direito a usar de forma pública, música armazenada num disco, em vez de carregarem as típicas malas de CDs e Vinis.
 
Com o avanço tecnológico das grandes marcas associadas, tais como, Pioneer, Native Instruments, Relooop, Technics, Vestax, entre outras, dá-se mais um grande passo na EDM. A possibilidade dos leitores utilizarem pen drives permite aos DJs uma escolha já pré-definida para os gigs e pensada para cada atuação. A despreocupação em relação à técnica fica evidente derivado às facilidades que o avanço tecnológico das grandes empresas oferece, nomeadamente, aumento da produtividade no acerto dos BPM's, localização do ponto CUE entre outros. O artista fica focado mais no contato com o público do que propriamente numa postura com técnica. 
 

O primeiro DJ de rádio foi Ray Newby, de Stockton (Califórnia) em 1909, com apenas 16 anos.

 
A imagem é um fator que surge com bastante evidencia derivado destes factos, o agradar às massas, ao público geral torna-se uma preocupação maior do que propriamente as técnicas e gostos pessoais, o que não deixa de ser negativo. Porém este avanço e "despreocupação" trás elementos positivos que faz com que haja um avanço nas performances de cada artista, pensando sempre no que se pode aguardar a um público maior do que propriamente um público de clube, aumentado assim a competitividade entre si. Como foi mencionado anteriormente por um dos grandes mentores da EDM, Steve Angello, "o conceito Clube está a cair e pensa mais nas grandes performances" o próprio admite que é o caminho errado a seguir. É com o TOP 100 da DJ Mag que surge o grande benchmarking da EDM. Considerado por muitos apenas um ranking de popularidade e por outros tantos o ranking dos 100 melhores do planeta.
 
Dantes um bom DJ de EDM caraterizava-se pela técnica apresentada e pela carreira feita até ao momento. Hoje em dia é exigido a um DJ, para que tenha sucesso, que seja produtor, DJ e agente - o chamado all-in-one.
 
2 - A ascensão da música eletrónica
  
É nos finais dos anos 80 e princípios dos 90 que a “Eletronic Dance Music” (EDM) começa a ganhar a sua quota de mercado, pois até aí as músicas não eram totalmente produzidas por instrumentos eletrónicos bem como o preconceito juntamente com o pensamento retrógrado das pessoas dessa altura eram fatores relevantes para a pouca adesão ao estilo eletrónico. Foi então que as músicas eletrónicas produzidas foram “adoptadas” por outros géneros musicais. Diversas editoras de rap, hip-hop, jazz, entre outras, aderiram a este “movimento”, e a pouco a pouco tornava-se um conceito cada vez mais mainstream. Lebrecht, Norman (1996), The Companion to 20th-Century Music
 
Ao longo dessa década (1980-1990) foram criados diversos estilos musicais de EDM, o que para os verdadeiros amantes do DJing foi um verdadeiro massacre, pois estes defendem que essa arte foi sacrificada em prol das modas e dos “wannabes DJs” que sem terem o mínimo de residências em clubes e discotecas se tornaram números 1, ou seja, sem qualquer tipo de carreira/background. 
 
Após isso vários artistas e os seus fãs tornam-se “Underground”. Não no sentido literal da palavra, nem na criação de um estilo musical novo. Não. Apenas numa abreviação diferente (original) à música EDM. 
 
Kai Fikentscher, autor de "'You Better Work!' Underground Dance Music in New York City", acerca da definição do termo Underground, criado após estas modas dos clubes e discotecas, ele refere que: “O Underground não serve unicamente para explicar que o tipo associado de música - e o seu contexto cultural - estão familiarizados apenas para um pequeno número de pessoas informadas. O Underground também aponta para a função sociológica da música, enquadrando-a como um tipo de música que, para ter significado e continuidade é mantida longe, em grande parte, da sociedade mainstream, dos mass media e daqueles com poderes para impor uma moral dominante e valores e códigos estéticos”. 
 
O EDM tornou-se viral, e sendo um negócio cada vez mais lucrativo é fonte de grande investimento em 2012. Festivais, live performances, espetáculos, entre outros, foram os pontos fortes que levaram o media executive Robert F. X. Sillerman a relançar a SFX Entertainment focada no mundo do EDM anunciando um plano de investimento de 1 bilião de dólares. Este plano incluiu a aquisição da ID&T - a produtora do festival Tomorrowland na Bélgica, bem como a plataforma Beatport. Também agências de publicidade apostaram no EDM, sendo todos estes fatores o boom do mainstream do EDM que se vê e crítica nos dias de hoje (2014).
 
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A editora de Hardwell, Revealed Recordings, comemorou 5 anos de existência com o lançamento de uma compilação dos seus melhores temas, no passado dia 3 de abril.
 
As faixas foram escolhidas pelos fãs, através da página oficial da editora, que incluíram os hits “Never Say Goodbye”, “Spaceman” e “Apollo”. O Top 100 da Revealed Recordings está também disponível para audição através do Spotify.
 
“Cinco anos depois, o tempo voa quando nos divertimos! Eu sempre sonhei sobre criar a minha própria editora e uma plataforma para novos artistas, para ajudá-los a encontrar o seu caminho e a partilhar a música com o mundo”, revelou Hardwell sobre a sua editora, que lança agora a compilação intitulada “Revealed Recordings 5 Year Anniversary”.
 
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A prestigiada revista americana Billboard está a apostar na música eletrónica. Na sua mais recente capa, estão presentes Martin Garrix e Steve Angello, com um artigo especial sobre as 30 personalidades mais poderosas da eletronic dance music.
 
Além da presença de grandes DJs e produtores internacionais, no Top pode também encontrar-se personalidades relacionadas com eventos de grande dimensão, managers e presidentes de editoras.
 
Confere abaixo o Top 30:
 
  • 1 – James Barton – Presidente de música eletrónica da Live Nation
  • 2 – Diplo – DJ, produtor e fundador da Mad Decent
  • 3 – Pasquale Rotella – Fundador da Insomniac Events
  • 4 – Skrillex – DJ, produtor e co-fundador da OWSLA
  • 5 – Paul Morris – Fundador e presidente da AM Only
  • 6 – Calvin Harris/Mark Gillespie/Dean Wilson – DJ e produtor/ Co-fundadores da Three Six Zerou Group
  • 7 – Ritty Van Straalen – CEO da SFX Live
  • 8 – Joel Zimmerman – Colaborador da William Morris Endeavor
  • 9 – Gary Richards – Fundador da HARD Events
  • 10 – Patrick Moxey – Fundador e presidente da Ultra Records e da Sony Music
  • 11 – Scooter Braun – Fundador da SB Projects
  • 12 – Kaskade – DJ e produtor
  • 13 – David Guetta – DJ e produtor
  • 14 – Ash Pournouri – Fundador da At Night Management
  • 15 – Kathryn Frazier – Publicitário da Biz3 e co-responsável da OWSLA
  • 16 – deadmau5 – DJ, produtor e fundador da Mau5trap
  • 17 – Neil Moffitt – CEO da Hakkasan Group
  • 18 – Pete Tong & Annie Mac – DJ e hosts
  • 19 – Tiesto – DJ e produtor
  • 20 – Martin Garrix – DJ e produtor
  • 21 – Geronimo – Diretor da programação musical do formato eletrónico e de dança e apresentador da BPM e Sirius XM
  • 22 – Tim Smith – Fundador da Blood Company
  • 23 – Neil Jacobson – Interscope Geffen A&M
  • 24 – Steve Aoki – DJ, produtor e presidente/fundador da Dim Mak Records
  • 25 – Disclosure – DJs e produtores
  • 26 – Amy Thomson – Fundador e presidente da ATM Artists
  • 27 – DJ Snake – DJ e produtor
  • 28 – Zedd – DJ e produtor
  • 29 – Steve Angello – DJ, produtor e fundador da Size Records
  • 30 – A-Trak – DJ, produtor e co-fundador da Fool’s Gold Records
 
Publicado em Nightlife

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