Diretor Ivo Moreira  \  Periodicidade Mensal
Os campistas do MEO Sudoeste vão ser muito bem recebidos na edição deste ano. Os DJs e produtores portugueses Francisco Cunha e Ben Ambergen estão encarregados de animar a noite de receção aos festivaleiros no dia 7 de agosto.
 
As atuações irão decorrer no palco Super Bock e no line up consta ainda Mc Fioti, numa noite que tem o carimbo da rádio Mega Hits. Esta vai ser a segunda vez que os artistas portugueses estão presentes no MEO Sudoeste.
 
O cartaz do festival da Zambujeira do Mar conta ainda com nomes como Hardwell, Marshmello, Don Diablo, Karetus & Friends, entre muitos outros, de 7 a 11 de agosto. Os bilhetes encontram-se à venda nos locais habituais.
 
Relembre-se que Francisco Cunha ficou colocado em 19º lugar do TOP 30 do Portal 100% DJ de 2017, enquanto que Ben Ambergen chegou à posição número 13º na edição de 2016.
 
Publicado em Festivais
O produtor português Hugo Rizzo está de novo na estrada e desta vez será para apresentar o seu novo single "Heat the Cold". Com esta tour, o DJ oficial das marcas Moche e Mega Hits irá passar por Lisboa, Porto, Portalegre, Tomar e Castelo Branco. 
 
O "tiro de partida" foi dado ontem no MAIN em Lisboa e contou com a participação especial do produtor Ben Ambergen e Salvador Seixas, artista que dá voz deste novo tema que promete agitar as pistas de dança e que estará em breve à venda.
 
O Portal 100% DJ como plataforma de divulgação do melhor que se faz por cá, associa-se a esta viagem alucinante que termina a 5 de maio na Semana Académica de Castelo Branco. Em baixo poderás conferir todas as datas e respetivos locais.
 
 
Publicado em Música
Pela terceira vez o DJ e produtor português Ben Ambergen vê um tema original seu ser reproduzido no “Hardwell On Air”, o radioshow do artista holandês. Depois de “Dilt” e “Earthquake”, na passada sexta-feira a sua nova produção “I Want Your Love” foi considerada como “Demo da Semana” por Hardwell.
 
“A sensação é incrível”, confessou Ben Ambergen em exclusivo ao Portal 100% DJ. Para este tema, o artista português “já tinha como objetivo o Hardwell On Air” e a sua deslocação ao Amsterdam Dance Event “também contribuiu muito para este feito”, pois permitiu a Ben Ambergen de “perceber o que eles procuram no que toca à música nos dias de hoje”.
 
O radioshow de Hardwell tem vindo a destacar várias produções nacionais, como é o caso de artistas como Kura, KEVU, Rizzo, Stego e mais recentemente Se7en. Na opinião de Ben Ambergen, existem ainda muitos mais talentos que mereciam tal destaque devido à sua “qualidade e potencial”, como por exemplo os Energy System, Ewave e Pete Kingsman. “Não somos desvalorizados como muitas vezes ‘ouvimos na praça’, até pelo contrário. Acho que a dance scene a nível de produção tem crescido bastante e que somos mais devalorizados ‘em casa’ do que lá fora”, admitiu o DJ e produtor português.
 
Em relação ao futuro da sua carreira, após a sua estreia no palco Moche Room do festival MEO Sudoeste e do seu tema “Get Out” ter atingido o Top 20 de vendas no género big room no Beatport, Ben Ambergen ambiciona “pisar pela primeira vez o palco de festivais como a EDP Beach Party ou o RFM SOMNII”. O artista tem “vários temas quase a sair, em que alguns deles são colaborações”, uma delas com Pete Kingsman. “Acho que 2017 poderá ser um ano interessante”, confessou.
 
Apesar de ainda não poder avançar com a data de lançamento e a editora de “I Want Your Love”, o produtor sente-se “agradecido e afortunado” por esta nova meta alcançada.

 

 

Publicado em Artistas
Quer seja um ponto final ou uma simples pausa na carreira de DJ, certo é que a decisão de Hardwell apanhou tudo e todos de surpresa. Num comunicado divulgado esta sexta-feira, o artista holandês afirmou que "ser Hardwell 24 horas por dia e 7 dias por semana acaba por deixar pouca energia, amor, criatividade e atenção" para a sua vida como uma pessoa normal. 

Além das suas grandes tours pelo planeta, a vida de Hardwell é também ocupada com a sua editora Revealed e com "Hardwell On Air", programa emitido não só na internet como em várias rádios por todo o mundo e onde já vários artistas portugueses tiveram em destaque, como é o caso de Ben Ambergen, Kevu, Zinko, Se7en e o seu amigo pessoal Kura

A propósito desta decisão de Hardwell fomos ao encontro dos referidos artistas onde a opinião é unânime. No DJing nem tudo é como parece ser e para combater a pressão e desgaste físico e psicológico nada melhor de que uma pausa. Neste caso, por tempo indeterminado.
 
 
Ben Ambergen
Esta decisão de Hardwell é para mim de coragem e merece todo o nosso respeito. A mesma coragem que ele teve quando decidiu deixar toda uma vida pessoal, enquanto Robbert, para se tornar Hardwell a "full time". Não imagino o que é ser o Hardwell, a pressão de todos os compromissos com tudo e com todos. Calculo que seja uma vida, tal como os espetáculos dele, programada ao segundo. É certamente difícil e desgastante seja fisicamente seja psicologicamente. No documentário do Avicii, deparamo-nos com esse mesmo facto. Imagino que este comunicado não será o fim das tours do Hardwell mas sim o repensar de uma carreira com tours mais moderadas. Espera-se que seja apenas uma breve pausa para que possa descansar e estar junto da família e amigos. Toda a gente precisa e ele merece. Ele deixa boas notícias ainda há música para sair e que não vai deixar de produzir. Agora percebe-se o adiamento do álbum Hardwell & Friends Vol. 4. Acho que teremos direito uma atuação surpresa dele no Ultra Music Festival 2019, como "comeback" e que será a sua melhor atuação de sempre.
 
 
 
Kevu (João Rosário)
A ideia que o público em geral tem da vida de um DJ internacional é bastante errada. Muitas pessoas pensam que é tudo fácil, muitas festas, passear, estar junto dos fãs... mas existe uma história bem diferente daquilo que se mostra nas redes sociais. O viajar constantemente onde inúmeras vezes os horários de sono são bastante reduzidos, a pressão de dar bons espetáculos enquanto se tem de lançar musica regularmente acaba por afetar toda a gente. Acredito que o Hardwell com o seu horário incrivelmente preenchido sentiu que estava na hora de aproveitar algum tempo para si mesmo. Não nos podemos esquecer que é um homem normal, com família de quem está muitas vezes longe. Acredito que seja essa umas das razões porque decidiu fazer uma pausa. Sendo ele quem é, tenho a certeza que vai voltar ainda mais forte. Às vezes temos de dar um passo atrás para dar dois em frente.
 
 
 
Zinko
Não sei o que pensar nestas situações, pois a especulação é sempre muita e muitas vezes sem fundos de fontes seguras do que realmente acontece, dou a minha opinião mais sincera. Todos sabemos quem é o Hardwell, o que fez, o que ajudou no crescimento do EDM no mundo e de alguma forma no nosso país, obviamente que o peso de uma retirada é enorme e causa um impacto brutal na indústria. Ele e a sua equipa sabem com certeza do envolvente deste facto. Nunca falei com o Hardwell pessoalmente, tenho alguma ligação por intermédios a partir da editora Revealed, por isso vou comparar de certo modo com a minha situação. A minha carreira já tem alguns anos, e de alguma forma já senti o peso da pressão, e muitas vezes eu próprio digo... "Bem se eu tenho 4 ou 5 gigs seguidos chego a casa todo partido, imagino alguém como o Hardwell, por exemplo". E a verdade é esta, todo um acumular de uma carreira no EDM numa altura em que a música eletrónica é na maior parte dos eventos Mainstream é uma alta pressão, acho que ele diz a verdade quando tem de pensar nele enquanto pessoa e enquanto "parte" de uma família, não só por já ter alguns longos anos disto, mas também porque as nossas bases seja para o que for, estão nos nossos princípios familiares, a falta de imaginação pode ser motivo para um artista entrar em depressão. Considero esta retirada do Hardwell como um "precaver" a uma situação similar a isso, não acho que seja jogada, nem um estudo de mercado, acho que é sim uma pausa interior e pessoal para com ele mesmo. Será para voltar em força daqui a algum tempo? Será para realmente sentir falta da pressão e da vida agitada? Não sei. Mas sei que Hardwell estando ou não no ativo já deixou provas e a sua marca ao mundo de que sempre será um nome de referência no EDM. Claro que fico triste, mas por outro lado fico tranquilo por saber que a música continuará a existir. Espero que não seja mais um caso Avicii e que o "Rei" do EDM volte em força brevemente.
 
 
 
Se7en
Penso que foi a melhor opção que ele possa ter tomado. Não é saudável ter de lidar com uma agenda cheia de entrevistas e atuações, e chegar ao final do dia e ainda ter forças para se focar em futuros lançamentos e na produção musical... Portanto percebo perfeitamente como se sente e respeito totalmente a sua decisão. Se formos a ver as coisas como elas são, é dos poucos artistas que mantém-se fiel ao seu género de música e trabalha diariamente de forma árdua para agradar os seus fãs. Leve o tempo que precisar, tenho a certeza que o número 1 do mundo voltará com toda a energia que nos tem acostumado ao longo dos anos. Força Hardwell!
 
 
 
Kura
A decisão do Robbert foi bastante pensada pois ele sabe o impacto que vai ter nos fãs que o adoram e que o gostariam de ver atuar brevemente, mas precisamos de ter tempo para cuidar de nós. Esta vida é extremamente exigente, tanto psicologicamente como fisicamente. A maioria das pessoas pensa que é tudo um mar de rosas mas não é bem assim, são centenas de voos por ano, várias noites sem dormir, onde o cansaço se começa a acumular, não vês os teus familiares e amigos durante semanas a fio, enfim. Todos estes fatores começam a desgastar o artista e por vezes a melhor solução é parar um bocado para recarregar baterias.
Publicado em Artistas
Mais um ano, mais uma edição do Amsterdam Dance Event, que decorreu na passada semana na capital da Holanda. Como é hábito, muitos foram os artistas portugueses que embarcaram na aventura daquela que é considerada como uma das maiores conferências da música eletrónica internacional.
 
O evento contou com palestras, conferências, meetings, troca de contactos entre personalidades da indústria, atuações, o Amsterdam Dance Event e ainda a cerimónia do Top 100 da DJ Mag, cujo vencedor foi Martin Garrix.
 
Von di Carlo, Club Banditz, Kura, Carlos Manaça, KEVU, Prilho, Branko, DJ Ride, Dan Maarten, Karetus, Ben Ambergen e Ewave foram alguns dos artistas portugueses que estiveram presentes no Amsterdam Dance Event.
 
 
O DJ e produtor Branko apresentou a sua editora Enchufada na discoteca Club Paradiso, em Amesterdão, ao lado de nomes como Rastronaut ou Dengue Dengue Dengue.
 
 
A semana de Kura durante o Amsterdam Dance Event foi muito agitada, a começar com a sua colocação no número 51 do Top 100 da DJ Mag de 2016, entregue durante o Amsterdam Music Festival. “Quero agradecer a todos o apoio nestas votações! A nossa bandeira vai voar cada vez mais alto!”, referiu Kura na sua página oficial de Facebook. Além de subir ao palco com Hardwell para apresentarem a nova colaboração, Kura atuou na boat party da Revealed Recordings e no espaço noturno Jimmy Woo ao lado de Julian Jordan e Jay Hardway.
 
 
Para Von Di Carlo, os dias passados no Amsterdam Dance Event foram uma “experiência fantástica”, ao lado de colegas como os Karetus e por ter sido a vencedora de uma competição de beats. O prémio selecionou a artista portuguesa para a ADE University.
 
 
Os Club Banditz também estiveram presentes na semana da música eletrónica de Amesterdão, a promover a sua carreira, música e o seu patrocínio da Monster Products. Por outro lado, Carlos Manaça esteve na capital holandesa sempre na companhia de amigos de longa data como D-Formation, David Penn e Ivan Pica, assistindo a espetáculos de verdadeira house music.
 
 
São uma das duplas revelação de 2016 e pelo segundo ano consecutivo marcam presença na ADE. Os KEVU partiram em direção a Amesterdão e passaram bons momentos com os seus colegas Olly James, Sick Individuals e Blasterjaxx. Uma das suas faixas foi reproduzida por Hardwell no Amsterdam Music Festival e a dupla teve ainda tempo de assumir a cabine da loja oficial da Don’t Let Daddy Know.
 
 
O jovem Prilho foi pela primeira vez ao Amsterdam Dance Event e teve a oportunidade de conhecer vários artistas como KSHMR e Sick Individuals. Segundo o que o artista partilhou na sua página oficial de Facebook, “o balanço foi muito positivo” e “vêm aí muitas novidades”
 
Os Karetus e DJ Ride também foram promover o seu trabalho a Amesterdão, enquanto que Ben Ambergen e Ewave tiveram a oportunidade de conhecer Hardwell pessoalmente. Ben Ambergen agradeceu ao antigo número 1 do Top 100 da DJ Mag por ter reproduzido a sua faixa “Earthquake” no radioshow “Hardwell On Air”.
 

 

Publicado em Reportagens
O DJ e produtor português Ben Ambergen está de volta às produções, com lançamentos em editoras como Revealed Recordings, TGR Music Group e Hexagon.
 
“Electrified” é um dos temas de Ben Ambergen com o selo da editora de Hardwell, Revealed Recordings, em conjunto com a vocalista Marina Nova. Na passada sexta-feira, foi ainda apresentado na mesma editora a faixa “Time Machine”.
 
Este tema “demorou quase 7 meses a fazer e teve inúmeras versões até chegar à que apresentei à equipa da editora do Hardwell. Mostra um pouco de onde estive até criar esta nova sonoridade, dentro do Future House”, revelou o artista.
 
No próximo mês de abril, Ben Ambergen lança um novo tema pela TGR Music Group, que é distribuído pela Sony Sweden.
 
No mês seguinte, torna-se no primeiro português a lançar uma faixa com o selo da Hexagon, editora de Don Diablo. Trata-se de uma colaboração com o duo Maski & Banga.
 
Ainda sem data de lançamento, o artista português anunciou uma colaboração com Thomas Gold, artista colocado em 84º lugar no Top 100 da DJ Mag. 
 
“Para mim vai ser a faixa do ano! Esta é para mim, especial, pois estive mais de um ano à procura de dois vocalistas que conseguissem fazer aquilo que tinha como ideia na minha cabeça”, afirmou Ben.
 
Publicado em Música
A discoteca ECHO, em Tavira, recebe esta semana nomes de peso da música eletrónica. DJ Ride, DJ Sanches e Ben Ambergen são alguns dos artistas que irão marcar presença no novo espaço de diversão noturna algarvio.
 
Na próxima quarta-feira, dia 19 de julho, DJ Ride sobe ao palco da ECHO na festa Dope Beats, enquanto que no dia seguinte é a vez do regresso dos Flow 212 no evento Deu Onda.
 
A sexta-feira, dia 21 ficará marcada pela Noite Branca e o sábado com a presença de DJ Sanches. Domingo, dia 23 de julho conta com uma festa muito especial com Ben Ambergen & Friends, cujos convidados são Francisco Cunha, Pedro Carrilho e Pete Kingsman.
 
O Portal 100% DJ é Media Partner Oficial da ECHO.
 
 

 

Publicado em Eventos
Depois de Kura e Hugo Rizzo estrearem temas no famoso radioshow de Hardwell, que decorre todas as sextas-feiras, chegou a vez de Ben Ambergen com a sua música “DILT” ser destacada como ‘Demo Of The Week’. O Portal 100% DJ esteve à conversa com o DJ e produtor português.
 
“A sensação é indiscritível (...). Foi um tema que deu muito trabalho, teve muitas versões diferentes desde abril, por ser demasiado picuinhas com todos os elementos de cada faixa”, confessou Ben Ambergen. O produtor destaca ainda que o “mais incrível é o facto de ser apenas o meu quarto tema em dois anos e esse mesmo acabar no “Hardwell On Air” como ‘Demo Of The Week’!”.
 
Após a faixa estar concluída, Ben enviou “o tema para a Revealed Recordings através do formulário do site há umas semanas” e na passada quarta-feira recebeu “um e-mail a dizer que queriam utilizar o tema no programa “Hardwell On Air” como ‘Demo Of The Week’, com um contrato anexado que já só requeria assinatura”. O tema vai ser lançado oficialmente em breve. 
 

É uma injeção de motivação para o futuro e a prova de que nada é impossível.

 
Hardwell é um dos artistas que o português segue há algum tempo e tem como referência, pois “quem é fã de géneros como o progressive house e o electro nunca fica indiferente ao número 1 do mundo”.
 
Ouvir o seu tema ser transmitido no “Hardwell On Air” foi “uma verdadeira benesse” para a carreira de Ben Ambergen, algo que vai “agradecer para o resto da vida. É uma injeção de motivação para o futuro e a prova de que nada é impossível. Sinto que é o primeiro passo de um longo caminho a percorrer com muito trabalho pela frente”.
 
Para “DILT” ser uma faixa de qualidade, Ben Ambergen contou com a ajuda e conselhos de Hugo Rizzo e Pedro Carrilho e agradece-lhes: “Este prémio é tanto deles como meu!”. 
 
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Publicado em Artistas

Numa era em que só se fala de haters, fake DJs, ghost producers, votos para a DJ Mag e afins, surge nas salas de cinema o polémico "We Are Your Friends". Um filme que de certa forma tenta retratar a Electronic Dance Music (EDM). Este tema, por si só, já traz alguma controvérsia entre artistas e/ou fãs da dance scene e o gosto de cada um é que prevalece.

 
É um filme que conta com dois tipos de públicos: os fãs da EDM e o público em geral. Para este último, o realizador constrói ainda uma narrativa emocional em torno do tema. Permanece a dúvida: retrato da cena EDM ou um mero filme de drama?
 
Com Zac Efron no papel principal, na pele de Cole, um jovem de vinte e poucos anos que tenta vingar como DJ. Uma longa metragem que desde cedo nos intriga quando a personagem principal refere que para uma carreira no djing apenas seria necessário “um computador, um pouco de talento e uma faixa”. Não terei sido com certeza o único a questionar se Hollywood não teria simplificado a profissão, como se qualquer um com um mínimo de vontade o pudesse fazer.
 

O público tem que ouvir música e ter conhecimento que é tua, sem ter que olhar para ti para o saber.

 
James Reed, um ícone do djing que acaba por se tornar mentor de Cole, é utilizado como o ‘cão de fileira’ para um ataque aos estilos como Big Room, Electro House, Trap, entre outros. Não são esses sub-gêneros da EDM? Por momentos, tiras o bilhete do bolso para verificar se o título do filme não seria “Bring The House Back”. Ao longo dos anos, a música, tal como a tecnologia, evoluiu. Alguns artistas seguiram evoluções, modas ou tendências e cada a um à sua maneira, incluindo alguns de House Music. Já outros, não querendo ferir susceptibilidades ou atacar ninguém, permaneceram retrogadas.
 
Na óptica do realizador, nesta indústria do entretenimento noturno e festivaleiro, o djing é alternativa à universidade e o mote é: droga. Imagine-se que esta profissão fosse por candidatura: “Não tens o que fazer com a tua vida? Universidade não é para ti? Junta-te a nós!”. Durante cerca de uma hora e quarenta existe tanta droga como música, desde o simples charro, ao ecstasy e passando pelo PCP. Será isto a realidade do djing ou uma sátira?
 
A crítica mais evidente e para mim mais acertada, é ao facto de se achar que todo o passado se torna irrelevante quando se atinge um certo e determinado patamar, ao ponto de virar as costas a quem ajudou a chegar lá ou deu força para tal. Não devemos esquecer quem somos e as nossas origens. 
 
 
No entanto, nem tudo é mau. Existe ao longo do filme, toda uma crítica construtiva destinada aos produtores. Um aconselhamento para uma produção mais ‘out of the box’ ao invés de uma mera junção de samples já existentes e diversas vezes usados. Questionei-me se também seria mais um DJ e produtor genérico. A verdade é que recorrentemente vemos grandes nomes da actualidade mostrarem como produziram este ou aquele tema e todos eles usam samples. Chego à conclusão que é tudo uma questão de ‘peso e medida’ e que o que realmente importa é deixarmos sempre a nossa identidade bem cunhada na faixa. O público tem que ouvir música e ter conhecimento que é tua, sem ter que olhar para ti para o saber.
 
É um filme que envergonha a indústria e para quem não faz parte do meio comece talvez a olhar para ti de lado. Irá também certamente atrair um número infindável de jovens perdidos na vida para o djing porque no final das contas basta “um computador, algum talento e uma faixa”.
 
Ben Ambergen

 

     

Publicado em Nightlife

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