Marco Ferreira é o nome do artista visual que apresentamos esta semana, mais conhecido como VJ Akira.
Começou como part-time na área do VJ mas três anos mais tarde tornou-se uma actividade a full-time, Akira apresenta-se como um VJ sensível às artes visuais, com uma perspicácia e um background próprios de quem vive o sentido da estética visual, seja através de vídeo ou fotografia.
Foi desde o início referenciado como representante do futuro do Vjing no nosso país, tendo no seu currículo nomes fortes do panorama da música nacional e internacional.
Tudo começou com o nervosismo próprio de quem sente na pele a responsabilidade de trabalhar esta arte.
Akira recorda o derradeiro início "no ano 2000, numa discoteca que tinha acabado de investir perto de 30 mil euros em equipamento multimédia para VJ. A minha cabine era maior do que a do Dj... Recordo-me de estar um pouco nervoso, mas tinha feito o trabalho de casa."
Em 2005, após uma proposta da "Bacardi Gallery", Akira faz uma colaboração com o DJ Pete Tha Zouk e no ano seguinte integra o "Love Video Festival" por convite do formador António Pires e participa num espectáculo intimista na FNAC do Porto.
No final desse mesmo ano, 2006, vê ainda o seu trabalho reconhecido através do convite para participar no festival "Númera".
VJ Akira - Directo ao assunto
De facto, o ambiente de festival e discoteca assumem a preferência do VJ, isso e "seguir em tempo real a música do DJ."
Em 2007, inicia uma parceria com o Dj Jamie Lewis (Purple Music), com espectáculos mensais em Zurique. E se nesse mesmo ano, conquista o terceiro lugar "Be a VJ Heineken", ganhou a determinação para em 2008 conquistar o primeiro lugar na mesma competição.
Estar fora da zona de conforto, investir na internacionalização são aspectos relevantes no reconhecimento nacional dos profissionais de vídeo. O VJ reitera: "A internacionalização do VJ é muito importante para ser reconhecido no seu país, infelizmente. Só a partir daí é que começam a reparar mais em nós."
Acrescenta ainda: "é sempre importante conhecer o mercado internacional para ver se há novidades mas Portugal não está nada atrás de outros países."
Portugal tem feito a sua evolução mas a união entre os profissionais pode beneficiar todos e neste campo, reconhece o meio audiovisual como competitivo apesar de ressalvar o positivismo: "Há muita inveja e pouca união entre os VJs, mas fiz bons amigos VJs."
Akira, mostra-se curioso e activo noutros campos do audiovisual - a produção e realização de vídeo-clips tem sido um complemento na sua carreira, trabalhando inclusivamente com o galardoado Stress na produção de alguns trabalhos de vídeo.
O trabalho do VJ Akira é reconhecido pela harmonia na manipulação de vídeo, criando ambientes visuais específicos para cada tipo de espetáculo.
Actualmente para além da parceria com o cantor Slimmy, é VJ do Grupo Eskada, Kazzo Collective - Plano B e Vj residente na Via Rápida (Porto).
No que diz respeito ao futuro e ao investimento das marcas, mostra-se céptico.
Considera que "se torna mais difícil fazer grandes eventos com grandes produções multimédia" - este é um ponto fulcral em que as marcas de apoio às artes visuais podem e devem estar presentes, não apenas como investidoras mas como agregadoras de artistas visuais - representantes de uma arte que em tudo faz uso da tecnologia nos mais diferentes espaços, com uma capacidade ilimitada de criatividade.
Akira finaliza "Infelizmente o nosso país nunca dá o devido valor aos artistas nacionais mas temos muitos bons VJs em Portugal"
Este é o caminho - o reconhecimento de profissionais para profissionais - e é o melhor elogio que podemos fazer à arte visual.
Conhece o trabalho do VJ Akira: