A festa começou no ilhéu de Vila Franca do Campo, S. Miguel, Açores, onde teve lugar a competição e cerimónia do pódio e prolongou-se até à marina da vila, com banho de multidão e sessões de autógrafos. Mas o suspense decorreu até aos últimos três segundos, o tempo necessário para o derradeiro salto de Gary Hunt.
Depois das duas rondas iniciais de sexta, ficou para sábado a terceira ronda e final. Orlando Duque começou o dia na frente, mas Gary Hunt - autor do salto mais difícil de sempre no cliff diving, um triplo mortal com quatro piruetas - esteve em dia de grande inspiração, que lhe valeu, além do triunfo, a liderança do campeonato, até aqui ocupada pelo russo Artem Silchenko, quarto classificado em Vila Franca do Campo.
Gary Hunt ficou assim posicionado para lutar pelo seu quarto título consecutivo - venceu em 2010, 2011 e 2012 - tendo ainda cinco provas para o confirmar. “Está tudo em aberto para o campeonato. Aqui, correu-me tudo muito bem, apesar das condições difíceis (mar agitado). Foi uma prova muito complicada e imprevisível, mas saio daqui muito satisfeito”, afirmou o britânico.
Orlando Duque repetiu a posição alcançada no ano passado e reconheceu não ter feito melhor, "devido a uma pequena correção" que foi obrigado a fazer no seu último salto, que lhe custou uma "entrada perfeita". Animado, o colombiano prometeu voltar em grande: “As condições foram muito diferentes do ano passado. Quero cá voltar. O Ilhéu é um 'spot' fantástico para este desporto".
Quanto a Jonathan Paredes, o seu terceiro lugar soube-lhe a primeiro. "Prova de que estou no caminho certo", afirmou entusiasmado, o jovem mexicano (23 anos) o atleta mais novo e mais velho da competição.
A próxima etapa do Red Bull Cliff Diving World Series decorrerá nos próximos 13/14 de julho em Malcesine, Itália.