O Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) quer que a idade legal para a compra a consumo de bebidas alcoólicas passe de 16 para os 18 anos. A proposta vai ser feita ao Ministério da Saúde até 2010 e integra o Plano Nacional para a Redução dos Problemas do Álcool. O documento começa a ser discutido hoje e prolonga-se pelo próximo mês.
Médicos e especialistas estão de acordo com esta medida, que está em vigor na maioria dos países europeus, à excepção de Itália e algumas regiões de Espanha. Temem porém que a fiscalização desta norma não seja diferentes da actual. "É uma vergonha. Vemos jovens de 14 ou 15 anos a beber em bares e nas ruas e nada parece ser fiscalizado", diz o psiquiatra Luís Patrício. De forma a garantir o cumprimento desta medida, IDT e entidades parceiras do plano vão promover a fiscalização sistemática nos locais de consumo e venda de bebidas alcoólicas e divulgar os resultados obtidos em articulação com a ASAE.
O enfoque nos jovens baseia-se em dados que mostram a enorme proporção de jovens que consome estas bebidas e que o faz da pior forma: no segundo inquérito nacional ao consumo de substâncias psicoactivas na população em geral em 2007, conclui-se que 40% iniciou o consumo de álcool entre os 15 e os 17 anos. Em 2001, esta faixa era de 30%.
Já o consumo binge - mais de seis bebidas por homem ou quatro por mulher numa ocasião - foi admitida por 48,3% dos inquiridos entre os 15 e os 24 anos, que o fizeram pelo menos uma vez no último ano. João Goulão diz que até 2012, o objectivo é baixar esta percentagem para menos de 43%". Já os casos de embriaguez no último ano deverão cair de 34,6% para 30%, admite.
O novo plano, que terá de ser aprovado em conselho de ministros depois da discussão pública, tem como objectivo geral diminuir a exposição ao álcool de crianças por nascer, em famílias com problema associados à bebida e em jovens. Além das propostas relativas à idade do consumo, o IDT e um conjunto de parceiros, pretendem criar linhas de intervenção junto das grávidas e elaborar materiais de sen- sibilização, bem como encaminhar quem precisa para as entidades que intervêm em caso de consumo abusivo.
João Goulão realça que, "nas grávidas, o consumo deve ser zero, porque pode originar malformações nos bebés, baixo peso ou problemas de desenvolvimento", explica.
A protecção das crianças em famílias problemáticas terá novas linhas e o acesso às estruturas de saúde será facilitado, através de uma rede de acompanhamento. Na publicidade, as empresas vão auto-regular-se e impedir a venda aos mais jovens.
Este Plano propõe que o combate ao álcool seja feito em sete áreas: crianças, jovens e grávidas, sinistralidade rodoviária, adultos em meio laboral, comunicação e informação, criação de bases de dados comuns, tratamento, reinserção e também prevenção.
Fonte: Diário de Notícias.
Médicos e especialistas estão de acordo com esta medida, que está em vigor na maioria dos países europeus, à excepção de Itália e algumas regiões de Espanha. Temem porém que a fiscalização desta norma não seja diferentes da actual. "É uma vergonha. Vemos jovens de 14 ou 15 anos a beber em bares e nas ruas e nada parece ser fiscalizado", diz o psiquiatra Luís Patrício. De forma a garantir o cumprimento desta medida, IDT e entidades parceiras do plano vão promover a fiscalização sistemática nos locais de consumo e venda de bebidas alcoólicas e divulgar os resultados obtidos em articulação com a ASAE.
O enfoque nos jovens baseia-se em dados que mostram a enorme proporção de jovens que consome estas bebidas e que o faz da pior forma: no segundo inquérito nacional ao consumo de substâncias psicoactivas na população em geral em 2007, conclui-se que 40% iniciou o consumo de álcool entre os 15 e os 17 anos. Em 2001, esta faixa era de 30%.
Já o consumo binge - mais de seis bebidas por homem ou quatro por mulher numa ocasião - foi admitida por 48,3% dos inquiridos entre os 15 e os 24 anos, que o fizeram pelo menos uma vez no último ano. João Goulão diz que até 2012, o objectivo é baixar esta percentagem para menos de 43%". Já os casos de embriaguez no último ano deverão cair de 34,6% para 30%, admite.
O novo plano, que terá de ser aprovado em conselho de ministros depois da discussão pública, tem como objectivo geral diminuir a exposição ao álcool de crianças por nascer, em famílias com problema associados à bebida e em jovens. Além das propostas relativas à idade do consumo, o IDT e um conjunto de parceiros, pretendem criar linhas de intervenção junto das grávidas e elaborar materiais de sen- sibilização, bem como encaminhar quem precisa para as entidades que intervêm em caso de consumo abusivo.
João Goulão realça que, "nas grávidas, o consumo deve ser zero, porque pode originar malformações nos bebés, baixo peso ou problemas de desenvolvimento", explica.
A protecção das crianças em famílias problemáticas terá novas linhas e o acesso às estruturas de saúde será facilitado, através de uma rede de acompanhamento. Na publicidade, as empresas vão auto-regular-se e impedir a venda aos mais jovens.
Este Plano propõe que o combate ao álcool seja feito em sete áreas: crianças, jovens e grávidas, sinistralidade rodoviária, adultos em meio laboral, comunicação e informação, criação de bases de dados comuns, tratamento, reinserção e também prevenção.
Fonte: Diário de Notícias.